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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

A Maldição da Mansão Bly (The Haunting of Bly Manor)

UK 2020

Caramba! O que foi isso?
Estou com a impressão que acabei de assistir a novela “Redenção” que durou quase dois anos. O negócio não acaba nunca... Já assisti séries bem mais longas do que essa e duraram bem menos.
Enrolação danada.
A história não é ruim:
Americana bonitinha é contratada para tomar conta de dois pestinhas órfãos (Uma garotinha de 8 e um menino de 10 anos).
O contratante é o tio das crianças que vive afundado no trabalho, distante da mansão onde as crianças vivem, com uma governanta, um cozinheiro e a jardineira.
Acontece que tem alguma coisa muito sinistra na tal da “Mansão Bly” e aos poucos (aos poucos mesmo, muito pouco, bota pouco nisso), os mistérios vão sendo revelados.
Vale a pena?
Vale...
Mas podiam ter cortado metade do lenga-lenga.
Até recomendo, se você gostou da “Maldição da Residência Hill”...
Com Victória Pedretti e participação de Carla Gugino, ambas experientes em coisas assombrosas do outro mundo, pois participaram da Maldição da Residência Hill.
Nota: 6.6 de 10
IMDb: 7.5 


Enola Holmes

USA 2020

Em 2009 foi inaugurado o autódromo de Abu Dhabi. Belíssimo, estrutura moderna, construído do zero em um campo de areia. Uma verdadeira obra de arte da arquitetura, para receber a Fórmula 1, os melhores carros de corrida do mundo e os melhores pilotos. Custou 1 Bilhão e 322 milhões de dólares.
Belíssimo. Sem emoção.
Desenharam um circuito que não permite ultrapassagens em disputas arrojadas. As provas se resumem a um comboio dando voltas e os "pegas" nas pistas que poderiam render muitas emoções, não acontecem. As brigas dos carros de ponta por posições, acontecem nos boxes e dependem das estratégias das equipes. Que desperdício.
Enola Holmes:
Personagens icônicos, perfeita reconstituição de época, grande elenco, produção caprichada que não deve ter sido barata. Um filme bonito, enche os olhos, mas...
Sem emoção.
Um filminho trivial.
Sem um pingo de ousadia.
A menina Millie Bobby Brown é ótima e dizem que ela comprou a história. Tem Henry Cavill o Superman, Sam Caflim, Helena Bonham Carter... 
O problema é que a exemplo do cara que desenhou a pista de Abu Dhabi, seguiram uma linha comportadinha, sem um pingo de audácia criativa... faltou arrojo. Dá a impressão que tudo foi feito no molde da escola de moças do próprio filme...
O tema que fica batendo na testa da gente o filme todo, é a emancipação feminina. É legal! Ótimo! Adorei a idéia. Não poderiam ter dado um pouco mais de “vida” pra história?
Tenham dó né?
Tanto ingrediente bom, desperdiçado num filme mixuruca com ares de sessão da tarde.
Que pena.
Mesmo assim, eu recomendo. Vale a pena ver a “Onze” de “Stranger Things” brilhar no papel principal e a sua perfeita “intimidade” com as câmeras.
Nota 6.0 de 10
IMDb: 6.7


quarta-feira, 7 de outubro de 2020

A General (The General)

