Menu - Gêneros

domingo, 23 de abril de 2023

Tulsa King: 1ª Temporada – USA 2023 nota 6,2

Minissérie sobre a Máfia, em que Dwight Manfredi (Sylvester Stallone), sai da cadeia depois de 25 anos vendo o sol nascer quadrado e precisa se adaptar ao mundo moderno.

Sua “Família”, que é de Nova York, o manda para a cidade de Tulsa no Arizona e ele tem que se virar para ganhar dinheiro e provar que ainda dá uma meia sola.

História bobinha, cheia de exageros e incoerências, super valorizando o protagonista e lhe dando poderes absurdos, além de uma sorte gigantesca e ainda se posando de garanhão aos 75 anos de idade.

É bem Stallone mesmo, a canastronice impera o tempo todo e tudo parece conspirar a favor dele.

É uma fantasia cheia de altos e baixos, em certos momentos você ri, em outros fica com vergonha, mas se você atura bem a cara do velho Rambo, no geral o saldo é positivo.

Taylor Sheridan que estava de brincadeira quando criou "Tulsa King", tem muita coisa boa no currículo, filmes como: "A Qualquer Custo" "Terra Selvagem", "Sicário: Terra de Ninguém" e a série "Yelowstone"

Esta, é por sua conta e risco.

Nota 6,2 de 10 => IMDb: 8.1

Tár – USA 2022 nota 7,0

Situado no mundo internacional da música clássica ocidental, o filme é centrado em Lydia Tár, considerada uma das maiores compositoras-regentes vivas e a primeira diretora musical de uma grande orquestra alemã.

A história mostra seu lado egocêntrico, sua conduta cheia da vaidade e o desprezo pelos menos dotados intelectualmente.

Kate Blanchett foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz e todos apostavam que ganharia de lavada, mas não foi assim. Michelle Yeoh de “Tudo ao Mesmo Lugar ao Mesmo Tempo”, ficou com o Oscarzão.

Talvez porque o filme é chato, demorado, difícil de acompanhar e longo demais. Não sei se daria para cortar alguma coisa, acho até que ainda faltou acrescentar certos detalhes, mas apesar de chato, é uma obra grandiosa, que fica na cabeça da gente e no final traz aquela sensação de que vimos um filme de qualidade.

Pra mim, muito melhor do que o ganhador do Oscar, mas comercialmente deve ter sido um fracasso, apesar da Kate.

Não é recomendado para todos, mas se você gosta de cinema de arte, vai fundo.

Nota 7.0 de 10 => IMDb: 7.5

Tetris - USA 2023 nota 7,2

O ano é 1988, Henk Rogers (Taron Egerton), um negociante de jogos eletrônicos, toma conhecimento do Tetris, numa feira de exposições e daí, cifrões passam a dançar diante dos seus olhos. Ele vai atrás da origem, porque seu faro lhe diz que o joguinho é uma mina de ouro, só que foi criado na Rússia e atravessar a Cortina de Ferro do comunismo da época, com um produto embaixo do braço, era missão para um doido, ou um super herói.

Baseado numa história real, Henk se envolve em mil situações de perigo, mas o cara é obstinado e apesar das ameaças, não desiste, nem quando tudo parece perdido.

Além disso, ele precisa driblar a concorrência, a corrupção e a trairagem de um mega empresário americano, mas a sua honestidade e obstinação, acabam fazendo com que conquiste aliados de importância na terra do Kemlin, inclusive o criador do jogo, Alexey Pajitnov.

Movimentado, divertido e com ação e suspense na hora e na medida certa.

Não deixe de ver, mesmo que nunca tenha jogado Tetris.

O diretor Jon S. Baird dirigiu o bom “Stan e Ollie” em 2018.

Para quem não se lembra, Taron Egerton de “Kingsman”, protagonizou brilhantemente “Rocket Man” em 2019.

Prato cheio para os saudosistas da época do Nintendinho.

ota 7.2 de 10 => IMDb: 7.4

65: Ameaça Pré-Histórica (65) - USA 2023 nota 6,0

É fraquinho, concordo. Parece um episódio da série “O Túnel do Tempo” (está demorando, mas acho que vai ter remake desta série, só espero que não seja uma decepção tipo “Perdidos no Espaço”), nos anos 60, a Cinevídeo e a Twenty Century Fox, lançaram a série: dois viajantes do tempo, Tony e Doug James Darren e Robert Colbert), viajantes de um projeto inacabado que sempre caíam acidentalmente no meio de um grande acontecimento histórico e trágico. Só para lembrar, no primeiro episódio da série, eles “aterrissam” no Titanic já em alto mar, imaginem o pé gelado (ou quente) dos caras.

