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domingo, 28 de agosto de 2022

Elvis USA 2022 nota 8,5

O diretor Baz Thurman já tinha um pé nos filmes voltados para o Show Business, O Grande Gatsby de 2016 e Moullin Rouge de 2001 são dois bons exemplos.
Ele também já tinha causado sensações com Romeo + Juliett (a sua versão do clássico em 1996), mas também andou dando seus tiros n’agua como aconteceu com Austrália (filme estrelado por Nicole Kidman e Hugh Jackman em 2008).
Mas agora o sujeito engatou uma quinta, ganhou velocidade e decolou, não de todo por seus méritos, mas porque a lenda retratada no filme de 2:39 minutos é simplesmente "Ele" e o diretor ainda teve a ajuda do sempre eficiente Tom Hanks, aqui em um papel totalmente diferente de suas performances.
Além disso sua estrela também brilhou (sem trocadilho), porque contou com um show (sem trocadilho de novo) de Austin Butler, um ator que acabou de completar 31 anos e simplesmente "vestiu" Elvis Presley na sua interpretação.
Um detalhe: o cara é loiro.
Ele já tinha dado o ar da graça em papéis menores de grandes filmes, você pode ver o moço em “Era Uma Vez em Hollywood” do Tarantino e “Os Mortos Não Morrem”, filme do diretor Jim Jamurch, que apesar de algumas críticas negativas eu considero um grande filme. Além disso, Austin Butler vai estar em “Duna Parte II” de Denis Villeneuve.

Mas chega de enrolação e vamos ao filme (sem spoilers tá, apenas uma breve sinopse).

A história dá uma passadinha rápida na infância pobre de Elvis, criado em uma comunidade majoritariamente negra, onde teve seus primeiros contatos com o Rhythm and Blues, em seguida dá um salto no tempo e a partir da gravação de seu primeiro disco, um compacto simples com a música “That’s All Right’ em 1956 quando ele estava com 24 anos, conhece Tom Parker (nome falso), que vê a mina de ouro que poucos tinham notado e se torna seu empresário e o narrador do filme. E que filme!

Em vários momentos, o desempenho de Austin Butler no palco empolga e contagia de tal maneira, que faz a gente esquecer que não é o Elvis que está ali. Ele canta algumas músicas, mas a maioria é dublada. Não sei quais serão os apontados para concorrer ao título de melhor ator nas próximas premiações, mas desde já, estou torcendo pra esse cara.

A trilha sonora do filme ainda tem presenças de Backstreet Boys e Eminem. A reconstituição de época e a produção caprichadíssima são impecáveis, atenção para os detalhes durante os créditos, ilustrados nas laterais com os detalhes dos macacões do Rei.

A história ainda lembra grandes nomes da música, como B. B. KingLittle Richard e retrata momentos importantes da história americana como os assassinatos de Martin Luther King e John Kennedy, e a Guerra do Vietnam.

Vou parando por aqui, porque prometi “sem spoilers”, então só recomendo que assistam esse filmaço e se você for um fã, mesmo que não seja um fã ardoroso, pode preparar o lenço, porque vai precisar.

Nota 8.5 de 10 => IMDb: 7.6


sábado, 27 de agosto de 2022

Dagon de H. P. Lovecraft - (Dagon) Espanha 2001 nota 6,9

Dois casais de amigos em um passeio de barco, são surpreendidos por um temporal repentino, próximo a uma encosta, onde está situado um vilarejo de pescadores à beira mar.

O encalhe do barco obriga o casal mais jovem Paul (Ezra Godden) e Bárbara (Raquel Meroño), a ir até lá em busca de ajuda.

Chegando no vilarejo, eles são surpreendidos por um povo meio humano, meio peixe, adoradores do Deus Dagon. Uma entidade das profundezas que domina o lugar há algum tempo. O casal de jovens vai enfrentar perseguições e o fanatismo doentio dos habitantes que querem por que querem que eles se juntem à galera adoradora do bicho escroto. Uxia (Macarena Gómez), uma criatura meio sereia meio monstro lovecraftiano (daqueles cheios de tentáculos), invoca que Paul deveria ser seu parceiro sexual e fica assediando o cara, o que é bom, porque ela acaba salvando sua pele (literalmente), apesar de ele também receber a ajuda de Ezequiel (Francisco Rabal), um velho morador que não está mancomunado com a turminha do mal.

O filme é até bem feitinho, se considerarmos as limitações tecnológicas da época, está mais ao estilo dos anos 80 e se não é nenhuma obra prima, bota algumas produções atuais no chinelo. (se bem que hoje em dia, vemos cada abrerração cinematográfica que dá medo).

