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domingo, 26 de janeiro de 2020

Era Uma Vez em Hollywood (Once Upon a Time in Hollywood)

USA 2019
Tarantino dessa vez, leva a gente em uma viagem ao ano de 1969. Prenúncio das tendências de uma década (anos 70) que ficou marcada pela popularização (no início) e a queda (no final) do movimento Hippie que veio acompanhado de uma moda visual espalhafatosa de calças justas boca de sino, sapatos de plataforma, mini saias, costeletas exageradas e cabeleiras horroríveis.
O filme retrata o final dos anos 60 e essa moda Cafona, ainda não tinha se instalado...
Então porque eu estou falando nisso? Não sei. Vamos em frente!!
O filme vai acompanhar no período de alguns meses dois amigos, um ator decadente, Rick Dalton (Leonardo Di Caprio) e seu dublê particular, Cliff Booth (Brad Pitt), numa corrida atrás de novos papéis, pois a série de TV (um faroeste) que estrelavam já estava desgastada e perdendo audiência.
Quem viveu essa época vai se identificar demais com as propagandas de comunicação visual, comerciais (reclames) de TV, embalagens de produtos, filmes e atores do passado e mais uma série de detalhes que tornam o filme rico e de uma minuciosidade que só assistindo várias vezes (com certeza eu farei isso) vamos identificar.
Como sabem, há a expectativa pelo que vai acontecer em certo momento do filme, de como será abordado o covarde assassinato da atriz Sharon Tate que era casada com o diretor Roman Polanski e estava grávida de 8 meses.
Ela foi morta a facadas por uma seita de hippies que era liderada pelo psicopata Charles Manson e isso deixa a gente o tempo todo num estado de alerta, pois sabemos que Tarantino tem a mania de mesclar violência com humor e nesse caso é um acontecimento que deve ter deixado traumas em muita gente. Ela  (Sharon)é vizinha do lado de Rick Dalton e tá na cara que ele vai ser envolvido.
Não dá pra falar muito, porque aí não vai ser possível evitar os spoilers.
O que posso dizer é que adorei o filme.Não é um filme de ação do começo ao fim. Ao meu ver, as cenas de ação foram cirurgicamente inseridas na história e sabiamente dosadas na intensidade.
Tarantino nunca me decepcionou, o humor e a violência estão presentes, as gags tarantinescas também, como o rato agonizante, a comida do cachorro e o próprio cachorro. Di Caprio é um puta de um ator, Brad Pitt idem, embora não para papéis dramáticos, eu acho. E ele (Tarantino) soube lidar muito bem com o jeito de dar sua versão da tragédia na vida real da Sharon Tate.
Na minha opinião, foi um dos roteiros mais complicados que ele escreveu, pela dificuldade de conduzir uma história simples, mas com uma carga emocional muito grande.
O final é de arrebentar!! A cara do Brad Pitt chapado na cena do tiroteio é impagável.
Trilha sonora com Simon & Garfunkel, Bob Seger, Deep Purple, Joe Cocker, Rolling Stones, Neil Diamond, entre outros.
Imperdível pra quem gosta de cinema!
Com Al Pacino, Kurt Russel, Timothy Olyphant, Dakota Fanning, Maya Hawk de "Stranger Things". Destaque para a menina Julia Butters de 15 anos nas duas cenas com Di Caprio. E Margot Robbie, oficorce!
O título é uma referência à trilogia de Sergio Leone, que incluía "Era Uma Vez no Oeste" e "Era Uma Vez na América".
"Era Uma Vez no Oeste" está no Top 10 da minha lista de melhores filmes de todos os tempos, só pra constar.

Indicações ao Oscar 2020:

Filme
Ator - Leonardo Di Caprio
Ator Coadjuvante - Brad Pitt
Diretor
Roteiro Original
Fotografia
Figurino
Design de Produção
Edição de Som
Mixagem de Som

Nota 8.5 de 10.
IMDb: 8.2

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