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quinta-feira, 22 de julho de 2021

Mare of Easttown – Minissérie - USA 2021

Kate Winslet carrega nas costas essa minissérie em que ela é detetive de polícia da cidade americana de Easttown.

A história já começa com um crime não resolvido, em que uma garota está desaparecida há um ano e a mãe vem utilizando os meios de comunicação para infernizar a vida da polícia. Pois é... lembra um pouco “Três Anúncios para um Crime”.

Mas como um desaparecimento é fichinha, para dar uma injetada de ânimo nos comedores de donnuts da cidade, uma garota aparece morta, nua, jogada nas pedras geladas de um riacho.

Lembrou “Laura Palmer”?

Então... lembra mesmo.

A cidade gelada, a população interiorana e os podres que vão aparecendo, mais a carga de emoção que os três primeiros episódios jogam em cima da gente, dão a sensação de que estamos diante de uma nova “Twin Peaks”, a série dirigida por David Lynch, que deixou muita gente grudada no sofá na década de 90.

Só que Brad Ingelsby e Craig Zobel (diretor e roteirista), não são páreo para David Lynch e depois de um início avassalador, a história desanda para o dramalhão.

Não é só o sangue da coitada da Lori que se esvai pelas águas rio abaixo. Se não fosse a Kate...

É adultério, bullying, adolescentes viciados, suicídios, overdoses, filhos(as) dizendo que odeiam a mãe, padre pedófilo, amigas traíras, homossexualidade, Mare carregando toneladas de pressão nas costas, um verdadeiro puchero mexicano, e nada de solucionar o caso da moça morta...

Ali pelo capítulo 5, alguma coisa acontece e não por mérito da polícia, as coisas vão clareando por puro acaso e as resoluções acabam caindo no colo da protagonista. Além disso, os motivos mais absurdos são inventados para justificar os crimes, chegando a ponto de provocar risos.

Pra ajudar, o diretor acha de matar o personagem mais legal da história... tsc tsc tsc...

Dá pra ver? Dá sim! Kate Winslet prende a gente na trama e no drama, a mulher é foda. Guy Pearce aparece pra dar uma força e Evan Peters de “X-Men” e “Deadpoll” é o cara legal da história. Ainda temos a presença ilustre de David Denman, o gorducho namorado da doce Pam, em “The Office”.

A série não é ruim, não quero que fiquem com essa impressão, ela apenas não entrega aquilo que promete no começo. Em resumo, podemos dizer que se fosse um sanduíche, os crimes seriam as bandas de pão e o recheio principal seria o dramalhão. Eu preferia que fosse o contrário.

Achei exagerada a nota altíssima no IMDb.

Nota 7.4 de 10
IMDb: 8.5


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