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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Drive My Car (Doraibu mai kâ) Japão 2021 nota 7,8

Filme Japonês concorrente ao Oscar nas categorias de Melhor Filme e Melhor Filme em Língua Estrangeira, assim como “Roma” de 2019 e “Parasita” de 2020. Ryusuke Hamaguchi ainda concorre a Melhor Direção e Melhor Roteiro Adaptado.

Gostei bastante deste drama sobre um diretor de teatro Yûsuki Kafuku (Hidetoshi Nishijima) e a sua bela esposa Oto Kafuku. (Reika Kirishima), unidos na tristeza por uma tragédia familiar.

Ela, ex-atriz não atua mais, em vez disso, escreve roteiros para o marido, sempre inspirada depois de fazerem sexo.

Só que aos poucos vamos descobrindo um lado sombrio da mulher, até que uma reviravolta na história leva Kafuku a necessitar de um motorista particular, quando ele aceita o convida para dirigir uma peça em outra cidade do país.

Começa então uma nova vida para ele que vai conhecer pessoas, interagir com os produtores e novos atores e atrizes, e aos poucos ele começa a  enxergar o mundo de um outro ângulo, tudo ilustrado por viagens de idas e vindas no seu simpático carrinho sueco SAAB 900 de cor vermelha, dirigido pela competentíssima Misaki Watari (Tôko Miura).

O filme tem quase três horas de duração, é lento, desconfortável em alguns momentos, mas esse desconforto não é ruim e nem desagradável, pois a história, apesar de contada de uma maneira calma e reflexiva, nunca se torna desinteressante. Acredito que é um forte candidato a papar o Ocarzão do ano.

Recomendado para quem procura cinema de arte e não apenas entretenimento.

Nota 7.8 de 10
IMDb: 7.8


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

A Pior Pessoa do Mundo (Verdens verste menneske) Noruega 2021 nota 5,0




Atenção: Contém spoilers.
Filme sobre uma mulher na casa dos 30 que parece legal, mas não é, parece bonita, mas não é e parece inteligente, mas também não é, interpretada por Renate Reinsve, Melhor Atriz no Festival de Cannes, num filme que parece chato, e é...

Não sei o que viram nesse filme, para que tenha sido premiado em Cannes e seja o representante da Noruega como concorrente ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira e de quebra ainda concorre a Melhor Roteiro Original.

Fico pensando, o que será que acharam legal? Será que foi por causa daquela cena em que os personagens conversam sobre os malefícios da masturbação e os dissabores da menstruação, sentados à mesa? Ou será que foi porque a protagonista escreveu uma matéria muito elogiada (??!!), falando que a amiga dela teve uma experiência em que um “ficante” segurou sua cabeça, a fo#@%&deu na boca e ela gostou, apesar de ter se engasgado com a coisa? Ou porque ela conhece um cara numa festa e vão os dois no banheiro para que um veja o outro mijando? Ou ainda, porque ela solta um peido durante a micção? Ou porque o mesmo sujeito fuma a fumaça de cigarro que sai da boca dela? E o troca-troca de cheirar sovaco? É engraçado aquilo? Será ainda, que é porque ela diz que só gosta de transar quando o p... do cara está mole? E não vamos esquecer da cena em que ela, numa viagem cogumelística, tira o O.B. encharcado de sangue e o joga na cara do próprio pai.

Além de tudo, ela tem o nariz masculinizado e as pernas finas, é meio corcunda e tem queixo de cabide. O corpo da mulher parece um poste e a sensualidade passou a quilômetros dela.

O namorado criou um personagem chamado Bobcat, um gato que caga, fo@#$%de e vomita na casa de seus donos, segundo seu criador, ele é um selvagem na vida doméstica mostrando que o mundo deve dar espaço para os revoltados que se levantam para lutar contra a burguesia... affff, por que a p... do gato que não ficou no seu habitat então? E ainda me faltou entender qual o motivo do c... do gato ser icônico. Ele não explica, só diz que é icônico. O que será que é necessário para que o c... de um gato, se torne icônico?

Eu sequer sabia, que escrever uma história sem a menor graça e ilustrar com algumas bizarrices desse tipo dava dinheiro... é meus amigos, vivendo e aprendendo.

