Menu - Gêneros

domingo, 30 de maio de 2021

A Despedida (The Farewell) USA 2019

À primeira vista, você pode pensar que se trata de um filme chinês, mas é uma produção americana dirigida por Lulu Wang, uma chinesa que atua nos Estados Unidos. Só quero deixar claro que não tenho nada contra produções chinesas, na minha opinião, não se deve misturar política, regimes, corona vírus, invasão de mercado, etc..., com arte.

Quase que totalmente vista pelos olhos de Billi, personagem vivida pela rapper Awkwafina, de “Jumanji: Próxima Fase”, a história é sobre uma família chinesa que mora em Nova York, mas de repente retorna ao seu país para se unir aos familiares, numa espécie de despedida, quando recebem a notícia de que a vovó foi diagnosticada com câncer terminal e tem pouco tempo de vida.

A maioria decide que não vão contar para ela, em vez disso, inventam um casamento de última hora, de um dos netos, para ter motivo de reunir a todos e passar alguns dias com a velhinha.

Acontece que alguns não conseguem disfarçar, criando situações de certo modo, tensas, e para ajudar, a simpática velhinha ainda é bastante ativa e decide organizar o casamento do neto, contratando buffet, organizando o cardápio... etc... 

A “mão” leve e sensível da diretora, transforma o que poderia ser triste e deprimente, num encontro amoroso, leve e muitas vezes engraçado, ressaltando os costumes e os comportamentos de um povo. Filme merecidamente premiado em dezenas de festivais, com um elenco simpático e afiado, que corresponde e engrandece a obra.

Se você gosta de histórias assim não deixe de ver, vale a pena.

Obs: O filme é baseado em fatos reais. Tem uma boa surpresa no final.

Nota 7.4 de 10
IMDb: 7.6

Caminhos Ásperos (Hondo) USA 1953

 Talvez você já tenha visto um vídeo que rola pelo whatsapp com a cena de um filme (um western), em que John Wayne joga um menino loirinho no rio para que ele aprenda a nadar. Pois então, a cena bem engraçada para quem é da geração X, é parte deste filme. Acredito que nascidos numa geração mais “sensível” a esse tipo de piada, devem abominar a brincadeira.

John Wayne é Hondo Lane, um mensageiro que está viajando por terras apaches, levando um recado importante para o comandante de uma base do exército, estabelecida numa cidade do Oeste remoto.

No meio do caminho, ele perde seu cavalo e a pé, encontra um rancho onde uma mulher ainda jovem, vivida pela atriz Geraldine Page, de "O Estranhos que nós Amamos" de 1971 e "O Regresso para Bountiful" de 1985 (dois excelentes filmes). Ela e seu filho estão à espera do retorno do chefe da casa, que foi em busca de alguns bezerros desgarrados, só que isso já dura alguns dias.

Acontece que o tratado de paz, firmado entre brancos e índios, acaba de ser rompido por ter sido violado, sabem por quem? Pelo homem branco, é claro... e assim, a região está entrando numa guerra sangrenta.

Mesmo advertida do perigo, a mulher se recusa a sair. Hondo segue seu caminho, mas o destino vai se encarregar de trazê-lo de volta, para proteger a mulher e o menino.

Filme com data de validade indefinida, que exalta coragem, bondade, hombridade, caráter e honestidade. Um belo faroeste, contado em enxutos 01h23’. O único porém é que testemunhamos injustiças cometidas contra o povo índio. Uma gente que só queria preservar seu direito de desfrutar da terra em que nasceu.

Nota 7.0 de 10
IMDb: 7.1


terça-feira, 25 de maio de 2021

Mulher Maravilha 1984 (Wonder Woman 1984) USA 2020

Tirando a bela sequência inicial, em que acontece um torneio na terra das Amazonas, o que se salva neste filme é somente a sempre divina Gal Gadot.

Infelizmente o filme é um perfeito frustador de expectativas, méritos da diretora Patty Jenkins, que depois de “Monster” filme de 2003 que rendeu um Oscar para Charlize Theron, nunca mais fez nada que fosse realmente bom.

Neste Wonder Woman 1984, topamos com um roteiro confuso e desagradável, iniciando com com uma cena de ação num shopping, que parece coisa do seriado Batman dos anos 60. Só faltou os “pow”, os “crash” e os “vouum” aparecerem na tela.

