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segunda-feira, 28 de junho de 2021

Irresistível (Irresistible) – USA 2020

Steve Carell é Gary, um marqueteiro eleitoral democrata, que recebe um vídeo de um veterano de guerra (Chris  Cooper), criticando a atual administração da sua cidade numa reunião do prefeito com os cidadãos. O discurso, cheio de bons exemplos, desperta em Gary o interesse de se meter na disputa, lançando o veterano como candidato e tentando ganhar espaço para os Democratas.

Estabelecida a peleja eleitoral, o conservadorismo se sente incomodado com o crescimento do partido democrata na região e uma marqueteira (Rose Byrne, de “A Espiã que Sabia de Menos”), que mantém um relacionamento de amor e ódio com Gary, é enviada pra lá e entra na briga, apoiando o atual prefeito.

Apesar do tema que pode parecer chato, o filme é leve e agradável. As artimanhas e armadilhas, tanto de um lado como do outro, são a parte mais engraçada. A ingenuidade dos moradores também ajuda a arrancar boas risadas.

Num período de poucas comédias sendo lançadas no mercado, acho que o filme veio em boa hora. Espero que venham mais como este, mais e melhores é claro, apesar de que este não é ruim.

Nota 6.8 de 10
IMDb: 6.3


sexta-feira, 25 de junho de 2021

Fique Comigo (Asphalte) – França 2015

Filme na linha de “Um Pombo Pousou num Galho Refletindo Sobre a Existência”, de Roy Andersson (leia nossa crítica aqui mesmo).

Aqui, o diretor Samuel Benchetrit aborda a solidão como tema, e nos conta três histórias envolvendo moradores de um condomínio de classe média baixa na França.

Um sujeito estranho que perdeu temporariamente o movimento das pernas, tenta se aproximar de uma triste enfermeira (Valéria Bruni Tedeschi) de “Only The Animals” de 2019 (crítica aqui), fingindo ser um fotógrafo de sucesso. Sem dúvida a mais surreal, por conta dos diálogos.

Um adolescente faz amizade com sua nova vizinha, uma atriz decadente (Isabelle Huppert) de “Elle” de Paul Verhoeven (crítica aqui) e passa a assistir seus filmes antigos no apartamento dela. O clima converge para o sexo, mas...

E por último, Michael Pitt de “A Vila” de M. Night Shyamalan e “Violência Gratuíta” (crítica, também aqui), é um astronauta a bordo de uma capsula espacial que cai na lage do prédio e assustado se refugia no apartamento de um senhorinha árabe, que está com o filho na cadeia. Como a NASA está sem verba para resgatá-lo imediatamente, ele acaba ficando por ali e desenvolve um relacionamento afetivo com a mulher. A história mais fofa, dá vontade de abraçar a senhorinha...

O desenrolar das histórias beiram o surrealismo e o humor leve e agradável leva a gente numa viagem relaxante, pelas situações inusitadas e a ingenuidade dos personagens.

Recomendo para todos os públicos, mas acho que nem todos vão curtir.

Obs: Michael não é irmão do Brad...

Nota 7.3 de 10
IMDb: 7.1

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Tarântula – USA 1955

Numa cidadezinha no interior americano, o cientista Gerald Demmer, está desenvolvendo uma fórmula para aumentar o tamanho dos animais. Claro... a intenção é que a sua descoberta seja usada para o bem da humanidade, erradicando a fome do planeta e blá blá blá... blá blá blá...

Acontece que o seu sócio com mania de grandeza (hi hi hi... desculpem), resolve se auto aplicar a fórmula, que ainda está em teste, sofrendo sérias consequências, inclusive com a perda definitiva da sua capacidade de fazer besteira, já que ele embarca para o outro mundo com bilhete só de ida. Mas antes disso, deixa um legado de destruição, causado por uma atitude mesquinha e o laboratório sofre alguns danos. Um desses danos, permite a fuga de uma tarântula que já estava do tamanho de um um cabrito e com o dobro de pernas, bom... isso já vem de fábrica né.

