O filme em tom de comédia leve, também pode ser classificado como um drama inconsequente, mostrando o dia a dia de Blondi, sua relação com o filho exemplar e com a mãe vaidosa. Ela trabalha como entrevistadora de parâmetros sociais e ainda arranja tempo para ajudar nos problemas da amalucada irmã mais velha e sua família. Blondi tem tendência cleptomaníaca e ao consumo de cannabis (cultivada em sua própria varanda).
Muita gente vai se perguntar quando o filme vai começar, já que é apenas um vai e vem de situações, mas é só isso mesmo. Só que, com muita qualidade.
O filme é leve, bonito, refrescante e conta com a qualidade do elenco e a direção muito bem planejada e executada.
Quando li “A Vida de Jonas” dos irmãos Costa, André Diniz escreve a apresentação da revista dizendo que fazer o simples é não é nada fácil. Eu concordo em parte, pois na minha opinião não é tão difícil fazer o simples, o difícil é fazer o simples bem feito, como é o caso deste filme e logicamente dos quadrinhos dos irmãos Costa.
Já fui criticando por elogiar o cinema argentino e criticar o brasileiro, mas como comparar? Enquanto os brasileiros estão filmando coisas pesadas e doentias como as tragédias Richtofen, Nardoni e Sakamura, e baboseiras do tipo “Deserto Particular”, os argentinos estão produzindo coisas deliciosas como essa, um filme fleumático sobre família, embalado por músicas de Velvet Underground, Lou Reed e fechando (obviamente), com Blondie.
Dizer mais o quê?
Só posso recomendar e torcer para que você prestigie.
É cinema da melhor qualidade.
Nota 7.1 de 10 => IMDb 6.7
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