Quando a história entra no breu (breu mesmo), uma relíquia macabra (não tem nada a ver com o clássico de 1941 com Humphrey Bogart), é descoberta no “fundo falso” de uma loja num shopping center, que mais tarde se descobre ser uma antiguidade manufaturada por um demônio. O tal objeto, tem o poder de satisfazer qualquer desejo, por mais absurdo que seja, desde que a pessoa esteja tocando o treco, na hora do pedido.

Sem maiores referências...

A partir daí, tome absurdos e furos à vontade na história.

Olha..., é tanto absurdo e tanta baboseira, que para ser sincero, eu fico constrangido até de comentar.

Se você quiser saber mais, assista. O filme tem 02h30 de duração e conta com as participações dos ilustres Pedro Pascal e Chris Pine, além de Kristen Wiig e Robin Wrigth, além de Connie Nilsen e uma participação durante os créditos de Lynda Carter, a “Wonder Woman” da série dos anos 70/80.

É um filmeco infantil e sem conteúdo, com um desfecho preguiçoso, incoerente e inverossímil. Um desperdício de dinheiro, de um bom elenco e de boas cenas de ação. Pena...

A mesma diretora já está em ritmo de pré produção para Wonder Woman 3. Ai... ai...

Nota 5.0 de 10
IMDb: 5.4

sábado, 22 de maio de 2021

Sem Remorso (Tom Clancy’s Without Remorse) – USA 2021

John Kelly é um herói saído do universo de Tom Clancy, o escritor que se especializou em escrever ficção sobre o período da guerra fria. Entre outros personagens o cara é o criador de Jack Ryan.

O período da Guerra Fria, durou por mais de quatro décadas (1947 a 1991) e quem está perto ou já passou dos 40, cresceu acompanhando ou acompanhou, esse período de tensão geopolítica entre a Russia e os Estados Unidos, período esse que durou até a dissolução da União Soviética em 1991.

John Kelly (Michael B. Jordan), o traficante adolescente birrento de “The Wire” e desafiante do trono de Wakanda em “Pantera Negra”, é um soldado americano que após participar de uma missão mais ou menos bem sucedida no Oriente Médio, volta para casa e para os braços da esposa grávida, mas sofre um atentado no seu próprio lar, assim como seus companheiros de missão.

Sua casa é invadida, ele mata dois dos atacantes, mas é contemplado com alguns caroços de azeitona pelo corpo e um dos caras consegue fugir. Mortalmente ferido e viúvo, ele se recupera, mas fica sabendo que a CIA, se apressou em abafar o caso e ninguém parece preocupado em descobrir quem efetuou os ataques, que vitimaram dois dos seus colegas, sua esposa grávida e ele, que por pouco não foi se encontrar com o Pai Eterno. O cara que fugiu? Deixa pra lá.

Emputecido com o descaso dos seus superiores, ele resolve investigar por conta própria e se depara com um plano diabólico, envolvendo traição, enganação, conspiração e mais um monte de “ãos”, todos eles de natureza maléfica.

Claro que ele não vai deixar barato...

Apesar do bom apelo da premissa e de muitas cenas de ação, o filme não decola. Méritos do diretor Stefano Sollima, que é muito ruim de serviço. Ele é o borra botas que dirigiu “Sicário, o Dia do Soldado”, quando pegou um projeto, onde tinha tudo para fazer um filmão sequência de "Sicário: Terra de Ninguém" e acabou decepcionando.

Esse "Sem Remorso", até que dá pra passar um tempinho, mas fica ali na média. Por pouco não deixa a gente "com remorso", pelo tempo dispensado.

Nota 5.5 de 10
IMDb: 5.8


Boys From County Hell – Irlanda 2020

Um pequeno vilarejo localizado em alguma região da Irlanda, é o local de origem da antiga lenda vampiresca que inspirou Bram Stoker a escrever Nosferatu... Pelo menos é isso que juram os cidadão do lugar.

Embora nem eles mesmos acreditem na tal história, vivam fazendo piadinhas e assustando turistas que costumam aparecer atraídos pelo "mistério" do lugar, numa dessas brincadeiras, dois amigos acabam despertando uma entidade do mal que passa a matar todo ser humano que lhe aparece pela frente.

Forçado a se transformar em herói improvisado, um dos amigos, seu velho pai e a namorada do outro amigo que foi morto pelo dentuço, resolvem combater a criatura e a coisa toda desanda para uma sequência de equívocos cômicos, com algumas trapalhadas e gente morrendo a torto e a direito.

