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sábado, 29 de julho de 2023

Resgate 2 (Extraction II) USA 2023 nota 7,6

De volta para o perigo.
Depois de um curtíssimo período de recuperação, Tyler Rake volta à ação para salvar uma mãe e seus dois filhos mantidos prisioneiros em uma cadeia de Bangladesh.

Desta vez Nik Khan (Golshfited Farahani) e Yaz Khan (Adam Bessa) estão na ação desde o começo.

Olga Kurylenko dá o ar da graça como a ex-mulher de Tyler e Idris Elba se mete a fanfarrão como o cara que vai “contratar” Tyler para... para... para que ele vá resgatar pessoas da sua própria família. Estranho...

Filme com ação a dar com pau e um ritmo impressionante, característica do diretor Sam Hargrave, o dublê que virou diretor.

Diretor dos bons.

Se você gosta de ação, não deixe de ver (é claro que não vai deixar). É absurdo, incoerente, com pessoas que não são de carne e osso (capazes de levar um tiro na mão e continuar segurando um peso de 140/150 kilos a 100 metros de altura.

Diversão garantida.

Nota 7.6 de 10 => IMDb 7.1

The Flash USA 2023 nota 7,2

Apesar de algumas forçadas graves no roteiro (principalmente a cag..., digo, o ato que motivou todo o enredo), o filme cumpre o seu papel como entretenimento de ação. É (como sempre), bastante movimentado, com viagens no tempo e multiverso (já que parece estarmos vivendo uma fase crítica de carência de imaginação), tem o, ou melhor, os Batmans, Superman retrô e uma participação (sempre muito  bem-inda) da Gal Gadot como a Deusa Maravilha.

Flash (Ezra Miller), faz uma burrice das grandes e para consertar tudo, vai ter a sorte de contar com o Batman do Tim Burton, uma mãozinha do Barry Allen, os poderes de uma Super Mocinha vestida de azul e outros “fantasmas” bonzinhos do passado e do futuro.

O filme é recheado de ação e piadinhas infames, portanto agrada pelo ritmo e a simpatia dos personagens. Não tem ninguém chato e isso já é um grande começo.

Gosta de Super- Heróis? Vá em frente, esse até que é bonzinho.

Com:

Ben Affleck

Michael Keaton

Michael Shannon

Jeremy Irons

Ron Livingston

Nota 7.2 de 10 => IMDb 6.9

O Homem Invisível (The Invisible Man) – USA 1933 nota 6,6

Versão clássica da história criada por H. G. Wells em 1897 e que até hoje já rendeu uma série de adaptações para o cinema e mais duas séries para TV, uma na década de 1970 e outra nos anos 2000.

Cientista descobre a fórmula da invisibilidade, mas os efeitos colaterais o deixam com um parafuso solto. Seu lado ruim aflora e o sujeito passa a cometer assassinatos e sonha em dominar o mundo.

Pela época em que foi filmado, os efeitos são até bem criativos e convencem bem. O filme é curtíssimo (01h10) e por mim, merecia até um pouco mais de tempo, nem que fosse pra dar uma enchida básica de linguiça. Mas mesmo assim, é um clássico que encantou muita gente na época e merece ser revisitado. 

Nota 6.6 de 10 => IMDb 7.6

Black Mirror 6ª Temporada 7,0

Irregular, com alguns bons episódios e outros nem tanto, a série se sustenta, porque aposta na singularidade de suas histórias e em seus desfechos inesperados.
São cinco episódios que vão dividir opiniões, mas com certeza vão manter o interesse até nos seus finais.

Na primeira história, uma mulher passa a ter sua vida transmitida ao vivo numa espécie de reality show, sem que ela saiba como. Acontece que a guria vai ficar muito P. da vida, pois ela não é, como se diz, um exemplo de boa conduta.

Na segunda, um crime hediondo do passado volta à tona em uma cidadezinha do interior: uma equipe decide fazer um documentário sobre a tragédia e descobre que tinha coisa bem mais sinistra escondida por trás da história. 

Na terceira, dois astronautas vivem em um satélite espacial, enquanto suas famílias convivem com uma réplica sintética deles, equipada com uma conexão com o próprio labutante espacial de duas patas. Acontece que o ser humano é o pior animal que existe na face da terra.

Na quarta história, uma fotógrafa freelancer vai em busca da sua foto mais valiosa: Uma jovem estrela de um seriado que entra em depressão depois de se envolver em um acidente na estrada e passa a ter crises de consciência e algo mais...