Para completar a tragédia (do filme), o roteirista (que é o próprio diretor), acha de criar o maior clichê de todos: um dos personagens vai descobrir que está com câncer terminal. Entendo que é só pra deixar o final do filme dramático, não vi outro motivo. Realmente é dose pra elefante...

Resumindo: para mim o único ponto positivo é a trilha sonora, que achei bem agradável, com direito a Billie Holliday, Christopher Cross e uma versão da maravilhosa “Águas de Março” interpretada por Art Garfunkel. E mesmo assim, é a única música que combina, porque Águas de Março combina com tudo, até com um filme chato desse. Uma verdadeira encheção de linguiça (com miúdos que deveriam ser destinados à lixeira) e que dura duas sofríveis horas.

O elenco é bom, mas o elenco de “Cats” também é...

Plagiando a própria linguagem do filme, ficou ó... uma bosta.

Ligue a seta, troque de faixa e siga em frente.

Nota 5.0 de 10
IMDb: 7.9


terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

John Wick 3: Parabellum USA 2019 nota 7,6

Desta vez o "cliente" é a própria organização que precisa punir o nosso herói que desobedeceu as regras e matou um "colega" em solo sagrado, que entendamos, seja toda a área ocupada pelo hotel Continental, inclusive as escadarias, como pode-se comprovar no final do filme.

O gerente do hotel Winston (Yan MacShane) também sofre sua punição e o chefe da facção associada Pombo Correio, Bowery King (Laurence Fisburne) idem, por terem ajudado John Wick a fugir.

Agora, o mundo todo, inclusive alguns assassinos de outro planeta estão atrás dele.

A exemplo do filme anterior, a ação só para mesmo para dar um refresco, com algumas situações inseridas propositalmente para dar uma quebrada no ritmo, senão ninguém aguentaria tanto mata mata e mais nada.

Atenção para a homenagem a "Tuco" (Eli Walach) na loja de armas quando Jonathan monta um revólver com peças de outros, na cena clássica de "Três Homens Em Conflito". A diferença é que "Tuco" faz o mesmo, só que de um jeito muito mais elegante e assustador...

Gostei do filme.

Adorei os cachorros.

Keanu Reeves canastrão como sempre, mas é um canastrão que a gente gosta de ver.

Com Halle Berry, Angélica Huston e Mark Dacascos, ressurgido das cinzas.

Agora... eu não teria passado vontade e teria metido bala naquela tal de Adjudicator (Asia Kate Dillon) Orange is The New Black... apesar de que ela só estava fazendo seu trabalho.

Nota 7.6 de 10
IMDb: 7.4



segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Reacher 1ª Temporada – USA 2022 nota 7,3

Numa bela manhã, o grandalhão Reacher (Alan Ritchson), aparece na cidade de Margrave e em cinco minutos já está preso.

O cara é acusado de assassinato, porque foi visto na cena de um crime acontecido na noite anterior e se constitui no único suspeito.

Logo em seguida, um morador da cidade, pai de família, trabalhador e com uma vida confortável, se apresenta e confessa que matou o referido assassinado.

Mas como a sua confissão está cheia de furos, acabam os dois indo pro xilindró ver o sol nascer quadrado, até que o chefe de polícia Finlay (Malcolm Goodwin) e sua assistente Roscoe (Willa Fitzgerald), encontrem maiores evidências.

Começa aí, uma história envolvendo americanos e venezuelanos numa trama cheia de assassinatos cruéis, corrupção na polícia, um mistério envolvendo o ricaço do lugar e o enorme Jack Reacher (dizem que o cara tem 1,90m e pesa 140 kilos), distribuindo porrada a rodo e estraçalhando bandidos sem dó e nem piedade. E ele ainda arranja tempo para namorar a bela policial Roscoe.

Série simpática, com certa dose de humor, violência, mortes trágicas e um grande mistério, só revelado no penúltimo episódio. É baseada nos livros do escritor Lee Child que criou o personagem.

Excelente passatempo.

Com o eterno vilão (Bruce McGill, que só foi bonzinho quando era o chefe do MacGyver, lembram?)

Nota 7.3 de 10
IMDb: 8.3


domingo, 20 de fevereiro de 2022

Belfast USA 2021 nota 7,0

Escrito e dirigido por Kenneth Branagh, é quase um filme autobiográfico, em que ele relembra a sua infância num bairro de classe média de Belfast na Irlanda do Norte.

