Menu - Gêneros

sábado, 26 de novembro de 2022

Contrato Perigoso (The Cobtractor) – USA 2022 nota 6,0

Chris Pine (o Capitão Kirk da cabeça grande), é James .Harper, um soldado dispensado do serviço militar por incapacidade física. Seu joelho esquerdo está com limitações maiores do que o meu direito, que está meio baleado, mas que ainda dá pra fazer umas corridinhas leves de 10km sem maiores consequências.

Sem recursos para alimentar a família, ele procura seu irmão Mike (o eterno vilão Ben Foster), que lhe arranja um trabalho honrado, “sem muito perigo”, com uma remuneração bem acima da média do mercado.

Acontece que seu novo chefe Rusty (Kiefer Sutherland "24 Horas"), omite alguns detalhes das suas novas atribuições e o ex-soldado vai se meter em grandes apuros, correr risco de vida, lidar com a trairagem generalizada e acabar fazendo coisas que ele não faria se tivesse sido totalmente informado da encrenca em que estava se metendo.

Filme de ação cruel sem dó nem piedade e sem qualquer instante de humor. A coisa é sempre tensa, pois a direção de Tarik Saleh, um ilustríssimo desconhecido, já induz desde o começo que tem muita coisa escondida por trás das aparências.

O desenrolar é tenso, tem bastante ação e uma certa dose de suspense.

Participação do ótimo Eddie Marsan, ator dos bons, que apesar de uma participação curtinha, consegue deixar sua marca.

Apesar dos furos no roteiro e das incoerências que chegam a beirar a infantilidade, até que vale uma espiadinha, mas não se empolgue demais. Não é lá essas coisas...

Nota 6.0 de 10 => IMDb: 5.8


O Telefone do Senhor Harrigan (Mr. Harrigan’s Phone) - USA 2022 nota 6,5

Baseado em um conto de Stephen King, o filme é sobre um garotinho da cidade de Harlow no Maine (pois é..., para quem não sabe Stephen King adora o Maine e a maioria das suas histórias acontecem por lá), pois então, o Sr. Harrigan do título (Donald Sutherland), ao ver um garoto fazer uma leitura numa missa, o contrata para ler alguns livros para ele, já que suas vistas já não são mais as mesmas. Nasce ali uma amizade estranha e duradoura e que se tratando de Stephen King, já vamos imaginando que coisas sobrenaturais vão acontecer por lá nessa bela história da amizade de dois personagens tão diferentes em idade, costumes e comportamento.

Não é uma história terrível como ”Cemitério Maldito” ou “O Nevoeiro”, por exemplo, mas dá muito bem pro gasto.

O diretor e roteirista John Lee HancockUm Sonho Possível” de 2009, tem a mão leve (ele escreveu “Um Mundo Perfeito” dirigido por Clint Eastwood em 1993) e o filme lembra alguns clássicos do passado, apesar da história contemporânea (se passa em 2003).

Com a participação da bonitinha de olhos doces Kirby Howell-Baptiste de “Por Que as Mulheres Matam” e “As Trambiqueiras”.

É isso. É um terror light, mas tem uma boa direção, um bom elenco e é Stephen King. Vai na fé que vale o ingresso.

Nota 6.5 de 10 => IMDb: 6.0


The Hate U Give (O Ódio que Você Semeia) – USA 2018 nota 6,7

Drama contra o racismo estrelado pela cantora e compositora Amandla Stenberg (não escrevi errado, é Amandla mesmo), Regina Hall, Common e Anthony Mackie, para falar dos mais conhecidos.

É baseado em fatos, que já ocorreram várias vezes na história da América, em que o policial branco se confunde, quando a cor da pele é fator determinante para puxar o gatilho, porque o rapaz abordado na blitz pega alguma coisa dentro de carro. O rapaz morre, o policial é suspenso, vai a julgamento e aí...

