Menu - Gêneros

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

O Homem que Sabia Demais (The Man Who Knew Too Much)

USA 1956

Clássico de Hitchcock (mais um).

Um médico (James Stewart) está de passagem pelo Marrocos em viagem de férias com sua esposa cantora (Dóris Day) e o filho de 5 anos. Ele acaba envolvido em uma conspiração internacional para o assassinato de um figurão e uma avalanche de confusão acaba caindo em cima dele e da sua família. O doutor vai ter um trabalhão dos infernos para escapar de assassinos, sequestradores e trairagens políticas. Além disso, é difícil saber quem está mentindo e quem está sendo sincero com eles.

Astros de renome, fotografia esplendorosa em Technicollor e o suspense sempre presente nas obras do mestre.

Para fãs e futuros fãs, porque quem não conhece Hitchcock e assiste um filme desses, com certeza vai querer assistir os outros.

Uma pena que o diretor tinha a mania de acabar seus filmes logo após o desfecho, tirando da gente o gostinho de ver um poquito más, ou seja, alguma coisa além do desfecho.

Oscar de Melhor Canção: “Que Será Será” (Whatever Will Be, Will Be), interpretada pela musa Dóris Day. Me perdoe quem gosta, mas eu acho essa música bem chatinha.

Nota 7.3 de 10
IMDb: 7.4

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Safe – de Harlan Coben

UK 2018

Minissérie escrita e produzida pelo escritor de 75.000.000 de livros vendidos. Harlan Coben aplica sua fórmula sempre eficiente de criar uma história moderna de mistério, com personagens do cotidiano envolvidos em um crime.

Aqui tudo se passa dentro de um condomínio fechado, meio a lá “Janela Indiscreta” de Hitchcock e meia a lá Ágatha Christie, por conta dos diversos suspeitos que vão surgindo ao longo dos oito episódios da história. Em média, 40 minutos cada.

Ao assassinato de um jovem, numa festinha noturna em uma das residências, segue-se o desaparecimento da namorada do infeliz, filha do nosso protagonista, o Doutor Tom Dellaney (Michael C. Hall, o psicopata bonzinho da série Dexter). Em meio às investigações do crime, ele passa a procurar desesperadamente a garota e a cada pista, vai se deparando com um emaranhado de coisas que ocorreram num passado próximo e estavam todas convenientemente “varridas” para debaixo do tapete do belo condomínio.

Desta vez, Harlan Coben não adaptou nenhum dos seus livros, o roteiro foi escrito originalmente para a TV.

Interessante do começo ao fim, apesar de vários clichês e algumas coisinhas sem sentido. Além disso, o elenco parece ter sido escolhido pelo grau de feiura dos atores. Ave...! Quanta gente feia...

Mas nada que atrapalhe a diversão.

Nota 6.9 de 10

IMDb: 7.3

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Mank e Cidadão Kane

 
Mank

USA 2020

David Fincher (O Clube da Luta, Seven: Os Sete Crimes Capitais) é o diretor desse filme biográfico, mostrando as facetas de Heman J. Mankiewicz (Gary Oldman), um dos mais conhecidos roteiristas de Hollywood nas décadas de 40 e 50.

O filme se concentra no ano de 1940, quando ele passou acamado por 60 dia numa propriedade rural, acompanhado de sua enfermeira (Monika Gossman) e sua assistente (Lily Collins), se recuperando de um acidente e escrevendo o roteiro de “Cidadão Kane”.

Orson Wells (Tom Burke), que foi o co-roteirista e diretor, pouco aparece e a sua participação se dá mais em ligações telefônicas para Mank. Ele tinha sido contratado pelo estúdio e estava com a moral lá em cima, depois de ter ficado famoso em 1938, por apavorar toda a costa leste, narrando uma invasão alienígena no seu programa de radio na CBS.

Em flashbacks vamos conhecendo Mank, seu alcoolismo, sua língua afiada e seu bom coração. Tudo acompanhado de um desfile de celebridades da época e muita politicagem, envolvendo eleições, socialismo, depressão e traições.

Cidadão Kane, foi indicado para 11 Oscars e ganhou o de Roteiro Original. Perdeu de Melhor Filme e Direção para “Como Era Verde Meu Vale” de John Ford.

Orson Wells perdeu de Melhor Ator para Gary Cooper com o filme (Sargento York).

Perdeu também: Direção de Arte, Fotografia, Mixagem e Trilha Sonora.

Nenhum dos dois roteiristas apareceu para receber a estatueta de Roteiro. George Schaefer, o presidente da RKO Pictures, representou os fujões.

O filme é todo em preto e branco, tem a qualidade que o diretor costuma entregar e não chega a ser chato, mas para quem está procurando um tipo de diversão mais fácil de digerir, não é recomendado.

Se você é daqueles (que nem eu), que tem um certo apego pelo cinema dessa época, não perca, pois é uma bela homenagem, caso contrário, é melhor procurar outra coia pra ver.

Gary Oldman, excelente, como sempre.

