Round 6 (Squid Game) 1ª Temporada – Coreia 2021

A coqueluche do momento.

A viciante série da Netflix que tá na boca do povo.

Já existem memes, piadinhas, debates, gente que mete o pau, defensores aos montes e a especulação de que teremos algo mais do que a segunda temporada que já está em produção.

Eu acho que tem munição para mais de uma. É uma mina de ouro, uma fonte que pode jorrar histórias e mais histórias, só espero que não vire outra “La Casa de Papel”, série que foi bem na primeira temporada, apesar de terem dado uma esticada, empurrando o desfecho para a segunda. Na terceira temporada já foi difícil aguentar aquela overdose de flashebacks e da quarta em diante, só mesmo por auto flagelo... a coisa caiu num marasmo criativo tão intenso que – apesar da minha teimosia - me obrigou a desistir no terceiro episódio da quinta temporada (veja nossa crítica, aqui mesmo).

Round 6, conta muitas histórias, entre elas, a de Seong Gi-hun, um cidadão ali pela casa dos trinta, divorciado, viciado em corridas de cavalos, que se encontra sem dinheiro nem para comer um espetinho de gato na rodoviária. Para comprar a lembrancinha de aniversário da filha de dez anos, precisa pedir dinheiro para sua mãe, uma senhora idosa que dá um duro danado pra sobreviver. 

De repente surge um sujeito no seu caminho e lhe oferece a chance de ganhar um bom dinheiro se ele se comprometer a participar de uma espécie de gincana.

Ele aceita sem saber direito as regras e vai se envolver num jogo de vida e morte numa arena fechada, com mais de quinhentos competidores, todos desesperados e dispostos a tudo, numa pindaíba de dar dó.

 A série já conquistou o público. Lembra um pouco Jogos Mortais e Jogos Vorazes, mas a pegada é diferente.

Como sempre, aos poucos vamos conhecendo alguns dos competidores e acompanhando seus dramas pessoais, nisso, não há nada de novo, o que faz com que a série seja esse sucesso todo, acho eu, são as terríveis regras dos jogos e o modo frio e indiferente com que os organizadores tratam os derrotados.

E aquela voz alegre e festiva ao anunciar a morte dos eliminados.

Se você gosta de séries assim, assista... apesar de várias incoerências, algumas situações improváveis e a dramaticidade exagerada estilo oriental, vale a pena.

Tem surpresa no final.

Nota 7.5 de 10
IMDb: 8.1

Almacenados - México (2015)

Lino é um senhor que está prestes a se aposentar após trinta e nove anos de trabalho no depósito de uma fábrica de mastros para barcos e bandeiras.

Nin, será o seu substituto e ele tem cinco dias para ensinar o rapaz.

Só que o depósito fica num local isolado e no seu interior não existe nada além de uma mesa com telefone (que nunca toca), uma cadeira, cadernos para anotações, um relógio de ponto com defeito e um bebedouro.

O velho Lino é um funcionário à antigas, sistemático, correto e exemplar, e além da esquisitice da situação, o choque de gerações entra de fininho, nos conduzindo para uma situação por vezes engraçada, por vezes dramática, mas sempre com um acentuado toque surreal.

Filme mexicano bastante elogiado pela crítica especializada em filmes de arte. É inédito, singular, cheio de simbolismos humanos e trabalhistas, e sim, prende a atenção do começo ao fim com apenas dois atores, sem forçar, sem falar demais, sendo engraçado sem tentar fazer graça.

No final, uma surpresa. Não aquela que você vai estar esperando, senão, não seria surpresa. Estamos? Assista e descubra.

Almacenados em espanhol significa “armazenados”.

Inesquecível. Um deleite.

Se você gosta deste gênero, não deixe de ver.

Nota 7.2 de 10
IMDb: 7.4

O Homem Nas Trevas 2 – (Don’t Breathe 2) USA 2021

Lógico que eles não iam perder a oportunidade de faturar mais uma graninha, depois do sucesso de “Don’t Breathe” de 2016.

Os motivos:

O protagonista é icônico, a sua situação é de uma pessoa fragilizada pela idade e pela deficiência e nós já sabemos de antemão, que algum ou alguns elementos metidos a valentões vão tentar roubar alguma coisa do velho. E vão se dar mal.

