Aqui o impagável Sr. Hullot aparece com seu jeito clássico, seu inseparável cachimbo, seu sobretudo e o eterno guarda-chuva, sempre muito educado, solícito e gentil, mas dando a impressão de estar totalmente fora de sintonia com o mundo, se atrapalhando com tudo e causando confusão com a sua inocência e a sua irreverência.
Ele apronta das suas, primeiramente, no saguão de um aeroporto, depois numa feira de utilidades e finalmente num restaurante que estava preparado para atender 50 clientes, mas os funcionários acabaram surpreendidos com um número muito maior de pessoas.
As trapalhadas dos garçons, o apuro do maître e do gerente, os tradicionais bebuns e os clientes diferenciados, tudo com a presença gozadíssima do atrapalhado Hullot.
A sátira ao consumismo e ao modernismo exagerado, a “finesse” da sociedade, a visão de um mundo sistemático retratada num simples engarrafamento de veículos, tudo simples e por isso mesmo, genial.
Não é para morrer de rir, mas é uma comédia fina, de humor leve, irônico, icônico e diferente.
Se tiver oportunidade, não deixe de ver.
É inesquecível.
Nota 8.6 de
10
IMDb: 7.9
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