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sábado, 30 de maio de 2020

Jexi e Perda Total (Duas comédias com Adam Devine)

Jexi, Um Celular Sem Filtro (Jexi)

USA 2019

Quem quiser falar mal que fale.
Mas qual a razão de não gostar de um besteirol cheio de (boas) piadinhas sexuais e um protagonista com cara de bobo?
Só se você for inocente a ponto de achar que vai encontrar numa comédia com o Adam Devine, alguma situação inteligente e com uma história contundente e filosófica.
É claro que é um besteirol, mas é dos bons.
Pois é, ainda tem uma crítica explícita à dependência que as pessoas desenvolvem dos seus celulares.
Ele mora sozinho, não tem namorada e nem amigos e além de ser um bocó no trabalho, acaba ficando refém da I. A. do celular, que se apaixona por ele. Logo quando conhece uma menina legal, bonita e inteligente.
Além disso, tem o reforço de Michael Peña e Wanda Sykes sempre roubando a cena toda vez que aparecem (as cenas pós crédito com o Michael Peña são ótimas) e a Rose Byrne faz a voz do celular.
Além de tudo, ainda temos o bom gosto do diretor que numa fotografia bem feitinha, caprichou em belos enquadramentos da cidade de San Francisco.
Impossível não pensar no filme como uma paródia de “Her” filme do Spike Jonze de 2013, com Joaquim Phoenix e a Scarlett Johansson que faz a voz do celular.
Altamente recomendado pra quem quer relaxar e se divertir sem compromisso. O filme é curto, bem feitinho, leve e engraçado.
Tem 1h24’ e os orgasmos do celular são ótimos!
Com Alexandra Shipp de “Deadpool 2” e "X-Men Fênix Negra".
Nota 7.0 de 10
IMDb: 6.1


Perda Total (Game Over, Man)
USA 2018

Eu nunca fui muito com a cara do Adam Devine, mas confesso que sempre me divirto com as idiotices dos personagens que ele interpreta. Nesse filme não é diferente. Comédia escrachada com algumas piadas grosseiras (sobre bundas, pênis e coisas do gênero) e muita violência. Grupo de mercenários liderados pelo sempre vilão Neal MacDonough, invade festa particular de um bilionário em hotel de luxo a fim de obrigá-lo a transferir meio bilhão de dólares pra sua conta e três camareiros atrapalhados vão se meter a salvadores da pátria e dar trabalho para os bandidos.
O filme não tem dó de ninguém, nem do pobre cachorrinho...
Destaque para o Daniel Stern (Esqueceram de Mim) que andava sumido e reaparece como o gerente do hotel. Simplesmente hilário!
Os letreiros no final são uma curtição.
Nota 7.0 de 10.

IMDb: 5.4 (injusto)


quinta-feira, 28 de maio de 2020

O Anjo Exterminador (El Ángel Exterminador)

Mexico 1962

O surrealismo explícito do espanhol Luis Buñuel num filme que foi massacrado pela crítica logo após o seu lançamento, mas que tempos depois (não sei quanto tempo), foi reavaliado com uma outra visão e passou a ser considerado um clássico.
Entenda-se que em 1962, não havia a internet de hoje (óbvio) e a TV era um luxo que somente certas camadas da sociedade possuíam, isso em países evoluídos. Eu mesmo comprei a minha primeira TV em 1974, antes disso eu assistia TV na casa dos amigos, lá em Sorocaba.
Deixando isso de lado, o que eu ia dizendo é que na época do lançamento desse filme, as críticas eram publicadas em jornais e revistas especializadas em cinema, então os críticos escreviam suas opiniões e jogavam lá. Por falta de uma maior diversidade de opiniões aquilo praticamente se tornava determinante.
O que ficou caracterizado na época, foi que Buñuel fez um filme fantasioso, colocando pessoas numa situação absurda na tentativa de levar o público a aceitar uma maluquice sem propósito de que elas simplesmente não conseguiam sair da mansão após um jantar luxuoso e por isso, acabavam entrando em parafuso.
Mais tarde compreenderam que Buñuel na sua genialidade, quis mostrar que o ser humano submetido a certas situações, passa a mostrar seu lado cruel, a exemplo de “Ensaio Sobre a Cegueira” de José Saramago.
Pra mim, a linguagem do filme envelheceu um pouco, mas ainda assim, trata-se de um clássico que aborda de forma inicialmente sutil e depois escancarada, a revelação da faceta que muitos escondem atrás de máscaras involuntariamente criadas para atender a moral e os bons costumes impostos pela sociedade da época.
Obrigatório para cinéfilos, mas se você procura simples diversão, deixa para outro dia.
Nota 7.5 de 10
IMDb: 8.1

terça-feira, 26 de maio de 2020

Não Fale com Estranhos (Harlan Coben’s The Stranger)