Impossível também, não comparar essa história com o famigerado “Depois da Terra” de 2013 do Shyamalan, aqui, melhorado, pois felizmente tem suas diferenças: não temos que aturar a cara azeda do Jaden Smith, tem o Adam Driver, tem dinossauros e tem catástrofe, então...

Mas não gostei de ver o protagonista com armas de tecnologia avançada (há 65 milhões de anos, imaginem só), atirando em pobres bichos que só estavam seguindo seus instintos primitivos e que apesar da ferocidade e da força física, não passavam de animais inocentes, à beira da extinção. Faltou a noção de sustentabilidade de Steven Spielberg, afinal, nos seus Jurassic Park, ninguém do lado do bem, atirava nos bichos. Você pode dizer: “ah... eles já iam morrer mesmo”, sim, mas ninguém sabia disso.

Ariana Greenblatt de “Armas e Monstros” é boa e dá um bom suporte, ajudando a dar uma camuflada na fragilidade do filme.

Fraquinho, mas não chega a chatear, uma sessão “pipoca da tarde” sem compromisso, pra passar um tempinho.

Nota 6.0 de 10 => IMDb: 5.5

Lone Star – A Estrela Solitária (Lone Star) – USA 1996 nota 6,9

Não envelheceu nada esse grande Western em que Kris Kristofferson não foi indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, mas merecia.

A trama gira em torno de uma ossada descoberta num terreno nos arredores da cidade. Desconfia-se que pertenceu a Charlie Wade (Kris), um Xerife psicopata desaparecido, que abusava da sua autoridade e do vácuo da lei numa cidade esquecida no território do Novo México. Para dar vazão aos seus instintos doentios, regrados a preconceito e racismo, ele criava armadilhas para assassinar imigrantes, muitas vezes pelas costas. A investigação é conduzida pelo Xerife atual da cidade (Chris Cooper), filho de um dos delegados da época, Buddy Deeds (Matthew MacConaughey) e Elizabeth Peña é Pilar, um antigo amor do Xerife, que nunca foi totalmente esquecido.

O filme tem todos os ingredientes para um bom romance: conflitos entre o abuso da lei e a justiça, preconceito, xenofobia, racismo, assassinatos, investigação e uma paixão do passado.

Quem gosta de um bom Western, não deve deixar de ver ou rever.

Nota 6.9 de 10 => IMDb: 7.4

sábado, 22 de abril de 2023

Dupla Jornada (Day Shift) - USA 2022 nota 6,0

Comédia a lá “Blade o Caçador de Vampiros”, com Jamie Foxx e Dave Franco (irmão do James)

Se passa num futuro não muito distante, em que os humanos convivem com vampiros, mas (sem muita explicação), existe uma organização que paga muito bem por presas retiradas de vampiros abatidos.

Bud Jablonski, Jamie Foxx, precisando desesperadamente de dinheiro, se mete nas piores enrascadas para conseguir uma graninha e evitar que sua ex-mulher se mude e leve sua amada filhinha para longe dele.

Snoop Dog participa como um caçador experiente e Dave Franco é o cara certinho, um funcionário burocrata que acaba caindo de paraquedas no meio da confusão.

Divertido e sem muita lógica, é mais um filminho passatempo para curtir sem grandes aspirações. Tem ação, piadinhas e não chateia, mas não espere demais.

Participações de Scott Adkins e Peter Stormare.

Nota 6.0 de 10 => IMDb: 6.1

Viver (Living) – USA 2022 nota 7,6

Um filme sobre um planeta que está morrendo. O planeta dos cavalheiros, dos homens de terno, chapéu e sobretudo. É baseado no filme “Ikirú” de 1952 de Akira Kurosawa e aborda a vida de um homem chamado Sr. Willians, um senhor, que chefia com pulso firme, uma sessão burocrática das contas de obras públicas de Londres, na década de 50.

O Homem, até então calado, contido e sisudo, um escravo da burocracia, recebe uma notícia que vai mudar seu modo de pensar e de agir, aflorando sua humanidade e seu jeito de ver a vida.

Filme sensível em que Bill Nighy concorreu ao Oscar de Melhor Ator, perdeu para Brendan Fraser com seu “A Baleia”, mas se tivessem dois Oscar para premiar, ele merecia o outro.

Não assisti o original de Kurosawa, mas vou tentar encontrar e assistir, adorei o filme.

Recomendo a todos que gostam de cinema de arte.

O diretor é Oliver Hermanus, do qual não consegui muitas referências. 

Nota 7.6 de 10 => IMDb: 7.3

domingo, 9 de abril de 2023

O Matador: Missão Resgate (The Killer) - Coreia do Sul 2022 nota 7,0

História que já foi filmada centenas de vezes (eu acho, não contei), em que um ex-assassino profissional caladão, de alta periculosidade, mas com um coração enorme, acaba tendo que virar babá de uma adolescente, e como o título já entrega, vai ter que revirar mundos e fundos para resgatar a pentelha que acaba vítima de um sequestro.