Uma nova assistente chega na cidade e apesar dos perrengues com os quais o doutor Demmer está lidando, passa a auxiliá-lo, mas logo percebe que tem alguma coisa sinistra acontecendo com o bom doutor.

Lá fora, a aranhona se desenvolve e passa a se alimentar de tudo que é ser vivo que lhe aparece pela frente, apavorando todo mundo, menos o xerife da cidade, que acha que todo mundo anda consumindo drogas.

Terror indicado para saudosistas de uma época em que esse tipo de filme levava multidões aos cinemas. Os efeitos toscos, como se deve esperar (e não reparar), fazem parte do espetáculo.

O diretor Jack Arnold, tinha dirigido "O Monstro da Lagoa Negra" em 1954.

Se você curte...

Nota 6.8 de 10
IMDb: 6.5


terça-feira, 22 de junho de 2021

Ferry – Holanda 2021

Novidade:

Um bom filme holandês de ação:

Ferry Bouman (o ator esquisitão Frank Lammers), é um dos homens de confiança de Brink (Huub Stapel), uma espécie de mafioso com muito dinheiro e poder na capital do país, Amsterdã. Quando três sujeitos encapuzados assaltam um dos seus pontos de comércio de drogas e ferem gravemente seu filho, ele encarrega Ferry, de descobrir quem são os assaltantes e providenciar para que eles não assaltem mais ninguém, nesse mundo de meu Deus.

Ferry é o típico executor com código de ética: Se ele recebe uma “encomenda”, não perdoa nem freira devota de Madre Teresa de Calcutá, nada pessoal, é claro. Ele consegue uma pista, sai na captura dos caras, só que no meio disso, encontra Danielle, uma garota que desperta nele uma coisa adormecida pelos longos anos de trabalho duro, e seu coração acaba um tanto... amolecido.

O filme não tem cenas violentas demais, mas rola alguma droga e ninguém por lá é santo. O ator Frank Lammers, está longe de ser o protagonista atlético e bonitão, pelo contrário, é esquisito e feioso, mas o filme tem um certo charme, cativa pela narrativa direta e a sua simplicidade. A esquisitice do personagem serve como uma área de escape, deixando tudo meio cômico. Não sei explicar direito, só digo que o filme agrada pelo enredo amarradinho e o final feliz. Com certeza, os fãs dos filmes de ação, não vão se decepcionar.

Nota 7.0 de 10
IMDb: 7.0


segunda-feira, 21 de junho de 2021

Tom Clancy’s Jack Ryan 1ª Temporada USA 2017


Jack Ryan é um personagem proveniente do universo de Tom Clancy, o escritor que (como eu já disse na nossa crítica de “Sem Remorso”), se especializou em escrever ficção sobre o período da guerra fria.

O período da Guerra Fria, durou por mais de quatro décadas (1947 a 1991) e quem está perto dos 40 anos ou já passou por lá que nem eu, em algum momento acompanhou ou ouviu falar desse período de tensão geopolítica entre a Russia e os Estados Unidos. Período este que durou até a dissolução da União Soviética em 1991.

Essa primeira temporada de “Jack Ryan” nos mostra o desenvolvimento do personagem, vivido duas vezes nas telonas por Tom Cruise em “O Último Tiro” de 2012 e “Sem Retorno” em 2016.

Aqui o protagonista é interpretado por John Krazinsky, o moço bonzinho e apaixonado pela Pam Beesley (Jenna Fisher), na série “The Office” e também o diretor e protagonista de “Um Lugar Silencioso” de 2018.

Apesar de que a série começa mostrando a “metamorfose” do personagem, que passa de um simples analista para um combatente super foda em campo, não se enganem, o bicho já começa a pegar logo no primeiro episódio.

No enredo, Suleiman, natural do Oriente Médio e educado na França, é um sujeito do mal, astuto, endinheirado e cheio de ódio no coração, que planeja ataques terroristas na Europa. Uma pista, leva Jack Ryan (como analista) e seu chefe recém empossado James Greer (Wendell Pierce), para o campo de batalha. Eles acabam envolvidos numa emboscada e a história pega fogo.