Série Completa
Inglaterra 2020

Baseado no livro homônimo de Harlan Coben, é um suspense policial em que um pai de família abordado por um estranho, durante o treino de futebol do filho adolescente, é informado que num passado recente, sua esposa fingiu uma gravidez utilizando apetrechos vendidos por um site que comercializa bregueços para “brincadeiras fake”, sem intenção nenhuma de que os produtos sejam usados para algo mais sério. Tá...
Isso causa um rebuliço na cabeça do cara, pois ele imaginava que tinha a esposa perfeita. Sem saber que isso seria apenas a ponta do iceberg de uma história que envolve roubos, chantagens, mentiras, traições e assassinatos, ele questiona a esposa, que desaparece logo em seguida.
Surpresas a rodo e muitas reviravoltas nessa série em oito episódios, escritos pelo mesmo Harlan Coben que ainda injetou din din na produção.
Eu assisti a série ao mesmo tempo em estava lendo o livro e fui me surpreendendo aos poucos com os dois, pois há algumas diferenças entre o livro e a série, embora ambos sejam surpreendentes.
Como esperado, gostei mais do livro, mas a série também é altamente recomendável.
Uma pena que o elenco inglês não tem muito carisma. Que gente esquisita, meu Pai do céu!
Com Richard Armitage, aquele anão invocado de “O Hobbit 3” e Stephen Rea, que foi indicado ao Oscar 1993 como Melhor Ator pelo filme “The Crying Game” do Neil Jordan. Perdeu pro Al Pacino com "Perfume de Mulher".
Nota 7.4 de 10
IMDb: 7.3

domingo, 24 de maio de 2020

Quiz Charada - Qual é o Filme?

Um homem tinha duas galinhas campeãs de feiras agrícolas, a Amanda e a Célia. Um vizinho invejoso colocou nitroglicerina em dois caroços de milho e deu para elas. Quando elas comeram, o milho explodiu.
Qual é o título do filme?
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Dois milho e Bum! Amanda e Célia no espaço...


Violência Gratuíta (Funny Games)

USA 2007

Com spoiler

Suspense violento na linha Home Invasion. Casal formado por Tim Roth (George), Naomi Watts (Ann) e o filho de 11 anos, chegam em sua casa no interior para passar o fim de semana.
Acabam atacados e dominados por uma dupla de psicopatas jovens com cara de bonzinhos que tinham acabado de matar uma família vizinha.
Os irritantes diálogos lembram os discursinhos irônicos do Negan (The Walking Dead) e vão encher o saco durante todo o filme, dando nos nervos do expectador mais paciente.
Além disso, a passividade do casal chega a um limite dificilmente visto em filmes de invasão. A burrice e a permissividade, idem.
Alguns críticos tentam justificar o comportamento dos personagens, mas para mim não dá para aceitar tamanha leseira. A coisa chega ao ponto do casal sair à procura de um secador de cabelos para enxugar o celular molhado, com o filho morto no chão da sala.
A única cena em que uma reação lógica acontece, é uma Fake Scene, em que Ann pega a arma deixada sobre a mesinha de centro da sala e atira no peito de um deles. Em seguida, descobrimos que foi só na imaginação dela. Sacanagem.
No final, os dois mauricinhos sádicos e assassinos saem ilesos e iniciam a abordagem de uma outra casa vizinha.
Detalhe interessante: Essa produção é uma cópia idêntica do filme alemão original que foi produzido em 1997 pelo mesmo diretor, Michael Haneke.
Até as tomadas são idênticas, só muda mesmo o elenco.
Tem gente que gosta. Eu não gostei, mas tenho que admitir que o suspense é muito bem criado e bem conduzido, não fossem as bobeiras do enredo, até que passava.
Nota 5.8 de 10
IMDb: 6.6
Obs: O original alemão tem 7.6 de avaliação no IMDb.

