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segunda-feira, 29 de maio de 2023

Esquema de Risco – (Operation Fortune: Ruse de Guerre) USA 2023 nota 7,4

Guy Ritchie dirigiu “Jogos Trapaças e Dois Canos Fumegantes”, lançado em 1998, foi comparado a Quentin Tarantino e desde lá, não parou, nem descansou ou tirou férias. Só para citar alguns dos seus filmes: “Snatch: Porcos e Diamantes” veio em seguida, no ano 2000 com Brad Pitt, “Destino Insólito”, em 2002 com Madonna (sua esposa na época), “Revólver” em 2005, Rock&Rolla: A Grande Roubada em 2008, Sherlock Holmes em 2009, “Magnatas do Crime” 2019, “Infiltrado” 2021 “The Covenant”, recém lançado. Como podem perceber, o cara tem fôlego de maratonista.

Seu estilo não varia muito, são filmes de ação mesclados com diálogos bem humorados, uma fórmula perfeita, que sempre funciona e fica impossível você não se divertir, mesmo que o filme seja fraco de ideias e cheio de clichês.

É o caso aqui.

Arma super secreta é roubada de um laboratório de pesquisas e Orson Fortune (Jason Statham), um especialista em missões secretas é convocado para recuperar o artefato. Sua equipe formada por JJ (Bugsy Malone) e a hilária Sara (Aubrey Plaza), contratam um grande astro de Hollywood, Danny Francesco (Josh Hartnett), para ajuda-los, mas precisarão competir com outro especialista neste tipo de “trabalho” o ardiloso Mike (Peter Ferdinando) e a sua equipe, já que a missão não prima pela exclusividade.

O elenco ainda tem Cary Elwes, Eddie Marsan e Hugh Grant.

Porradaria, bom humor e diálogos afiados. Se você gosta de ação e risadas, não deixe de ver.

Divirta-se. Eu me diverti.

Nota 7.4 de 10 => IMDb: 6.3

Argentina 1985 - Argentina 2022 nota 6,5

Bom filme argentino, concorrente ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, perdeu para o inglês “Nada de Novo (de novo) no Front”, que ganhou merecidamente.

O cinema argentino tem dado bons frutos, alguns exemplos como “O Segredo dos Seus Olhos”, O Conto Chinês”, “Tese para um Homicídio” e “Relatos Selvagens”, estão aí para provar (tem muito mais). Ao contrário do cinema brasileiro, o argentino procura produzir coisas sérias e não banalidades horríveis como por exemplo “Deserto Particular” de 2021, que a nação cinematográfica tupiniquim, ainda teve o descaramento de inscrever para concorrer à pré-indicação ao Oscar 2022. Uma vergonha.

O filme aqui, aborda o julgamento dos militares que durante a ditadura que durou de 1966 a 1973, Jorge Rafael Videla, Roberto Eduardo Viola, Leopoldo Galtieri e Reynaldo Bignon, abusaram do poder, não dando importância às barbaridades cometidas pelos seus subordinados que torturaram, mataram e “desapareceram” com pessoas ligadas à guerrilha Peronista, grupos armados que lutavam contra a ditadura militar e que por sua vez, também mataram, roubaram, explodiram... etc...

Porém, denúncias de sadismo e genocídio, levaram o governo de Afonsin, eleito em 1983 a delegar para um júri civil o julgamento dos militares altopatenteados da era ditatorial.

Ricardo Darín (sempre ele), faz o papel de Victor Strassera, o homem à frente da equipe que investigou, pesquisou e coletou as provas para a acusação.

O filme é longo demais 2h20 de duração, e na minha opinião, interessa mais aos argentinos, pois narra um período histórico do seu país.

Se interessar, assista, porque o filme é bom, apesar de não acabar nunca... haja saco...

Obs: Na minha opinião, o versátil Ricardo Darín merecia pelo menos uma indicação ao Oscar de Melhor Ator.

Nota 6.5 de 10 => IMDb: 7.6


Você (You) 1ª Temporada - USA 2018 nota 6,9

Outra série sobre um psicopata do bem, mas muito diferente de “Dexter”.

