O ator e diretor francês Jacques Tati, não é muito conhecido por aqui. Já conversei com muita gente que nunca ouviu falar dele. Até eu mesmo, só fui conhecer alguns dos seus filmes depois que passei a me interessar mais "atentamente" pelo cinema, isso, ali pela década de 90.
“Meu Tio”, representa bem o jeito Jacques Tati de fazer comédia. O filme mostra o cotidiano de um casal de classe média alta, que tem um filho pequeno e vive numa mansão toda cheia de parafernálias modernas, produtos da fábrica do Sr. Arpel, o pai.
O senhor Hulot (Jacques Tati), irmão da senhora
Arpel, é o tio atrapalhado que chega para ajuda-los, buscando o garoto na
escola e lhe fazendo companhia, mas o pai, fica de olho, achando que ele é má
influência para o filho.
Hulot quase não fala, se expressa mais com gestos, O
filme em geral, tem poucos diálogos, mas é cheio de gags visuais, como o cachorro que se assusta com a cabeça do peixe de
fora da sacola e as dificuldades de Hulot com os comandos eletrônicos da casa.
Não vai te matar de rir e algumas cenas apenas
retratam o dia a dia dos moradores: a feira, os vizinhos, o lado pobre do bairro, algumas travessuras de um
grupo de meninos e até as "aventuras" de um grupo de vira-latas. O filme critica o consumismo e a vida de aparências, quando a
ostentação faz parte integrante do cotidiano, exemplo: a preocupação da esposa que liga o chafariz de água azulada do jardim, sempre que chega uma visita importante.
Alegre, agradável, com uma trilha sonora perfeitamente
escolhida, o filme pode até não agradar quem prefere ação e piadas mais diretas, mas é
uma obra singular, diferente e inteligente, sem ser pretensiosa.
“Meu Tio”, levou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro
e o Prêmio Especial do Juri, em Cannes, no ano de 1959.
Vale a pena conhecer.
Nota 7.6 de
10
IMDb: 7.8
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