Um filme único, diferente, erótico (quase pornográfico), imoral, escrachado, uma obra prima do cinema italiano e do diretor Ettore Scola.
O grande Nino Manfredi (espetacular no papel), é Giacinto, um patriarca à avessas numa família desestruturada, vivendo amontada num barraco de favela onde impera a vagabundagem, os palavrões, as brigas, o adultério e a cobiça.
Giacinto vive literalmente com um olho aberto e outro fechado, depois de um acidente de trabalho que lhe rendeu a perda de uma das vistas, sua aposentadoria precoce e uma bolada em dinheiro paga pelo seguro.
Só que ele mora num barraco imundo com uma montueira de filhos, que vivem discutindo, além de netos, genro, nora, esposa e a sua mãe, a vovó, que já está senil, viciada em TV e vive numa cadeira de rodas, mesmo assim, é a criatura mais normal dentro daquele manicômio.
Quase ninguém trabalha. A nora trai seu filho dentro de casa com próprio cunhado, sua filha vive numa eterna porradaria com o marido, um dos filhos é gay, os outros são ladrões e batedores de carteira, os que sobraram vivem lhe pedindo dinheiro. No dia da vovó receber a aposentadoria todos querem acompanhar a velha, só para depenar a infeliz na boca do caixa.
Mas numa coisa eles combinam: Todos estão de olho para descobrir onde o velho guarda a bufunfa, para que possam roubá-la.
Pra completar, Giacinto encontra uma prostituta na rua e a leva para morar na casa...
Uma história ambientada num lugar sujo, feio, pobre com esgoto a céu aberto. É cruel, desavergonhado, cheio de ratos (de quatro e de duas pernas) e por isso mesmo, é hilário. Um clássico. Atenção para a cena final...
Se você é daqueles que apreciam um bom cinema e não conhece essa obra prima, procure conhecer. Vale o ingresso...
É algo pra nunca esquecer.
Eu vi no cinema em 1977 e nunca me saiu da cabeça. Acabei de rever.
Nota 8.0 de 10
IMDb: 7.8
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