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sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Repulsa ao Sexo (Repulsion) USA 1965

Clássico em preto e branco, dirigido por Roman Polansky e estrelado por Catherine Deneuve.

Uma mulher atormentada pelas lembranças de um relacionamento traumático e também por desaprovar o relacionamento de sua irmã mais velha com um homem casado, entra em parafuso e começa a agir com acentuados sinais de psicopatia, até que surge uma oportunidade de botar pra fora toda a sua loucura.

Suspense na linha da dita “Modernidade Cultural”, muito comum e imitada no cinema europeu da época.

Hoje envelheceu bastante, mas ainda prende a atenção pelo trabalho do diretor e pela interpretação da estrela Catherine.

Indicado para saudosistas e aficionados por clássicos de todas as idades.

Nota 6.5 de 10
IMDb: 7.7


Escape Room II – Tensão Máxima (Escape Room: Tournament of Champions) - USA 2021

O primeiro já não foi lá grandes coisas, este segundo passou perto do primeiro, mas é inferior. O terceiro vem por aí (é claro) com uma expectativa pra lá de broxante. Ou seja: ver por ver...

Escape Room, é uma franquia que se sustenta na premissa: já sabemos que a maioria dos personagens vai morrer e que todos vão passar o filme numa correria desgraçada para decifrar as xaradas implantadas nos cubículos mortíferos onde eles, numa burrice inexplicável, vão parar.

No primeiro filme, ainda havia uma certa preocupação para fugir dos absurdos e mostrar que a situação era plausível, ou seja, que era bem possível que um bando de milionários que não tem lá muito o que fazer, tenham bancado a construção dos cenários tipo Jigshaw e que os participantes iriam direto para as arapucas, como se fossem ratinhos de laboratório num labirinto.

Já nesta continuação, o nível dos absurdos ganhou uma disparada meteórica rumo ao despautério. Claramente ninguém deu a mínima bola para a lógica e também ninguém questionou as “viagens” dos roteiristas, afinal o público alvo não vai estar nem aí para essas besteiras.

E por aí vai...

Zoe Davis (Taylor Russel) e seu amiguinho Ben (Logan Miller), retornam ao jogo depois que ela o convence de uma teoria maluca: a de que os organizadores não os deixarão viver em paz, porque eles conseguiram sobreviver no "torneio" anterior.

Então eles se unirão a mais quatro participantes involuntários e vão começar tudo de novo...

E tome barulheira, gritaria, adivinhações no último milésimo de segundo e coisas do gênero.

Interessou?

Se interessou, vai nessa, porque é disso que se trata.

Nota 5.0 de 10
IMDb: 5.8


segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Pig USA 2021

Nicolas Cage é Robin, um eremita que vive numa floresta perto de Portland e sobrevive caçando trufas na mata com a ajuda de sua porquinha farejadora. Essas trufas ele troca por comida com um jovem desbocado que o visita uma vez por semana.

Mas Robin vai ser obrigado a deixar seu refúgio e ir para a cidade, porque alguém ganancioso, mandou um casal de malacos roubar sua porquinha.

Na cidade, seu passado será revelado e os motivos de seu isolamento também.

Já fazia um tempinho que o Nicolas Cage não tinha um papel tão emblemático, ainda mais em um filme denso, lento, contemplativo e dramático.

Ótima estreia do diretor Michael Sarnoski em longas metragens.

Para os fãs do ator e para quem gosta de filmes fora da caixinha.

Esse é dos bons. Para mim, se o final fosse diferente, seria muito melhor.

Nota 6.6 de 10
IMDb: 6.9


Katla 1ª Temporada – Islândia 2021

Katla é um vulcão que entrou em erupção e deixou a cidade de Vik praticamente inabitada.

A cidade é isolada por um braço de mar e apenas alguns cientistas, o delegado, uma equipe médica e poucos moradores permanecem no local, que está coberto por cinzas vulcânicas e lava ressecada.

Uma mulher nua, coberta de magna vulcânico aparece, dando a impressão de que veio de dentro da cratera. Uma mulher que morou na cidade por um tempo, mas há vinte anos havia se mudado para longe. Detalhe: ela conhece os moradores, lembra-se perfeitamente de tudo que viveu ali e continua tão jovem como quando se mudou.

