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sábado, 28 de maio de 2022

Uma Noite Sobre a Terra – USA 1991 nota 7,4

Escrito e dirigido por Jim Jamursh, diretor de Estranhos no Paraíso e Flores Partidas, entre outros.

São cinco histórias curtas que se passam numa noite, dentro de táxis, em cinco cidades espalhadas pela Europa e Estados Unidos.

Uma ideia original, interessante, inteligente, com casos únicos e bem humorados, que deixam o interesse da gente o tempo todo em nível elevado.

Na primeira história temos a taxista (Winona Ryder), uma simpática motorista meio destrambelhada que mais parece um moleque, sem papas na língua e com um carro que parece estar destinado a um desmanche num futuro próximo. Ela, quase que por acaso pega uma passageira ilustre (Gena Rowlands), no aeroporto de Los Angeles, uma atriz e produtora de sucesso e numa viagem razoavelmente longa, vão se conhecendo e evidenciando o choque de classes. Divertido e engraçado.

Na segunda história, (Armin Muller-Sathl) é um imigrante um senhor que não fala quase nada de inglês, mas está tentando sobreviver nos States dirigindo um táxi. Ele recolhe o “Gus Fring de Breaking Bad” (Giancarlo Esposito), um sujeito falastrão e gozador que não deixa o homem em paz, com as suas piadas. Na metado de caminho, (Rosie Perez), acaba participando da viagem, deixando o clima ainda mais animado.

A terceira se passa em Paris e o motorista é um imigrante da Costa do Marfim, que depois de dispensar dois engraçadinhos que estavam lhe gozando, recolhe (Béatrice Dalle), uma passageira cega que durante o bate-papo de uma viagem também um pouco longa, vai descobrindo que ela, apesar de não enxergar vê muitas coisas bem melhor do que ele. Mais uma história divertida e inteligente, só o que me incomodou mesmo, foram os olhos da moça, denunciando a sua cegueiro todo o tempo que ela está em cena.

Quarta história: Roma. Roberto Begnini é um motorista amalucado que não para de falar, mesmo quando está sozinho. Ao recolher um padre (Paolo Bonacelli), como passageiro, passa a falar mais ainda e a contar seus pecados numa confissão não oficial, já que o padre além de não se encontrar em um local apropriado, também não demonstra nenhum interesse em ouvi-lo. Roberto Bengnini é perfeito para esse tipo de papel. Simplesmente hilário.

A quinta e última história se passa em Helsink e os passageiros dessa vez, são três amigos que saem de um bar mais pra lá do que pra cá e dois deles passam a contar suas argúrias, dando ênfase aos problemas do terceiro que dorme quase o tempo todo. Não é a melhor história, mas também é muito boa.

É isso. Diversão simples, de qualidade, com originalidade e bom gosto.

Recomendo a todos.

Não deixem de ver.

Nota 7.4 de 10
IMDb: 7.7


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