É um filme triste, em que o peso dramático é elevado a uma potência poucas vezes conseguida. Além dos dissabores da intolerância, ainda temos o agravante da família da única testemunha estar sendo perseguida pelo chefão do tráfico do bairro.

Dose maciça de raiva, ódio, desentendimentos e mais uma porção de mini dramas inseridos na história, como o fato de a menina namorar um carinha branco e se sentir meio que traidora da própria raça. Uma mistureba de situações que passam a sensação de que os personagens estão pisando em ovos, tal a expectativa que de uma hora para outra vai dar uma m... das grandes.

Trilha sonora recheada de sucessos da black music americana, incluindo Tupac Shakur.

E é isso. Se quiser arriscar, vá em frente. O filme é bem feitinho, bem dirigido e o elenco é muito bom, só que, aguenta, porque a dose dramática pesa umas dez toneladas...

Nota 6.7 de 10 => IMDb: 7.5


domingo, 20 de novembro de 2022

La Civil - México 2021 nota 6,0

Dramalhão mexicano que intenciona denunciar as quadrilhas que extorquem dinheiro de cidadãos comuns em vilarejos mal administrados pelos órgãos de segurança pública.

No foco principal, uma mãe (Cielo), Arcelia Ramirez, tenta descobrir o que houve com sua filha Laura, sequestrada por marginais e desaparecida, mesmo após o pagamento do resgate.

Achei o filme por demais encolhido numa versão que pretende denunciar, mas não denuncia, é violento, mas fica na alusão, é dramático e aí sim o clima pega pesado em cima da pobre mãe.

Não consegui assistir de um fôlego só, tem momentos que a barra pesa de uma maneira, que qualquer pai ou mãe vai se sentir mal com tanta desgraceira junta.

Ô vontade de matar aquele moleque...

O filme, premiado em Cannes, é dose pra elefante, tanto no quesito dramático (e bota sofrimento nisso), como no quesito “haja saco”, porque a bagaça demora para acabar, são duas horas e vinte e quatro de projeção, incluindo os créditos.

O final (não comparando as histórias) é meio a la “Desaparecido Um Grande Mistério” (Missing) de 1982 (pra quem não conhece, é um filmaço de Costa Gravas com Jack Lemon, John Shea e Sissy Spacek ), este “La Cívil”, deixa a desejar, pela simplicidade do desfecho e a falta de um suspense melhor construído no seu "plot".

Se te agrada esse tema, vá em frente, mas para quem prefere algo com menos sofrência, passe longe.

Nota 6.0 de 10 => IMDb: 7.2

Endgame (Ren chao xiong yong) – China 2022 nota 6,5

Tinha tudo pra ser uma comédia, este filme sobre um ator medíocre que não consegue bons papéis (e nem ruins) e de repente vê uma oportunidade de ouro para mudar de vida: trocar de identidade com um sujeito bem sucedido, mesmo sabendo que a coisa não vai durar muito tempo. Acontece que o tal sujeito bem sucedido, é um assassino profissional que acaba numa posição de desvantagem em relação ao ocorrido e o evento acaba se estendendo para um pouco mais além. Da premissa comédia, o filme passa a ter um status de drama, envolvendo um romance, família e transformações de caráter, tanto de um lado como do outro.

É um bom filme, não espere gargalhadas e nem muitas trapalhadas, mas a história se segura bem no seu desenvolvimento.

Eu gostei, apesar da dramaticidade exagerada, comum nos intérpretes asiáticos. Não espere maravilhas, é uma história bonitinha, com algumas bobeirinhas e uma certa dose de embromation, mas no geral, é um bom filme.

Nota 6.5 de 10 => IMDb: 6.2


Aterrorizados (Terrified ou Aterrados) – Argentina 2017 nota 5,8

Filme de terror argentino premiado e com uma curiosidade: a versão americana está em andamento.

Eventos sobrenaturais vêm acontecendo num bairro periférico de uma cidadezinha argentina. Um fantasma de carne e osso, um garoto que volta dos mortos e três casas assombradas completam o cenário para uma história bizarra, com gente esquisita e alguns bons sustos. A coisa toda é meio sem pé nem cabeça, como deve ser um bom filme de terror: direto na jugular, que é pra não embananar a cabeça da galerinha.