Miss Março: A garota da Capa (Miss March)

USA 2009

Besteirol em que um casalzinho antiquado de jovens em fase de noivado, se dedica a pregar a preservação da castidade, dando palestras para estudantes e tentando convencer a todos de que devem ficar "na mão" até o dia do matrimônio. O irmão do noivo é a personificação extrema contrária ao comportamento do casal, falando, pensando e se dedicando a sexo nas 24 horas do dia, mas apesar disso eles são unidos feito unha e carne.
Um acidente bota o noivinho em coma por quatro anos e quando ele acorda, fica sabendo pelo irmão que sua noiva é a coelhinha do mês da revista Playboy e que ela já tinha dado mais do que xuxú na cerca.
Com a ajuda de um rapper pornográfico chamado “Horsedick” (Graig Robinson), eles vão pegar a estrada rumo a Los Angeles para tentar invadir a festa de aniversário da revista e resgatar a ex-noiva do caminho da perdição.
Tudo isso com os bombeiros da cidade na perseguição do irmão tarado que atacou uma garota a garfadas, depois de levar uma mordida involuntária no...
Detalhe: A moça da mordida é irmã do chefe dos bombeiros.
O filme foi dirigido pelo próprio ator Zach Cregger e conta com a participação do dono da revista Playboy, Hugh Hefner.
Segue a linha de “Debi e Loide”, mas Zach Cregger não é Jeff Daniels, Trevor Moore não é Jim Carrey e o diretor não é Peter Farrely (ganhador do Oscar de 2019 por Green Book).
Tem lá sua graça, muita mulher pelada e piadinhas de cunho sexual, mas não é grande coisa.
Nota 5.4 de 10.
IMDb: 5.0

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Charlie Chaplin: O Garoto (The Kid)

USA 1921

Num momento de desespero, uma jovem mãe abandona o filho bebê em um carro estacionado. Junto com a criança deixa um bilhete pedindo que cuidem do menino. O carro é roubado e os ladrões abandonam a criança em um beco da cidade. O menino é encontrado por um vagabundo que tenta deixa-lo num lugar em que terá melhores chances, mas por causa de alguns imprevistos, não consegue se livrar do mijãozinho, aí apesar da pobreza em que vive, acaba ficando com ele.
Depois de cinco anos, a mãe torna-se uma atriz de sucesso e passa a procurar o filho abandonado.
Comédia dramática deliciosa que faz a gente rir (muito) e se emocionar, numa história simples, mas contada de maneira única com a marca registrada do grande Charles Chaplin em enxutíssimos 58 minutos.
Imperdível para todos os gostos e idades.
Obs: É só procurar na internet que tem cópia remasterizada, com ótima qualidade.
Nota 8.4 de 10
IMDb: 8.3

A Night of Horror: Nightmare Radio

Argentina/Nova Zelândia/ReinoUnido 2019

Filme de terror em que um locutor de programa noturno de rádio, conta histórias assustadoras, revezando suas narrativas com outras, contadas pelos ouvintes.
Algumas são bem impressionantes enquanto outras investem mais no Gore. É um filme de situações, em que já encontramos os personagens encrencados até os cabelos e dali por diante a coisa vai evoluindo até chegar a um desfecho.
Destaque para a primeira história em que uma menina precisa fazer uma foto perfeita de uma garotinha morta, para ajudar a mãe num trabalho.
Numa outra, o castigo de um assassino condenado é ser mutilado aos poucos de acordo com os desejos da família da vítima.
Há também uma sereia assassina que mostra porque não deveria ter sido caçada, ou pescada.
O filme é meia boca, mas prende a atenção e deve agradar os fãs do gênero, mas não espere nada bem certinho, definido ou explicado.
Nota 5.8 de 10
IMDb: 5.4 

domingo, 17 de maio de 2020

O Comboio do Medo (Sorcerer)

USA 1977
Depois do impacto de “O Exorcista” de 1973, William Friedkin dirigiu essa segunda versão do livro “The Wages of Fear” do jornalista Georges Arnaud. O primeiro filme é de 1953 (Veja nossa crítica aqui mesmo).
Nessa versão, o diretor começa mostrando a origem dos personagens principais, os quatro motoristas escolhidos para transportar uma carga de nitroglicerina em dois caminhões por um caminho rústico, numa região chuvosa da Costa Rica. Os explosivos são para detonar a base de um poço de petróleo e assim apagar as chamas de um incêndio descontrolado.
A região é paupérrima e o pagamento de 20.000 libras seria a “salvação” dos voluntários escolhidos, fugitivos da justiça de seus países. Um caminhão seria o suficiente, mas a empresa resolve mandar os dois, na esperança de que pelo menos um deles chegue ao destino, pois a viagem é quase um suicídio.
A jornada é tensa, há empecilhos, muita chuva, lamaçal e cheia de perigos pelo percurso acidentado e pelo descontrole emocional dos condutores.
A cena do caminhão na ponte pencil (eles viajam separados), foi descrita pelo crítico *Rodolfo Castrezana (O Nerd Rabugento), como uma das mais motherfocker do cinema!
Concordo, se motherfocker quer dizer o que eu acho, que a cena é espetacularmente sensacional, arriscada e não temos ideia de como foi que aqueles caminhões não caíram de lá.
Recomendadíssimo, apesar de ser um tiquinho (um tiquinho só), inferior ao original de 1953.
Com Roy Scheider, o cara que tinha acabado de matar o “Tubarão” no filme do Spielberg de 1975.
Nota 7.8 de 10
IMDb: 7.7
*O Nerd Rabugento é um dos grandes críticos, influenciadores e comentaristas de filmes do Youtube.