O filme é um dos dez escolhidos que vão brigar pela estatueta principal na festa do Oscar 2022 e de quebra tem mais seis indicações.

O garoto Buddy é o personagem principal do filme, vivendo uma infância tumultuada pelo ódio de grupos protestantes que em 1969 entraram em conflito violento contra os católicos do lugar.

Em meio a isso ele sente a ausência do pai (Jamie Dornan), que trabalha longe e só volta pra casa nos finais de semana, a mãe (Caitriona Balfe),o irmão mais velho (Lewis McAskie), o avô e a a avó (Ciarán Hinds e Judie Dench, ambos indicados ao prêmio de Melhores Coadjuvantes), completam a família.

Tirando umas poucas imagens coloridas, o filme foi feito numa belíssima fotografia em preto e branco (não sei porque não está concorrendo ao prêmio, talvez seja porque já tenhamos outro concorrente feito em preto e branco: A Tragédia de MacBeth de Joel Coen).

É um filme bonito, simpático, sensível e com uma belíssima trilha sonora quase que totalmente composta e interpretada por Van Morrison.

Referente ao Oscar, difícil dar um palpite, ainda tenho que ver Licorice Pizza, No Ritmo do Coração, Drive My Car e Amor Sublime Amor, para ter a minha opinião.

O filme ainda concorre a Melhor Direção, Melhor Roteiro Original, Melhor Som e Melhor Canção Original.

Nota 7.0 de 10
IMDb: 7.4


sábado, 19 de fevereiro de 2022

A Mão de Deus (È stata la mano di Dio) - Itália 2021 nota 6,8

Representante da Itália na festa do Oscar 2022, o filme se desenvolve a partir do ponto de vista de Fabietto (Filippo Scott), um rapaz, morador da cidade de Nápoles, saindo da adolescência.

Ele sente desejos incestuosos pela sua linda e biruta tia Patrízia (Luisa Ranieri) e sua maior paixão é o time do Napoli, assim como a de toda a família, é daí que vem o título do filme, pois se passa na década de 80, quando Diego Maradona foi jogar no Napoli. Seu pai e sua mãe (Toni Servillo e Teresa Saponangelo), são felizes a seu modo e o seu irmão mais velho quer ser ator num filme de Fellini.

A primeira metade do filme, é uma comédia de costumes das boas, com cenas hilárias, como a da vovó mal humorada que só fala palavrões e um novo namorado de uma das tias que fala através de um aparelho (a cena da briga entre as mulheres é de arrancar gargalhadas).

Na segunda metade, o astral do filme tem uma queda brusca e o melodrama, o surreal e o existencialismo tomam conta. Não fica chato, mas fica parecendo que é outro filme. Triste, sofrível e sem o brilho da primeira parte.

Está indicado ao Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira, ainda não vi os outros candidatos, por isso não dá para arriscar um palpite.

Mas vale conhecer.

Nota 6.8 de 10
IMDb: 7.4


terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

O Beco das Ilusões (Nightmare Alley) – USA 2021 nota 6,5

Não achei nada de mais neste remake do diretor Guillermo Del Toro.

Uma história básica sobre vigarice, enganação na base de códigos para adivinhações e contatos sobrenaturais com pessoas que já morreram. Originalmente foi filmada em 1947 com Tyrone Power no papel principal e um resultado bem melhor.

É baseado em clássico do escritor William Lindsay Gresham.

Não li o livro, mas é um tema que de cara já não me atrai. Nesse tipo de história, já bem explorada, por sinal, as deduções sempre favorecem os “advinhões”, de uma maneira exagerada e eles conseguem descobrir (por exemplo), o que tem na bolsa de uma senhora, só de olhar para ela e notar alguns detalhes que poderiam significar uma dúzia de coisas diferentes.

Na trama um homem (Bradley Cooper), vai trabalhar em um parque de diversões itinerantes e ao conhecer uma das artistas (Rooney Mara), começa a ter a ideia de um grande espetáculo. A época é final dos anos 30, a segunda guerra mundial está no seu início e o período de depressão vem estampado em cada cena.

