Gostei bastante deste drama sobre um diretor de teatro Yûsuki Kafuku (Hidetoshi Nishijima) e a sua bela esposa Oto Kafuku. (Reika Kirishima), unidos na tristeza por uma tragédia familiar.
Ela, ex-atriz não atua mais, em vez disso, escreve roteiros para o marido, sempre inspirada depois de fazerem sexo.
Só que aos poucos vamos descobrindo um lado sombrio da mulher, até que uma reviravolta na história leva Kafuku a necessitar de um motorista particular, quando ele aceita o convida para dirigir uma peça em outra cidade do país.
Começa então uma nova vida para ele que vai conhecer pessoas, interagir com os produtores e novos atores e atrizes, e aos poucos ele começa a enxergar o mundo de um outro ângulo, tudo ilustrado por viagens de idas e vindas no seu simpático carrinho sueco SAAB 900 de cor vermelha, dirigido pela competentíssima Misaki Watari (Tôko Miura).
O filme tem quase três horas de duração, é lento, desconfortável em alguns momentos, mas esse desconforto não é ruim e nem desagradável, pois a história, apesar de contada de uma maneira calma e reflexiva, nunca se torna desinteressante. Acredito que é um forte candidato a papar o Ocarzão do ano.
Recomendado para quem procura cinema de arte e não apenas entretenimento.
Nota 7.8 de 10
IMDb: 7.8