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quarta-feira, 7 de julho de 2021

Cruella USA 2021

Craig Gillespie apesar de não ser muito falado, não é nenhum novato na arte de dirigir filmes. Ele já acumula vários trabalhos importantes no currículo, entre eles, o ótimo “Horas Decisivas” de 2016 com Chris Pine e “Eu Tonya” de 2017, filme em que Margot Robbie recebeu sua indicação ao Oscar de Melhor Atriz e Allison Janney, foi premiada como Melhor Atriz Coadjuvante.

Com este filme, o diretor entra de vez para o cenário cinematográfico, porque “Cruella” fez a chamada "dobradinha", agradou a crítica especializada e o grande público. Não se enganem, ainda não é aquela Cruella de Vil que vive planejando raptar os cachorrinhos e fazer seu casaco de vison.

Estella é uma garota do interior que sofre com as brincadeiras dos coleguinhas de escola, porque nasceu com os cabelos totalmente brancos na metade da cabeça. Eu disse que ela sofre? Falei errado, pois quem sofre são os engraçadinhos que tentam tirar um barato dela, porque a menina desce a porrada, sem dó e nem cerimônias.

Devido a esses e outros infortúnios, sua mãe decide se mudar para Londres, Estella adora a ideia, porque seu sonho é trabalhar no mundo da moda. Só que a sua mãe faz uma parada num castelo para falar com algumas pessoas e uma tragédia acontece.

Já em Londres, Estella passa por diversos perrengues, até que adulta e agora interpretada por Emma Stone, consegue trabalho numa loja especializada em alta moda. É ali que ela conhece a “Baronesa” Emma Thompson e a sua vida sofre uma série de reviravoltas.

Já fazia um certo tempo em que eu não me divertia tanto com uma comédia, a história é boa, a narrativa em off, recheada de piadinhas, deixa até o trágico engraçado, o visual cheio de invencionices enche os olhos (a cena do caminhão de lixo, é sensacional) e a cachorrada são um show à parte, apesar da cena do desfiladeiro. Emma Stone é ótima, o elenco de apoio: Joel Fry (Yesterday) e Paul Walter Houser (O Caso Richard Jeweel de Clint Eastwood), como os dois amigos, estão excelentes e Mark Strong também se destaca como o fiel subordinado da Baronesa, apesar de ser pouco aproveitado.

Agora, a trilha sonora é um caso à parte. Poucas vezes se viu tanta coisa boa reunida num único filme:

Rolling Stones
The Doors
Supetramp
Ike & Tina Turner
Nina Simone
Eletric Light Orquestra
Bee Gees 
Nancy Sinatra 
Deep Purple 
David Bowie 
The Clash 
Doris Day 
Judy Garland (Cantando “Smile” de Charlie Chaplin)
E pra arrematar, Black Sabbath

Não perca.

Já estão produzindo “Cruella 2”.

Nota 8.0 de 10
IMDb: 7.4


Um comentário:

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