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domingo, 18 de junho de 2023

Shazam! Fúra dos Deuses (Shazam! Fury of the Gods) – USA 2023 nota 6,0

Atualmente para se produzir um Blockbuster de super-heróis da Marvel ou da DC, o planejamento é o seguinte:

Escolhe-se um bom elenco, uma boa empresa de efeitos especiais e um roteirista qualquer, afinal o roteiro é o de menos, é só inventar uma historieta pro pessoal dos efeitos trabalhar e pronto. Ninguém liga se o enredo tem pé nem cabeça, coerência, lógica ou fundamento e que se foda tudo isso.

Shazam! Fúria dos Deuses”, é um bom exemplo disso e tudo gira em torno de três bruxas descendentes de Atlas ou da Noite e da Escuridão, criadas no Jardim das Hespérides, onde se cultivavam maçãs de ouro (afff), que resolvem do nada, roubar aquela porcaria de cajado quebrado (vide Shazam! de 2019) e exterminar a humanidade e daí, a Família Shazam, tem que entrar  numa ação conjunta para combater as maléficas criaturas.

Zachary Levy se segura bem como protagonista, mas o elenco de apoio peca em alguns aspectos:

Jack Dylan Greaser (Freddy Freeman), está sempre com aquela cara de bobo de quem está numa comédia adolescente dos anos 80.

Rachel Zegler (Anthea), a menina vive de boca aberta e tem aquele olhar de cachorro sem dono, que pode causar simpatia em algumas pessoas, mas a mim, incomoda, mas como ela é a Maria de “West Side Story” do Spielberg, então, passa...

Jovan Armand (Pedro Peña), o garoto rechonchudo quase não aparece e nem precisa, acho que já tem gente suficiente na família de super heróis do Billy Batson, por vezes dá a impressão de que o filme anda meio saturado de super-poderosos.

Hellen Mirren inegavelmente é uma das grandes estrelas do nosso tempo, mas sinceramente, achei que estava meio perdida no papel. Acho que não era pra ela.

Lucy Liu, outra das grandes, não tenho como negar, ela “fala” com os olhos e passa uma segurança e uma credibilidade que não dá para contestar, apesar do papel ruinzinho.

Djmon Hounsou esse sim, se salva com méritos, mas o personagem ajuda. 

Tem mais: com toda parafernália de efeitos visuais, bastou um caminhar de três segundos da Gal Gadot para que o filme tivesse a sua melhor cena.

A trilha sonora também tem dois bons momentos: Bonnie Tyler com “Holding Out for a Hero” e o “Rei” Elvis com “A Little Less Conversation”, aí é elite...

Resumindo, o filme é uma sucessão de cenas filmadas em fundo verde e acrescentados em CGI. Diverte visualmente, mas peca pela história fraca e cheia de conversa fiada. Nada contra o humor, entendam, é que falta inteligência mesmo.

Não recomendo e nem desrecomendo, você já sabe o que vai encontrar e sabendo já sabe se vai gostar ou não, então...

Nota 6.0 de 10 => IMDb: 6.0

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