Claro que a premissa promete.

Promete e cumpre. Não tão bem como no primeiro filme, mas consegue manter o clima de medo, tem bastante violência, sanguinolência, sobrevivência a duras penas e tudo que se espera de um filme de ação.

Só que...

Forçaram um pouco a barra.

No primeiro filme tudo tinha lógica, os adolescentes tentando roubar a grana que o velho recebeu de indenização por ter perdido a visão na guerra, era perfeitamente aceitável.

Mas agora, o produto visado é outro, a história se mete a resgatar dramas familiares numa situação pra lá de absurda. Falta coerência no enredo e para ajudar o roteirista e diretor Rodo Sayagues (co-roteirista do primeiro filme), inventou de criar algumas situações dramáticas e caiu na pieguice.

Mas dá para se distrair na 1h38 de duração. Só não fique dando atenção para as escorregadas do roteiro, que você vai gostar.

E o velho e bom Stephen Lang, ajuda bastante.

Nota 6.0 de 10
IMDb: 6.1 

Por que as Mulheres Matam 2ª Temporada - (Why Women Kill) USA 2020

Alma Filcott (Allison Tolman), é uma mulher de meia idade, um pouquinho acima do peso, casada e tem uma filha moça, também cheinha nas formas, que trabalha de garçonete.

A família é moradora de um bairro de classe média em uma cidade do interior americano.

O sonho de Alma, é entrar para um seleto clube de senhoras chiques da sociedade, mas para isso, tem que se candidatar com alguns requisitos básicos de granfinagem, o que ela absolutamente, não tem.

Mas a mulher é determinada e mesmo não tendo finesse e nem dinheiro, já que seu simpático e simplório marido Bert (Nick Frost), ganha a vida como veterinário (que tem como clientes as próprias madames do clube), ela não desiste da ideia.

Até que ao ser convidada para um chá com as madames, trava conhecimento com uma das senhoras chiques, ao devolver para ela um broche, uma joia encontrada por acaso no seu porão.

Pouco depois, ela descobre que essa joia foi trazida e escondida lá pelo seu marido.

Começa aí uma trama que vai envolver crimes, um serial killer, um detetive particular, um aspirante a ator que é amante de uma das madames, um milionário com o pé na cova, uma golpista, mortes acidentais, roubos, maracutaias, chantagens, paixões desfeitas, decepções, polícia...

Tão boa quanta a primeira temporada, mas com uma história totalmente diferente, segue o padrão de qualidade: piadas ótimas, situações hilárias, reviravoltas, defuntos, tiros, facadas, envenenamentos... tudo com um elenco excepcional, direção e roteiro impecáveis, restituição de época, direção de arte, tudo muito bem produzido.

Narrado excepcionalmente em off por Jake Davenport, o Karl da primeira temporada.

Assim como a primeira temporada, recomendadíssima.

Não perca. 

Nota 8.9 de 10
IMDb: 8.4

Padrinhos de Tókio (Tokyo Godfathers) Japão 2003

Noite de Natal na cidade de Tóquio, um trio diferenciado de moradores de rua: um homossexual, um homem que se esconde da família e uma garota que esfaqueou o pai e fugiu, encontram uma recém-nascida abandonada.

A garotinha logo vira motivo de disputa, pois enquanto um quer ficar com ela, os outros querem que seja levada para uma delegacia de polícia.

Enquanto não chegam a um consenso, eles caminham pela cidade, alguns acontecimentos vão dando a impressão de que a bebê é muito especial, até que surge uma pista que pode indicar que ela seja vítima de sequestro.

Animação japonesa criada pelo mestre Satoshi Kon de “Perfect Blue”.

Apesar do expressionismo caricato dos japoneses (uma coisa que sempre me incomoda um pouco), é uma história bonita, engraçada e recheada de aventuras. Quem curte o gênero, não deve deixar de ver. É marcante.

Nota 7.3 de 10
IMDb: 7.8 

The Card Counter USA 2021

Filme esquisitão do diretor e roteirista Paul Schrader, amigão da elite hollywoodyana: Martin Scorcese, George Lucas, Steven Spielberg. O cara tem mania de fazer filmes esquisitos, como por exemplo “Fé Corrompida” com Ethan Hawke no papel principal (veja nossa crítica aqui mesmo).