Abbie Cornish faz a namorada do Jack e Ali Suliman o maledento feladaputa.

Destaque para Dina Shihabi, atriz Saudita, radicada nos Estados Unidos.

Violência, suspense, muita ação, aventuras, reviravoltas e uma certa dose de humor num ritmo perfeito. A avaliação no IMDb não mente, a série é boa pra caramba.

Não perca, a Amazon está dando 30 dias grátis pra você assistir. 

Nota 8.3 de 10
IMDb: 8.1


quarta-feira, 16 de junho de 2021

Os Irmãos Willoughby (The Willoughbys) USA 2020

Animação sem mimimi da Netflix, dirigido por Chris Pearn, o mesmo de “Tá Chovendo Hamburger 2”.

Eu disse “sem mimimi”, porque o “politicamente correto” tradicional em produções voltadas para o público infantil, passou lá na rua de trás... já no começo, temos uma ideia do que vamos assistir, já que a família é apresentada por um gato de rua, que vai logo avisando que a história está longe de ser moralista.

Os Willoughbys são uma família um pouco diferente do tradicional. O pai e a mãe, apesar de terem uma vida confortável e de viverem em constante xamêgo, não dispensam esse mesmo tratamento aos filhos: Tim, Jane e os gêmeos Barnaby A e Barnaby B.

Deixados em segundo plano, sem refeições e nem cuidados, os pestinhas ficam sabendo que se tornando órfãos, serão muito mais bem cuidados por eles mesmos, já que, com o pai e mãe dentro da casa (enorme), eles não tem liberdade de serem independentes.

Para complicar ainda mais, uma bebê é deixada na porta da casa e é encontrada pelas crianças, que a escondem dos pais, por motivos óbvios.

Eles então bolam um plano para se orfanizarem... pois é... isso mesmo...

O primeiro passo é induzir os velhos a uma viagem, para que possam organizar melhor o planejamento do plano de orfanização.

Em meio a isso, eles conhecem um velho maluco chamado Commander Melanoff (Voz de Terry Crews), que vai ajuda-los, mas uma babá pra lá de competente entra na história, contratada pelos pais para manter os merdinhas em rédea curta.

Parece maluco e é... diversão garantida com muita ação e aventura. Acho que a avaliação no IMDb, não faz justiça.

Com as vozes de Martin Short, Will Forte, Maya Rudolph, Alessia Cara, Rick Gervais e outros...

Nota 6.9 de 10
IMDb: 6.4

terça-feira, 15 de junho de 2021

Spiral: From the Book of Saw (Spiral - O Legado de Jogos Mortais) USA 2021


Um serial killer imitando descaradamente Jigsaw, o assassino de Jogos Mortais, está matando um a um os policiais de um certo distrito. As vítimas são pegas de surpresa e colocadas para dormir, quando acordam, estão amarradas a dispositivos que devem ter sido inventados por um engenheiro do capeta (como Jigsaw), em seguida, um personagem (que não é o bonequinho do Jigsaw), inicia seu papinho aterrorizante com “Eu quero jogar um jogo” e desfia aquela conhecida conversa de que o infeliz imobilizado tem duas opções: se mutilar para desativar a armadilha, ou morrer tentando escapar ileso.

É isso... um novo Jogos Mortais, com a diferença que temos como personagem principal, Zeke (Chris Rock), o policial encarregado de pegar o assassino. Chris Rock parece ter apostado com alguém que faria do seu personagem o ser mais caricato de todos os detetives de polícia do cinema. E haja caretas, e olhares, e gestos, e frases melodramáticas.

O filme é recheado de cenas gore, numa fotografia escura, onde o vermelho se sobressai, na intenção de tornar o clima ainda mais assustador. Acho que funcionou.

No final, surpresas em penca, e apesar dos flagrantes absurdos do roteiro, o filme até me agradou. Se você está a fim de se divertir, sem se importar com os detalhes aqui mencionados, eu até que indico.

O diretor é o mesmo Darren Lynn Bousman, da franquia Jogos Mortais e o elenco ainda conta com Samuel L. Jackson e Max Minghella de “A Rede Social”.