Aqui tudo funciona muito bem porque algumas situações são inéditas e fogem dos clichês habituais.

Nada muito além disso, se você gosta do gênero vá em frente, depois vamos assistir a versão americana e comparar. De cara já adianto que na minha opinião, o remake vai ser melhor, afinal quem vai dirigir é Guillermo Del Toro.

Nota 5.8 de 10 => IMDb: 6.4


Better Call Saul 6ª (e última temporada) Temporada – USA 2022 nota 8,8

Final da ótima série criada por Vince Gilligan após o sucesso de Breaking Bad contando o início da carreira de Jimmy McGill ou Saul Goodman, o advogado malandro e cheio de truques de Breaking Bad. A premissa, a princípio passa a impressão de uma história desinteressante sobre advogados, mas Vince Gilligan é genial e a série vai se tornando um deleite já no início, seja pelo ótimo Bob Odenkirk, seja pelos diálogos inteligentes, pela direção segura que mantém o interesse do espectador, ou mesmo pela associação à uma das melhores séries da história das séries televisivas.

As participações de Gustavo Fring (Giancarlo Exposito), Hector Salamanca (Mark Margolis) e o cara que não podia faltar de jeito nenhum, porque sem ele a série perderia metade da graça: Mike Ehrmantraut (Jonathan Banks).

Os novos personagens também são show: Kim Wexler (Rhea Seehorn), Lalo Salamanca (Tony Dalton), Nacho Varga (Michael Mando, Chuck McGill (Michael McKean.) e Howard Hamllin (Patrick Fabian). E para arrematar, aquele clima seco de Albuquerque retratado numa fotografia primorosa, capaz de fazer a gente sentir uma secura na garganta.

Simplesmente sensacional. Obrigatório para quem viu Breaking Bad e altamente recomendável para quem não viu, se você é dos que não viram, vejam Better Call Saul e depois emende com Breaking Bad. São duas séries inesquecíveis.

Nos últimos episódios participações pra lá de especiais de Aaron Paul e ele, Mr Walter White: Bryan Cranston.

Nota 8.8 de 10 => IMDb: 8.9

Crimes do Futuro (Crimes of The Future) - USA 2022 nota 5,8

O suprassumo da bizarrice de David Cronenberg.

Sem medo de errar, é o filme mais perturbador do ano e talvez da década.

Coisa pra fazer muita gente sair do cinema na metade do filme.

Saul Tenser (Viggo Mortensen), é um cidadão com uma tendência a “fabricar” involuntariamente novos órgãos no interior do seu corpo.

Sua companheira Caprice (Léa Seydoux, a senhora “Bond” de “007: Sem Tempo para Morrer”), é uma “artista” contemporânea que se apresenta realizando cirurgias para extrair esses órgãos das entranhas do seu parceiro.

O espetáculo atrai uma plateia diferenciada e o “show” é comandado por uma espécie de controle remoto orgânico, manuseado pela moça enquanto o cirurgiado paciente é bisturizado, aberto e exorcizado, após ter as suas “partes” extraídas é feito o acabamento (sutura), tudo isso em uma espécie de mesa operatória também orgânica.

Como se já não fosse o bastante tanta bizarrice, o doutor Tenser recebe uma proposta para fazer uma autópsia ao vivo em um corpo com alguns sinais de “comportamento” fora do normal.

É dose pra leão.

Se você quiser arriscar, vá em frente, mas prepare-se...

Eu recomendo para curiosos de estômago forte, porque história mesmo não existe, é bizarrice em cima de bizarrice e daquelas bem nojentas.

Participação da adoradora de vampiro,  Kristen Stewart.

Cronenberg tem problemas sérios...