Oscar Isaac é William, um ex-combatente treinado em técnicas de tortura, mas agora o cara só quer mesmo viver de cassino em cassino garimpando uns dólares aqui, outros ali, tomando o cuidado de não chamar a atenção para a sua habilidade de contar cartas.

Até que um rapaz chamado Cirk (Tye Sheridan, o “O Jogador Número 1" do Spielberg) surge do nada e pede para falar com ele sobre um assunto que envolve seu passado e seu ex-chefe (Willem Dafoe).

A partir daí, o surrealismo se instala na trama e William, Cirk e La Linda, uma recrutadora de jogadores gênios, vão trilhar uns caminhos perigosos que nunca sabemos onde vai dar.

O roteiro e os cenários jogam com a nossa imaginação, tudo está sempre literalmente na penumbra, William é um sujeito cheio de manias e Cirk, nunca vamos ter certeza de quais são suas verdadeiras intenções.

Achei o filme bem interessante, prendeu a minha atenção, mas me decepcionou no final... (ou não?). Nem eu mesmo tenho certeza.

Quer arriscar? Se você procura diversão leve e normal, fuja. Se você quer ser envolvido por um submundo de estranhezas, este é o filme.

Nota 7.0 de 10
IMDb: 6.2

Por que as Mulheres Matam 1ª Temporada - (Why Women Kill) USA 2020

Série da CBS com ótimo elenco, direção, história, produção, direção de arte, roteiro, tudo impecável.

Dá gosto assistir uma produção com tanta qualidade.

A história acompanha a vida de três casais que moram na mesma casa, só que em épocas diferentes.

Não... a casa não é amaldiçoada não. Podem ficar tranquilos que o clichê da residência zicada passou longe daqui... ou não??

Em 1963 Beth Ann (Ginnifer Goodwin), uma doce e dedicada esposa enfrenta dificuldades ao desconfiar que seu esposo a está traindo com uma garçonete. Em 1984 Simone (Lucy Liu), descobre que seu marido Karl (Jake Davenport - ótimo), está lhe proporcionando um acessório indesejado na linda cabecinha. E em 2019 a bela Taylor (Kirby Howell-Baptiste), acaba trazendo uma amiga inocente(?) e desabrigada (Alexandra Daddario) para morar por algum tempo com ela e o esposo até se acertar na vida, sem imaginar que vai rolar um certo clima entre os três e isso mais adiante, vai gerar um fuzuê dos diabos.

Série super bem humorada que mantém a gente entre divertido e em constante expectativa, porque como o título diz, alguém vai ser forçado a ir pro beleléu antes do esperado.

Diálogos afiados, ótimas piadas, timming, beleza, bom gosto... enfim... dez episódios para se deleitar.

Recomendadíssima. 

Nota 9.0 de 10
IMDb: 8.3

O Mauritano (The Mauritanian) – USA 2021

O ator francês Tahar Haim é Mohamedou Ould Slahi, um habitante da cidade de Mauritânia que é preso em 2002, por suspeita de envolvimento no atentado de 11 de Setembro.

O rapaz tinha acabado de voltar para casa depois de um período na Alemanha, onde se formou depois de ganhar uma bolsa de estudos.

As evidências de sua participação se resumiam a um telefonema recebido de um conhecido, que supostamente utilizou o celular de Osama Bin Laden para fazer a ligação, diretamente do Afeganistão.

Mohamedou então é encarcerado na base militar americana de Guantânamo em Cuba e submetido a um série contínua de interrogatórios.

Após várias manifestações da família do acusado, Nancy Hollander (Jodie Foster), uma advogada dos direitos humanos, auxiliada pela novata Teri Duncan (Shailene Woodley), se propõe a verificar se os direitos do preso estão sendo respeitados e acaba se deparando com várias irregularidades na base americana.

Dois super heróis: Benedict Cumberbatch (Doutor Estranho) e Zachary Levi (Shazam), estão do lado da promotoria.

Filme baseado em fatos e com algumas reviravoltas no final, inclusive uma denúncia contra o governo de Barak Obama.

O Diretor Kevin McDonald é um cara chegado num filme político, dirigiu “O Último Rei da Escócia” em 2006 e “Intrigas de Estado” de 2009, entre outros.