Vai lá...

Nota 6.0 de 10
IMDb: 5.3


Impetigore (Perempuan Tanah Jahanam) Indonésia 2019

Terror indonésio que apesar da pobreza da produção, o diretor e roteirista Joko Anwar conseguiu tirar leite de pedra e realizou um filme chocante e assustador.

A história lembra um pouco “Hostel” (O Albergue), filme de 2005 dirigido por Eli Roth que foi agraciado com uma forcinha de Quentin Tarantino.

Duas amigas saem da cidade grande e viajam até uma aldeia no meio do nada, onde se acredita ser o lugar de origem de uma delas, que imagina ter uma herança para receber.

Chegando lá, conhecem um povo esquisto e um titereiro (marionetista), que parece dominar o lugar e a população. Só que é um filme de terror, por isso as m... não tardam a acontecer e as amigas se vêem envolvidas na crença de uma maldição que assombra o lugar, fazendo todas as crianças nascerem sem pele, o que obriga os pais a mata-las logo após o parto.

— Mas tio, porque essa gente não usa uma camisinha até que a porcaria da maldição se acabe?

— Ah... sei lá menino, a aldeia fica no meio do mato, acho que lá não tem lugar que vende preservativo.

— Então, porque eles não caem fora desse lugar lazarento de uma vez por todas?

— Olha a boca moleque... bom... eles não caem fora porque... ah... não sei... deixa eu terminar o comentário aqui, depois eu explico. Fica quietinho...

O perigo passa a rondar as duas, porque segundo a crença, a maldição foi iniciada há 20 anos, exatamente quando uma delas nasceu e foi levada embora dali. Para quebrar a maldição, imagina-se que a menina deva ser morta e sua pele toda retirada para ser usada num ritual.

Pernas para que te quero...

Se a premissa interessa, pode ver que vale a pena. Eu que não sou lá muito fã de filmes de terror com esses tipos de maldições absurdas, até achei interessante.

O diretor é o mesmo de "Gundala: A Ascenção de um Herói” de 2019. Veja a crítica aqui mesmo no nosso blog.

Nota 6.0 de 10
IMDb: 6.7


domingo, 13 de junho de 2021

Flores Partidas (Broken Flowers) USA 2005

Comédia simpática, leve e cheia de graça dirigida por Jim Jarmush, o cara que dirigiu o clássico “Uma Noite Sobre a Terra” de 1991. Em breve, estarei falando sobre esse filme.

Como sempre, as obras do diretor abordam temas simples, com enredos simples, desenvolvimentos simples e desfechos inesperados.

Aqui, o solteirão meio esquisito Don Jonston (Bill Murray), recebe uma carta anônima dizendo ser de uma das suas antigas namoradas informando que ele tem um filho (dela e dele) e o rapaz está indo procura-lo, porque deseja conhecer o pai.

Winston, seu vizinho intrometido, engraçado e cheio das boas intenções, interpretado por Jeffrey Wright, o aconselha a visitar suas antigas namoradas que estão espalhadas pelo país,e descobrir se a história é verdadeira e com qual delas, ele tem esse filho. Monta um itinerário de viagens e tenta convencê-lo a pegar a estrada (força de expressão, o roteiro é de avião). Sem nada melhor para fazer, já que sua atual namorada (Julie Delpy), acabou de deixa-lo, Don parte à procura de suas ex's.

O filme se torna uma comédia leve, interessante, ás vezes estranha, com situações inusitadas, constrangedoras, alegres, divertidas e um mistério que nunca se resolve.

Com Sharon Stone, Jessica Lange, Tilda Swinton e uma pontinha de Homer Murray, filho de Bill, na vida real.

Diversão de qualidade, para quem aprecia o bom cinema em sua simplicidade. E com o ótimo Bill Murray.

Nota 7.5 de 10
IMDb: 7.2

O Porto (Le Havre) França 2011

Quando um contêiner cheio de imigrantes ilegais é flagrado pela polícia do porto de Le Havre, na França, um dos integrantes, um garoto negro adolescente consegue fugir.