Filminho de vampiros que consegue prender a atenção, pela simplicidade do roteiro e a falta de misericórdia com as pobres vítimas do enviado do capiroto. Para quem curte a combinação de muito gore com piadinhas infames, é uma boa pedida, ou pelo menos uma pedida até que razoável..

Divertido e esquecível.

Nota 5.9 de 10
IMDb: 6.0 

quinta-feira, 20 de maio de 2021

Sócios no Crime (Partners in Crime) – Minissérie – UK 2015

Criados por Agatha Christie, Tommy e Tupence Beresford (David Williams e Jessica Raine), formam um tradicional casal de ingleses da década de 50, que por um acaso, se mete a investigar alguns pequenos casos para Carter (James Fleet), chefe setorial do MI-5, e que é tio de Tommy.

Apesar e não ter nenhuma experiência no ramo da espionagem, aos trancos e barrancos o casal acaba se dando bem na função e vão se envolvendo em casos cada vez mais escabrosos, correndo risco de vida e investigando sempre algum assassino, espião ou agente inimigo disfarçado de bonzinho, coisa normal nas obras da escritora.

Tommy é desajeitado e a timidez atrapalha um bocado, Tupence é mais extrovertida e sempre tem uma carta na manga.

O desenrolar é um tanto travado pela inexperiência dos protagonistas, mas o suspense e o sempre diversificado grupo de suspeitos, conseguem manter o interesse.

Nessa primeira temporada, são duas histórias com três episódios cada.

Quem é fã da escritora vai gostar, salvo algumas infantilidades nas cenas de ação. Apesar de não ser nenhuma maravilha, é agradável. Dá pro gasto.

Nota 6.8 de 10
IMDb: 6.4


segunda-feira, 17 de maio de 2021

Os Irmãos Sisters (The Sisters Brothers) – USA 2018


O diretor francês Jacques Audiard, depois de alguns resultados bem razoáveis, como “Ferrugem e Ossos” de 2012 e “Deephan o Refúgio” de 2015, foi contemplado com um belo orçamento de 38 milhões de verdinhas e um elenco de primeira para rodar uma grande produção em seu país.

O homem foi pra cabeças e meteu o pé no balde, pois, em vez de uma historiazinha dramática básica, ou algum roteirozinho de ação, ele escolheu adaptar o best seller homônimo do escritor canadense Patrick deWitt, uma história que se passa em 1851 no velho oeste americano.

O filme segue o ritmo do livro, com muito tiroteio, bom humor e personagens simpáticos e carismáticos.

Eli e Charlie (John C. Reilley e Joaquim Phoenix), são dois pistoleiros conhecidos por Os Irmãos Sisters, que a mando de seu empregador, o Commodoro (Rutger Hauer), embarcam rumo ao oeste longínquo, numa missão para recuperar uma fórmula, levada por um químico, Hermman (Riz Ahmed, que concorreu ao Oscar 2021 como Melhor Ator por “O Som do Silêncio”). Acontece que a fórmula era de propriedade do próprio Hermman e o Commodoro queria meter a mão nela, já que se tratava de um líquido, que misturado nas águas dos rios, fazia brilhar à noite todo o ouro que houvesse por ali.

John (Jake Gyllenhaal), já tinha sido enviado na frente, para localizar Hermman e avisar os “Sisters”.

Acontece que havia ouro na história e o brilho do metal, faz com que as pessoas mudem de rumo, de ideologia e de caráter, nesse caso, para melhor.

Muita coisa vai acontecer, com ação, humor, gente legal e gente traiçoeira. Jacques Audiard, acertou a mão e fez um ótimo Western. O elenco de primeira, deixa tudo muito melhor.

Altamente recomendado.

Nota 7.8 de 10
IMDb: 7.0

sábado, 15 de maio de 2021

Extreme Job (Geukhanjikeob)– Coreia 2019

Uma força tarefa de cinco detetives é montada pelo chefe de polícia de Seoul, para investigar, conseguir provas e meter no xadrez, uma quadrilha de traficantes de metanfetamina.

Tendo descoberto a sede dos criminosos, o grupo formado pelo capitão, dois detetives e um casal, decidem vigiar o lugar, ocupando um restaurante à beira da falência, especializado em frango frito, que funciona em frente à base dos vilões.

Acontece que o disfarce começa a dar problemas, pois eles tem que botar a espelunca para funcionar e o novo (e improvisado) cozinheiro, produz um frango frito de fina gastronomia, atraindo uma multidão de clientes e dificultando cada vez mais a operação.

Para ajudar, o repórter de um programa de culinária quer porque quer fazer um documentário sobre eles e os apuros do grupo aumentam.