quinta-feira, 14 de maio de 2020

As Aventuras do Dr. Dolitle (Dolitle)

USA 2020
Filme desnecessário, mal escrito, mal realizado, com diálogos infantilóides e cenas que chegam à beira do constrangimento. Além disso, forem buscar os dois piores atores mirins que conseguiram arranjar.
Me meti a assistir mesmo depois de tantas críticas negativas e descobri que estavam cheios de razão.
Robert Downey está ruim, mas o garoto Harry Collett e a menina Carmel Laniado, ô duas figurinhas insípidas.
Na “trama”, Lady Rose vai até um santuário que está aos cuidados de um Dr. Dolittle afundado na depressão por ter perdido sua amada.A menina leva um recado da rainha que está acamada e o médico da coroa Dr. Müdfly (Michael Sheen), não consegue curá-la (e nem quer).
Dolittle então, parte numa aventura acompanhado de seu ajudante e uma trupe de animais falantes para encontrar uma árvore no jardim perdido do Éden e trazer a cura.
Um filme bobo, sem noção, com um propósito forçado e cheio de situações desprovidas de verossimilhança.A melhor piada é quando o ganso bota um ovo, ao levar um susto.
Salva-se Antonio Banderas e o ótimo elenco de dubladores dos bichos:
Emma Thompson
Rami Malek
John Cena
Kumail Nanjiani
Octávia Spencer
Tom Holland
Ralph Finnes
Selena Gomes
Nota 5.0 de 10
IMDb: 5.6

Troco em Dobro (Spenser Confidencial)

USA 2020
Mark Whalberg é Spenser, um detetive que, puto com a corrupção no departamento de polícia, enche deu chefe de porrada e pega cinco anos de cana.
Quando sai da cadeia vai morar com Henry (Alan Arkin, sempre ótimo), seu amigo e antigo treinador de box, enquanto se ajeita para comprar um caminhão e mudar de vida. Mas Henry já tem um “agregado”, Falcão (Winston Duke) e Spenser tem que dividir o quarto com ele. Acontece que ele não consegue ficar longe de encrencas e vai novamente se meter nos problemas de corrupção do departamento.
O personagem foi criado pelo escritor Robert B. Parker e rendeu uma série de livros. Mark Whalberg faz cara de marrudo, vive fugindo da namorada grudenta, apanha mais do que bife de pensão, mas não perde a pose. O filme é cheio de ação, intrigas, investigação e furos no roteiro. Além disso está cheio de sequências nada a ver, bobas e sem profundidade.
Pra assistir, rir um pouquinho e esquecer 10 minutos depois.
Pelo menos a trilha sonora ajuda:
Ben E. King
Neil Diamond
Aerosmith
Foreigner
Nota 6.1 de 10
IMDb: 6.2

Seoul Station (Seoulyeok)

Coreia do Sul 2016
Animação coreana em que um pai tenta encontrar a filha que está perdida na cidade de Seoul, numa noite em que um apocalipse de zumbis acontece. Ele recebe a ajuda do namorado, ou amigo da filha (não fica muito claro), com quem ela tinha brigado um pouco antes de acontecer a pandemia.
Apesar da dramatização intensa demais (coisa de coreano) e a falta de sequências melhor desenroladas, até vale dar uma conferida. Também em 2016, o filme coreano “Trem para Busan” foi grande sucesso de público e alguns o colocam entre os melhores filmes de zumbis já feitos. Mas essa animação ficou devendo.
Nota 6.0 de 10
IMDb: 6.1

segunda-feira, 11 de maio de 2020

A Ponte de Remagem (The Bridge at Remagem)

