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segunda-feira, 28 de março de 2022

Amor Sublime Amor (West Side History) USA 2021 nota 6,7

Com spoilers.

Nunca fui muito fã dessa adaptação de Romeu e Julieta, desde a versão clássica de 1961.

Agora temos esta opção spielberguiana que para mim, não acrescentou nada à primeira e ainda ficou devendo uns trocados, ficando bem abaixo das minhas expectativas.

Tudo acontece em dois dias num bairro periférico de Nova York. A discórdia corre solta entre duas gangs de jovens, os Jetts que são os americanos liderados por Riff vivem se hostilizando com os Sharks (não vou entrar no mérito do porque da escolha de um nome americano), os puerto-riqueños liderados por Bernardo. Num baile que (sabe-se lá por quê), reúne jovens das duas nacionalidades, Tony (Ansel Elgort), um americano, se encanta pela puerto-riquenha, Maria (Rachel Zegler), irmã de Bernardo, que foi para o baile acompanhada por Chino, um pretendente com cara de nerd. Acontece que a muchacha também acaba se engraçando pelo bonitão da terra do Tio Biden...

Mas segundo uma regra estabelecida, americano não pode namorar porto-riquenha, porto-riquenho não pode namorar americana nem vice e versa e menos ainda versa e vice, então o pau acaba comendo solto. Ou quase.

Riff e Bernardo, combinam se encontrar na noite seguinte com seus pupilos, para um entrevero da moléstia, acompanhados pela dupla dos “deixa disso, mano”: Tony pelo lado dos Jetts e Chino pelo lado dos Sharks. Mas como se pode prever, a peleja acaba acontecendo e dando merda. Os dois líderes acabam saindo de lá na horizontal.

Não gostei da mocinha Rachel Zegler, é feinha e não dá tesão, a qualidade da menina é que ela canta muito (afinal é cantora), mas mesmo cantando muito, não me empolgou, Natalie Wood, ganha de lavada.

Interessante foi a ideia de convidar a Rita Moreno (que faz a Anita na versão original e levou para casa o Oscarzão de Atriz Coadjuvante), para interpretar Valentina na versão atual. Confesso que estava com dó da velhinha por ela ter sido a responsável pela morte do seu protegido (afinal foi ela quem disse para ele que Chino havia matado Maria), mas quando ela aparece na rua e vê Tony morto, Maria viva e não demonstra nenhum sentimento, aí eu desisti de vez... Spielberg já foi melhor.

Interessante: Ariana DeBose, a Anita desta versão, também concorreu ao Oscar de Coadjuvante. E faturou.

É um filme bonito visualmente, enche os olhos e nem parece que tem 2h36’, mas a história não empolga, parece uma base segmentada, em que a estrutura foi desmembrada e não colaram direito.

Fico me perguntando: Não seria mais proveitoso se ele, Spielberg, tivesse escolhido alguma coisa mais alegre para um remake? Tipo um “Expresso de Chicago”, um “Sorcerer”, ou até uma versão comédia de “Columbo”?

Quem sabe na próxima?

Segue as indicações:

Melhor Filme – indicação injusta (a versão de 1962, ganhou o Oscar)

Melhor Diretor – indicação injusta, apesar de ser Spielberg (a versão de 1962, também ganhou)

Melhor Atriz Coadjuvante – fiquei em cima do muro (na versão de 1962, Rita Moreno ganhou)

Melhor Direção de Arte – indicado com justiça (a versão de 1962, ganhou também com justiça)

Figurino – indicação justa (a versão de 1962, ganhou, acho que foi justo também)

Som – indicação justa (a versão de 1962, ganhou, além de Melhor Trilha Sonora)

Fotografia – indicado com justiça (a versão de 1962, ganhou também)

Design de Produção – indicado com muita justiça

Ariana DeBose repetiu a dose e levou o Oscarzão para casa. E só... no restante das indicações, o filme perdeu em todas. Agora eu pergunto: Pra que fazer um remake pior do que o original? E ainda por cima de um filme manjado desse?

Acorda Spielberg...

Nota 6.7 de 10
IMDb: 7.4


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