Se você curte o tema, não perca. Ótimo elenco, boa história e grande filme. Durante os letreiros tem imagens do verdadeiro Mohamedou.

Nota 7.1 de 10
IMDb: 7.5 

Vilões (Villains) – USA 2019

Filminho com uma premissa interessante, embora nada original. Poderia ser melhor, com um pouquinho de criatividade da dupla de diretores e roteiristas: Dan Berk e Robert Olsen de "Anoitecer Violento 2", pois tinham um bom elenco, a locação e clima perfeitos, só faltou mesmo inspiração.

Bill Skarsgard e Maika Monroe, são um casal de jovens assaltantes que após roubarem um posto de gasolina, resolvem fugir para a Flórida e abrir um comércio para vender conchas.

Só que os orelhudos esquecem de botar gasolina (eles assaltaram um posto... tsc tsc tsc...) e acabam ficando a pé estrada, numa área de floresta.

Andam um pouco e encontram uma bela casa no meio do nada. Claro, resolvem roubar outro carro ou um pouco de combustível e dar no pé, só que não contam com algo bizarro escondido na garagem.

O elenco ainda conta com dois nomes consagrados: Jeffrey Donovan e Kyra Sedgwick.

Tem algumas bobeiras sem sentido e uma série daqueles clichês irritantes do quase.

“Quase fugiu, quase se safou, quase que deu certo”. Essa falta de imaginação, essa coisa de "maria vai com as outras", cansa.

Assistível... e só.

Nota 6.0 de 10
IMDb: 6.2

Cry Macho – USA 2021

Mais um belo filme do incansável Clint Eastwood.

Eu estava inheta (essa palavra existe? Não achei no dicionário), bom... eu estava ansioso pra assistir esse filme. Motivo? Sou fã desse cara.

Ele é Mike, um domador de cavalos que foi aposentado há um ano pelo seu amigo e patrão Howard (Dwight Yokam), mas esse mesmo amigo vem lhe pedir um favor:

Resgatar seu filho adolescente que vive com a mãe na Cidade do México. Segundo ele, o garoto vive recluso e sofrendo abusos, da mãe alcoólatra e de seus parceiros.

E lá se vai o bom e velho Mike em sua caminhonete resgatar o moleque.

Filme bonito, mesclado com aventuras, perigo, fugas, um certo romance e Clint fazendo até as vezes de Dr. Dollitle. Tem o velho clichê do choque de gerações, mas de forma agradável, não cansativa, regido sabiamente pelo maestro Estwood.

Para rir e se emocionar.

Não entendi a nota baixa no IMDb, eu gostei. Bastante.

Nota 7.5 de 10
IMDb: 5.8

Old Henry – USA 2021

Bom Western de um diretor desconhecido com um elenco de atores consagrados.

Tim Black Nelson, o “Buster Scruggs” dos irmãos Coen, é o Henry do título, um fazendeiro viúvo, criador de porcos que tem um filho adolescente com todo comportamento de filho adolescente. Além disso, a sua fazendinha parece estar com algumas dificuldades financeiras. Entre briguinhas e discussões domésticas, Henry resolve ir até o povoado e no caminho, encontra um homem gravemente ferido a tiros: (Scott Haze, de “Venom”, “Minari” e o próximo “Jurassic Wolrd”). Perto dele, uma arma e uma sacola cheia de dólares.

Na dúvida entre socorrer o provável candidato a defunto e não socorrer, acaba socorrendo e aí as coisas começam a se complicar.

Henry recebe uns visitantes e é ameaçado por três sujeitos chefiados por um valentão chamado Ketchum (Stephen Dorff), que diz ser homem da lei de outro estado à caça do morimbundo, mas Henry não é bobo e desconfia da atitude dos malacos, negando-se a entregar o seu hóspede. Cria-se aí um clima de tensão, com o perigo dos caras que sem dúvida voltarão para levar embora ou dar cabo do quase-morto endinheirado e de quebra calar para sempre Henry e seu filho birrento.

O que ninguém sabe ainda, é que Henry tem um passado obscuro, escondido em um compartimento secreto da casa.

Como diz seu cunhado para Ketchum: “Você não sabe o tamanho do inferno em que está se metendo”.