Nota 5.2 de 10 => IMDb: 7.3

domingo, 13 de novembro de 2022

Assassino Sem Rastro (Memory) - USA 2022 nota 6,3

Mais um dos inúmeros filmecos do Liam Neeson dos últimos anos, um ator que já recebeu uma indicação ao OscarA Lista de Shindler” em 1994. 

Assim como acontece com todo ator em fase de pré decadência, o cara vem trabalhando bastante, fazendo filmezinhos de ação, muitas vezes acompanhado de colegas que se encontram na mesma situação.

Aqui, ele tem a companhia de Guy Pearce, Monica Bellucci e Ray Stevenson, e o filme é sobre um assassino de aluguel fodão, que está com Alzheimer... acho que daria uma boa comédia, concordam?

Imaginem a cena:

Noite avançada. O cara entra num bar de beira de estrada. Todo mundo para de falar, a música barulhenta cessa de repente, o barman que estava enxugando um copo, fica paralisado, todos ficam olhando pra cara dele que pensa: “Quem é o cara que eu tinha que matar mesmo? Ah... foda-se...” ratatatatata!!!! 

Mas o filme é sério, Alex Lewis (Neeson) é contratado para matar duas pessoas, um abusador de crianças e uma menina de 13 anos, mantida quase em cativeiro e explorada em prostituição.

Acontece que Alex Lewis não mata crianças e isto acaba gerando um problemão para um sujeito da alta, filhinho mimado de uma milionária (Monica Bellucci) que foi um dos clientes do mantenedor da menina e a garota pode vir a se tornar uma testemunha perigosa.

A recusa do matador acaba, num efeito cascata gerando novos trabalhos para outro assassino, mas como todos sabem, Liam Neeson é duro na queda e mesmo com Alzheimer, vai mandar muito vilão para o IML.

O filme devia se chamar “Assassino Sem Memória”, seria mais adequado, mesmo assim, acho que os fãs do ator vão gostar.

Eu não achei tão ruim, é até interessante e fácil de assistir, afinal Martin Campbell, o diretor, tem uma lista enorme de coisas muito boas no currículo: “A Máscara do Zorro”, “007 Contra GoldenEye”, “007 Cassino Royale” “Limite Vertical " "A Profissional”, “O Estrangeiro”.

Esse é daqueles filmes que vemos e esquecemos logo em seguida, mas em consideração ao diretor, acho que vale uma espiada.

Liam Neeson tá velho, mas ainda consegue passar a imagem de durão...    

Nota 6.3 de 10 => IMDb: 5.7

Trem Bala (Bullet Train) - USA 2022 nota 7,9

Enfim, um bom filme de ação. Inteligente, bem humorado, com muita ação, diálogos afiados, maluquices a rodo, e divertido em todos os sentidos.

Brad Pitt é “Joaninha” codinome de um agente que trabalha na surdina, realizando trabalhinhos nada convencionais. Ele entra num Trem Bala em Tokio com o propósito de efetuar uma tarefa simples (se apossar de uma maleta), que a princípio era trampo de um tal de “Carvalho” (que dá no pé e nem aparece no filme), mas na última hora, acabou sobrando pra ele, Joaninha (cada uma...). Mas o trabalhinho que parecia simples, não é (claro) e dentro do trem ele vai encontrar mais quatro assassinos profissionais envolvidos no mesmo trabalho, cada um com um propósito diferente.

E haja confusão.

Baseado em um livro escrito pelo japonês Kōtarō Isaka e dirigido por David Leitch (Hobbs & Shaw e Deadppool 2), é cheio de gente conhecida e o filme cumpre o que promete.

Quem assistiu o recente “Cidade Perdida” com a Sandra Bullock, Channing Tatum e Daniel Radcliffe, vai identificar várias coisinhas em comum entre os dois filmes.

Com Hiroyuki Sanada, Michael Shannon, Andrew Koji, Aaron Taylor-Johnson, Bryan Tyree Henry e as pontinhas de Channing Tatum e Sandra Bullock.

Trilha sonora maravilhosa.

Altamente recomendado por este que vos fala (escreve).