Joe tem uma livraria, herdada de seu tutor e seu passatempo é estudar a clientela. Recém saído de um caso de amor que não deu certo, ele conhece Beck (Elizabeth Lail), uma bela cliente aspirante a escritora.

Beck vive em sintonia com outra camada da sociedade, tem outros planos, outra vida, outro estilo, mas Joe é obstinado e começa a estudar a moça para ter maiores chances de conquista.

Quando descobre que ela tem algumas amizades nocivas, passa a tomar algumas “medidas” para protege-la.

A série, baseada em livro da escritora Caroline Kepnes, tem uma certa dose de romance e algum suspense, mas o roteiro usa e abusa das “favorecidas” tradicionais, para ajudar o protagonista a ter sucesso. Joe (Penn Badgley), tem lá sua cara de moço bonzinho e isso ajuda bastante, mas para mim, esta primeira temporada não passa do nível médio.

Vamos ver a segunda temporada.

Ou não?

Nota 6.9 de 10 => IMDb: 7.7


Compartimento Nº 6 (Hytti nro 6) - Finlândia 2021 nota 6,2

Baseado em um livro que eu não tenho vontade de ler, o filme tem no currículo o fato de ter sido exibido em Cannes e faturado alguns prêmios em festivais razoavelmente importantes, mas não se enganem... é fraco.

Laura (Seidi Haarla), uma garota finlandesa de passagem pela Russia, parte de trem em direção ao Ártico onde, segundo ela, há petróglifos, uma espécie de plataformas naturais à beira mar, de onde se extraiu petróleo.

Na viagem, ela tem que dividir a cabine com um sujeito desagradável: Ljoha (Yuriy Borisov), e é assessorada por uma comissária de bordo mal humorada e desrespeitosa.

Durante a viagem, muita coisa vai acontecer, mas não se enganem, nada muito interessante e nem fora do comum.

O filme tem seus altos e baixos, mais baixos do que altos. Eu consegui ver até o final, talvez porque estava num jejum de filmes desse tipo, mas não sei se teria paciência em outra ocasião.

Se você procura diversão pura e simples, fuja. Não é de todo ruim, pois a proposta é boa há uma certa sinceridade, mas... haja paciência.

E pra que viajar tanto só pra ver petróglifos?

Nota 6.2 de 10 => IMDb: 7.2

A Sniper Russa (Battle for Sevastopol) Rússia 2015 - nota 6,6

Quem espera um filme sobre uma atiradora fodona que tem uma mira fenomenal e detona nazis durante a segunda guerra se engana. É sim sobre uma moça agraciada com o dom de uma mira extraordinária e detona nazis na segunda guerra, mas o filme não é só isso.

É um drama de guerra baseado em fatos sobre uma militar, Lyudmila Pavlichenko (Yuliya Peresild), uma menina que foi treinada desde muito nova para matar, graças às suas habilidades de tiro.

O filme aborda seus dramas, seus traumas, paixões e a dedicação incondicional de servir seu país, abrindo mão da família e de tudo o mais.

Há momentos de exploração e também de companheirismo entre seus colegas, amigas e superiores.

É um pouco mais de duas horas de exibição, coisa que eu achei exagerada, mas parece que assim como os coreanos e chineses, os russos também tem a mania de transbordar um pouco na arte da dramatização. Às vezes parece que estamos assistindo uma novela.

Mas o filme é bom, bem interpretado e bem dirigido. Quem curte o tema (já exaustivamente explorado), vai gostar.

Obs: vejam que o filme foi lançado antes da guerra com a Ucrânia, então, não se trata de nenhuma propaganda bélica a favor de Boris Yeltsin.

Nota 6.6 de 10 => IMDb: 7.0


sábado, 20 de maio de 2023

Noites Brutais (Barbarian) – USA 2022 nota 6,5

Moça aluga casa no subúrbio para uma entrevista de emprego (?). Chegando lá, a casa está ocupada. O hospede (Bill Scarsgard), oferece uma parceria na locação, ele parece um cara legal e tem boa aparência, mas algumas atitudes despertam a desconfiança da gente. Não da moça.