A ideia é boa, o número atrai um público cada vez mais elitizado e eles estão ganhando dinheiro. Só que o cara ganancioso ao extremo começa a mexer com gente da alta e bolar planos cada vez mais mirabolantes e perigosos, dando uma de extrassensorial, se envolvendo com uma psicóloga pra lá de suspeita e se metendo em situações cada vez mais complicadas.

O elenco ajuda bastante, se não fosse isso, o filme seria bem pior. Chato, arrastado e com alguns clichês pra lá de manjados em filmes do gênero. Para mim, Guillermo Del Toro está perdendo o jeito.

Com: Cate Blanchett, Willem Dafoe, Ron Pearlman, Tony Collette (sem muito o que fazer), Mary Steenburgen, Richard Jenkins, David Strathairn e a participação de Tim Blake Nelson no finalzinho.

Apesar de estar indicado em quatro categorias ao Oscar de 2022 (Melhor Filme, Fotografia, Figurino e Designer de Produção), eu não achei graça.

Vale pelo elenco.

Nota 6.5 de 10
IMDb: 7.2
2


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Casa Gucci (The House of Gucci) – USA 2021 nota 6,5

A minha expectativa foi grande, pois resolvi ler o livro antes de assistir. Eu já venho fazendo isso com alguns filmes e sempre gosto dos resultados.

Infelizmente com Casa Gucci, a mágica não funcionou. 

Ao contrário de “O Último Duelo” que me empolgou a ponto de eu achar que foi o melhor filme que eu assisti em 2021, Ridley Scott não repetiu a dose, Casa Gucci ficou longe do resultado que eu esperava.

O livro narra a história dos Gucci, desde o início cheio de dificuldades quando Guccio Gucci, um trabalhador do ramo hoteleiro que observando o luxo das malas de alguns hóspedes, resolveu fabricar bolsas de couro de alta qualidade e aos poucos, depois de muita luta e reviravoltas, obteve sucesso e acabou erguendo um império.

O livro dificílimo de ser lido, por conta dos parágrafos quilométricos e pouquíssimos diálogos, é detalhista ao estremo e chega a ser chato e maçante em grande parte.

A autora, Sara Gay Harden não se preocupou em facilitar a vida dos leitores, mas colocou nas páginas uma das maiores biografias do século XX.

Disputas, brigas em família, doenças, guerra pelo poder, fraudes, falcatruas, deserdações, batalhas judiciais, corporativismo predador, divórcios, bilhões em jogo e... assassinato.

Seria impossível um filme de 2h38’ de duração, exibir em imagens tudo que há no livro, então os roteiristas “pescaram” alguns momentos importantes da história e jogaram na mão do diretor, que com um elenco de astros, tentou fazer a melhor limonada possível.

O resultado é um filme irregular, sem muita lógica para quem não leu o livro, eventos que ocorrem do nada, sem qualquer explicação e ainda, com a ausência de vários personagens, como por exemplo, Silvana Barbieri, a mãe de Patrizia que teve um papel importante na trama e no julgamento e nem sequer é mencionada, Allegra, a segunda filha do casal Maurízio e Patrízia, também não (no filme o casal só tem uma filha, Alessandra), além de outros personagens importantes, como Richard Buckley, que ao lado do estilista Tom Ford, ajudou a elevar a Gucci ao patamar de hoje.

Para usar um termo popular, podemos dizer que mesmo com toda a pompa, o luxo e o grande desempenho do elenco (Lady Gaga, Adam Driver, Salma Hayek, Al Pacino, Jeremy Irons e por que não, Jared Leto), o filme parece que foi “feito nas coxas”.

Está indicado ao Oscar 2022 na categoria de Melhor Maquiagem e Cabelo, mas duvido que ganhe.

Minha dica é: Se você quer mesmo conhecer a história dos Gucci, leia o livro. Depois veja o filme. Assim, até vale a pena.

Afinal. é Ridley Scott.

Nota 6.5 de 10
IMDb: 6.7


Dexter: New Blood Temporada Única – USA 2021 nota 6,6

Pois é, não podiam ter deixado quieto.

Trouxeram de volta o Serial Killer mais amado de todos os tempos.

Eu torci bastante para que não fosse apenas um ato de “raspar o fundo do tacho” como vemos em várias séries e em algumas franquias de filmes.