E finalmente na quinta, uma vendedora de sapatos precisa cometer três assassinatos para salvar a humanidade da extinção, tudo isso auxiliada por um demônio caracterizado como Bob Farrel, o vocalista da banda Boney M

Nota: Bob Farrel, faleceu em 2010 e acho que a homenagem aqui, caiu muito bem.

Bom passatempo, não perca.

Nota 7.0 de 10 => IMDb 7.0


Ted Lasso 3ª e Última Temporada nota 8,1

Ted Lasso o cara legal que já nasceu perguntando ao médico se ele estava precisando de alguma coisa, parece que finalmente também encerra sua vida de treinador do A. F. C. Richmond, time fictício de futebol do Reino Unido.

Para quem não conhece, Ted foi contratado sem nunca ter dirigido um time de futebol, jogada arriscada de Rebecca (Hannah Waddinghan), a dona do time que tinha intenções sorrateiras na sua empreitada. Acontece que a coisa toda funcionou ao contrário e Ted Lasso conquistou a ela, aos torcedores e a cidade de Richmond.

Os personagens são prá lá de simpáticos (até o rabugento Roy Kent, aliás principalmente ele), Keely Jones (Juno Temple) tem a sua carinha estranha em todas as temporadas e as participações de estrelas do meio futebolístico como Pepe Guardiola e Thierry Henry.

Nessa terceira temporada, se destacam a participação relâmpago de Zava e seus gols fantásticos e a amizade entre dois inimigos declarados da equipe: Jamie Tartt e Roy Kent.

No início, nem em sonhos alguém imaginaria um dia ver Jamie ensinando Roy a andar de bicicleta ao som de “Raindrops Keep Fallin on My Hand” de B. J. Thomas, num belo tributo ao clássico “Butch Cassidy e Sundance Kid” filme oscarizado com Robert Redford e Paul Newman.

E a reunião do Diamond Dogs? Alguém já viu uma besteira maior do que aquela? E alguém discorda de que é hilária?

E os pedacinhos de papel que cada jogador guardou?

E a despedida no aeroporto? É pra chorar de emoção, fala sério...

É por essas e outras que não dá pra perder essa série. 

É leve, divertida, com personagens cativantes e uma abertura de poucos segundos que emociona, pela música e pelo cenário. Confiram.

Nota 8.1 de 10 => IMDb 8.8

Barry 3ª e Última Temporada nota 7,9

Série original e totalmente fora dos padrões, que oscila ali, entre a comédia e o nonsense com períodos de puro surrealismo.

Barry Berkman ex-soldado que se tornou assassino profissional e estudante de interpretação dramática se enrola cada vez mais nas suas trapalhadas, auxiliado pelo mafioso Hank (Anthony Carrigan) e o seu mentor (Stephen Root) e além disso, ele arrasta para o meio da bagunça a sua namorada Sally (Sara Goldberg), e o seu professor de atuação Gene Cousineu (Henry Winkler).

Foram muitas aventuras e reviravoltas, agora chega ao seu final com cenários e situações dignos de Joss Anderson, um cineasta que adora um clima surreal.

Besteirol, romance, surpresas, suspense, tiroteios, violência, se você não conhece e gosta de conhecer uma série diferenciada, vai nessa, porque essa é das boas.

A maioria dos episódios foram dirigidos por Bill Hadler, o próprio Barry.

Nota 7.9 de 10 => IMDb 8.4

O Duque (The Duke) – UK 2020 nota 7,0

História baseada em fatos. Na década de 50, um velho, veterano de guerra vive protestando contra o estado, em uma luta solitária contra os abusos e a falta de benefícios aos colegas ex-soldados.

O filme começa mostrando o julgamento de Kempton Button (Jim Broadbent), acusado de roubar o retrato de Goya do Duque de Wellington da National Gallery, em Londres.

O filme, em tom de comédia tem sua base dramática e nem tudo são risos, mas na sua maior parte é divertido e descontraído.

Hellen Mirren, (velhinha), é a esposa de Button, sempre correta e de cara fechada, criticando o comportamento “avuado” do marido, que parece não ter um dos parafusos, mas na verdade o velho é esperto e cheio de truques. 

Filme agradável e com tiradas inteligentes, pode não ser um clássico pra ficar na história, mas é muito bom. No finalzinho uma cena em que o quadro aparece em um filme de James Bond.

Nota: Roger Michell é o diretor de “Um Lugar Chamado Nothing Hill”, filme de 1999 com Julia Roberts e Hugh Grant, adorado pela galera do eterno romantismo.

Nota 7.0 de 10 => IMDb 6.9

Kill Boksoon (Kill Book-Soon) – Coréia do Sula 2023 nota 5,5

Se filme bom fosse só matança desenfreada e sem motivo e lutas marciais, este ganharia um troféu, acontece que filme de assassino bom tem que ter história, diálogos inteligentes, os personagens precisam ser baseados em caráter, relações de amizade, códigos de honra, critério (desculpem, acho que ainda estou empolgado com John Wick).