USA 1969

Em 1945 a Alemanha já estava quase jogando a toalha, mas os seguidores mais fiéis de Hitler ainda resistiam. Uma ordem direta do ditador foi responsável pela morte de muita gente na tentativa de proteger a ponte do título. Uma ponte ferroviária, construída sobre o Rio Reno, na fronteira com a França e última ponte intacta, pois as outras já tinham sido derrubadas pelos nazistas para conter o avanço aliado.
Um destacamento alemão sob o comando do Major Krüger (Robert Vaughn) ocupa a ponte, primeiramente para defender a fronteira, mas com a iminente derrota alemã recebem a ordem de explodi-la.
Um grupo de soldados chefiados pelo Tenente Hartman (George Segal) vão travar uma batalha infernal com os intrépidos apreciadores de chucrute para evitar que a ponte seja destruída.
Tanques, bombardeios, granadas, tiroteio e estratégias de guerra numa super produção de orçamento altíssimo, se levarmos em consideração que na época, não havia recursos como os de hoje.
Vale como filme e como fato histórico, pois a história é verídica, um tanto dramatizada é claro.
Filme para quem aprecia os grandes clássicos do passado. Destaque para uma cena em que o dono de um hotel mantém sobre um móvel ao lado da moldura de Adolf Hitler, a foto do filho único, um menino ainda, morto em combate. Chocante e cruel a influência do fürer sobre o povo alemão.
Com os atores consagrados da época, Ben Gazarra e Bradford Dillman.
Nota 7.0 de 10
IMDb: 6.7 

Crime de Mestre (Fracture)

USA 2007
Anthony Hopkins é Ted Crawford, um gênio da engenharia de uma indústria da aviação. Ao descobrir que sua bela esposa (Embeth Davidtz de “O Homem Bicentenário”), está a lhe enfeitar o crânio, dá um tiro na cara da mulher e liga para a polícia. Confessa o crime e vai pro xilindró aguardar o julgamento.
Pelo lado da promotoria, um jovem advogado em ascenção, (Ryan Gosling), pega o caso com as duas mãos, achando que condenar o sujeito vai ser mamão com açúcar. O que ele não sabe é que vai passar pelo inferno, porque o réu é um sujeito inteligente, esperto e ardiloso e sua confissão foi só uma estratégia, parte de um plano super elaborado para sair livre da acusação.
Anthony Hopkins está sensacional. Uma versão Hannibal Lecter no tribunal, com sua frieza, confiança e indiferença disfarçada, só esperando a hora certa de dar o bote.
Filme bem bolado, com um elenco de astros e um belo trabalho do diretor Gregory Hoblit que eu nunca tinha visto mais gordo.
Grande filme, apesar que o roteiro recorreu a alguns inevitáveis “encaixes” para funcionar.
Com:
Rosamund Pike
David Strathairn
Cliff Curtis
Fiona Shaw
Bob Gunton
Zoe Kazan
Nota 7.5 de 10
IMDb: 7.2

sábado, 9 de maio de 2020

A Balada de Buster Scruggs (The Ballad of Buster Scruggs)


 USA 2018

Western gigante dos irmãos Cohen. Eu sou fã dos caras, então desde já, vou recomendando a todos que assistam esse filmaço.
São seis histórias curtas, todas ótimas e todas nos reservando um desfecho surpresa.
Na primeira que leva o título do filme, um cowboy fanfarrão, cantor e pistoleiro chega numa cidadezinha onde tem que enfrentar encrenqueiros e desafiantes. A história mais bem humorada.
Com Tim Blake Nelson.

Na segunda, assaltante se depara um banco isolado na planície sendo guardado apenas por um velhinho zarôio e vê ali a oportunidade de um “trabalhinho” fácil e rentável. Tragicomédia com James Franco.




Na terceira história, Liam Neeson viaja de cidade em cidade com sua carroça de espetáculos, em que se apresenta um jovem que não tem os membros, mas é um excelente orador que encanta a todos com suas narrativas de fatos históricos.
A história mais cruel do filme.
Com Harry Mellin de “Harry Potter”.



Na quarta história, um garimpeiro solitário encontra um vale paradisíaco inexplorado, onde ele tem certeza que encontrará um veio de ouro.
Com o velho (e bom) Tom Waits.







Na quinta história, uma garota tímida e retraída acompanha seu irmão mais velho numa caravana de colonizadores rumo ao velho oeste, mas seu irmão tem um pipipaque e bate as botas, deixando a coitada à mercê do destino.
Essa também é cruel.
Com Zoe Kazan.