Uma lenda do século XIII conta que de tempos em tempos o vulcão devolve os seres que ele engoliu, essas pessoas ou seres (animais), são denominados changelings.

Série de mistério em oito episódios, bem escrita, dirigida e com uma fotografia que as vezes passa a impressão de que respiramos o mesmo ar contaminado da cidade. Em outros momentos, é como uma pintura, capaz de fazer a gente pausar a imagem na TV para apreciar.

Além disso, um elenco de bons atores, com personagens marcantes, envolvidos em um clima lúgubre, cada um com seus medos, seus dramas e alguns segredos do passado.

Os veículos, dão um show à parte, robustos, potentes e cobertos de fuligem.

Outras pessoas surgirão. Pessoas que tinham morrido...

Recomendo.

Nota 7.8 de 10
IMDb: 7.0    


sábado, 20 de novembro de 2021

Cadê Você Bernadette? (We’re you Go, Bernadette?) – USA 2019

Gostei bastante, talvez influenciado pela leitura do livro, que terminei há poucos dias. Não sei se o filme terá o mesmo efeito para quem não conhece a história.

Bernadette Fox (Cate Blanchet), é uma profissional admirada no mundo arquitetônico. Uma verdadeira artista que de repente se isolou e vive há vinte com seu marido (um designer eletrônico da Microsoft), e sua filha Bee de 14 anos, num casarão em estado de decomposição em Seatle. Nunca mais trabalhou.

Ela é, birrenta, insociável, não vai nas reuniões, xinga a cidade, bota defeito nas pessoas e para ela, todas as mulheres de Seatle são “moscas”.

Quando sua filha pede de presente uma viagem à Antarctica, Bernadette à primeira vista aceita, mas aos poucos vai entrando em parafuso, por ter que compartilhar espaço com outras pessoas. Depois de alguns incidentes (que não vou falar para não gerar spoilers), ela desaparece e bota o marido, o FBI e principalmente a filha à sua procura.

O filme, assim como no livro, é narrado na sua maior parte, pela menina e o tom leve, ágil e bem humorado da escritora foi transposto pra tela. Para mim, o diretor Richard Linklater, foi bastante fiel, apesar da impossibilidade de incluir todos os detalhes de um livro em um filme com menos de duas horas de duração.

Obs: Um deleite, as paisagens do Polo Sul.

O elenco ainda conta com Billy Crudup e Kristen Wiig, além da participação de Lawrence Fishbourne, Steve Zhan e David Paymer.

Nota 7.2 de 10
IMDb: 6.5


American Utopia (David Byrne's American Utopia) – USA 2020

Gravado no Teatro Hudson em Nova York, é um musical inteligente e de extremo bom gosto, que passa uma impressão de leveza e simplicidade. David Byrne conta com uma banda de 11 integrantes (inclusive dois brasileiros), se apresentando com os instrumentos pendurados no corpo (mas isso faz parte do show).
Eles andam, dançam, brincam e interagem no palco, todos descalços e usando ternos de cor cinza. Não há os adereços que estamos acostumados a ver em musicais super produzidos, aqui tudo é simples e direto. Sem telões, sem efeitos mirabolantes e parafernálias eletrônicas. Byrne comanda um espetáculo que à primeira vista passa a impressão de um palco improvisado em um beco, disfarçado com algumas cortinas de pingentes. 

Um Byrne divertido, solto e natural, que brinca com a plateia e conta histórias.

Entre canções, bate papos, e monólogos, ele vai hipnotizando a gente e logo vamos estar tão envolvidos como uma azeitona no Martini, como diria Mae West.

Críticas bem-humoradas, carisma, coreografias leves e agradáveis. Não tem como não se encantar.

Atenção para a iluminação durante a música “Bullet” e quando Byrne fala sobre "Everybody’s Coming to My House".

Tudo bem, admito que sou suspeito como seria qualquer fã dos Talking Heads, mas não estou exagerando, confiram. E se alguém tiver a oportunidade de assistir ao vivo então, nem sei o que dizer!

Dirigido por Spike Lee, então já sabem: vai ter sim alguma coisa sobre política e intolerância racial. 

Atenção para o show à parte durante os créditos.

Tem na HBO.