Tirando alguns furinhos no roteiro, alguns diálogos intermináveis e algumas bobeadas nas cenas de ação, o filme passa... Fácil de ver e seria também fácil de esquecer, se não fosse pelo elenco de peso e a simpática cara esquisita do Tim Black Nelson.

Recomendo.

Nota 6.8 de 10
IMDb: 7.3

Circulo de Fogo (Enemy at the Gates) - USA 2001

Filme de guerra, que como já deu pra se notar pelo título original, não é sobre a batalha entre os Jaegers e Kaijus da série iniciada por Guillermo del Toro em 2013.

Jude Law é Vaasili Zaitsev personagem da vida real, um soldado raso russo que em uma situação extrema se revela com um dom para franco atirador. Um oficial, Joseph Fienes o descobre e passa a imprimir folhetos a fim de transformar o cara em herói e motivar os soldados russos que defendem Stalingrado da invasão alemã em 1942. Essa batalha ocorrida entre Junho de 1942 e Fevereiro de 1943, se tornou questão de honra para os dois ditadores, Stalin e Hitler e deixou milhares de soldados mortos, de ambos os lados (Como é ridícula a guerra e o egocentrismo dos poderosos...).

A cada missão bem sucedida, em que Vaasili se arrasta por tubos, galerias subterrâneas, redes de esgoto e prédios destruídos por bombardeios, para matar oficiais do alto escalão nazista à distância, ele é citado nos jornais.

Enquanto isso, ainda arranja tempo para paquerar a bela Tânia (Rachel Weiyz), sua colega combatente e causar ciúmes no oficial que o promoveu, pois o cara também está de olho na boutique da moça.

Até que o alto comando alemão, ao tomar conhecimento das suas ações heroicas e bem sucedidas, enviam para Stalingrado um oficial condecorado (Ed Harris), um estrategista inteligente e calculista com a missão de matar o herói russo.

Armadilhas, tocaias e investidas furtivas de ambos em uma cidade gelada, barrenta e em ruínas, vão manter a gente em suspense até o embate final, em que só um dos dois vai sair com vida.

Bom filme de guerra, dirigido por Jean-Jacques Annaud de "O Nome da Rosa" e "Sete Anos no Tibet".

No elenco ainda tem Bob Hoskins o detetive gordinho de "Uma Cilada Para Roger Rabitt" e Ron Pelrman, o Hellboy mais feio que o próprio Hellboy...

Nota 7.0 de 10

IMDb: 7.6

The Witcher: Lenda do Lobo (The Witcher: Nigthmare of the Wolf) USA 2021

Numa terra de reis, bruxas, monstros, elfos e feiticeiros, Vesenir é um garoto resgatado para uma irmandade, onde crianças órfãs são recrutadas para serem aprendizes de um escola de guerreiros extraordinários, dominadores da arte da magia.

Poucos sobrevivem ao duro aprendizado e ele se tornará um guerreiro poderoso, para quem, exterminar monstros e bruxos, não passa de uma simples e lucrativa diversão. Só que o destino vai fazer com que seu passado venha encontra-lo depois de mais de meio século, o colocando no centro de uma batalha de vida ou morte, para defender sua irmandade e... mais alguém.

Animação violenta, criada por Kwang II Han, diretor coreano especializado em obras como essa.

O filme passou despercebido nos canais de streaming, eu descobri por acaso e mesmo não sendo um fã ardoroso do gênero, me despertou a atenção.

O resultado é uma história recheada de batalhas sangrentas, onde a misericórdia não existe. Assassinatos de famílias inteiras, decapitações e muito gore. Apesar de ser uma animação, não é um filme aconselhado para crianças, portanto... MANDA A MULECADA SAIR DA SALA... brincadeira, não é pra tanto, hoje em dia as crianças não se assustam mais com essas coisas. Mas que é violento, isto é...

Elenco forte de dubladores, incluindo Mary McDonnel, Graham McTavish e Nolan North. 

Nota 6.7 de 10
IMDb: 7.3

Maligno (Malignant) - USA 2021

Nova investida do diretor e roteirista James Wan (Jogos Mortais de 2004 e Aquaman 2018), no gênero terror.

Madison é uma jovem esposa embarazada, que fica ferida ao sofrer um acesso de fúria  do marido vagabundo. Logo em seguida o candidato a ser enquadrado na lei Maria da Penha, é atacado de uma forma violenta e bizarra por um ser muito, mas muito do esquisito.