Infelizmente, foi quase isso.

Apesar da produção caprichada e de a trama não estar entre as mais abomináveis, a série tem sim, seus lapsos de falta de lucidez e acaba em alguns momentos, pisando feio na bola.

Dexter, agora com uma nova identidade, está vivendo sua vidinha em Iron Lake, uma pacata cidadezinha gelada nos confins do estado de New York.

Ele trabalha numa loja de armas e namora a chefe de polícia da cidade, Ângela (Julia Jones), uma descendente índia, nativa do lugar. Ela vem investigando o desaparecimento de algumas moças que há algum tempo assombra o lugar, dando a entender que um assassino em série vem agindo na região, só que não há corpos e nem qualquer pista que prove a teoria da moça.

Em meio a tudo isso, o filho adolescente de Dexter (que agora se chama Jim Lindsay), aparece e muda sua rotina. Além disso, resolveram ressuscitar o “fantasma” da Deby (Jennifer Carpenter), a irmã boca suja do Dexter que era tão legal na série antiga, só que agora é uma pentelha de galocha que só voltou para criticar o irmão. É um azedume tão grande, que quando ela aparece, a gente pensa: "lá vem a chata". Perderam a chance de trazer de volta uma personagem legal. Para fazer o que fizeram, deviam ter deixado ela mortinha.

E ainda tem aquele papo de “passageiro sombrio”, que já estava ficando enfadonho.

Mas é Dexter, tem lá o seu charme e Michael C. Hall, nasceu para o papel, mas como diz o Nerd Rabugento: Ninguém pediu e não precisava. Se você é fã e não se chateou com aquele final idiota da série original, fica por sua conta e risco. Não me comprometa.

Nota 6.6 de 10
IMDb: 8.3


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

O Gambito da Rainha 1ª Temporada (The Queen’s Gambit) – USA 2020 nota 8,0

Baseado no livro homônimo escrito por Walter Tevis e só publicado no Brasil em 2019, isto porque a série o tornou famoso.

Conta a história de Elisabeth Harmon (Anya Taylor-Joy), uma menina que na década de 50, foi recolhida a uma casa para órfãos e lá se interessou por um certo jogo de tabuleiro, que o zelador do lugar Sr. Shaibell (Bill Camp), costumava jogar sozinho no porão, para matar o seu tempo livre.

A descoberta do incrível dom da garota, é só o começo da história. Beth Harmon, além de participar de inúmeros torneios, ainda vai se envolver e lutar contra os vícios, as más companhias, as “ofertas” irrecusáveis de patrocinadores e ainda ser envolvida diretamente na guerra fria entre a Rússia e os Estados Unidos.

Uma obra linda, com uma reconstituição de época perfeita, direção segura e sem deslizes de Scott Frank e Allan Scott, e uma estrela principal que já tinha me enchido os olhos em “Last Night in Soho”, apesar que “O Gambito”, veio antes, mas foi em “Soho” que eu passei a admirar de vez essa moça.

Não foi à toa que ela faturou o Globo de Ouro de Melhor Atriz e mais alguns prêmios em outros festivais.

Tensa, enxuta, emocionante, são oito episódios de uma série em que não se consegue relaxar (nem se entediar) um só minuto. 

Com Thomas Brodie-Sangster e Harry Melling.

Não deixem de ver.

Nota 8.2 de 10
IMDb: 8.6


Tick... Tick... Boom! USA 2021 nota 7,0

Um musical que tem lá o seu valor, não tanto pelo filme em si, mas pela importância de contar essa história. A vida de Jonathan Larson, o garçom de uma lanchonete em Nova York, que passou seis anos escrevendo uma peça (a peça do filme) e era um sonhador, um cara que acreditava que um dia seu musical estrearia na Brodway.

O incrível, é conhecer tanta música boa em uma história meio sem pé nem cabeça, mas que agrada pelo alto astral do protagonista e seus amigos.

O ano era 1995 e o mundo vivia os piores momentos da epidemia de HIV e Jonathan tinha vários amigos gays, apesar de ele mesmo, ser hétero.

Eu não conhecia a história do cara e também não pesquisei nada sobre ela, talvez por isso o 

final me impactou tanto.