É aí que passamos a chamar a garota de burra e sem noção, iludida por um sujeito do mal, com cara de moço bonzinho.

Mas o filme que parece caminhar para uma chatice tipo “Fresh”de 2022, vai ter reviravoltas e manter o interesse até o final.

É um terror dirigido por Zach Cregger, um dos diretores de “A Garota da Capa” de 2009.

O elenco ainda tem Georgina Campbell (que eu nunca vi mais gorda), Justin Long de “Olhos Famintos” e Richard Brake de “Batman Begins” e “Game of Thrones”.

O filme está bem cotado no IMDb, e com justiça, pois comparado à mediocridade dos filmes de terror que assolam os streamings, até que esse dá pro gasto.

Se você curte um terrorzinho na medida, vá em frente. Não é nenhum “Iluminado”, mas dá pra ver sem susto. Ou seja, com susto...

Nota 6,5 de 10 => IMDb: 7.0

domingo, 14 de maio de 2023

M3gan – USA 2023 nota 6,7

Co-produzido por James Wan que também ajudou no roteiro, este Sci-fi de terror, que parece uma espécie de “Brinquedo Assassino”, mesclado com “A.I”, e uma pitadinha de “Exterminador do Futuro”, faz a gente lembrar da célebre frase do grande Abelardo: “na televisão, nada se cria, tudo se copia”, no cinema também.

Garotinha marcada por uma tragédia, ganha de presente da titia (Allison Williams), o modelo experimental de uma nova boneca, que vem sendo desenvolvida na empresa em que trabalha. Uma boneca robótica com capacidade de absorver informações e ir aprendendo com elas a entender o ser humano, coisa que nem mesmo os humanos conseguem. Acho que já vi isso em outro filme.

É claro que vai dar m... apesar do começo em que uma amizade fofíssima surge entre as duas.

O filminho é agradável de ver e ouvir, a boneca é perfeita, caracterizada pela atriz neozelandesa Amie Donald com a voz de Jenna Davis, só os olhões da guria cibernética são cria da indústria de efeitos visuais.   

Apesar do vendaval de clichês, eu gostei. Recomendo para quem está a fim de passar um tempinho em frente à telinha sem se chatear. Dá pro gasto.

O diretor Gerard Johnstone, não tinha muita coisa no currículo. Agora já tem.

Nota 6,7 de 10 => IMDb: 6.4

O Urso do Pó Branco (Cocaíne Bear) – USA 2023 nota 6,0

Comédia sanguinolenta dirigida por Elisabeth Banks, atriz em “Jogos Vorazes”, “O Virgem de 40 Anos”, “Homem Aranha”, etc... De uns tempos pra cá, resolveu se meter a diretora e até tem conseguido alguns triunfos, como “A Escolha Perfeita 2” de 2015 e “As Panteras” de 2019”.

Agora ela enfiou o pé na jaca de vez nesse filme que é um tiro no escuro, pois muita gente se divertiu à beça e muitos detestaram.

Eu não achei ruim, apesar da situação politicamente incorreta de envolver animais inocentes com drogas.

Carregamento de cocaína cai num bosque e os traficantes vão atrás da droga, acontece que um dos pacotes se rasga e um urso acaba cheirando o pó, virando uma fera assassina muito, muito do pirado.

Algumas cenas de puro Gore, outras de comédia pastelão e o filme se mantém interessante até o final. Participação de Ray Liotta no que deve ter sido seu último trabalho e O’Shea Jackson Jr

É mais para adolescentes do que para adultos, ou adultos que ainda pensam como adolescentes.

Por sua conta e risco.

Nota 6,0 de 10 => IMDb: 6.0

Alerta Máximo (Plane) – USA 2023 nota 6,6

Avião de passageiros é obrigado a fazer um pouso forçado (na verdade, quase uma queda), numa ilha localizada num arquipélago das Philipinas.