Esse “Kill Boksoon” é sobre uma assassina profissional que trabalha para uma “agência” que presta esse tipo de serviço. A mulher Gil Boksoon (Jeon Do-Yeon), tem uma filha adolescente que enfrenta os problemas próprios da idade, então ela precisa conciliar seu trabalho e os cuidados com a família.

Como o título já entrega, ela vai desobedecer uma ordem do chefe e sua cabeça vai a prêmio. Conheço essa história, você também já deve conhecer .

Apesar do clichê, até daria um bom filme se o enredo não fosse tão desarmonizado, cheio de falhas narrativas e baboseiras inseridas na trama visivelmente na intenção de encher linguiça.

Resumindo: é só porradaria e matança com pouquíssimo conteúdo, a não por ser esses dois fatores e a simpatia de alguns personagens, não recomendo.

Nota 5.5 de 10 => IMDb 6.6

domingo, 9 de julho de 2023

Sangue e Ouro (Blood & Gold) – Alemanha 2023 nota 6,4Sangue e Ouro (Blood & Gold) – Alemanha 2023 nota 6,4Sangue e Ouro (Blood & Gold) – Alemanha 2023 nota 6,4Sangue e Ouro (Blood & Gold) – Alemanha 2023 nota 6,4Sangue e Ouro (Blood & Gold) – Alemanha 2023 nota 6,4Sangue e Ouro (Blood & Gold) – Alemanha 2023 nota 6,4

Filme alemão razoável com uma historiazinha básica que se passa nos estertores da Segunda Guerra.

Grupo de alemães sob o comando de um coronel feio, frio e desumano (que novidade!), se instala em um pequeno vilarejo à procura de uma fortuna em barras de ouro, que foi escondida ali por uma família judia.

De quebra, enforcam um desertor revoltado com a inutilidade da guerra e o deixam pendurado numa árvore para morrer.

Acontece que o soldado tem o pescoço duro e vai sobreviver com a ajuda de uma fazendeira e seu irmão e aí a coisa vai se complicar para o lado dos chucrutes e de um grupo de moradores mal intencionados.

Muito mais “Blood” do que “Gold”, o filme é sangrento e tem bastante ação, pena que o roteiro cai em clichês e dramaticidade desnecessários, fazendo com que a fluência narrativa do enredo fique travada em alguns momentos, mas dá pra consumir.

Se o gênero agrada, fica mais fácil gostar.

É por sua conta e risco. 

Nota 6.4 de 10 => IMDb: 6.5


sábado, 8 de julho de 2023

Ghosted: Sem Resposta (Ghosted) – USA 2023 nota 6,6

Filme subestimado pela crítica que não economizou e despejou um bombardeio de impropérios em cima dele.

Não é assim tão ruim, aliás, nada que se condene a mais do que tantos filmes do gênero:

Clichês, Ação desmedida, lutas exageradas, conveniências roteirísticas e um romance que não tinha nada para dar certo, mas deu... 

Cole (Chris Evans) é um fazendeiro apicultor bonzinho que encontra a meiga Sadie perdida numa feirinha de subúrbio, onde todos parecem se conhecer.

A paixão é à primeira vista e depois de um início tumultuado, a coisa entra em um nível mais “elevado”.

Algum tempo depois que ela parte e não retorna seus contatos, ele decide encontra-la em Londres e lá descobre que a doce Sadie é muito mais do que uma curadora de arte. Cole é pego no meio de uma transação internacional da venda de uma arma química e ao lado da sua amada vai ajudar a salvar o mundo (pois é...) numa aventura digna de um espião internacional de alta patente.

É... como eu disse, tudo é meio exagerado mesmo.

As curiosidades ficam por conta da aparição relâmpago de alguns grandes nomes do momento:

Anthony Macky

Sebastian Stan

John Cho

Ryan Reinolds

Tim Black Nelson

Adrien Brody é o vilão mor e a trilha Sonora conta com Blur e The Beatles (coisa rara).

Vale uma espiada. É um passatempo leve e divertido, Ana de Armas é uma graça e Chris Evans é... Chris Evans.

O diretor Dexter Fletcher não tem muita coisa no currículo, portanto, não dá para fazer nenhuma referência válida, mas trabalhou com Guy Ritchie em “Jogos Trapaças e Dois Canos Fumegantes”, e fica clara a influência do diretor no seu trabalho. Mas para chegar perto do nível do seu guru, ainda tem que comer muito feijão. Ou muito Bolinho de Batata. Hamburgers. Cachorro quente, ou seja lá o que eles comem na Inglaterra...