Na sexta e última, uma animada conversa entre um grupo diferenciado de viajantes dentro de uma diligência:
Um caçador voltando pra civilização depois de um tempo que viveu no mato com uma índia.
Uma senhora recatada que vai encontrar o marido depois de três anos de separação por causa do trabalho dele.
Um francês falastrão e crítico da natureza humana.
Uma dupla de caçadores de recompensas, cultos e muito educados e sua “carga”, fruto do ultimo trabalho.
Detalhe: Todos são muito sinceros em dizer o que pensam.
Com Saul Rubineck e Brendan Gleeson.
Fotografia primorosa, direção de arte e figurino idem, diálogos hipnotizantes.
Concorreu ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Figurino.
Nota 9.0 de 10
IMDb: 7.3

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Magnatas do Crime (The Gentlemen)

USA/Inglaterra 2019

Sabe aquele filme de disputas entre vilões? Sem preocupação com a moralidade e menos ainda com a legalidade? Pois é disso que se trata aqui, mas com muita elegância, classe e estilo.
O roteiro inteligente oferece várias surpresas e alternativas, sempre com um toque de humor e um comportamento de cavalheiros, como sugere o título original.
Não tem polícia na trama, tudo se passa entre os contraventores da lei, alguns são umas figuraças que tomam chá e outros que preferem uísque de 1.500 libras a garrafa.
Michael Pearson (Mattew MacConaughey) é um produtor, industrialista e negociante de canabis. O negócio lhe custou anos de dedicação, mas agora rende uma bolada que lhe permite viver no luxo e na riqueza. Seus contatos são da alta sociedade, ele é um cara bem relacionado, casado com uma "dama" e bastante influente e respeitado no meio em que vive.
A fim de se aposentar, ele coloca sua “empresa” à venda e aí começam a aparecer espertinhos armando para se dar bem em cima dele.
Como ele mesmo diz no começo do filme, se você quer ser o rei da selva, não basta ser o rei, tem agir como rei.
O diretor e roteirista Guy Ritchie que já foi comparado a Quentin Tarantino depois de “Jogos Trapaças e Dois Canos Fumegantes” e "Snatch Porcos e Diamantes”, adotou um tipo de diálogo meio quebra-cabeças no comecinho, mas logo as peças vão se encaixando e o desenrolar da história prende a atenção da gente até o fim, oferecendo surpresas intervaladas com uma boa dose de violência.
Destaque para o personagem do Collin Farrel, que não dá um sorriso, mas é sem dúvida o cara mais divertido do filme, com seu grupo de lutadores de street dance.
Eu gostei bastante e recomendo.
Com Hugh Grant, Charlie Hunnan (Rei Arthur), Henry Golding (o malásio com nome inglês) e Michelle Dockery.
Nota 7.9 de 10
IMDb: 7.9

Black Summer 1ª Temporada

USA/Canadá 2019

Série de zumbis que lembra “The Walking Dead” quando era legal. Grupo de desconhecidos se une (ou é unido pelas circunstâncias), no meio de um apocalypse de zumbis tentando chegar no estádio da cidade, local para onde foram levadas as pessoas resgatadas pelo exército. Esses sobreviventes perderam a “carona” nos caminhões e agora tem que se virar para chegar até lá e encontrar suas famílias, ou simplesmente ficar a salvo.
No caminho vão ser perseguidos pelos tradicionais mortos vivos mais ensandecidos do que cachorro doido, além de ladrões de gasolina, adolescentes psicopatas, traficantes de armas e malucos de outras espécies.
Tenso, cheio de suspense e algumas reviravoltas.Claro que nem todos vão chegar no estádio.
É aquilo mesmo, mas é bem conduzido pelo diretor e roteirista John Hyams e a gente fica grudado na telinha, apesar de algumas (evitáveis) bobeiras.
Com Jaime King de “Sin City” e “As Branquelas”.
Nota 7.0 de 10
IMDb: 6.4

quarta-feira, 6 de maio de 2020

A Escuta (The Wire) 1ª Temporada

USA 2002

Considerada por muitos como sendo a melhor série já produzida, The Wire 1ª Temporada, conta a história de um grupo de detetives de Baltimore, montado às pressas, com “peças sobressalentes” de outros distritos.
Os “rejeitados” são jogados na mão do tenente Cedric (Lance Reddick), para montar uma força tarefa e produzir resultados que possam ser usados em campanhas políticas do pessoal da “alta”. O alvo principal é o tráfico e distribuição de heroína por um bando liderado por Avon Barksdale (Wood Harris) e Springer Bell (Idris Alba).
No início, Cedric acha que vai comer muita grama para conseguir trabalhar os seus comandados e retirar algum proveito da equipe. O que ele não sabe é que entre eles tem policiais muito bons e logo uma “seleção natural” vai separar os dedicados dos preguiçosos e a coisa começa a dar resultado.
Essa temporada tem 13 episódios e não entrega um resultado imediato. Material garimpado em escutas, investigação forence, dribles burocráticos, tudo vem em pequenas porções, portanto não se deve esperar nada muito “bombástico”, a não ser nos desfechos mais importantes.
A história ainda é exposta numa visão multilateral, se revezando em mostrar as faces dos criminosos, muitos deles forçados pelas circunstâncias, como é o caso de D’Angêlo Barksdale (Lawrence Gilliard Jr.), sobrinho do chefão e o garoto Wallace (Michael B. Jordan), o futuro Creed e vilão principal em “Pantera Negra”.
No entanto, o personagem central é o explosivo, bocudo e cabeça dura, Jimmy McNulty (Dominic West) que estava em “300 de Esparta” de 2006.
Crua, detalhada, violenta, bem produzida e dirigida, não é a melhor série que eu já vi, mas esta´entre as melhores.
Nota 8.8 de 10
IMDB: 9.3