A partir daí, Madison passa a ter visões de assassinatos que vão sendo cometidos por essa mesma entidade e aos poucos uma revelação do seu passado vai colocar ela, sua irmã mais nova, Sydney e um jovem e corajoso detetive de polícia, numa frenética em busca por pistas que esclareçam porque Madison foi escolhida para testemunhar, mesmo em transe os tais assassinatos.

Filme violento, sangrento e cheio de suspense, num roteiro bem armado e com um belo plot twist no final.

James Wan não decepciona, pois até eu que não sou muito chegado em filmes de terror, gostei.

Recomendado para os fãs e também para quem não curte muito o gênero. Agora se você abomina, tem medo, detesta, tem ojeriza, passe longe. A parada é sinistra.

Nota 7.0 de 10
IMDb: 6.3

Esquadrão Suicida e Esquadrão Suicida II (Suicide Squad, Suicide Squad II)

O primeiro filme, dirigido por David Ayer em 2016, tomou porrada de tudo que é lado pelo público e crítica. Para mim, esses críticos são um bando de “Maria vai com as Outras”. Tirando aquele Coringa de Jared Leto, o filme é bem divertido.

A união de alguns dos mais esquisitos criminosos que ganham uma chance de diminuir suas penas, arriscando a vida para destruir um ser meio alien, meio sobrenatural criado por uma bruxa para destruir a cidade.

Ação, violência, tiroteios, porradaria e piadinhas a cada minuto.

Margot Robbie, simplesmente deliciosa como a assassina maluquinha Arlequina.

Com Will Smith, Joel Kinnamon (o Robocop do Padilha), Jay Courtney, Viola Davis e David Harbor.

Já o segundo filme, tem uma pegadinha logo de cara. Você começa achando que o novo grupo de assassinos é divertido, mas logo acaba descobrindo que o grupo, na verdade, é mais divertido ainda.

Margot Robbie encabeça o elenco que conta com Idris Elba (O 007 que não quis), o feioso John Cena, a brasileira Alice Braga e a participação de Michael Rooker. Ainda temos a voz de Sylvester Stallone como o Tutubarão. E ainda, os remanescentes Joel Kinnamon e Viola Davis.

Dessa vez, eles precisam invadir um país chamado Corto Maltese, que sofreu um golpe de estado e o novo governo se apossou de uma arma secreta, pertencente ao Tio Sam.

É mais divertido do que o primeiro, tem ainda mais ação e piadinhas de humor barra pesada. Este é dirigido por James Gunn. Vale a pena.

Ainda bem que o Jared Leto quase não apareceu.

E que doninha mais feia...

Nota 7.5 de 10
IMDb: 7.3

Sweet Tooth 1ª Temporada – USA 2021

Simpática série da Marvel, com elenco muito bem escolhido, história pós apocalíptica original e personagens que agradam à primeira vista.

Num futuro próximo, a humanidade está sendo dizimada por causa de uma terrível praga que tomou conta do planeta. Alguns lugares já se encontram totalmente desabitados e grandes cidades foram abandonadas.

A culpa de tudo isso é (segundo os criadores de caso), o surgimento de uma nova raça de seres: são humanos, mas híbridos com animais. Uns com uma mescla bem caracterizada, outros mais discretos. Todos descendem de humanos e o fenômeno não tem explicação, mas a turminha do mal está empenhada em capturar a todos para pesquisas em laboratórios, testes, criação de vacinas e morticínio, tudo em busca da cura para a epidemia.

Christian Convery (o menino gênio de Hollywood), é Gus, um desses seres, que foi criado pelo pai num bosque, longe de tudo e de todos e principalmente, a salvo da fúria dos caçadores.

Só que algo acontece e o menino vai pegar a estrada, auxiliado por um amigo não muito amigável, (o enorme Nonzo Anosie). Juntos vão correr perigo e enfrentar toda espécie de riscos, numa jornada em busca da mãe de Gus.

Aventura, suspense, bom humor e inocência. 

Série violenta, mas que não deixa de ser leve e agradável, narrada em off por James Brolin e com o cruel Neil Sandilands como o vilão.. Altamente recomendada.

Nota 7.7 de 10
IMDb: 7.9