Na minha opinião, o bom Howard Phillips não ficaria injuriado com essa transposição para as telas de uma de suas obras mais cultuadas.  

Nota 6.4 de 10
IMDb: 6.2


O Canto do Cisne (Swan Song) – USA 2021 nota 6,2

Mahershala Ali, vencedor do Oscar de Coadjuvante por Green Book em 2018, é Cameron, um pai de família com uma doença terminal que está em negociação com uma empresa fabricante de clones aperfeiçoados que substituem com perfeição pessoas que tem dinheiro e se encontram nessa situação desgraçada.

O filme é futurista com avanços tecnológicos interessantes em um mundo calmo e tranquilo, mas as turbulências do sistema emocional humano continuam as mesmas.

E por isso mesmo, é tão difícil para ele deixar um substituto em seu lugar, antes de partir para o além.

E o filme é isso, o acompanhar dessa fase, a aceitação, as tristezas e os dramas do personagem.

Glen Close (que não é parente da Roberta), faz a médica responsável pelo projeto. Naomie Harris a inocente esposa que não sabe bulhufas de nada e Awkwafina uma outra vítima das crueldades do destino.

O diretor Benjamin Cleary, não tem nada de muito expressivo no currículo, a não ser um curta chamado Glimpse que abocanhou alguns prêmios importantes.

Eu esperava mais

Nota 6.5 de 10
IMDb: 6.8


sábado, 13 de agosto de 2022

Cavaleiro da Lua (The Moon Knight) 1ª Temporada – USA 2022

Divindade Egípsia, o Deus “Khonshu” (Voz de F. Murray Abrahan) entra em guerra contra grupo de seguidores da Deusa “Amity”, liderados por Arthur Harrow (Ethan Hawke), na busca de sua tumba secreta a fim de realizar uma feitiçaria macabra e trazê-la de volta à vida. A seguir, a próxima tarefa  de Sua Divindade, será extinguir metade da humanidade e dominar a outra metade.

Não sei o que essa gente... oops esses “deuses” pensam da vida, por que não ficam lá, quietinhos no seu paraíso, tomando néctar e jogando golfe? Ou Xadrês, ou seja lá que raio de jogo eles gostem de jogar.

É só ter um pouquinho de paciência, o tempo para eles não é igual ao tempo dos humanos e essas criaturas, os humanos já vão acabar num futuro não muito distante, se destruindo mesmo... 

Bom... esse deus Khonshu, precisa de um “avatar” para lutar no mundo dos humanos e o escolhido é Marc Spector, um ex-agente da CIA, vivido por Ocar Isaac (também muito requisitado ultimamente) e (é claro), o sujeito ganha uns poderes irados, armas cortantes, uma armadura à prova de balas e ainda por cima é desafiante vencedor na peleja contra a força da gravidade, ou seja, o dito cujo pode voar, assim como o Superman, o Thor, Iroman, Homem Formiga, Capitã Marvel, Mulher Maravilha, etc... etc... etc...

Cavaleiro da Lua, foi criado por Doug Moench e Don Perlin, em 1975 para a Marvel.

Nota 6.7 de 10
IMDb: 8.8


O Telefone Preto (The Black Phone) – USA 2021 nota 6,7

História de terror que quase chegou lá, mas apesar do bom desempenho de Ethan Hawke (muito requisitado ultimamente, ver  “The Northman” e a série da Marvel “Moon Knight”), o filme fica ali, entre o médio e o razoável, entendo eu, que por preguiça do diretor e do roteirista que parecem ter dado uns tapinhas durante as filmagens e a edição e  perderam totalmente o senso de coerência em algumas sequências.

Onda de desaparecimentos de garotos adolescentes passa a ocorrer em bairro de uma pequena cidade do interior estadunidense. Os meninos são levados por alguém que dirige uma Perua Van e não mais são vistos.

Obs: Nem a polícia e nem os professores da escola em que eles estudam, parecem se importar em alertar a gurizada sobre o perigo, então a vida segue normalmente... tsc tsc tsc...

Uma garota passa a ter sonhos com as vítimas e embora de início o roteiro não explore com detalhes essa parte, já ficamos com um olho na lebre e outro na cenoura, porque a fedelha tem um irmão na idade padrão dos sequestrados.

A falha maior ao meu ver, é a falta de maturidade com que é desenvolvida a parte principal do filme (não vou dar detalhes para não gerar spoilers), mas tem umas paradas que beira à imbecilidade.

