Uma pergunta que eu gostaria de fazer aos roteiristas e de quebra aos produtores:
“Que direito vocês tinham de fazer isso?”
Bond está aposentado, apaixonado e quase casado. Sua namoradinha Medeleine (Léa Seydoux), vem de um passado problemático suspeito e obscuro.
“Mas tio, como é que um cara vivo que nem o James Bond, foi namorar logo com uma mulher enrolada dessa?”
Pois é... ninguém explica como ele conheceu a garota.
Quando Bond sofre um atentado executado pela Spectre em pleno “ensaio de lua de mel”, a desconfiança bate e ele manda a moça catar coquinho (não confundir com catar cavaco).
Ela voltará à cena (é claro).
Cinco anos depois, Bond feliz e solitário, se mete a ajudar seu amigo da CIA Felix Leiter (Jeffrey Wrigth) a botar a mão numa arma biológica capaz de matar por simples aproximação, alvos identificados por DNA. Nessa parte do filme, vamos conhecer a melhor nova personagem da história: a agente Paloma (Ana de Armas), uma espécie de free lancer, maravilhosa.
E também ficamos conhecendo a nova 007, que não tem nem de longe o carisma de um 007. Só por comparação: George Lazenbi em “A Serviço Secreto de Sua Magestade” de 1969, o James Bond mais sem graça da franquia, dá de dez a zero na moça.
Daí a ação segue por um caminho que já conhecemos: Bond salvando o mundo de vilões com uma arma terrível nas mãos, uma arma capaz de matar milhões sem qualquer possibilidade de defesa.
Correndo por fora e só aparecendo de fato no final, um tal de Lyutsifer (Lúcifer?) Safin (Rami Malek), um sujeito asqueroso quer faz parte do passado conturbado e não esclarecido da Madeleine.
Christophe Waltz “o Stavro Blofeld da Spectre” aparece só pra fazer uma graça e Ralph Fiennes “M” está eficiente como de costume. De resto, só tenho a dizer que fiquei revoltado com esta salada mista dessincronizada e aquele final indigno.
Malditos roteiristas, Bond não merecia ficar tão burro assim de repente.
A música tem "No Time to Die" de Billie Eilish, concorre ao Oscar de Melhor Canção.
Minha nota só não é mais baixa porque é James Bond... e é Daniel Craig, para mim, o melhor de todos até aqui.
Nota 6.8 de 10
IMDb: 7.4
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