Com Amanda Seyfried, o eterno vilão Charles Dance e Ferdinand Kingsley, filho de Ben Kingsley.

Nota 7.3 de 10
IMDb: 7.1

Cidadão Kane (Citzen Kane)

USA 1941

Considerado por muitos (até um passado próximo), como o melhor filme já feito, é a história da ascensão de Charles Foster Kane (Orson Wells), um menino que é tirado dos pais para ser educado em Nova York por um tutor (Everette Sloane), encarregado de cuidar do garoto até que ele complete a maioridade e possa movimentar sua herança, uma mina recebida pela sua mãe em pagamento de uma estadia em sua pensão. O início do filme, mostra sua morte, já velho e a partir daí, um investigador enviado por um editor, passa a fazer uma pesquisa sobre a vida dele. De como fez fortuna, principalmente na imprensa, a sua investida na política, seus casamentos, suas paixões e sua solidão, mas a grande incógnita da história, é saber o que significa a palavra “rosebud”, a última coisa que Kane disse antes de morrer. Só no final descobriremos. Apesar dos elogios e a adoração dos críticos, não considero o filme essa obra prima que tanto cultuam, apesar de ser a terceira vez que assisto. É um filme excepcional, tem alguma coisa nele que me prende a atenção o tempo todo, apesar de parecer chato em sua premissa. Talvez seja a direção segura, ou a fotografia com suas sombras e luzes, os closes nos personagens, o elenco irretocável, ou tudo isso junto.

Com: Agnes Moorehead (A Endora da série “A Feiticeira”), Joseph Cotten e Ray Collins, entre outros e  além dos já citados.

Para fãs de carteirinha do cinema clássico, se você não é, suas chances de gostar, ficam ali nos 50%.

Nota 8.0 de 10
IMDb: 8.3

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Primal 1ª Temporada

USA 2019

Criado pelo produtor russo Genndy Tartakovsky (O Laboratório de Dexter e Samurai Jack), é uma série de animação em que um homem das cavernas e um dinossauro acabam unidos pela tragédia e passam a viver aventuras na luta pela sobrevivência em um mundo pré-histórico. Não há diálogos, a comunicação é composta de rosnados e gritos.

É isso.

Mas não é só isso.

Tudo funciona.

A gente se encanta, torce, participa, se desespera e vibra a cada episódio com os dois amigos.

É daqueles trabalhos mágicos que conseguem com tão pouco (parece pouco), cativar a gente de uma maneira que em certos momentos, não dá nem para piscar.

São dez episódios de 20 minutos. De pura magia.

Épico!

Não deixem de ver.

Nota 9.2 de 10
IMDb: 8.7

Segurando as Pontas (Pineapple Express)

USA 2008


Divertidíssimo filme em que um entregador de intimações sem noção (Seth Rogen), fica amigo do seu fornecedor de maconha, também sem noção (James Franco) e acabam se metendo numa enrascada dos infernos por se verem envolvidos como prováveis testemunhas no assassinato de um chinês durante uma guerra entre traficantes. Detalhe: Uma policial (Rosie Perez), está envolvida e vai tentar de tudo para dar um jeito de apagar as testemunhas, o que à primeira vista, parece uma tarefa muito fácil, já que eles passam o filme todo chapados. Moralmente incorreto, chega ao absurdo de mostrar menores consumindo maconha, apesar de aconselhados a não partirem para drogas mais pesadas.

Dany McBride é outro sem noção que se junta aos dois idiotas e vão se metendo cada vez mais na encrenca toda.

Com: Gary Cole, Craig Robinson, Amber Heard, James Remar e Ken Jeong (antes de “Se Beber não Case”).

Feito unicamente para divertir. Se você não curte besteirol, passe longe, caso contrário, não deixe de ver.

Trilha sonora sensacional:

Eddie Grant

Grace Jones

Shaquille O'Neil

Falco

Peter Tosh

Bob Marley

Robert Palmer

Huey Lewis

Public Enemy

Nota 7.4 de 10
IMDb: 6.9 

domingo, 17 de janeiro de 2021

Buoyancy

Austrália 2019


Filme denúncia mostrando o trabalho escravo nos pesqueiros da indonésia. (Sarm Heng), Chakra de 14 anos, resolve abandonar sua família pobre no Camboja, onde vive da agricultura,  porque ouviu dizer que na Indonésia podia-se ganhar um bom dinheiro trabalhando na indústria. Só que ao chegar lá, sem ter nem o dinheiro para pagar uma espécie de “Coiote”, ele acaba se encaixando no perfil predileto dos aliciadores de escravos, pois precisa trabalhar de graça durante um mês para pagar sua dívida. O garoto acaba indo parar em alto mar, num navio pesqueiro, cujo capitão é extremamente abusivo e fornece péssimas condições de trabalho para os empregados. Espancamentos, assassinatos, comida regulada (uma xícara de arroz por dia após uma jornada de 20 horas). Violento e revoltante, apesar do ritmo um tanto arrastado, causa indignação até nos mais insensíveis. Além de tudo isso, a relação entre os trabalhadores nem sempre é de amizade e o garoto definitivamente percebe, que vai ter que se tornar violento se quiser sobreviver. 
Nas raras vezes em que o navio aporta, os trabalhadores são obrigados sob ameaça de armas  a permanecer na embarcação. Quando voltam para alto mar e longe de qualquer possibilidade de pedir ajuda, Chakra começa a se convencer de que precisa virar homem e agir com brutalidade para escapar.
Nota 7.2 de 10
IMDb: 7.4

