Filme pequenininho e grandioso. — Tudo se passa
durante os preparativos e a gravação de um álbum da cantora Ma Rainey numa
tarde de calorão na Chicago dos anos 20. — A maior parte do filme se passa numa
claustrofóbica e desconfortável sala para os ensaios da banda e em seguida a
ação vai para o estúdio, já com a presença da estrela. — A mulher era exigente,
tinha a personalidade forte e apesar de seu empresário e o dono da gravadora, não
aguentarem mais suas exigências, eles não queriam deixar de ganhar a grana que o
disco da mulher ia render. É o caso de brancos esquecerem o racismo por
interesse. E ela tinha plena noção disso.
Chadwick Boseman, (em seu último trabalho), é o músico sonhador. Um trompetista que acredita num disco solo, prometido pelo dono da gravadora. Convencido do seu valor, passa a querer modificar os arranjos das músicas que seriam gravadas, gerando
discórdia dentro do grupo. Viola Davis, irreconhecível, mostra porque levou um
Oscar de Atriz Coadjuvante por “Um Limite Entre Nós” em 2017. Dizem que ela
ganhou pelo ranho...
Aqui ela emplaca a personagem. É impossível
esquecer sua performance, a rabugice, a soberania, as exigências e a cena de
lesbianismo entre ela e sua dançarina. Fica na cabeça da gente.
É um filme curto “01h35”, mas é forte, marcante e está
indicado ao Globo de Ouro em duas categorias:
Melhor Atriz em filme dramático – Viola Davis
Melhor Ator em filme dramático: Chadwick Boseman
Se o gênero atrai, não perca. Grande filme.
Nota 7.0 de 10
IMDb: 7.1
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