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sábado, 29 de fevereiro de 2020

A Casa que Jack Construiu (The House that Jack Built)


Dinamarca, França, Suécia, Bélgica e Alemanha 2018:

Lars von Trier em sua melhor forma.
Filmado em Copenhagen na Dinamarca, é um filme perturbador (marca registrada do diretor), que deve ter feito muita gente sair do cinema no meio da sessão. Conta a história de um serial killer cruel e insano (Jack) Matt Dillon perfeito no papel (eu sempre achei que ele tem cara de psicopata mesmo...rss).
Como sabemos, Lars von Trier não é para todos os gostos, mas quem curte cinema, não pode deixar de ver, ainda que não goste.
É um filme para não esquecer... as frases filosóficas, a divagação de genocídios em forma de arte (na visão do Jack, é claro) justificando seus crimes a "Vergel", uma espécie de anjo do inferno que vai acompanhá-lo em sua última jornada. O diretor usa imagens dos próprios filmes em suas citações, como Melancolia, Anticristo e Ninfomaníaca.
É chato em alguns momentos, ilustrando a narrativa com animações e imagens de fatos históricos (incluindo Hitler)
Houve um incidente em Cannes quando o diretor caiu na besteira de dizer que "entendia Hitler". Foi vaiado e criticado pelo público e pelos organizadores.
Este, é um filme cruel ao extremo, destaque para as cenas em que o assassino mata crianças e tortura psicologicamente suas famílias antes de matá-las.Uma verdadeira navalhada na carne.
Mesclando a isso, um filme artístico bem ao estilo Lars von Trier.
No final um toque de mestre:

O cenário a lá Michelângelo e o rapel no inferno. A queda do Jack fechando com a regravação de "Hit the Road Jack" do Ray Charles.
"hit the road Jack and don't you come back no more, no more, no more"!!!
Genial!
Para mim, o roteiro só peca em criar vítimas pra lá de burrinhas e policiais inocentes, embora o filme justifica isso em um diálogo de Jack com Vergel.
Há também o desinteresse dos vizinhos e da própria polícia em ajudar as vítimas, facilitando a vida do assassino. Mesmo assim, é um filme sensacional!
Com Bruno Ganz (que morreu recentemente) e a musa de Quentin Tarantino, Uma Thurman (quase irreconhecível).
Nota 8.0 de 10.
IMDb: 7.1

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