Nota 7,9 de 10 => IMDb: 7.3


domingo, 6 de novembro de 2022

Nada de Novo no Front (Im Westen nichts Neues) – Alemanha 2022 noa 8,2

Terceira refilmagem do livro homônimo escrito por Erich Maria Remarque (um soldado sobrevivente da Primeira Guerra Mundial) e publicado em 1929.

Os outros dois filmes, a primeira versão de 1930 com Louis Volheim no papel principal, rendeu ótimas reações do público e crítica, já a segunda versão de 1979 com Richard Thomas como o protagonista, não foi tão feliz, mesmo contando com o reforço dos ótimos Ernest Borgnine, Donald Pleasence e Iam Holm no elenco (mas convenhamos: Richard Thomas sempre foi um ator meio insosso mesmo). 

Para quem não conhece, esse drama de guerra se passa em 1917 e começa mostrando novos recrutas serem preparados para reforçar a linha de frente da Alemanha contra os franceses.

Paul Baumer (Felix Krammerer) é um jovem que não tinha sidos recrutado, falsifica um documento e se une aos amigos porque não queria ficar para trás.

O patriotismo exaltado de forma inflamada pelos comandantes alemães (que ficam no conforto dos postos), passa a impressão que todos os soldados voltarão como heróis, mas rapidamente os garotos vão se deparar com os horrores inimagináveis de estar em um guerra, em plena linha de frente, testemunhando atrocidades, companheiros despedaçados, jovens que mal tinham começado a viver, abatidos de uma forma inglória, sem ao menos terem disparado um tiro.

Dirigido por Eddward Berger (que eu nunca tinha visto mais gordo), esta é a melhor versão do livro clássico e as apostas já começam a aponta-lo como possível ganhador do Oscar. É muito cedo ainda, mas concordo com as possibilidades apontadas. Um filme cru, dramático, violento, cruel e com uma fotografia maravilhosa. A trilha sonora chega a dar arrepios e o elenco é sensacional.

Não deixe de ver e se possível, leia o livro antes, a sensação é potencializada.

Presença de Daniel Brühl.

Nota 8.2 de 10 => IMDb: 8.0


Domando o Destino (The Rider) – USA 2017 nota 5,5

O meu erro foi esperar demais deste filme da diretora Chloé Zhao, vencedora do Oscar 2021 por Nomadland. O filme na verdade, não é ruim, é apenas uma chatice bem encenada sobre Brady Blackburn, um peão de Rodeios (atividade a que eu sou indignantemente contrário, assim como sou às Touradas, Rinha de Galo, Briga de Cães, Caça à Faisões, etc...), pois bem, o rapaz sofre um acidente e bate com a cabeça (bem feito) ficando meio ruim do cerebelo, assim como um seu amigo (ou irmão, isso não fica claro), que também sofreu um acidente em um momento promissor da carreira e ficou travado que nem Corcel II quando encavala a marcha.

E o filme segue por aí, caminhando em círculos para não chegar a lugar nenhum. Além de tudo eu não fui com a cara do mocinho (Brady Jandreau) e nem gostei do cabelo dele, mas tem um monte de gente que gostou, como indica a boa avaliação no IMDB.

No meu caso, eu ficava olhando para o relógio o tempo todo pra ver quanto tempo ainda faltava para o filme acabar, até que acabou.

Chloé Zhoe parece gostar desses trabalhos independentes com atores não profissionais, porque toda a família do rapaz parece trabalhar no filme, funcionou maravilhas em “Nomadland" e aqui também funcionou, o problema é a historinha chata, cheia de coisas trágicas e sem um desfecho que empolgue ou que fique na lembrança.

Nota 5.2 de 10 => IMDb: 7.3


Lobisomem na Noite da Marvel (Wherewolf by Night) USA 2022 nota 7,0

Gael Garcia Bernal é o Lobisomem do título, um “penetra” numa cerimônia funesta para escolher entre sete participantes, o substituto do grande Bloodstone, o defensor da terra e maior matador de monstros da história. A misteriosa e mortal competição envolve a luta por uma poderosa relíquia numa caçada que acabará por colocá-los cara a cara com um monstro simpático e perigoso.