Implacável (Avengement)

Inglaterra 2019

Filme de porradaria com Scott Adkins, herói de filmes de baixo orçamento e resultados medianos.
Esse está acima da média, sobre um sujeito pacífico, que ganha a vida em lutas de apostas e acaba entrando numa gelada ao fazer um servicinho “inocente” para o seu irmão que chefia uma quadrilha de estelionatários.
Ele vai preso por recusar uma “oferta” de perdão para dedurar o irmão. O problema maior, é que na cadeia o cara encontra um monte de gente que decide acabar com a vida dele. Sem entender o porquê, sai na porrada com todo mundo e por causa isso vai “evoluindo” no conceito do diretor, que a cada briga vai aumentado sua pena.
Então ele decide que a melhor maneira de esclarecer as coisas é fugir e procurar as respostas.
Porradas, facadas, tiros e muita briga de artes marciais, tudo regado com muito sangue e algumas cenas “gore”.
Pra passar um tempinho sem levar a coisa muito a sério. Melhor do que muita superprodução que a gente encontra por aí.
Nota 6.2 de 10
IMDb: 6.5 

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica (Onward)

USA 2020
No mundo evoluído dos elfos, a magia foi esquecida. O aprendizado já não atrai as crianças, pois o mundo moderno está cheio de “magia”. TV, videogames, celulares, definitivamente a magica complicada e difícil de aprender e de praticar, criada por varinhas e cajados, está obsoleta.
Mas para alguns saudosistas a tradição nunca morre e é assim que Ian (Tom Holland) e Barley (Chris Pratt), após receberem um presente deixado pelo pai que morreu há muito tempo, vão entrar numa aventura cheia de ação e de bom humor, para encontrar um apetrecho mágico que vai ajudar a trazer o pai de volta por um dia. Com um mapa nas mãos, eles acabam arrastando a mãe e uma velha praticante de magia chamada Manticore (Octávia Spencer), pela estrada afora numa viagem pra lá de divertida.
Muita correria, perseguições, maluquices e piadinhas, num filme engraçado, movimentado e cheio de amor familiar.
Muito legal!
O diretor Dan Scalon, dirigiu "Universidade Monstros" em 2013.
Recomendado para crianças de todas as idades. Não deixem de ver.
Nota 7.8 de 10
IMDb: 7.5


domingo, 3 de maio de 2020

Resgate (Extraction)

USA 2020

Um mercenário é contratado para resgatar o filho adolescente de um chefão do tráfico de drogas que está preso numa prisão da Índia. O menino foi sequestrado pelo seu rival de Bangladesh e o dinheiro do resgate seria só uma coisa simbólica pois o que está em jogo mesmo é o desgaste moral do sujeito, que além de estar vendo o sol indiano nascer quadrado, ainda teve seus bens bloqueados pela justiça.
Mas tio, se o cara não tem dinheiro, por que o outro pediu resgate?
— Só pra mostrar que o cara não tem nem como pagar o resgate do filho e por isso, não está mais em posição de botar banca pra cima de ninguém, entendeu?
— Mas ele já está preso e sem dinheiro. Já não tá bastante desmoralizado?
— Tem razão minino, mas o pessoal que escreveu a história não tinha essa sua visão do cenário ou talvez tenham achado que ninguém ia reparar nisso.
— Mas eles não ganham milhões pra escrever esses roteiros? Não podiam caprichar mais um pouquinho?
— É, podiam.
O filme tem ação o tempo todo, tiroteio, perseguições, trairagem, explosões e tudo o que se espera de um filme de ação, talvez por isso a alta avaliação no IMDb. Além do que, a personagem central de cara já ganha a simpatia do povo, com seu jeitão amargo e desprovido de medo. Chris Hemsworth faz sua conhecida cara de “foda-se o mundo” e se sai muito bem no papel.
Pode assistir sem medo de se chatear.
Com David Harbour de “Stranger Things”, o Hellboy que conseguiu ser mais feio do que o Ron Perlman.
Assim como John Wick, esse filme foi dirigido por um ex dublê, Sam Hargrave que trabalhou bastante ultimamente, praticamente em todos os mais recentes filmes da Marvel.
Nota 7.7 de 10
IMDb: 8.4 (exagerado)


