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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Dois Papas (The Two Popes)

USA 2017

Belo filme do Fernando Meirelles.
Produção Netflix caprichada, dois monstros nos papéis principais e locações de encher os olhos.
Chega uma hora que fica difícil imaginar que aqueles dois caras não são os papas verdadeiros, de tanto que estão perfeitos nos papéis. 

A história é fictícia, conta que o cardeal argentino Jorge Bergoglio marcou um encontro com o papa Bento XVI para pedir que ele assinasse sua aposentadoria. Esse encontro acaba em confronto numa conversa não oficial, já que acontece na residência de verão do papa e o cardeal é recebido como visita. 
O antagonismo de ideias estava estabelecido, segundo o roteiro, na eleição de Joseph Ratzinger, o cardeal argentino teria sido o segundo candidato mais votado e já teria chamado a atenção do supremo pontífice por causa de suas declarações a favor de uma “amolecida” nas regras da igreja referentes a camisinha, aborto e homossexualidade, evitando com isso perder mais fiéis.

A conversa é inteligente e se desenvolve em um clima que vai do antagonismo ao papo furado sobre música pop, futebol e até piadinhas. Uma delas deve ter sido criada no Brasil:
O cardeal pergunta se o papa sabe como o argentino se suicida e explica:
- Ele sobe no próprio ego e se joga lá de cima.
Em resumo, são dois Papas papeando, ou seja, batendo um papo... (eitah!)

Eles tomam café, tocam música, comem pizza, tomam Fanta, assistem futebol e até dançam tango. Pois é...

Apesar de toda a beleza plástica do filme, fica difícil aceitar a situação abordada.
Os dois acabam compartilhando segredos e arrependimentos do passado e se tornam amigos, Bergoglio conta de seu envolvimento no governo militar da Argentina na década de 70 e Bento XVI fala do seu desejo de ser músico, até que chega o momento em que confessa que vai renunciar.

Para qualquer cinéfilo, é um grande filme que vale a pena conhecer, é bonito, sensível e envolvente. Deve agradar o público em geral, apesar de estar longe de ser verdadeiro.
Está indicado ao Oscar 2020 nas seguintes categorias:

Melhor Ator – Jonathan Pryce
Melhor Ator Coadjuvante – Anthony Hopkins
Melhor Roteiro Adaptado


Nota 7.5 de 10
IMDb: 7.6

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