Inspirado em filmes de terror das décadas de 1930 e 1940, esse filme, produzido pela HBO é curtinho e leva a gente por um caminho macabro, cheio de suspense, sustos e combates mortais, pendendo grandemente para o lado humorístico.

Ligeiro e divertido, um bom aperitivo de abertura para um encontro de cinéfilos, por exemplo.

Nota 7.0 de 10 => IMDb: 7.3


Cha Cha Real Smooth: O Próximo Passo (Cha Cha Smooth) – USA 2022 nota 5,5

Andrew (Cooper Raiff), é um rapaz de 22 anos, romântico, sonhador, super gente boa e com um coração enorme.

O cara trabalha numa lanchonete e faz uns bicos como animador de festas num clube em que acontecem Bares Mitzvah na comunidade judaica e para arrematar, ele também quebra um galho como babá.

Um dia ele conhece a bonitona Domino (Dakota Johnson) e sua filha autista Lola. A garota autista logo se dá conta do cara legal que está ali e aceita sua proximidade. Nasce então uma amizade estranha, com sequências perturbadoras, sugerindo um suspense que pode gerar algo desagradável ou não, e o filme segue nesse Banho Maria, cooking the rooster por longos e longos 110 minutos, sempre na ameaça de que vai acontecer alguma coisa relevante, mas ficamos na expectativa, pois o que rola mesmo são situações desconexas, como o beijo sem sentido, a gravidez interrompida, as tretas mal explicadas com o padrasto, a “quase” transa no sofá, o noivo de quem ela demonstra não gostar e etc... Enfim... a gente fica ali, boiando que nem cachorro perdido na enchente.

É um filme sem um rumo definido e tudo fica mesmo na imaginação da gente. Apesar da simpatia das personagens, da agradável trilha sonora e do bom elenco, achei uma belíssima perda de tempo.

O diretor é o mesmo Cooper Raiff, o protagonista da boca nojenta, queridinho dos críticos.

Dizer que é um porre seria exagero, mas haja saco viu...

Nota 5.5 de 10 => IMDb: 7.3

 


A Fera (The Beast) – USA 2022 nota 5,8

Fraco.

Uma variação de “A Sombra e a Escuridão”, filmaço de 1996 com Michael Douglas e Val Kilmer, dirigido por Stephen Hopkins de "Contagem Regressiva" (1994) e "Perdidos no Espaço" (1998), entre outros.

Pena que aqui faltou imaginação e sobraram clichês e incoerências.

Idris Elba é Nate, um sujeito que vai com as filhas visitar um amigo, Martin (Charlto Copley) dono de uma espécie de Safari.

Acontece que já aconteceu de um bando de psicóticos armados terem atirado contra uma família de leões que estavam tranquilamente fazendo sua refeição, degustando um cervo sem pentelhar ninguém (exceto o cervo) e toda a família morreu, menos o seu patriarca que vira um bicho aterrorizante, parecendo ter retornado do Cemitério Maldito e passa a atacar os seres falantes de duas patas.

Foi dirigido pelo islandês Baltazar Komakur, um filme desnecessário, com uma história sem originalidade e recheada de idiotices. A cena da família sendo atacada dentro do carro enguiçado, é de uma “originalidade espantosa...”

Idris Elba, deveria fazer o que fez com o papel de James Bond em vez trabalhar nesses filminhos chinfrin...

Mas é Idris Elba, então, até vale uma conferida, mas é por sua conta e risco de enfado e sonolência.

Nota 5.8 de 10 => IMDb: 5.6

O Fantasma Vermelho (The Red Ghost - Krasnyy Prizrak) - Russia 2022 nota 6,8

Espécie de “Bastardos Inglórios” de um homem só, mas sem a maestria do ilustre Quentin Tarantino na direção.

