USA 2020
1968 foi um ano que muitos americanos não esquecem:
O assassinato de Martin Luther King, do Presidente Robert Kennedy e a
intensificação do envio de tropas para o Vietnã.
Com a popularidade do então presidente Lindon
Johnson despencando, grupos humanitários resolveram se unir e realizar um
grande protesto contra a participação dos Estados Unidos na guerra do Vietnã durante
a Convenção Nacional Democrata, um evento que iria além de outras coisas,
lançar candidatos para concorrer à presidência.
O que aconteceu, foi que as coisas saíram do
controle e a baderna tomou conta das ruas da cidade, num enfrentamento de manifestantes e
policiais que deixou mortos e feridos.
O poder público então, resolveu culpar os sete
líderes dos grupos e mais o líder dos Panteras Negras que também participavam
do protesto. Eles foram presos e o julgamento durou mais de 6 meses.
Eu sempre gostei bastante de filmes de tribunal e
dessa vez não foi diferente. Apesar da parcialidade descarada e revoltante do
juiz Julius Hoffman (Frank Langella, o Conde Drácula mais sem graça do cinema),
o filme tem vários momentos de humor, por conta das tiradas dos acusados, principalmente
Abbie Hoffman (Sacha Baron Cohen) e Jerry Rubin (Jeremy Strong).
Inteligente, com um roteiro bem escrito pelo diretor
Aaron Sorkin, o filme é interessante, intenso e divertido do começo ao fim.
Destaque para Michael Keaton como o ex chefão de
operações Ramsey Clark, Joseph Gordon Lewitt como o promotor Richard Schultz e
os oscarizados: Mark Ryalance como o advogado de defesa William Kunstler (ele ganhou
o Oscar de Ator Coadjuvante em “Ponte dos Espiões”) e Eddie Redmayne.
O filme está concorrendo ao Globo de Ouro e é possível
candidato ao Oscar.
Imperdível para quem gosta de um bom drama de tribunal.
Nota 8.0 de 10
IMDb: 7.8
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