Comédia policial que vai muito bem na sua primeira hora, depois começa a perder o fôlego e quase falece, ali pela 01h20, mas a partir daí a coisa engrena e pega fogo de vez, com muita ação e bom humor, até o final.

Não é como os grandes clássicos de Jackie Chan, mas nos seus bons momentos, passa perto.

Uma boa pedida, para quem quer rir um pouco.

Nota 6.8 de 10
IMDb: 7.1

quinta-feira, 13 de maio de 2021

Playtime – Tempo de Diversão (Playtime) – França 1967

Mais uma ótima e despretensiosa comédia do diretor, ator e roteirista Jacques Tati.

Aqui o impagável Sr. Hullot aparece com seu jeito clássico, seu inseparável cachimbo, seu sobretudo e o eterno guarda-chuva, sempre muito educado, solícito e gentil, mas dando a impressão de estar totalmente fora de sintonia com o mundo, se atrapalhando com tudo e causando confusão com a sua inocência e a sua irreverência.

Ele apronta das suas, primeiramente, no saguão de um aeroporto, depois numa feira de utilidades e finalmente num restaurante que estava preparado para atender 50 clientes, mas os funcionários acabaram surpreendidos com um número muito maior de pessoas.

As trapalhadas dos garçons, o apuro do maître e do gerente, os tradicionais bebuns e os clientes diferenciados, tudo com a presença gozadíssima do atrapalhado Hullot.

A sátira ao consumismo e ao modernismo exagerado, a “finesse” da sociedade, a visão de um mundo sistemático retratada num simples engarrafamento de veículos, tudo simples e por isso mesmo, genial.

Não é para morrer de rir, mas é uma comédia fina, de humor leve, irônico, icônico e diferente.

Se tiver oportunidade, não deixe de ver.

É inesquecível.

Nota 8.6 de 10
IMDb: 7.9


Paranormal 1ª Temporada – Egito 2020

Novidade: Série egípcia, patrocinada pela Netflix.

Refaat Ismail (Ahmed Amin), é um médico exageradamente tímido que está noivo de Huwaida (Karla Maatouk) num compromisso arranjado pela sua irmã, e não consegue dizer para sua paixão dos tempos de faculdade, Maggie (Razane Jamaal), que a ama, mesmo com ela leve, livre e solta, dando o maior mole pro lado dele.

Indo de encontro a essa timidez destruidora, Refaat é um sujeito com os pés bem plantados no solo egípcio e ao contrário de sua família e seus conterrâneos, não é muito chegado a crenças religiosas e nem se assusta facilmente com o sobrenatural, apesar de viver perseguido pelo fantasma de uma garotinha que ele conheceu na infância.

Em meio a isso, ele vai se envolver em casos assombrosos, monstros gigantescos, entidades que atacam durante o sono, males patológicos enviados pelo ocultismo e outros bichos do gênero.

São 6 episódios de uma série bem diferente do que geralmente rola pelos canais de streaming. Interessante, arrepiante e contando histórias de deixar os cadarços do sapato em pé.

Se você quer sair da mesmice e conhecer uma coisa diferente, eu recomendo, é uma ótima pedida.

Nota 7.8 de 10
IMDb: 8.5


sábado, 8 de maio de 2021

The Office: 1ª Temporada USA 2005

O dia a dia no escritório do setor de vendas de uma empresa.

The Office, é uma série de comédia com humor escrachado, politicamente incorreto, abordando temas como machismo, xenofobia, assédio moral, racismo, mas tudo muito bem dosado, dentro de um certo limite, sem invadir a linha do ofensivo.

Steve Carell é Michael Scott, um chefe sem nenhuma noção do que significa ética, conduta e nem comportamento adequado de um gestor. Sua função principal, parece ser realizar brincadeiras de mal gosto, nas horas mais inadequadas, tomar decisões polêmicas e dar mancadas o tempo todo. Vive na mira da corregedoria da empresa e quando se vê em apuros, se isola o passa a responsabilidade para o seu subordinado mais próximo, Dwight Schrute (Rainn Wilson), o grande puxa-saco do departamento.

Tem ainda a recepcionista bonitinha, Pam Beesly (Jenna Fisher), o moço bonzinho Jim Halpert (John Krazinsky) e mais uma meia dúzia de personagens. Todos hilários, relevantes e (parece), que não fazem qualquer esforço para serem engraçados e é exatamente por isso que são, e muito.

