Mia Goth esperava uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz e quem assiste o filme tem que concordar que o desempenho da moça é coisa de profissional e das boas. Prestem atenção na cena (sem cortes), em que ela conta para a cunhada seus pensamentos mais sombrios, é um show de interpretação.
O filme é um terror cru, sem invencionices e nem ideias estrambólicas: uma jovem casada sonha com o estrelato apesar de viver na área rural de uma pequena cidade americana. O marido está servindo na primeira guerra mundial e a população (além da guerra) ainda sofre com a amaldiçoada gripe de 18, o vírus influenza que matou mais de 50 milhões de pessoas.
Sua mãe, uma mulher dominadora a mantém com rédeas curtas e ela ainda precisa cuidar do pai inválido que vive numa cadeira de rodas, o homem não fala, não se mexe e vive sujando as fraldas.
Pearl passa então a descontar suas frustrações em criaturas indefesas, mas seu dom para a psicopatia vai aos poucos levando-a por caminhos mais sangrentos.
Explicitamente violento, com momentos de tensão extrema e crueldade, o filme não é um exemplar típico para concorrer a prêmios da academia, mas a moça bem que merecia uma indicação.
Se o tema atrai, pode assistir sem medo de se decepcionar.
Bom filme.
Nota 7,0 de 10 => IMDb: 7.0
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