Quando eu assisti “Duna” de David Lynch, o filme de 1984 com Kyle MacLachlan, Max Von Sydow e Sting no elenco, eu achei uma tremenda bagunça, apesar de ser admirador do trabalho do diretor. Depois fiquei sabendo que foram feitos vários cortes por exigência dos produtores que o acharam longo demais e isto acabou escangalhando com o filme, jogando fora um orçamento gigantesco.
Agora, Denis Villeneuve encontrou a solução para contar esta história de fantasia épica, passada em uma época remota em planetas criados na imaginação do autor do livro, Frank Herbert.
Villeneuve, o diretor de "Os Suspeitos" de 2013, "Sicário, Terra de Ninguém" de 2015 e "Blade Runner 2049" de 2017, dividiu em duas partes, portanto, esta é só a primeira metade (claro né, não iam lançar a segunda metade primeiro... dããã).
O moço Paul Artreides é o herói desta saga, em que sua família é retirada do seu pacífico mundo por ordem do imperador da galáxia, para ser enviada a Arrakis. Um planeta árido que tem a sua superfície composta por um deserto habitado por vermes gigantescos, mas é onde se produz naturalmente a “especiaria”, uma droga alucinógena valiosíssima que é usada para deixar doidões soldados em batalha.
O planeta e seu povo nômade há anos vinha sendo abusado, judiado e exterminado pelo antigo explorador Barão Vladimir Harkonnen (Stellan Skarsgard) de “Chernobil” e “Ninfomaníaca”, que de repente foi retirado de lá por ordem do imperador. Acho que ele estava surrupiando a tal da especiaria...
O Duke Leto Artreides (Oscar Isaac), chega no lugar com a ideia de fazer uma parceria com o povo do deserto, tratando a todos como iguais e acabando com a tirania imposta pelo barão. Mas alguma coisa muito ruim acontece (claro né) e isso vai despertar o herói que habita (eitah, que coisa brega), a alma do garoto Paul (Timothée Chalamet), o menino de “Me Chame Pelo Seu Nome” e “Adoráveis Mulheres” de 2019.
O elenco grandioso, ainda conta com a sueca Rebecca Ferguson de Missão Impossível e Doutor Sono (em Doutor Sono, ela faz aquela bruxa cruel que usa uma cartola e se alimenta de criancinhas), tem também o “Aquaman” Jason Momoa, o oscarizado Javier Barden, o não menos icônico “Thanos” Josh Brolin, o bombadão Dave Bautista (Guardiões da Galaxia), a veterana Charlotte Rampling e a queridinha de Hollywood do momento, Zendaya.
Impossível ficar indiferente, concorda?
Tudo no filme é grandioso, os efeitos enchem os olhos e algumas cenas são de tirar o fôlego, só o que me incomoda um pouco nesse tipo de história é ver tanto personagem legal morrer (morrer heroicamente, mas mesmo assim... morrer) e também tem aquela coisa de visões, visões e mais visões... coisa um pouco chata pra mim.
Mas é um filmaço, não deixem de ver.
Nota 7.9 de 10
IMDb: 8.2
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