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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Mank e Cidadão Kane

 
Mank

USA 2020

David Fincher (O Clube da Luta, Seven: Os Sete Crimes Capitais) é o diretor desse filme biográfico, mostrando as facetas de Heman J. Mankiewicz (Gary Oldman), um dos mais conhecidos roteiristas de Hollywood nas décadas de 40 e 50.

O filme se concentra no ano de 1940, quando ele passou acamado por 60 dia numa propriedade rural, acompanhado de sua enfermeira (Monika Gossman) e sua assistente (Lily Collins), se recuperando de um acidente e escrevendo o roteiro de “Cidadão Kane”.

Orson Wells (Tom Burke), que foi o co-roteirista e diretor, pouco aparece e a sua participação se dá mais em ligações telefônicas para Mank. Ele tinha sido contratado pelo estúdio e estava com a moral lá em cima, depois de ter ficado famoso em 1938, por apavorar toda a costa leste, narrando uma invasão alienígena no seu programa de radio na CBS.

Em flashbacks vamos conhecendo Mank, seu alcoolismo, sua língua afiada e seu bom coração. Tudo acompanhado de um desfile de celebridades da época e muita politicagem, envolvendo eleições, socialismo, depressão e traições.

Cidadão Kane, foi indicado para 11 Oscars e ganhou o de Roteiro Original. Perdeu de Melhor Filme e Direção para “Como Era Verde Meu Vale” de John Ford.

Orson Wells perdeu de Melhor Ator para Gary Cooper com o filme (Sargento York).

Perdeu também: Direção de Arte, Fotografia, Mixagem e Trilha Sonora.

Nenhum dos dois roteiristas apareceu para receber a estatueta de Roteiro. George Schaefer, o presidente da RKO Pictures, representou os fujões.

O filme é todo em preto e branco, tem a qualidade que o diretor costuma entregar e não chega a ser chato, mas para quem está procurando um tipo de diversão mais fácil de digerir, não é recomendado.

Se você é daqueles (que nem eu), que tem um certo apego pelo cinema dessa época, não perca, pois é uma bela homenagem, caso contrário, é melhor procurar outra coia pra ver.

Gary Oldman, excelente, como sempre.

Com Amanda Seyfried, o eterno vilão Charles Dance e Ferdinand Kingsley, filho de Ben Kingsley.

Nota 7.3 de 10
IMDb: 7.1

Cidadão Kane (Citzen Kane)

USA 1941

Considerado por muitos (até um passado próximo), como o melhor filme já feito, é a história da ascensão de Charles Foster Kane (Orson Wells), um menino que é tirado dos pais para ser educado em Nova York por um tutor (Everette Sloane), encarregado de cuidar do garoto até que ele complete a maioridade e possa movimentar sua herança, uma mina recebida pela sua mãe em pagamento de uma estadia em sua pensão. O início do filme, mostra sua morte, já velho e a partir daí, um investigador enviado por um editor, passa a fazer uma pesquisa sobre a vida dele. De como fez fortuna, principalmente na imprensa, a sua investida na política, seus casamentos, suas paixões e sua solidão, mas a grande incógnita da história, é saber o que significa a palavra “rosebud”, a última coisa que Kane disse antes de morrer. Só no final descobriremos. Apesar dos elogios e a adoração dos críticos, não considero o filme essa obra prima que tanto cultuam, apesar de ser a terceira vez que assisto. É um filme excepcional, tem alguma coisa nele que me prende a atenção o tempo todo, apesar de parecer chato em sua premissa. Talvez seja a direção segura, ou a fotografia com suas sombras e luzes, os closes nos personagens, o elenco irretocável, ou tudo isso junto.

Com: Agnes Moorehead (A Endora da série “A Feiticeira”), Joseph Cotten e Ray Collins, entre outros e  além dos já citados.

Para fãs de carteirinha do cinema clássico, se você não é, suas chances de gostar, ficam ali nos 50%.

Nota 8.0 de 10
IMDb: 8.3

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