Esta 1ª temporada, tem apenas seis episódios de 20 minutos cada, mas a série durou até 2013, e teve algumas mudanças no elenco, durante os seus anos de exibição.

Impossível não rir e não ficar rindo depois, lembrando das idiotices de cada episódio.

É claro que não é um humor que funciona para todos os gostos, mas para mim é indispensável. Quem não conhece precisa conhecer.

Observações: Steve Carell interpretou "O Virgem de 40 anos" em 2005 e a parir dali, sua carreira decolou. John Krazinsky foi pelo mesmo caminho, só que demorou um pouquinho mais, em 2017, protagonizou Jack Ryan na série de sucesso da Amazon que já rendeu mais duas temporadas, em 2018,  dirigiu e atuou em "Um Lugar Silencioso", filme de terror, grande sucesso de público e crítica que também já rendeu uma continuação.

Nota 8.7 de 10
IMDb: 8.9


A Maldição do Espelho (The Mirror Cracke'd de Agatha Christie) – USA 1980

Filme clássico baseado em livro da “Dama do Crime”, com um elenco estelar: Rock Hudson, Kim Novak, Geraldine Chaplin, Tony Curtis, Edward Fox, Angela Lansbury e a rainha Elizabeth Taylor.

Miss Marple (Angela Lansbury), como sempre (para quem conhece a obra da escritora), se vê envolvida em um assassinato. Uma moradora do vilarejo de Middle’s Valle morre envenenada num coquetel, depois de tomar uma bebida que tinha sido servida à estrelíssima de um filme (Elizabeth Taylor), que estava para ser rodado na cidade.

O passado da atriz, seu marido esquisitão, sua rival (Kim Novak), as atitudes da governanta (Geraldine Chaplin) e o produtor do filme (Tony Curtis) que é marido da rival, tudo faz com que todos pareçam suspeitos.

A dose de suspense e as suspeitas mantém o nosso interesse, Elizbeth Taylor, hipnotiza a gente com o seu olhar e a sua interpretação, e a fotografia é belíssima.

Faltou alguma coisa, talvez uma dose maior de suspense, ou um mistério mais agudo, mas mesmo assim o filme é agradável de se ver e passa muito rápido, apesar de ter mais de 01h40’ de duração.

Para fãs dos clássicos do passado e para qualquer um que goste de cinema, pois dificilmente se vê um elenco desses reunido em um filme.

Nota 7.0 de 10
IMDb: 6.2

quinta-feira, 6 de maio de 2021

A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas (The Mitchells vs The Machines) – USA 2021

Animação animadíssima da Netflix, em que uma família pega a estrada, numa viagem de confraternização, para levar a filha adolescente que está começando a faculdade. A viagem é longa e eles vão registrando tudo, mas enquanto isso, uma catástrofe diabólica comandada por um celular desprezado por um mega empreendedor de uma empresa de comunicações, ameaça o planeta planejando condenar toda a população a viver num regime de escravidão.

Então? Interessou?

Essa é a premissa desta comédia que tem Danny McBride, Maya Rudolph e a oscarizada Olivia Colman, como a voz do celular apocalíptico.

Para mim, a avaliação no IMDb está meio exagerada. O filme é tão movimentado que o ritmo deixa a gente meio zonzo às vezes. Para ajudar, do nada, simples mortais revelam algumas “qualidades” de super heróis e a saída fica fácil demais na hora do aperto.É bem humorado, interessante e os personagens são graciosos, destaque para o cachorro vesgo e os dois androides bonzinhos.

Não é ruim. Diverte. Só que não “pega” na gente. Meia hora depois, já ficou no passado.

Nota 6.8 de 10
IMDb: 7.9

Riders of Justice– Dinamarca 2020

Outro bom filme do ator de maior destaque das últimas décadas na Dinamarca. Mads Mikkelsen é Markus, uma espécie de boina verde do exército dinamarquês que de repente tem que voltar para casa e cuidar da filha adolescente e do velório da esposa, morta num acidente de trem.

Procurado por um sobrevivente que estava no mesmo vagão, ele fica sabendo que há fortes indícios de que o acidente foi provocado, para calar uma testemunha chave que ia depor em um julgamento marcado para os próximos dias, onde integrantes de um grupo de um certo tipo de mafiosos, estavam sendo julgados.