Marcel (André Wilms), um engraxate simplório, encontra por acaso o menino e decide ajuda-lo a encontrar seus parentes que vivem no país.

A perseguição da polícia, um inspetor chamado Monet, que vive na “cola” de Marcel, a ajuda dos vizinhos e até de um cantor de Rock decadente e desiludido de paixão, todos vão estar envolvidos numa história, em que o objetivo é para que o garoto chegue até sua família. Em meio a isso tudo, Marcel ainda precisa lidar com a esposa internada, que não sabe se vai sobreviver a um tratamento de radioterapia.

O cinema simples do diretor Aki Kaurismaki é mostrado de frente e sem rodeios nem subterfúgios. O tema é explícito, a linguagem é direta, até aparentando um certo amadorismo aos desavisados, mas a fotografia, as cores e a condução do filme, aos poucos nos revela um enorme poder artístico, uma obra diferente, com fortes influências de um certo cinema europeu contemporâneo.

Indicado para cinéfilos e apreciadores de pérolas cinematográficas.
Nota 7.0 de 10
IMDb: 7.2

O Inocente (El Inocente) Minissérie da Netflix, baseada em Harlan Coben – Espanha 2021

Mario Casas é Mateo Vidal, um ex-condenado que cumpriu 4 anos de pena por ter se envolvido numa briga e matado acidentalmente um jovem.

Quando sai da cadeia, tenta reconstruir a vida, trabalhando na empresa do seu irmão.

As coisas vão se assentando. Ele se apaixona e começa a viver uma vida normal, até que, a partir de um telefonema, uma enxurrada de coisas começam a acontecer em cascata, transformando sua vida, o seu mundo e a o da sua família, num inferno.

Tenso, angustiante, violento. Para mim uma história de Harlan Coben, o escritor de 80 milhões de livros vendidos, nunca foi tão bem adaptada para as telas. O clima pesado, recheado de crimes, mortes, sexo, bizarrices, traição, assassinatos, segredos, perseguições, enfim... são oito episódios em que a aflição se mantém constante, principalmente porque a dúvida e o mistério mantém a gente no escuro, assim como mantém o personagem principal. Ou não?

Eu li “O inocente” e fico tentado a dizer, que dessa vez o filme (a série), superou o livro, mérito dos roteiristas, que não aliviaram a "barra pesada" da história, pelo contrário, acho que até deram uma reforçada.

Confira.

Se você gosta de suspense, não deixe de ver. Prefira o áudio original.

Obs: Cenas de nú frontal, tire a molecada da sala...

Nota 8.5 de 10
IMDb: 7.9

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Oxigênio (Oxygène) – França 2021

Mulher acorda presa numa cápsula criogênica super avançada, mas claustrofóbica e agoniante, sem saber como e nem porque foi parar foi parar naquele caixote. Sua memória está em frangalhos e ela só consegue se lembrar da sua vida em flashes. Para ajudar a temperar o clima da situação, uma voz que se denomina o administrador virtual da coisa, passa a avisá-la periodicamente que o oxigênio está acabando.

Passado o desespero inicial, ela começa a interagir com a inteligência artificial da máquina (M.I.L.O, voz do ator Mathieu Amalric), na tentativa de descobrir coisas que a ajudem a sair daquela situação, até que a história atinge o seu ápice e se revela no mínimo apavorante.

Revelações surpreendentes no final valorizam uma boa história, contada de maneira que prende a atenção e deixa a gente com a sensação de um filme interessante e bem dirigido.

A cantora e atriz francesa Mèlaine Laurent de “Bastardos Inglórios” e “Truque de Mestre”, segura bem a parada e o filme se desenvolve num bom ritmo, sob a direção de Alexandre Aja, de “Predadores Assassinos” filme de 2019, com a brasileira Kaya Scodelario, e que foi muito elogiado por Quentin Tarantino. Só por isso, já vale uma conferida.

Desaconselhável para claustrofóbicos.

