Andra Day, está indicada ao Oscar de Melhor Atriz, pelo seu desempenho nessa cinebiografia da cantora de Jazz, Billy Holiday. O filme se concentra na década de 50, o período em que a cantora atinge o auge da sua carreira depois de gravar a música “Strange Fruit” que se transforma em um hino contra a repressão racista. Tudo em meio à tentativa de alguns senadores em aprovar a lei que tornava os linchamentos de pessoas negras crime federal. (para quem não sabe, na virada do século passado, poucas décadas depois da abolição da escravidão nos Estados Unidos e em um período de grande violência racial, linchamentos eram investigados e processados por autoridades locais e estaduais, e a grande maioria dos autores ficava impune)
Então, a execução da música passou a ser proibida e a cantora perseguida por agentes do FBI. O filme ainda mostra sua dependência de drogas, romances (apesar que sua bissexualidade foi muito pouco explorada), mas tem uma cena para lá de caliente dela com Jimmy Fletcher (Trevante Rhoads), o agente negro do FBI, que não saía da sua cola.
Obs: A federalização da lei anti-linchamento até hoje não foi aprovada, sua ultima votação foi em 2020. Vai entender.
Não há dublagem, Andra Day, canta (lindamente), todas as canções, interpreta a personagem com maestria e tem grandes chances de levar o Oscar. A minha preferida ainda é Frances McDormand por “Nomadland”, mas se a Andra ganhar, não será nenhuma injustiça.
Quanto ao filme, só achei exageradas as duas horas e dez de duração. Se tivesse uma meia horinha a menos, não teria se tornado cansativo em alguns momentos.
Belo filme.
Nota 6.7. de
10
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