Em plena segunda guerra mundial, Charles Chaplin escreveu e dirigiu este clássico histórico. Um filme que tem um significado muito maior do que a história que nele é contada, pelas circunstâncias da época, pelo tema polêmico, por sua crítica ferrenha e a coragem do cineasta de satirizar a figura de Adolf Hitler. Inclusive, consta que Hitler foi ao cinema, assistir
o filme, só que ninguém diz o que ele achou.
Chaplin é um barbeiro judeu que volta ferido da
guerra (a primeira guerra mundial). Ele fica em recuperação por anos e quando
sai, acaba surpreendido ao ver seu país, a Tomânia, dominada pelo ditador
Hinkel, seu sósia (Chaplin faz os dois papéis). Com isso, o bairro judeu em que ele
vive, é constantemente invadido, pilhado e seus amigos vizinhos, agredidos e submetidos
aos mais variados tipos de humilhação pelos cruéis soldados da "Double Cross",
É então que ele se revolta e ao lado de Hannah, (Paulette Goddard), uma corajosa faxineira, passa a combater a “Double
Cross", ajudado por um dos oficiais de Hinkle, um ex-soldado que teve sua vida salva pelo barbeiro, durante a guerra.
O filme é um marco do cinema, pois além do seu tema
politizado (alguns cinemas se recusaram a exibi-lo no começo, talvez com medo de represálias), esse é o primeiro
filme sonorizado da carreira de Chaplin.
É de tirar o chapéu e reverenciar, pois apesar de alguns
pequenos furos no roteiro e alguns cortes um tanto abruptos, o filme concorreu ao
Oscar como Melhor Filme, Chaplin concorreu como Melhor ator, Jack Oakie como Melhor
Ator Coadjuvante, além das indicações para Melhor Roteiro Original e Melhor
Trilha Sonora Original.
Destaque para o discurso do barbeiro no final. Uma
das cenas mais memoráveis do cinema.
Classicaço!!!
Nota 8.1 de 10
IMDb: 8.4
Nenhum comentário:
Postar um comentário