Nota 6.6 de 10
IMDb: 6.5


sábado, 5 de junho de 2021

À Espreita do Mal (I See You) - USA 2019

Casal de jovens liderado pela garota, tem a mania de se aventurar, invadindo casas enormes habitadas por famílias pequenas em bairros de classe média alta de uma cidade interiorana.

Eles invadem e se escondem. Quando os donos saem para o trabalho e para a escola, fazem a festa. Moderadamente é claro, porque a intenção não é roubar nada de valor, apenas usufruir da geladeira e do conforto por alguns dias.

Só que desta vez, as coisas saem do controle e eles acabam presenciando um assassinato.

Paralelamente a isso, a polícia anda à caça de um sequestrador de crianças.

No desenrolar da trama, vamos descobrindo uma faceta diferente do que o cenário apresenta no início, até que algumas surpresas acabam sendo reveladas, trazendo à tona, uma conexão entre os jovens, os garotos sequestrados e os donos da casa.

Não é grande coisa, mas também não é de se jogar fora. Fui atraído pela presença da Helen Hunt no elenco, atriz ganhadora do Oscar pelo filme “Melhor é Impossível” de 1997, mas sinceramente... ela está tão esquisita que eu até preferia uma outra atriz no papel. Dá a impressão que a maquiadora errou de personagem e pensou que ela ia interpretar uma daquelas criaturas que o Capitão Kirk encontra onde “nenhum homem jamais esteve”. Cruz credo...

Brincadeiras à parte, o filme foi bastante elogiado pelo público. Eu achei fraquinho.

Fica por sua conta e risco. 

Nota 6.8 de 10
IMDb: 5.8

quinta-feira, 3 de junho de 2021

Army of the Dead: Invasão em Las Vegas de Zack Snyder - USA 2021

Liderado por Scott Ward (O simpático monstrão, Dave Bautista), um grupo de mercenários reunido de última hora, vai entrar na cidade sitiada de Las Vegas para “recolher” 200 milhões de verdinhas do cofre de um cassino. Acontece que a cidade foi isolada por conter uma horda de zumbis e como alguém do governo deve ter assistido “A Volta dos Mortos Vivos” de 1985, o presidente resolveu jogar um missilzinho básico lá e mandar tudo pelos ares. Ou seja, exterminar os mortos, ou melhor, assassinar todos que já morreram e se tiver alguém por lá que não morreu ainda... fo@$%#-se!

Acontece que as complicações começam bem antes da aventura se iniciar de verdade: tem um sujeito mal intencionado infiltrado no grupo pelo mandão da coisa, o japa Tanaka-san (Hiroyuki Sanada), também tem uma adolescente abelhuda e chata pra dedéu que chantageia o pai para se juntar ao grupo, a pilota do helicóptero que é pra lá de pirada (a melhor coisa do filme) e ainda, mais uma meia dúzia de desajustados, que se o nosso campeão de esteroides, tivesse um bocadinho de massa cinzenta, não teria entrado numa roubada (hic!) dessas.

O filme é divertido, movimentado, nojento, violento, com muito gore (como todo bom filme de zumbis), e tinha tudo para ser uma experiência cinematográfica divertida e sem maiores traumas pós espetáculo, ainda mais porque a trilha sonora é maravilhosa.

Acontece que o diretor e roteirista Zack Snyder, (que deve ter se inspirado na ideia de “Invasão Zumbi II: A Península dos Mortos Vivos” de 2020, um filme coreano que conta um lance muito parecido), resolveu inserir uma carga dramática na história e acabou estragando toda a brincadeira.

Não precisava... ninguém deve ter falado pra ele, que ás vezes “menos é mais”... e então ele teria evitado o desnecessário amontoado de idiotices em algumas sequências com furos maiores do que um buraco negro, além de um final que além de inverossímil, é chato pra caramba. (Essa é a minha opinião tá, muitos podem até gostar).

Não é à toa que um filme tão caro (70 milhões de dólares), tenha recebido uma resposta tão baixa do público, como demonstra sua avaliação no IMDb 5,9 e 68% no Rotten Tomatoes.

