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terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Sem Tempo para Morrer (No Time to Die) – UK/USA 2021

Para mim, o mais fraco dos quatro “007” protagonizados por Daniel Craig. Talvez porque a escolha de Cary Joji Fukunaga como diretor, não tenha sido uma aposta muito feliz. O cara vem de uma carreira curta e sem muita expressividade e apesar de ter ganhado um Grammy pela série “True Dectetive” em 2014, acho pouco para encarar um projeto da grandiosidade de um James Bond. Além disso, ele colaborou no roteiro que para mim, está cheio de defeitos e incoerências, inclusive no desfecho final.

Uma pergunta que eu gostaria de fazer aos roteiristas e de quebra aos produtores: 

“Que direito vocês tinham de fazer isso?”

Bond está aposentado, apaixonado e quase casado. Sua namoradinha Medeleine (Léa Seydoux), vem de um passado problemático suspeito e obscuro.

Mas tio, como é que um cara vivo que nem o James Bond, foi namorar logo com uma mulher enrolada dessa?”

Pois é... ninguém explica como ele conheceu a garota.

Quando Bond sofre um atentado executado pela Spectre em pleno “ensaio de lua de mel”, a desconfiança bate e ele manda a moça catar coquinho (não confundir com catar cavaco).

Ela voltará à cena (é claro).

Cinco anos depois, Bond feliz e solitário, se mete a ajudar seu amigo da CIA Felix Leiter (Jeffrey Wrigth) a botar a mão numa arma biológica capaz de matar por simples aproximação, alvos identificados por DNA. Nessa parte do filme, vamos conhecer a melhor nova personagem da história: a agente Paloma (Ana de Armas), uma espécie de free lancer, maravilhosa.

E também ficamos conhecendo a nova 007, que não tem nem de longe o carisma de um 007. Só por comparação: George Lazenbi em “A Serviço Secreto de Sua Magestade” de 1969, o James Bond mais sem graça da franquia, dá de dez a zero na moça. 

Daí a ação segue por um caminho que já conhecemos: Bond salvando o mundo de vilões com uma arma terrível nas mãos, uma arma capaz de matar milhões sem qualquer possibilidade de defesa.

Correndo por fora e só aparecendo de fato no final, um tal de Lyutsifer (Lúcifer?) Safin (Rami Malek), um sujeito asqueroso quer faz parte do passado conturbado e não esclarecido da Madeleine.

Christophe Waltz “o Stavro Blofeld da Spectre” aparece só pra fazer uma graça e Ralph Fiennes “M” está eficiente como de costume. De resto, só tenho a dizer que fiquei revoltado com esta salada mista dessincronizada e aquele final indigno.

Malditos roteiristas, Bond não merecia ficar tão burro assim de repente.

A música tem "No Time to Die" de Billie Eilish, concorre ao Oscar de Melhor Canção.

Minha nota só não é mais baixa porque é James Bond... e é Daniel Craig, para mim, o melhor de todos até aqui.

Nota 6.8 de 10
IMDb: 7.4


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