Franco atirador anônimo e solitário, se torna lenda viva abatendo alemães durante a segunda guerra mundial.

A maior parte da ação se passa em Vyazma, num vilarejo cercado de neve por todos os lados, quando um grupo de retirantes russos tentam burlar o bloqueio alemão e chegar num povoado onde possam ter um pouco de paz. Ao serem surpreendidos por um grupo armado dos chucrutes comandados do Führer, eles se entrincheiram nas ruínas de um vilarejo e tentam resistir, apesar das mínimas chances de vitória. Acontece que o Fantasma do título resolve “aparecer”, para dar uma forcinha.

Uma história simplinha, com muita ação, combate, tiroteios, companheirismo, luta corpo a corpo e heroísmo, receita certeira para agradar os fãs de filmes de guerra. Quem não curte muito o gênero, também devia dar uma chance.

O filme é bom.

Nota 6,8 de 10 => IMDb: 6.2


O Homem de Toronto (A Man From Toronto) – USA 2022 nota 6,9

Comédia de ação com o atrapalhado Kevin Hart, interpretando Teddy, um sujeito fora de noção que acaba sendo confundido com um assassino profissional em missão, Woody Harrelson, o “Homem de Toronto” do título. Mas a missão terá uma segunda fase e como o sujeito foi fotografado pelos contratantes, o Homem de Toronto (que nunca tinha sido identificado), precisa manter o disfarce para finalizar o “trabalho”, então o jeito é se unir ao atrapalhado, medroso e falastrão Teddy (em plena viagem de aniversário de casamento).

E tome trapalhadas, idiotices, bizarrices e toda sorte de palhaçadas comuns nesse tipo de filme.

Mais do mesmo bem feitinho e com a presença do bom Woody que convence, fazendo cara de mau e também fazendo cara de bom sujeito.

Risadas garantidas.

Com Hellen Barkin, que andava meio “nas sombras” em relação às telonas.

Nota 6,9 de 10 => IMDb: 5.8

Meu Filho (My Son) – UK 2021 nota 7,0

Remake do filme francês de 2017, do mesmo diretor; Christian Carion. É um suspense em que Edmond (James MacAvoy), o funcionário de uma empresa petrolífera é chamado pela ex-esposa Joan (Claire Foy de “O Primeiro Homem” e “A Garota na Teia da Aranha”, aquela sequência fajuta da trilogia “Os Homens que não Amavam as Mulheres”), para ajudar nas buscas pelo filho do casal, um menino de sete anos que desapareceu de um acampamento escolar.

As suspeitas recaem nos contatos do pai, que trabalha viajando para o Oriente Médio e no namorado de Joan, Frank (Tom Cullen), um sujeito que parece ser gente boa, mas acaba levantando suspeitas com algumas atitudes.

Roy, o Xerife da cidade (Gary Lewis), se mostra competente e bem intencionado, mas algo acontece nos bastidores da polícia que faz aumentar o mistério do garotinho desaparecido.

O filme é tenso, as locações dão um certo clima de “Twin Peaks” (a minissérie clássica de David Lynch), tem uma trilha sonora (ótima) que potencializa o suspense e o medo, a fotografia é um primor e as paisagens de uma região no interior da Escócia, me fez pressionar o botão de “pausa” várias vezes para apreciar.

Não assisti o original, mas pela avaliação no IMDb é inferior a esse, então, acho que vou passar.

Eu recomendo, tem intriga, ação, suspense e uma certa violência. Não é nenhum primor, mas segura muito bem, a gente na poltrona.

Os cenários são um deleite, confira.

Nota 7.0 de 10 => IMDb: 6.0


Dias Perfeitos (Perfect Days) - Japão/Alemanha 2023 nota 7,8

Indicado ao “ Oscar de Melhor Filme Estrangeiro ” e dirigido pelo prestigiado  Wim Wenders “ Asas do Desejo ”, “ Paris Texas ”, Dias Perfei...