Nota 9.5 de 10
IMDb: 8.2

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Infinito (Infinite) USA 2021

Ficção dirigida por Antoine Fuqua, diretor conhecido por “Invasão à Casa Branca”, “Sete Homens e Um Destino” de 2017 e “O Protetor 2”, filmes que não são lá grandes coisas, mas também não são ruins.

Aqui, vamos conhecer uma história meio sem pé nem cabeça em que um grupo de pessoas vivem se reencarnando para combater outro grupo de reencarnantes a fim de evitar que eles... evitar que eles... façam o que mesmo?

Mark Whalberg é Evan McCauley, um dos reencarnados do bem que ainda não sofreu o “estalo” necessário para se lembrar de suas vidas passadas (mas sabemos que o cara é do bem), mesmo assim, ele é perseguido por um sujeito mal-humorado chamado Bathurst 2020 (Chiwetel Ejiofor), que precisa descobrir onde o rapaz escondeu um certo bregueço místico, antes de ser morto na sua encarnação anterior.

Esse tréco que está escondido sabe-se lá aonde, é uma espécie de ovo do apocalipse (??!!) que ao ser acionado vai acabar com toda a vida existente no planeta (é o plano do Thanos, restrito ao planeta terra, mas multiplicado por dois), por quê? Porque o tal do Bathrust está de saco cheio de reencarnar e quer a todo custo seu R.I.P., mas não consegue, porque o ser humano nunca pára de furunfar e consequentemente, não para de nascer gente neste mundo... de repente ele acorda numa bolsa d'água...

Cada uma...

E o pior é que o cara tem um verdadeiro exército trabalhando pra ele...

Sabendo que ele pretende acabar com a raça humana... humanos, animais, vegetais, vermes, amebas, políticos... não vai sobrar nada...

E vamos lá galéra, recuperar a droga do ovo, pra que ele possa matar todo mundo... ê laiá...

Tem horas que eu me pergunto... ... ....

Nada não... Deixa pra lá...

Acontece que existe uma irmandade secreta desses bons mocinhos reencarnados que vão ajudar nosso herói, para que ele se lembre onde escondeu o mardito do ovo... claro que nesta irmandade, não podia faltar como clichê, a mocinha bonita e a chefe esquisita.

Agora... pra quê fazer o cara lembrar onde está o ovo??

Deixa a p... do ovo escondido pô!! Escondido, esquecido sumido, enterrado...

Meu Padre Cícero de Juazeiro, bota juízo na cabeça dessa gente...

Enfim... fora essas (e outras) idiotices, o filme tem bastante ação, tiroteios, lutas, perseguições, algum suspense e alguns efeitos até razoáveis. E outros ruim de doer...

Resumindo, é um filme desigual na qualidade, com uma premissa absurda e algumas incoerências risíveis...

Se você quiser assistir, faça o que diz a música do Chemical Brothers: “Don’t think, let’s get it flow (Não pense, vamos deixar rolar)”... que talvez até quebre um galho... um galho bem fininho... mas quebra...

Participação do bom Tobey Jones.

Nota 5.5 de 10
IMDb: 5.5


domingo, 14 de novembro de 2021

Duna (Dune) USA 2021

Quando eu assisti “Duna” de David Lynch, o filme de 1984 com Kyle MacLachlan, Max Von Sydow e Sting no elenco, eu achei uma tremenda bagunça, apesar de ser admirador do trabalho do diretor. Depois fiquei sabendo que foram feitos vários cortes por exigência dos produtores que o acharam longo demais e isto acabou escangalhando com o filme, jogando fora um orçamento gigantesco.

Agora, Denis Villeneuve encontrou a solução para contar esta história de fantasia épica, passada em uma época remota em planetas criados na imaginação do autor do livro, Frank Herbert.

Villeneuve, o diretor de "Os Suspeitos" de 2013, "Sicário, Terra de Ninguém" de 2015 e "Blade Runner 2049" de 2017, dividiu em duas partes, portanto, esta é só a primeira metade (claro né, não iam lançar a segunda metade primeiro... dããã). 

O moço Paul Artreides é o herói desta saga, em que sua família é retirada do seu pacífico mundo por ordem do imperador da galáxia, para ser enviada a Arrakis. Um planeta árido que tem a sua superfície composta por um deserto habitado por vermes gigantescos, mas é onde se produz naturalmente a “especiaria”, uma droga alucinógena valiosíssima que é usada para deixar doidões soldados em batalha.