Nota 6.6 de 10 => IMDb: 5.8

segunda-feira, 3 de julho de 2023

As Linhas Tortas de Deus (Los renglones torcidos de Dios) – Espanha 2022 nota 6,0

Oriol Paul dirigiu “Um Contratempo” em 2016 e conquistou uma legião de fãs mundo afora. O filme é bom, mas não me conquistou como fã do diretor. Eu gosto de histórias intrincadas com surpresas no final, mas o formato de “novelão mexicano” me incomoda um pouco.

Aqui ele repete a dose, neste filme de suspense em que Alice Gold, uma detetive particular se interna numa clínica para tratamento de doenças mentais, a fim de investigar um crime.

Chegando lá, ela é tratada como se tivesse também um parafuso solto, porque apenas uma pessoa conhece seus verdadeiros motivos, mas algo acaba saindo errado quando ela  procura a ajuda do seu contato. 

O livro que inspirou o filme, “Los renglones torcidos de Dios” de Torcuato Luca de Tena” foi publicado em 1983, eu nunca li e nem agora depois de filmado, despertou meu interesse, pois apesar dos elogios à obra, tenho me decepcionado com leituras desse tipo. A última delas foi “A Paciente Silenciosa” de Alex Michaelides.

“As Linhas Tortas...” o filme, também não me conquistou, pois apesar de chamativo e razoavelmente bem dirigido, tem lá suas incoerências e “conveniências”, pequeninas omissões que ajudam o autor a nos privar de informações relevantes exatamente para deixar a gente no escuro e causar surpresa na hora da revelação, um truque muito usado por escritores e que não me agrada, pois considero um pequeno insulto à minha inteligência.

Mas consideremos que nem todos nasceram para Agatha Christie, não é?

O filme se aguenta bem até o final e para os menos exigentes, até que passa de ano.

Obs: Quando eu digo que “passa”, é porque o filme é razoável, recebendo nota entre 6,0 e 6,5.

Nota 6.0 de 10 => IMDb: 7.0


Sombras de Um Crime (Marlowe) – USA 2023 nota 5,0

O filme devia se chamar “Sobras de Um Crime” ou “Sombras de Um Filme”.

Em 1993 o diretor Neil Jordan com o seu “Traídos Pelo Desejo” concorreu ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Roteiro Original e Melhor Direção, mas teve que duelar com Clint Eastwood e o seu “Os Imperdoáveis” e perdeu todos (com justiça). “Traídos...” ainda recebeu mais três indicações: Melhor Ator para Stephen Rea, Melhor Ator Coadjuvante para Jaye Davidson e Melhor Edição.

Portanto é claro que eu estava esperando muito mais desse “Marlowe” de Neil Jordan e deve ser por isso que a minha decepção foi maior, pois como dizem “Quanto maior é a árvore, maior é o tombo”.

Apesar da produção caprichada e do time de grandes extrelas (é com “x” mesmo), o roteiro xôxo e sem inspiração, o clima noir que fica só na intenção e a direção preguiçosa, jogaram a produção no ostracismo, entregando um resultado abaixo do medíocre.

O personagem principal, o detetive Phillip Malowe criado por Raymond Chandler em 1939 e aqui protagonizado por Liam Neeson não passa de uma caricatura, um personagem que não investiga, não resolve, não salva ninguém e ainda por cima pisa na bola nas horas mais importantes.

Falta suspense, criatividade, ritmo, definição, coerência e uma coisa muito importante: empatia do espectador com os personagens. É tanta bola fora que você não consegue simpatizar com ninguém, ou até consegue chegar com aquela empatia pré-estabelecida por conta do Liam Neeson, mas a narrativa morna, sem graça e a incompetência do personagem, acabam gerando um revertério e chega uma hora que você quer mais é que o protagonista de lasque.

Se pelo menos tivéssemos aquela tradicional narrativa em off, tradicional nos filmes noir, talvez nosso herói poderia ter a chance de explicar porque estava tão ruim de serviço. Mas nem isso...

Só não é uma total perda de tempo porque o elenco conta com a veterana Jessica Lange, Diane Kruger e Danny Huston.

É pouco.

Nota 5.0 de 10 => IMDb: 5.3

Dias Perfeitos (Perfect Days) - Japão/Alemanha 2023 nota 7,8

Indicado ao “ Oscar de Melhor Filme Estrangeiro ” e dirigido pelo prestigiado  Wim Wenders “ Asas do Desejo ”, “ Paris Texas ”, Dias Perfei...