Aqui, a garota é raptada por uma máfia de escravas sexuais e os sequestradores vão comer o pão que o Diabo amassou (ainda tento descobrir quem falou que o Satanás era padeiro, para os curiosos, há uma citação no versículo 19 do capítulo 3 do livro do Gênesis). Claro que o pão será comido quentinho, nas dependências habitacionais do próprio Tinhoso, ou seja, no Inferno.

 Muita ação, lutas marciais, tiroteios e sangue espirrando pelos quatro pontos cardeais. O herói não muda sua expressão de superioridade, nem mesmo quando leva uma facada. O cara é mais durão do que o Chuck Norris e tem que lidar com um assassino super treinado, uma vilã cheia de truques e um policial corrupto. No final, uma surpresa, da qual eu desconfiei desde o princípio.

Pra quem gosta de ação, um prato cheio e saboroso, muito melhor do que muitas grandes produções hollywoodianas.

Nota 7.0 de 10 => IMDb: 6.6

Pantera Negra: Wakanda Para Sempre (Black Panther: Wakanda Forever) – USA 2023 nota 4,5

 

Filminho xôxo, inverossímil, artificial, cansativo e apelativo. Projetado apenas par arrancar mais alguns dólares do seu bolso, explorando o personagem e a morte de Chadwick Boseman.

Não gostei. Poderiam ter feito algo mais estruturado, com uma história muito mais envolvente, ainda mais introduzindo um novo personagem: Namor o “Príncipe Submarino”. Acontece que a pressa e urgência em lançar o filme antes que a trágica morte do ator perdesse a intensidade da comoção, fez com que criassem uma história absurda, apressada, cheia de buracos e com soluções mirabolantes que dão a clara impressão de terem sido inventadas em cima da hora e sem um mínimo de comprometimento com a coerência.

Teve momentos no filme que eu perguntei: "sério isso?”, tamanho o disparate de certas cenas, para mim, beirando o constrangimento.

E o filme é isso, algumas boas cenas de luta, ilustrando uma paródia do que poderia ter sido um filme até razoável, repito: se não tivesse sido a pressa em entregar.

Chato ver a Lupita Nyiong’o num projeto tão pobre de ideias.

Martin Freeman, não soube o que veio fazer no filme.

Hiri (Dominique Thorne) de “Judas e o Messias Negro”, não parecia à vontade nas cenas e também não é pra menos, tamanho o absurdo de sua personagem.

Se for assistir, se prepare para ter a sua inteligência insultada, aliás isso é uma coisa que vem se tornando frequente nos filmes da Marvel.

A nota só não é pior, porque é Marvel e tem alguns bons efeitos, outros nem tanto.

Obs: A premiação com o Oscar de Melhor Figurino, para mim é imerecida, afinal, armadura virou figurino?

O diretor Ryan Coogler, é o mesmo do primeiro filme.

Nota 4.5 de 10 => IMDb: 6.7

quarta-feira, 5 de abril de 2023

The Last of Us 1ª Temporada – USA 2022 nota 8,1

Baseada no Game homônimo é a história de uma garota, Ellie (Bella Ramsey), de “Game of Thrones” e um homem, Joel (Pedro Pascal), que acabam unidos pela tragédia e partem numa jornada para tentar salvar o mundo da catástrofe ocorrida pela contaminação dos humanos por um parasita fungicida que se apodera da carcaça das pessoas e sai pelo planeta contaminando as outras.

Não sei dizer se é o cenário pós-apocalíptico (já mostrado em vários filmes e séries), se é o carisma de Pedro Pascal e o amargor do seu personagem (pero, sin perder la ternura), se é pela simpatia da desbocada Ellie, ou se é a química que se gerou na conjunção (eitah) desses elementos. O que posso dizer com certeza, é que a série é viciante.

Impossível não ficar ansioso para ver o próximo episódio.

Não deixe de ver, são nove episódios e fim...

Ou não?

Nota 8.1 de 10 => IMDb: 8.9

A Viagem de Chihiro (Spirited Away) - Japão 2001 nota 7,6

Clássico do diretor Hayao Miyazaki que levou o Oscar de Melhor Animação em 2003.

É um filme mágico, uma espécie de Alice no País das Maravilhas em que a menina Chihiro se perde dos pais em um lugar estranho e na tentativa de reencontrá-los vai conhecendo personagens cada vez mais esquisitos.

O perigo está sempre por perto, mas a doçura de Chihiro acaba encantando até os mais cruéis e a sua aventura acaba levando-a à possibilidade de salvar seus pais, aprisionados neste lugar pelo feitiço de uma bruxa.