Mesmo assim o filme não é ruim, tem um bom clima, e a direção se garante.

Os atores também ajudam, apesar de não ser nenhum elenco estelar.

E ainda tem “The Sweet” na trilha sonora com “Fox on the Run” e um sujeito que é a cara do Jim Carey, bom... não é “a cara”, mas lembra bastante.

O diretor Scott Derrickson, dirigiu “Doutor Estranho” em 2016.

Nota 6.7 de 10
IMDb: 8.8


Dara de Jasenovac (Dara iz Jasenovca) – Sérvia 2020 nota 7,2

Quando a Alemanha decidiu montar Campos de Concentração na Croácia, para enviar Judeus e Sérvios, Dara, uma menina de 12 anos juntamente com a sua família, sua mãe e seus dois irmãos, um com menos de dois anos de idade, são levados para lá.

Ela vai testemunhar os horrores praticados pelos sádicos oficiais nazistas e croatas, tudo com a concordância e participação ativa da igreja católica, mas também vai conhecer pessoas boas, que trabalhavam nos campos de concentração obrigadas pelo medo e o terror imposto pelos discípulos de Hitler, e mesmo assim, se arriscam em ajudar os doentes e as crianças.

É mais um dos milhares de filmes mostrando o que foi a segunda guerra mundial e os odiosos soberbetes alemães, que se achavam a raça superior da humanidade.

O filme tem barbaridades e crueldades poucas vezes mostradas, o diferencial é ter uma criança como protagonista, assistindo a tudo.

Não vou dizer que exageraram, mas foram fundo na dramatização.

Se o tema atrai, assista, é um filme bem dirigido e você vai se revoltar, agora, se não está a fim de ver barbaridades, fuja. A barra é pesadíssima.

Nota 7.2 de 10
IMDb: 8.2

domingo, 7 de agosto de 2022

Escolha ou Morra (Choose or Die) - USA 2021 nota 6,0

Filminho de terror com boas ideias, desenvolvimento razoável, algum suspense e desfecho tipo, dá pro gasto.

Videogame dos anos 80 é encontrado numa pilha de velharias e ao ser acionado passa a mandar na vida dos jogadores, sempre dando a eles uma opção de escolha, mas nem sempre com uma opção melhor do que a outra e se não escolher, já sabe (vide o título).

Criativo, interessante, mas apelativo e cheio de absurdos, embora seja curtinho (1:h24) e com a presença ilustre de Eddie Marsan e Asa Butterfield (esse já foi mais ilustre, quando era menino).

Kayla, a protagonista é vivida por Lola Evans de “Os 100” e a voz no game é de Robert Englund, ator razoável que apareceu no lugar certo e na hora certa, quando o diretor Wes Craven estava escolhendo candidatos para interpretar o Freddy Krueger.Tem gente que nasce com o fiolino apontado pra lua...

O filme até que dá pra passar um tempinho entretido na frente da telinha. Se você é impressionável, não recomendo, tem umas paradas bem sinistras e pode deixar os mais suscetíveis com medo do escuro. Uahahahahaaaa!! (era pra parecer uma risada assustadora). Não pareceu né? Acho que não... preciso melhorar isso...

O filme também precisava melhorar, mas lançaram assim mesmo... paciência...

Nota 6.0 de 10
IMDb: 4.7


Sempre em Frente (C’mon C’mon) - USA 2022 nota 6,2

Tentativa de entregar um filme artístico de olho em premiações (imagino), com resultados discutíveis. Se por um lado temos um astro do calibre de Joaquim Phoenix no papel principal e a ótima performance do rapazinho Woody Norman, por outro, o filme não passa de um amontoado de (pretensos) diálogos complicados e filosóficos, enquanto Johnny (Phoenix), percorre o país, entrevistando crianças sobre suas ideias sobre o cotidiano, o futuro pessoal, o futuro do planeta e a vida na terra.

Tudo mostrado por uma bela fotografia em preto e branco (mais uma tentativa (imagino de novo) de chamar as atenções dos críticos de olho em premiações).

O problema maior é que o filme é maçante. Uma sequência interminável de diálogos e mais diálogos, sem um mínimo de folga, a não ser quando acontece o desencontro de Johnny e Jesse e então temos alguns instantes de suspense. É um daqueles filmes que depois da primeira hora, passamos a olhar insistentemente o relógio, para saber quanto tempo falta para acabar.

Não foi indicado a nenhum prêmio da Academia e a grande aposta, Joaquim Phoenix também ficou de fora da indicação ao prêmio de Melhor Ator.