O planeta e seu povo nômade há anos vinha sendo abusado, judiado e exterminado pelo antigo explorador Barão Vladimir Harkonnen (Stellan Skarsgard) de “Chernobil” e “Ninfomaníaca”, que de repente foi retirado de lá por ordem do imperador. Acho que ele estava surrupiando a tal da especiaria...

O Duke Leto Artreides (Oscar Isaac), chega no lugar com a ideia de fazer uma parceria com o povo do deserto, tratando a todos como iguais e acabando com a tirania imposta pelo barão. Mas alguma coisa muito ruim acontece (claro né) e isso vai despertar o herói que habita (eitah, que coisa brega), a alma do garoto Paul (Timothée Chalamet), o menino de “Me Chame Pelo Seu Nome” e “Adoráveis Mulheres” de 2019.

O elenco grandioso, ainda conta com a sueca Rebecca Ferguson de Missão Impossível e Doutor Sono (em Doutor Sono, ela faz aquela bruxa cruel que usa uma cartola e se alimenta de criancinhas), tem também o “AquamanJason Momoa, o oscarizado Javier Barden, o não menos icônico “Thanos”  Josh Brolin, o bombadão Dave Bautista (Guardiões da Galaxia), a veterana Charlotte Rampling e a queridinha de Hollywood do momento, Zendaya.

Impossível ficar indiferente, concorda?

Tudo no filme é grandioso, os efeitos enchem os olhos e algumas cenas são de tirar o fôlego, só o que me incomoda um pouco nesse tipo de história é ver tanto personagem legal morrer (morrer heroicamente, mas mesmo assim... morrer) e também tem aquela coisa de visões, visões e mais visões... coisa um pouco chata pra mim.

Mas é um filmaço, não deixem de ver. 

Nota 7.9 de 10
IMDb: 8.2


sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Mate ou Morra (Boss Level) USA 2021

Sujeito durão se encontra preso em um looping temporal em que uma horda de assassinos de aluguel querem mata-lo sem que ele tenha a mínima ideia do motivo, e o que é pior... eles conseguem. Só que à medida em que ele revive, vai aprendendo a sobreviver, com isso vai ganhando treinamento e experiência para descobrir que p... está acontecendo.

Muita ação, bom humor e violência, num filme frenético, cheio de reviravoltas e com um elenco de craques:

Frank Grillo, Mel Gibson, Naomi Watts e Ken Jeong.

O diretor John Carnahan tem uma extensa carreira em filmes de ação.

Confira. Diversão garantida.

Nota 7.2 de 10
IMDb: 6.8


quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Titane - França 2021 - Com alguns Spoilers

Alexia é uma dançarina de "Carshow" (Carshow é uma espécie de balada com exposição de carros personalizados e erotismo). A moça que desde criança tem uma placa de titânio na cabeça, resultado de uma cirurgia após um acidente de carro, de repente perde um dos parafusos e começa a matar pessoas sem qualquer explicação. Uma de suas vítimas escapa e um retrato falado seu começa a circular pelas ruas. A fim de evitar ser pega, ela muda a aparência tentando se passar por homem.

Um velho militar que comanda uma tropa de jovens soldados bombeiros, reconhece nela o filho perdido há dez anos e a leva para o seu local de treinamento.

É... a coisa é absurda mesmo... e vem mais por aí.

Acontece que a maluca está embarazada como diriam os espanhóis, depois de ter feito sexo desprotegido com um carro. E tome óleo de motor escorrendo e a barriguinha crescendo acelerada... intão...

Bizarrices e mais bizarrices sem pé nem cabeça, cenas constrangedoras para se assistir com a família e uma história mais esquisita do que aquelas dos filmes do Gaspar Noé.

É um filme francês da diretora Julia Ducournau, que acabou ganhando fama mais por suas peripécias cinematográficas ("Raw" de 2016, segue o mesmo padrão). O filme é bem dirigido, Agathe Rousselle que faz a Alexia é perfeita para o papel e Vincent Lindon, que faz o militar, é igualmente esquisito e assustador.

É uma obra singular, cheia de imaginação e de absurdos e feita intencionalmente para chocar, mas sem nenhuma coerência. E um final a lá "Bebê de Rosemere".