Miyazaki tem outros clássicos no currículo: “Meu Amigo Totoro” e “O Castelo Animado”.

Impossível não se encantar. Agrada a adultos e crianças de qualquer idade.

Nota 7.6 de 10 => IMDb: 8.

A Passagem (Causeway) – USA 2022 nota 6,8

Jennifer Lawrence num filme menor, uma produção modesta na qual a força principal está no drama de uma militar em recuperação após ter sofrido um atentado à bomba enquanto servia no Afeganistão. Lynsey (Lawrence), conhece James (Bryan Tyree Henry), de “Trem Bala”, um cara também abalado por um acidente trágico e juntos vão superando seus traumas, ela com a ajuda de remédios e ele com a ajuda dela. Aos poucos a amizade vai crescendo, mas o caminho é tortuoso e nem tudo são rosas à beira do caminho (eith... essa foi de doer).

É um filme curto (01h34), sem dramalhões chorosos e nem cargas de emocionais, mas é fácil se envolver, pela bela atuação de Jennifer Lawrence e Bryan que foi indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, perdeu para Ke Huy Qwan de “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”.

Para quem está a fim de descansar um pouco de tiroteios e porradaria, eis uma boa opção.

O que eu posso dizer sobre a diretora Lila Neugebauer é que ela conhecida por eu nunca tinha ouvido falar dela, ou seja... sem referências.

Nota 6.8 de 10 => IMDb: 6.6


Um Lugar Bem Longe Daqui (Where The Crawdads Sing) - USA 2022 nota 5,0

O filme deveria ir para o mesmo lugar do título, “bem longe daqui”, pois haja paciência pra acompanhar essa história chata, sobre Kaya Clark, uma moça que se criou num brejo pantaneiro, vive reclusa e acaba sendo acusada de um homicídio ocorrido nas redondezas da sua propriedade.

Daisy Edgar-Jones protagonizou “Fresh”, lançado em 2022, outro filmeco chato, idiota e cansativo.

Aqui, o filme acompanha o desenrolar do julgamento da guria, com aquele típico promotor encarregado da acusação, o tipo que fica levantando as hipóteses mais absurdas e mesmo assim, vai ganhando a credibilidade dos jurados. Por outro lado, temos o advogado de defesa bonzinho, vivido por David Strathairn (que é bom, mas não chega a salvar o filme). Ele faz de tudo pra inocentar a moça, que por motivos desconhecidos, insiste em esconder alguns detalhes do relacionamento que ela manteve com o morto. Quando ele estava vivo, óbvio. O sujeito (Chase), é interpretado por Harris Dickinson de “Triângulo da Tristeza”.

A estratégia da diretora Olivia Newman é a mesma de outros filmes carentes de imaginação: os detalhes são omitidos pra deixar a gente no escuro e mais pro final, vão sendo revelados aos poucos.

Coisa batida e amadora.

Apesar de o filme estar bem cotado no IMDb, não aconselho ninguém a assistir, é um verdadeiro pé no saco e a mocinha é insossa como feijão sem sal. Só se salvam mesmo, algumas belas paisagens pantaneiras.

Procure um lugar menos úmido.

Nota 5.0 de 10 => IMDb: 7.2


Exit (Eksiteu) – Coreia 2019 nota 6,8

Filme coreano simples, pequeno e sem nada de complicado. É apenas uma situação em que um gás tóxico e mortal é liberado no centro de Seul e a população que está por ali, matando o tempo ou se divertindo, precisa passar sebo nas canelas e vazar para não inalar a porra do veneno. O problema é que a família de Yong-Nam, um rapaz que pratica rapel, está em um buffet numa comemoração do setentenário da sua matriarca e quando se dão conta, estão sem muitas opções de escapar antes que o gás chegue até eles, então a solução é subir para a cobertura do prédio e aguardar socorro, mas as coisas se complicam e então o jovem Yong-Nam e a Vice Gerente do lugar, coincidentemente, sua rival no esporte, vão ter que passar por poucas e boas para escapar e ainda ajudar os menos favorecidos fisicamente.

O filme não chega a ser um suspense de deixar o expectador de boca seca, (como por exemplo “A Queda”) mas tem lá seus momentos. O bom humor está presente o tempo todo e o casal é uma simpatia.

Impossível não se divertir e não torcer por eles.

Vale uma expiada.

Nota 6.8 de 10 => IMDb: 7.0

Dias Perfeitos (Perfect Days) - Japão/Alemanha 2023 nota 7,8

Indicado ao “ Oscar de Melhor Filme Estrangeiro ” e dirigido pelo prestigiado  Wim Wenders “ Asas do Desejo ”, “ Paris Texas ”, Dias Perfei...