Acontece que as complicações começam bem antes da aventura se iniciar de verdade: tem um sujeito mal intencionado infiltrado no grupo pelo mandão da coisa, o japa Tanaka-san (Hiroyuki Sanada), também tem uma adolescente abelhuda e chata pra dedéu que chantageia o pai para se juntar ao grupo, a pilota do helicóptero que é pra lá de pirada (a melhor coisa do filme) e ainda, mais uma meia dúzia de desajustados, que se o nosso campeão de esteroides, tivesse um bocadinho de massa cinzenta, não teria entrado numa roubada (hic!) dessas.
O filme é divertido, movimentado, nojento, violento, com muito gore (como todo bom filme de zumbis), e tinha tudo para ser uma experiência cinematográfica divertida e sem maiores traumas pós espetáculo, ainda mais porque a trilha sonora é maravilhosa.
Acontece que o diretor e roteirista Zack Snyder, (que deve ter se inspirado na ideia de “Invasão Zumbi II: A Península dos Mortos Vivos” de 2020, um filme coreano que conta um lance muito parecido), resolveu inserir uma carga dramática na história e acabou estragando toda a brincadeira.
Não precisava... ninguém deve ter falado pra ele, que ás vezes “menos é mais”... e então ele teria evitado o desnecessário amontoado de idiotices em algumas sequências com furos maiores do que um buraco negro, além de um final que além de inverossímil, é chato pra caramba. (Essa é a minha opinião tá, muitos podem até gostar).
Não é à toa que um filme tão caro (70 milhões de dólares), tenha recebido uma resposta tão baixa do público, como demonstra sua avaliação no IMDb 5,9 e 68% no Rotten Tomatoes.
Dá pra ver e até se divertir, mas prefiro “Madrugada dos Mortos”, filme de Zumbis de 2004, do mesmo Zack Snyder. Simples, com menos pompa e destituído de palhaçadas, tipo mimimi de família, pedidos de perdão e sacrifícios desnecessários e infrutíferos.
Músicas:
Elvis Presley, Creedence, The Doors, Cranberries, Culture Club...
Nota 5.7 de 10
IMDb:
5.9
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