A polícia não dá ouvidos à testemunha, então com a ajuda deste sobrevivente e mais dois amigos dele, todos bastante atrapalhados, ele inicia uma jornada de vingança, montando um QG, no seu celeiro. Um michê gay, vira um agregado e liderados por Markus, vão aos trancos e barrancos, eliminando os integrantes do grupo que estava sendo julgado e que acabou inocentado por falta de provas. Só que o grupo é grande e logo ele vai ter problemas bem maiores do que estava esperando.

O humor dinamarquês é um pouco diferente do usual, as piadas abordam homossexualismo, brigas, uma certa violência e a obstinação um tanto cega, do protagonista.

Bom filme de crime, com muita ação, tiroteio e dificuldades de relacionamento entre os justiceiros.

Não é para todos os gostos, mas quem curte um filme diferentão, vai gostar. Eu gostei.

Nota 7.5 de 10
IMDb: 7.7

domingo, 2 de maio de 2021

Nobody (Anônimo) – USA 2021

Quer ver um filme de ação? Daqueles que aparecem de tempos em tempos? E valem a pena ver e rever?
Gosta de John Wick?
Então com certeza você vai gostar desse “Anônimo”.

Apesar do ator Bob Odenkirk de “Breaking Bad” e “Better Call Saul”, não parecer, o cara leva muito jeito pra coisa.

Eu nem imaginaria que um filme de ação ininterrupta (a não ser no comecinho), fosse ter como protagonista um ator que aparenta levar mais jeito para o drama, ou para um malandro que nem em Breaking Bad.

Mas o cara dá conta do recado. Confiram.

Trabalhador pai de família, demonstra ser avesso à violência, quando um casal de ladrões invadem a sua casa para roubar.

Mesmo com boas possibilidades de dominar o casal gatuno, ele decide deixar que partam em paz, apesar de estarem levando seu relógio de estimação. Só que no dia seguinte ele desconfia que roubaram a pulseira de gatinho de sua filhinha e resolve recupera-la.

E é então que ele acaba se metendo numa confusão que vai virar sua vidinha pacata de pernas para o ar.

Muita briga, tiroteios, explosões, perseguições, bom humor e vilões sendo despachados para o além, o tempo todo.
Com Christopher Lloyd o doutor Emmet Brown, Connie Nielsen (a mãe da Mulher Maravilha) e Michael Ironside (Tropas Estelares), quase irreconhecível.
Filmaço de ação. Não perca.

Nota 7.6 de 10
IMDb: 7.4

sábado, 1 de maio de 2021

Assalto ao Banco da Espanha (The Vault) – Espanha 2021

Parece com “La Casa de Papel”?

Pois então... é o mesmo banco, mas a história é diferente:

Grupo de caçadores de tesouros perdidos em naufrágios conseguem achar um pequeno baú, onde se encontra a pista de um tesouro gigante perdido há séculos, mas as autoridades espanholas entendem que, já que o artefato foi encontrado em águas espanholas, o treco centenário deveria ficar em poder do seu país, só que eles não sabem o real significado da coisa. O fruto do trabalho dos caras é confiscado e vai parar no cofre mais seguro da Espanha. O grupo, liderado por Walter (Liam Cunningham de Game of Thrones), resolve planejar um jeito de entrar lá e recuperar o bagulho enferrujado.

Para conseguir isso, ele (Walter), procura a ajuda de Thom (Freddie Highmore "The Good Doctor"), um garoto gênio, que tinha ficado famoso por por sua habilidades engenhoqueiras ao conseguir um feito recente.

A equipe ainda conta com James (Sam Riley), Klaus (Axel Stein), Lorraine (Astrid Bergès-Frisbey) e o sempre presente em produções espanholas, Luis Tosar, como Simon.

Tá armado o sexteto, daí em diante é planejamento, execução, suspense, correria, quase foi pego, quase não foi, frio na espinha, agora morreu, não, não morreu, si f@#$deu, não..., escapou... e por aí vai. Tudo isso, durante as finais da copa da Africa de 2010, com "La Fúria" espanhola disputando as semifinais contra a Alemanha e a final contra a Holanda, quer mais?

Quem gosta de filmes assim, pode assistir... vale a pena.

Só para relembrar: Nessa altura do campeonato, o time brasileiro só fazia turismo, dispensado das pelejas pelo 1x2 contra os holandeses.

Nota 6.9 de 10
IMDb: 6.4


Dias Perfeitos (Perfect Days) - Japão/Alemanha 2023 nota 7,8

Indicado ao “ Oscar de Melhor Filme Estrangeiro ” e dirigido pelo prestigiado  Wim Wenders “ Asas do Desejo ”, “ Paris Texas ”, Dias Perfei...