O lugar sem lei, é dominado por gente da pior laia e é claro, eles vão se aproveitar da situação para faturar uns trocados, pedindo resgate pelas vítimas. 

O piloto da panificada aeronave, Gerard Butler, arranja um ajudante de última hora e juntos, tentarão evitar o pior, até que uma equipe de regate localize e chegue no lugar.

Tiroteios, explosões, mísseis... até parece que os bandidos já estavam preparados para o ocorrido.

Enfim... mais um filminho de ação que se não é lá essas maravilhas, pelo menos serve pra distrair a gente durante a 1:47h de duração.

Se você curte uma boa ação, vá em frente. Apesar dos olhos arregalados do Butler, vale uma espiada.

Com Mike Colter, o “Luke Cage” da Marvel.

O diretor “Jean-François Richet” é conhecido por “Ataque ao 13º Distrito” de 2005 e “Inimigo público Nº 1” de 2008.

Nota 6,6 de 10 => IMDb: 6.5

Sra. Harris Vai a Paris (Mrs. Harris Goes to Paris) – UK 2022 nota 7,0

Anos 50.

Quando uma encantadora faxineira do subúrbio de Londres, bota na cabeça que vai a Paris, comprar um vestido Christian Dior, ninguém vai conseguir tirar a ideia da sua cabeça.

Esse conto de fadas moderno, concorreu ao Oscar de Melhor Figurino e perdeu para “Wakanda para Sempre”, injustamente, eu acho... O filme, assim como a senhora Harris (Leslie Manville), é uma graça.

Impossível não se encantar com a sua pureza de sentimentos e a bondade da sua alma e também não dá pra não torcer por ela e odiar as pessoas e os empecilhos que vão aparecendo no seu caminho.

O roteiro exagera nas conveniências criadas no roteiro, mas deixa isso pra lá e se deixe levar, não custa nada e a simpatia do filme merece.

Com Lambert Wilson, o francês narigudo de “Matrix Revolutions”, Jason Isaacs e Isabelle Huppert.

O diretor Anthony Fabian, não é muito conhecido por aqui, mas já andou ganhando alguns prêmios.

Nota 7.0 de 10 => IMDb: 7.1

Amsterdam – USA 2022 nota 6,7

Apesar de um elenco estelar, poucas vezes reunidos em um único filme, o longa, como dizem, “não virou”. O diretor David O. Russel, deve (ou deveria) estar com a moral nas galáxias para conseguir tal feito.

Então, o que deu errado?

R: Quase tudo.

Começando pela cabeleira (e a cara) do Christian Bale.

Imagino que sua equipe de maquiagem, estava achando que era outro filme, um sobre mortos vivos, por exemplo.

Talvez a montagem? O roteiro confuso e um tanto dispersivo?

É difícil explicar, mas numa tentativa meio a lá simbolismos, a verdade é que o filme não tem um “colorido” e nem “momentos marcantes”, é só uma ótima história contada sem muita inspiração, salva apenas pelo elenco, que, convenhamos, merece aplausos.

A época é 1930, quando três amigos na tentativa de ajudar uma quarta pessoa (Taylor Swift), acabam pagando de culpados, são perseguidos por dois policiais, e no meio de toda confusão acabam descobrindo uma trama monstruosa para a dominação dos Estados Unidos por uma cambada de políticos e milionários do mal.

Segue o elenco, além dos já citados:

John David Washington

Alessandro Nivola

Anya Taylor-Joy

Andrea Riseborough

Chris Rock

Matthias Schoenaerts


Chega? Ou quer mais?


Michael Shannon

Mike Myers

Rami Malek

Timothy Olyphant

Robert De Niro


É mole?


David O. Russel dirigiu “Trapaça”, “O Lado Bom da Vida”, “Três Reis”.

Nota 6,7 de 10 => IMDb: 6.1

Dias Perfeitos (Perfect Days) - Japão/Alemanha 2023 nota 7,8

Indicado ao “ Oscar de Melhor Filme Estrangeiro ” e dirigido pelo prestigiado  Wim Wenders “ Asas do Desejo ”, “ Paris Texas ”, Dias Perfei...