Dá pra ver e até se divertir, mas prefiro “Madrugada dos Mortos”, filme de Zumbis de 2004, do mesmo Zack Snyder. Simples, com menos pompa e destituído de palhaçadas, tipo mimimi de família, pedidos de perdão e sacrifícios desnecessários e infrutíferos.

Músicas:

Elvis Presley, Creedence, The Doors, Cranberries, Culture Club...

Nota 5.7 de 10
IMDb: 5.9

quarta-feira, 2 de junho de 2021

Sisters (Irmãs Diabólicas) de Brian De Palma - USA 1972

Margot Kidder (a Louis Lane do Christopher Reeve), é Danielle, uma modelo que conhece um moço negro ao participar de um programa de TV. Na saída, ela é assediada pelo seu ex, e o jovem a defende. Ele vai até o apartamento dela e conversa vai, conversa vem...

No dia seguinte ele é assassinado. Dentro do apê.

A vizinha do apartamento em frente vê o cara pedindo socorro em agonia antes de morrer (é claro) e chama a polícia, mas a maluca Danielle recebe ajuda e esconde o corpo, fazendo a testemunha passar por tantã.

A partir daí, essa vizinha, passa a investigar e procurar pistas do corpo do sujeito, até contrata um detetive interpretado pelo ótimo Charles Durning e acaba se metendo numa encrenca muito bizarra, doentia e psicopática (existe essa palavra?).

Brian de Palma, ainda não tinha alcançado o sucesso, que só viria mesmo em 1976 com “Carrie a Estranha” e também porque o filme, que apesar de ter claras influências Hitchcockianas (eitah!), é fraquinho no seu desfecho, deixando o espectador boiando que nem cachorro na enchente.

Vale conhecer, por ser obra de um cara genial e também para se deleitar com a Margot Kidder, novinha, apesar de estar completamente lelé das ideias, nesse filme. É curtinho, tem menos de 01h30.

Nota 6.0 de 10
IMDb: 6.9


terça-feira, 1 de junho de 2021

Falcão e o Soldado Invernal (The Falcon and the Winter Soldier) – 1ª Temporada – USA 2021

Falcão (Anthony Mackie) e o Soldado Invernal (Sebastian Stan), precisam combater um grupo que se autodenomina “Os Apátridas” e vem aprontando das suas para impedir programas de extradição de estrangeiros pelo governo americano e outros manda-chuvas do eixo europeu.

A coisa fica complicada, quando descobrem que os líderes dos revoltosos, encontraram alguns frascos do “néctar dos super soldados”, adquiriram poderes e ninguém consegue parar os caras.

Para ajudar, o governo resolve embolar de vez o meio de campo, promovendo um sujeito a Capitão América, já que o cargo ficou vago, depois que o bom Capitão, resolveu ficar no passado desfrutando das carícias de sua bem amada (ver Vingadores Ultimato). Acontece que o sujeito vivido pelo ator Wyatt Russell, já entra na peleja com o índice de rejeição elevado, pois ninguém vai com a cara dele, o intrometido que se acha no direito de pegar aquele escudo e sair por aí, distribuindo autógrafos.

Baron Zemo “Daniel Brühl”, que estava em cana, entra na jogada para ajudar, mas a bagaça só vai se complicando cada vez mais.

A coisa fica assim: O Falcão sem Tony Stark para dar aquela força, o Soldado Invernal com suas neuras, herdadas do tempo que era vilão, Um Capitão América de araque e o barão Zemo que está mais interessado em resolver suas própria tetras.

Movimentado, cheio de reviravoltas e um resultado dentro do esperado.

Não vá sonhando que não é nenhum fenômeno, mas dá para se divertir.

Eu até que recomendo.

Nota 7.1 de 10
IMDb: 7.5

Dias Perfeitos (Perfect Days) - Japão/Alemanha 2023 nota 7,8

Indicado ao “ Oscar de Melhor Filme Estrangeiro ” e dirigido pelo prestigiado  Wim Wenders “ Asas do Desejo ”, “ Paris Texas ”, Dias Perfei...