A gente já sabia que devido a essa pandemia que se abateu sobre o planeta, 2020 seria um ano meio fraco de boas produções para o cinema.
Os organizadores do Oscar, a premiação máxima da
sétima arte, parece que combinaram em deixar isso, o mais evidente possível,
tal a qualidade de alguns dos escolhidos que concorrem à estatueta, no próximo
dia 25 de Abril.
Um bom exemplo é esse Sound of Metal, um filme sem
grandes atrativos que está concorrendo em 6 categorias:
Melhor Filme
Melhor Ator (Riz Ahmed)
Melhor Ator Coadjuvante (Paul Raci)
Melhor Roteiro Original
Melhor Montagem
Melhor Mixagem de Som
Eu não vi bagagem para essa festa toda. Talvez eu
não tenha entendido, ou esteja ficando velho. (Só quero deixar claro que adoro
Heavy Metal e AC/DC é a minha banda predileta).
Não que o filme seja ruim, só que o filme é...
comum...
Ruben (Riz Ahmed), é um baterista que faz dupla com
sua namorada Lou (Olivia Cooke), se apresentando em clubes com suas canções de
Heavy Metal. De repente ele percebe que está perdendo a audição, não aos
poucos, a moléstia vem de repente e em poucos dias o cara está surdo que nem
uma porta.
Ele procura ajuda médica e o tratamento indicado é uma
cirurgia para a colocação de uma prótese auditiva, só que custa uma nota.
A história fica ali, meio no impasse e enquanto não
se resolve, sua namorada dá no pé, meio que inexplicavelmente, mas antes o acompanha
até um instituto filantrópico, que ensina para novos surdos a arte da comunicação
por sinais. Essa parte é o melhor do filme, mas ainda assim, faltou emoção e
mais profundidade. E tem mais: o roteiro permeia com informações irrelevantes
(como a dependência química de Ruben, da qual se livrou há quatro anos), além
do que, falta verossimilhança, empatia e para ajudar, um final que não vai para lá e nem vem
para cá.
Podem me chamar de chato, mas é a minha opinião de momento. E nem
acho que Riz Ahmed (o vilãozinho meia boca de “Venom”), tenha se destacado
tanto assim, para merecer a indicação.
Dá pra ver, mas não espere demais, que nem eu. Pelas
críticas que eu li, achei que eu ia dizer “ooohhhh”, mas só consegui fazer um
“blé...”.
Dependendo da premiação, talvez eu dê uma nova espiada, como fiz no ano passado com “Parasita”.
Nota 6.9 de 10
IMDb: 7.8
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