Ganhou a Palma de Ouro em Cannes, apesar de muita gente ter saído no meio da sessão...

Por sua conta e risco.

Nota 5.5 de 10
IMDb: 6.8


Only Murders in the Building 1ª Temporada – USA 2021

Minissérie simpática e bem humorada da HULU, sobre um trio de moradores do Edifício Arconia em Nova York, que se metem a investigar um assassinato ocorrido no prédio (considerado suicídio pela polícia).

Os veteranos Steve Martin e Martin Short e a fofinha descendente de mexicana, Selena Gomes, formam o grupinho atrapalhado que ainda por cima, fundam um podcast para falar sobre o caso.

Moradores bizarros, uma síndica mal-humorada, o Sting (ele mesmo) como um dos suspeitos, correrias, bolas fora, pistas falsas, segredos do passado que vão sendo revelados e um misterioso assassino.

Além disso, um episódio final para arrancar gargalhadas até dos mais mal-humorados... 

Com Nathan Lane e Amy Ryan.

Não percam, muitas risadas e diversão garantida em dez episódios enxutos (trinta minutos cada).

Nota 7.8 de 10
IMDb: 8.2


domingo, 7 de novembro de 2021

Minamata USA 2020

História baseada em fatos, no qual Johnny Depp é o fotógrafo Eugene Smith da revista Life, que em 1971 foi enviado ao Japão pelo seu chefe Hayes (Bill Nighy), para cobrir um caso de envenenamento de água por mercúrio, pela empresa Chisso de agrotóxicos em uma pequena vila de pescadores do município de Minamata.

É um filme dramático e necessário, certas histórias precisam mesmo serem contadas, para abrir os olhos de todos para a falta de controle das empresas em relação ao descarte de dejetos químicos na natureza.

A população costeira do lugar viveu dramas profundos com a perda de familiares, principalmente crianças, e muitos enfrentaram problemas seríssimos de saúde vivendo vidas de sofrimento, causados pela água contaminada.

É um filme humano, chocante e vamos conhecendo além das tragédias do povo ribeirinho, os dramas e os traumas pessoais de Eugene que carrega lembranças amargas de quando esteve no Japão durante a segunda guerra.

Não é um filme fácil, é triste, dramático e o protagonista é uma pessoa inconstante, que vive bêbado e ainda por cima faz uso de algumas substâncias.

O elenco ainda conta com Hiroyuki Sanada.

Atenção nos créditos quando são mostradas fotos de outros acidentes trágicos, causados através das décadas pelo descaso das grandes empresas com a população e a natureza, incluindo Bromadinho.

Nota 7.2 de 10
IMDb: 7.7


sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Justiça Em Família (Sweet Girl) – USA 2021

Ray Cooper é um homem vive uma jornada de ódio em busca de vingança contra o CEO de uma mega empresa farmacêutica que por fim lucrativos, barrou o lançamento de um remédio que poderia ter salvo a vida de sua esposa. Só que por trás do tal CEO, tinha mais coisa envolvida e aos poucos vamos percebendo que tem muito mais treta na parada e o buraco é bem mais embaixo. Além disso, as ações acabam envolvendo a filha adolescente de Cooper e ela também vai correr perigo de vida.

Filminho meia boca com Jason Momoa voltando às suas produções mequetrefes depois do seu sucesso em Aquaman e Game of Thrones.

Parece que certos atores se sentem atraídos por essas produçõezinhas de terceira e quando surgem no seu caminho, não dispensam a oportunidade.

Além disso, não gosto atrizes que ficam fazendo “carinhas”, “olhinhos” e “boquinhas” o tempo todo, tentando sensualizar, como Isabela Merced, a moça que interpreta a filha, ela fez aquela garota mexicana de “Sicário Dia do Soldado”, lembram?

Essas coisa mincomóda...

Filme que eu não recomendo, só vale mesmo para ver o grandalhão Momoa em ação. Se for o suficiente pra você, tudo bem, se não... esquece.

Obs: Deixa para vê-lo em “Duna” de Denis Villeneuve.

Nota 5.6 de 10
IMDb: 5.5 

Fuga de Nova York (Escape From New York) - USA 1981

O “Força Aérea Um” cai na cidade de Nova York.