Portanto, só vale mesmo para ver em ação e num papel muito diferente, o grande vencedor do Oscar de 2020.

O diretor Mike Mills, já se saiu melhor: em 2010 dirigiu “Todas as Formas de Amor” com Ewan McGregor, Christopher Plummer e Mèlanie Laurent e em 2016 “Mulheres do Século 20” com Annete Bening, Elle Fanning e Greta Gewig.

Nota 6.2 de 10
IMDb: 7.4


sábado, 6 de agosto de 2022

Bastardoz (Malnazidos) - Espanha 2022 nota 6,3

Durante a guerra civil espanhola, Nazistas desenvolvem um vírus capaz de transformar humanos mortos em zumbis carniceiros. Com já é de praxe (salve George Romero), a dentada maligna transmite quase que instantaneamente a doença e uma epidemia se alastra pelas selvas da Espanha.

Pois é, quem achava que a Espanha estava livre dessas criaturas e a proliferação dos monstrengos era prioridade dos americanos e coreanos, tá aí...

O filme é levado a sério, mas é satírico e caricato, como que deixando um fundo falso nessa seriedade. O protagonista é engraçado e muitos dos coadjuvantes não convencem a serem levados a sério.

Encare como uma comédia de terror e divirta-se.

Não é nada demais, mas não chateia.

Nota 6.3 de 10
IMDb: 5.8


Homem X Abelha (Man Vs Bee) Temporada completa. – (USA) 2022 nota 7,0

Trevor, Rowan Atkinson, é um housesitter (eu nem sabia que essa profissão existia), que vai tomar conta de uma mansão super moderna, enquanto seus donos estão de férias.

Acontece que os patrões deixam um cachorro (Cupcake), para ele tomar conta e também surge um hóspede inesperado, uma abelha.

Tirando a parte incorreta em se tratando de preservação (sabemos o quanto as abelhas são importantes para a sobrevivência humana no planeta), o resto é uma série de trapalhadas típicas do humor nonsense do já conhecido, aplaudido e aclamado Mister Bean.

Os episódios são curtinhos (cerca de 8 minutos cada).

Vale a pena.

Nota 7.0 de 10
IMDb: 6.8


Love, Death + Robbots 3ª Temporada – USA 2022 nota 8,0

Não tenho muito a comentar, a não ser que torço bastante para que os produtores continuem mantendo o padrão e a qualidade dessa série espetacular.

Diferente das temporadas primeira e segunda, essa terceira não tem nenhum episódio com atores de carne e osso. É tudo computação gráfica e animação, mas as histórias e a direção dos episódios continuam com a qualidade lá no alto.

São nove episódios que variam entre ação, terror sci-fi, sátira, etc... A série foi criada por Tim Miller e produzida por David Fincher, então, já dá pra esperar coisa boa. Além disso, os episódios são dirigidos por nomes consagrados, como o próprio David Fincher.

1º episódio: Os três robozinhos da primeira temporada, estão de volta com novas descobertas e comentários filosóficos sobre o mundo pós apocalíptico dos humanos.

2º episódio: Pescadores em alto mar, precisam lutar contra um monstro nada tradicional.

3º episódio: Duas astronautas se metem numa encrenca dos diabos durante uma missão no deserto do planeta que estão explorando.

4º episódio: Um apocalipse zumbi contado de maneira nada tradicional (como quase tudo nessa série).

5º episódio: Grupo guerrilheiro enfrenta urso gigante assassino.

6º episódio: Outro planeta sendo explorado por humanos. Agora um novo explorador se une a uma cientista que já está lá há algum tempo, juntos vão descobrir que trapacear em certos lugares pode ser prejudicial à saúde.

7º episódio: Fazendeiro agricultor do futuro precisa resolver um problema com ratos e contrata um especialista.

8º episódio: Outro grupo de guerrilha em missão que precisa combater um inimigo nada comum.

9º episódio: Cavaleiro de uma ordem templária se envolve com uma espécie de sereia assassina. Talvez o mais chocante dos episódios. Mas o dos pescadores também é ótimo. O apocalipse zumbi e o fazendeiro também não ficam atrás... enfim... que venha a quarta temporada...

Não perca.

Nota 8.0 de 10
IMDb: 8.4


Dias Perfeitos (Perfect Days) - Japão/Alemanha 2023 nota 7,8

Indicado ao “ Oscar de Melhor Filme Estrangeiro ” e dirigido pelo prestigiado  Wim Wenders “ Asas do Desejo ”, “ Paris Texas ”, Dias Perfei...