USA 1926

O filme mais famoso do grande Buster Keaton, que tem muitas coisas boas além deste clássico, é só procurar no Youtube.
Johnny Gray (Buster Keaton), é dispensado pelo exército depois de tentar de várias maneiras se alistar para defender o sul durante a guerra civil americana. Só que ninguém explica que ele, como maquinista de trens, pode ser muito útil na guerra, fazendo seu trabalho normal. Achando que foi preterido por outros motivos e gerando a desconfiança de seu futuro sogro, do cunhado e até da própria noiva, de que é medroso (covarde), ele se conforma, mas acaba envolvido na peleja, quando soldados do norte roubam uma locomotiva e por acidente levam sua noiva de contrapeso.
Daí a perícia e a inteligência do protagonista, jogando com os desvios e entroncamentos das linhas férreas numa divertidíssima disputa, acabam deixando malucos os soldados inimigos, fazendo com que ele se torne o principal responsável pela vitória do sul, numa batalha importantíssima.
Apesar de ser um filme sobre uma guerra pra lá de absurda, a diversão é garantida, não só pela graça das maluquices das cenas, como também pela genialidade criativa desse cara.
Buster Keaton nasceu em 1985 no Kansas e morreu em 1966 em Los Angeles, deixando um legado que vai durar para sempre entre as grandes obras, na história do cinema.
Nota 9.0 de 10
IMDb: 8.1


terça-feira, 6 de outubro de 2020

#Alive

Coreia 2020

Filme coreano “OK” de zumbis. Por mais que alguns digam que já deu, eu acho que a zumbizada ainda consegue render alguns caldos (argh! foi mal). Um bom exemplo é essa história sobre um rapaz tipo “Esqueceram de Mim” que acorda sozinho no apê da família, recebe uma mensagem dos seus pais que foram viajar e o mundo lá fora de repente é tomado por uma epidemia de mortos vivos.
Alguns clichês evitáveis, só que não,  como o vizinho que pede ajuda, mas já está “mordido” e aquela coisa de cair um alfinete no chão no oitavo andar e atrair a fúria ensandecida de uma horda de zumbis lá da rua.
Legal que a tecnologia é bem empregada, com celulares, pau de selfie e drones, modernizando um pouco o gênero.
Dá pro gasto.
Nota 6.4 de 10
IMDb: 6.2


quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Nascido Para Matar (Full Metal Jacket)

USA 1987

O que dizer de um diretor que era mestre em produzir obras primas?
Spartacus – 1960
Lolita – 1962
Doutor Estranho - 1964
2001 Uma Odisséia no Espaço – 1968
Laranja Mecânica - 1971
O Iluminado - 1980
De Olhos Bem Fechados - 1999
Esta é mais uma delas. Nascido Para Matar aborda a guerra do Vietnã. Dividido em duas partes, poderia perfeitamente ser transformado em dois filmes. Os dois, excelentes.
A primeira parte mostra o treinamento de um grupo de recrutas pelo Sargento Hartman (R. Lee Ermey, simplesmente impagável com a sua cara de psicopata), o sujeito mais durão e hilário que você vai encontrar nas telas, nem o Sgt. Thomas Highway, o personagem de Clint Estwood em “O Destemido Senhor da Guerra” de 1986 era tão durão. Pra se ter uma ideia, segue o diálogo de uma cena entre ele e um dos recrutas:
“Onde você nasceu Cowboy?”
“Senhor, No Texas, senhor!”
“Qual é a sua altura soldado?”
“Senhor, um metro e setenta e quatro, senhor.”
“Eu não sabia que faziam pilhas de bosta tão altas no Texas, soldado!”
Só que o final dessa parte é trágico, envolvendo o recruta Pyle (Vincent D’Onofrio, excepcional) e o sargento.
Na segunda parte, os recrutas já formados estão em campo vietnamita e a história dá uma guinada de 180 graus, mostrando a crueza e a crueldade da guerra de verdade e as mentiras que eram “vendidas” ao povo americano, devido à impopularidade da participação dos americanos naquela decisão furada do governo Nixon de se meter na briga dos outros.
Com:
Mathew Modine
Adam Baldwin
Dorian Harewood

Imperdível, imperdível e imperdível.
Nota 9.0 de 10
IMDb: 8.3


Dias Perfeitos (Perfect Days) - Japão/Alemanha 2023 nota 7,8

Indicado ao “ Oscar de Melhor Filme Estrangeiro ” e dirigido pelo prestigiado  Wim Wenders “ Asas do Desejo ”, “ Paris Texas ”, Dias Perfei...