O presidente que estava prestes a participar de uma conferência com líderes mundiais, escapa numa cápsula de segurança, projetada especificamente para uma situação dessas. Só ele é claro, a tripulação não tem a mesma sorte e se despede deste mundo.

Detalhe: Estamos no futuro e devido aos altos índices de criminalidade Nova York agora é uma cidade prisão cercada por muros de vinte metros de altura, monitorada por um sistema avançado de vigilância e um policiamento com carta branca para fuzilar qualquer espertinho que tentar fugir.

Lá dentro, é um mundo livre, impera a lei do mais forte, do mais esperto, de quem tem drogas ou gasolina, etc... ou seja: danem-se.

Só que o presidente caiu lá, e agora?

Hauk, (Lee Van Cleef), o homem no comando da segurança presidencial, manda chamar seu ex-subordinado, Cobra Plissken (Kurt Russel), um condenado que pode ter sua prisão revogada se conseguir entrar na cidade e trazer o homem são e salvo.

Clássico contemporâneo dos anos 80, escrito e dirigido por John Carpenter. O filme envelheceu um pouco, mas ainda diverte com muita ação, suspense e a velha história do herói trilhando caminhos tortuosos numa terra de ninguém, tudo ilustrado com a cara azeda do Kurt Russel e o seu tapa olho fodão.

Cobra Plissken vai encontrar figuras bizarras e engraçadas, atores consagrados que compõem o bom elenco do filme: Ernest Borgnine, Harry Dean Stanton, Donald Pleasence, Tom Atkins e Isaac Hayes.

Bom filme de ação que vale uma revisitada de vez em quando. Agora estão ameaçando um remake, que ninguém pediu...

Nota 6.6 de 10
IMDb: 7.2


quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Tempo (Old) – USA 2021

Novo filme de M. Night Shyamalan.

O cineasta que segundo alguns críticos vive numa eterna gangorra, ou seja: acerta um, erra no outro, acerta no seguinte, depois erra de novo.

Seguindo este raciocínio, a previsão deveria ser boa, porque O seu último “Vidro”, foi destruído pela crítica. E com razão, aquela cena em que o senhor Inquebrável (Bruce Willys), morre afogado numa poça d’água, passou dos limites...

Mas vamos a este “Old”, traduzido aqui por “Tempo” (não acharam um título melhor? Embora o título original também não é lá essas coisas... Arre!).

Família em férias num resort tropical, recebe uma excelente dica do diretor do lugar: Uma praia deserta escondida que ele só mostra para hóspedes muito legais.

Sei...

A família é formada pelo casal Guy, Gael Garcia Bernal e Pisca, Vicky Krieps e duas crianças, um menino com sete anos e uma menina com dez.

Eles chegam até o local acompanhados por outra família contemplada com as gentilezas do sujeito do hotel, esta é formada por Charles, Rufus Sewell e Chrystal, Abbey Lee e eles tem uma filhinha de quatro anos. Lá se encontra um rapper interpretado por Aaron Pierre, sozinho, mas com um comportamento pra lá de estranho. Até aí, nenhuma novidade né... rapper com comportamento estranho é a coisa mais natural do mundo...

Só que aparece um cadáver na praia e a partir daí, fenômenos sobrenaturais começam a acontecer, deixando todo mundo de cabelo em pé, inclusive eu que nem tenho cabelo...

Com um terror crescente e uma situação apavorante, o filme assusta, choca e desperta uma aflição que aos poucos envolve a gente num clima de agonia que poucos filmes conseguem.

Shyamalan que também atua num papel de destaque, desta vez me impactou de verdade, pena que ele acabou cometendo alguns deslizes que estragaram um pouquinho essa boa experiência. Não é o seu melhor filme, para mim, “Sexto Sentido” é imbatível, mas ao meu ver, é o mais assustador que ele já dirigiu.

Parece coisa do Stephen King...

Com Ken Leung de "Lost" e Francesca Eastwood (filha do Clint).

Nota 6.7 de 10
IMDb: 5.8


Dias Perfeitos (Perfect Days) - Japão/Alemanha 2023 nota 7,8

Indicado ao “ Oscar de Melhor Filme Estrangeiro ” e dirigido pelo prestigiado  Wim Wenders “ Asas do Desejo ”, “ Paris Texas ”, Dias Perfei...