Se você curte um bom musical, não perca. O filme é leve e agradável,  apesar de alguns momentos tristes.

Com Andrew Garfield como Jonathan. Indicado ao Oscar de Melhor Ator Principal, talvez ganhe, porque a disputa deste ano está pau a pau e já é a segunda indicação do "Espetacular Homem Aranha" ao prêmio..

Nota 7.0 de 10
IMDb: 7.6


domingo, 6 de fevereiro de 2022

Exército de Ladrões: Invasão Europa – USA 2021 nota 6,0

A ação se passa antes de "Army of Dead: Invasão em Las Vegas" e conta um episódio na vida de Ludwig Dieter (Matthias Schweighöfer), o arrombador de cofres que se mete naquela furada de roubar o cassino numa cidade empestiada de zumbis.

Não foi dirigido por Zack Snyder, apesar de o filme ser sobre um dos seus personagens, de ele ter colaborado no roteiro e de quebra se valer de algumas figurinhas do outro filme.

Ludwig vive uma vidinha monótona e sem graça, trabalhando de caixa em um banco de Berlim. Nas horas vagas, ele posta vídeos no youtube sobre o seu hobby, arrombamento de cofres.

Um belo dia, ele consegue uma visualização no seu canal e recebe um recadinho.

Começa aí sua grande aventura: Se unir a um bando de ladrões e invadir bancos e cassinos para abrir os quatro cofres mais complicados do planeta e, é claro, roubar alguns milhõezinhos de euros, enquanto são perseguidos por um agente trapalhão e sua equipe.

Poderia ser melhor, mas a fragilidade do roteiro, se não empolga, também não chega a desanimar totalmente. O filme é leve e movimentado. Tem um pouquinho de aventura, uma pitada de suspense, outra de romance e algumas graçinhas sem muita graça.

Não é uma total perda de tempo, mas quando nos deparamos com um filme de ação, que tem um protagonista bobalhão inocente puro e besta, vocês devem concordar que a coisa fica meio chinfrin.

É para se divertir durante o filme e esquecer quando sair da sala.

Nota 6.0 de 10
IMDb: 6.4


Yellowjacts 1ª Temporada - USA 2021 nota 6,8

Em 1996, avião com um grupo de jogadoras de futebol do ensino médio, cai numa floresta fronteiriça entre os Estados Unidos e o Canadá.

Inexplicavelmente (como quase tudo na série), não há o mínimo sinal de resgate e as garotas e dois irmãos, tem que sobreviver numa cabana (abandonada providencialmente), no meio do mato, cuidando do treinador ferido e tendo que se aturarem, devido à extensa diversidade de personalidades, pois cada uma delas tem algo de peculiar e fica meio complicado de se entenderem

Temos: a moça religiosa, a maluca que se mete a enfermeira, a grávida, a enciumada, a taradinha, a chifronésia, a vidente, o casal de garotas, etc... Além disso, a floresta parece estar meio "encapetada", porque acontecimentos beirando o sobrenatural, passam a assombrar o grupo (impossível não comparar com "Lost").

Intercalando com isso tudo, a história mostra algumas das moças nos dias de hoje, passando alguns perrengues com um assassino e chantagista que descobriu de algum modo o que “aconteceu lá” e está pedindo uma quantia em dinheiro para não revelar um certo segredo, além disso, a representante de uma editora vive aporrinhando as sobreviventes, para que elas contem a história.

Interessante? Até que é, mas todo o suspense é apelativo, mostra meias verdades para manter a nossa curiosidade e vai escondendo o restante na manga, numa clara intenção de empurrar o desfecho com a barriga, cozinhando o galo e esticando a história para uma segunda temporada, que eu provavelmente não vou ver, pois não gosto dessas artimanhas.

Com Melanie Lynskey de “Não Olhe para Cima”, Christina Ricci, a esquisitinha Wednesday de "A Família Adams" e a vocalista do "The Licks", Juliette Lewis.

Nota 6.8 de 10
IMDb: 8.1


Dias Perfeitos (Perfect Days) - Japão/Alemanha 2023 nota 7,8

Indicado ao “ Oscar de Melhor Filme Estrangeiro ” e dirigido pelo prestigiado  Wim Wenders “ Asas do Desejo ”, “ Paris Texas ”, Dias Perfei...