Maria e João, O Conto das Bruxas (Gretel & Hansel)

USA 2020

Sophia Lilis, a menina Beverly de “It a Coisa”, é Gretel, que junto com seu irmão mais novo, Hansel são expulsos de casa porque a mãe não tem como sustentá-los. A menina vai em busca de trabalho numa comunidade que segundo dizem, fica além da floresta. Só que essa floresta é imensa e além disso, é habitada por uma bruxa asquerosa, papadora de criancinhas.
É o manjado conto de João e Maria com algumas pequenas diferenças, mas basicamente segue a mesma versão em que os irmãos são atraídos pela bruxa boazinha, para depois serem devorados.
Não há muito o que dizer, pois a história é um auto spoiler que todo mundo já conhece. Só no final é que a coisa muda de figura e sai do tradicional, para um desfecho que pega um caminho diferente.
Primeiro filme do diretor Osgood Perkins que até conseguiu criar um certo clima com seus jogos de luzes e um pouco de suspense, mas não foi muito além disso.
Totalmente desnecessário.
Só recomendo para quem quiser conferir, mas não gostei.
Nota 5.1 de 10
IMDb: 5.3

Cafarnaum (Capharnaüm)

Líbano 2018

Atenção: Contém Spoilers

Vencedor do Grande Prêmio do Juri do Festival de Cannes e famoso por ter sido indicado aos telespectadores pela influente Oprah Winters, esse filme, primeiramente se propõe a colocar em evidência os costumes machistas, as tradições desumanas e as injustiças das autoridades nos cortiços de Beirute, onde muitos refugiados, na maioria Sírios e Africanos procuram sobreviver à miséria, à fome e às doenças causadas pela falta de higiene.
O menino Zain (ótimo trabalho do ator mirim Zain Al Rafeea), está com doze anos de idade e trabalha como ajudante em uma loja para ajudar a família. Ele se revolta ao não conseguir proteger sua irmã mais nova Sahar, quando seus pais entregam a menina para o filho do senhorio como pagamento pelos aluguéis atrasados. A menina só tem 11 anos e ele tem mais dois irmãos menores.
Injuriado com o pai e a mãe, Zain sai de casa e vai tentar viver longe da família. Acaba encontrando ainda mais miséria, fome e injustiças. Conhece uma jovem mãe solteira que não tem com quem deixar o filho de dois anos quando sai para o trabalho, então ele se ajeita por ali, em troca de comida e moradia. Zain é sincero e boca dura (nunca pensei que nesses países se falava tanto palavrão), mas tem bom coração e senso de justiça.
Daí, algo acontece e sua nova amiga acaba presa, então ele vai recorrer a todo tipo de malandragens para sobreviver e cuidar da criança. A mãe presa não pode dizer que é mãe, com medo de perder o filho.
O filme é tocante, triste e angustiante. O desespero é palpável, a falta de perspectivas e de esperança, idem. O país está infestado de traficantes de crianças, coiotes e exploradores de trabalho escravo, tudo é abordado pela diretora Nadine Labaki nas duas horas de filme. Vencido pela crueldade dos humanos, ele acaba enganado por um traficante de crianças e retorna à sua casa para pegar sua certidão de nascimento. É aí que fica sabendo que a irmã morreu por sangramento causado por abuso sexual. Zain vai preso por "esfaquear um filho da puta" como ele mesmo se declara ao juiz no seu julgamento.
Numa visita na prisão, a sua mãe lhe diz que quando Deus tira uma coisa, Ele dá outra em troca, e então revela que está grávida.
Zain responde:
"A senhora é um monstro. Não quero vê-la nunca mais".
Altamente recomendável para quem quiser assistir um grande filme, dramático, atual e duro como um soco no estômago. É daqueles que a gente fica vários dias digerindo.
Nota 8.2 de 10
IMDb: 8.4

Dias Perfeitos (Perfect Days) - Japão/Alemanha 2023 nota 7,8

Indicado ao “ Oscar de Melhor Filme Estrangeiro ” e dirigido pelo prestigiado  Wim Wenders “ Asas do Desejo ”, “ Paris Texas ”, Dias Perfei...