A Ligação (The Call)

 

Coreia 2020


Novo queridinho dos adeptos ao cinema de terror. Fui conferir esse filme, apesar de não gostar muito do gênero, mas como está muito bem avaliado e comentado pela crítica, me chamou a atenção. Eu sempre fujo desse tipo de filme, por causa da mania dos diretores de inventar coisas sem nenhum sentido só para gerar comentários. Este, infelizmente não me decepcionou. É um amontoado de abobrinhas mesmo:

Garota se muda para uma casa meio destruída e (sem qualquer explicação), passa a se comunicar por telefone com outra garota que viveu ali no passado. Aos poucos ela vai perder a sua ”inocência” e descobrir que está lidando com uma psicopata assassina que, depois de um pequeno desentendimento, passa a aprontar lá em 1999 para ferrar com ela na época atual. Ou seja... Plagiaram a ideia do ótimo “Alta Frequência” de 2000 e “Durante a Tormenta” de 2018, inseriram um amontoado de abobrinhas para levar a história para o gênero terror. Inventaram mais um pouco de besteiras e pronto. Tá aí um filme de sucesso.

Não pra mim, mas se você gosta do gênero, vale uma olhadinha. Os efeitos são bons e a atriz que faz a vilã é asquerosa. A coitada da mocinha vai viver o resto da vida arrependida da besteira que fez...

Nota 6.3 de 10
IMDb: 7.1

sábado, 16 de janeiro de 2021

Gosto de Sangue (Blood Simple)

 
USA 1984

Início de carreira dos irmãos Coen, Blood Simple foi escrito pelos dois, mas só Joel assina a direção. Aqui já se percebia certa excentricidade, sarcasmo e ironia, marcas registradas da dupla. É um filme puxado para o noir, mas em muitas situações, acaba fugindo disso. É uma coisa mais “caseira” digamos assim.

Marty (Dan Hedaya), um marido desconfiado, dono de um Pub meia boca, contrata detetive particular decadente  (M. Emmet Walsh) para seguir sua esposa Abby (Frances MacDormand). O sujeito descobre que está sendo corneado e meio na indecisão resolve tomar medidas drásticas. Uma série de enganos e mal entendidos vão fazer com que aconteça muita coisa estranha bizarra e inesperada durante a 1h39’ de exibição.

Filme cultuado por um público distinto e não só pelos fãs da dupla. Que nem eu...

Vale conhecer.
Nota 7.8 de 10
IMDb: 7.6

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

O Mandaloriano (The Mandalorian) -Segunda Temporada

 
USA 2020

Continuação das aventuras do Mandaloriano (Pedro Pascal) e seu amiguinho projeto de Jedi. Aqui ele continua viajando com o bichinho por planetas habitados por criaturas estranhas, esquisitas, assustadoras, fofinhas, gigantescas, tentando encontrar outros da sua irmandade mandaloriana, para que o ajudem a encontrar um Jedi de verdade e entregar Gogru, o Baby Yoda, para que ele termine seu desenvolvimento Jedi. O "Império" continua na sua cola. Carl Weaters e Gina Carano reaparecem para dar uma ajuda e ele vai passar por vários planetas enfrentando tretas e mais tretas criadas para dar vida à essa temporada. Fica evidente que o roteirista Jon Favreau estava queimando seus últimos cartuchos, porque a coisa já estava se tornando um pouco óbvia demais. Um planeta, uma treta. Outro planeta, outra treta. E assim foi, até que no sexto episódio, a coisa deslanchou de vez. Este episodio foi dirigido por Robert Rodrigues, e apesar de ser o episódio chave para o desfecho da história, para mim foi o mais fraquinho e o mais clichê de todos. Já estava torrando a paciência, a burrice dos Stormtroopers, naquela coisa manjada de vir correndo com a arma na mão na direção dos mocinhos, só pra levar um tirinho de laser a três metros de distancia e capotar. Apesar de todos os contras, é impossível não se encantar com os personagens: o “Garoto”, a voz do Pedro Pascal e sua postura Mandaloriana, a armadura, o carisma da Gina Carano e todo o clima que envolve a história. Tudo isso acompanhado daquela trilha sonora sensacional que parece “falar” com gente. Ainda tem aqueles portfólios belíssimos no final de cada episódio.

Impossível não recomendar. Só que um roteirozinho mais esquematizado, poderia ter deixado tudo muito melhor.

Com Giancarlo Esposito, Timothy Olyphant, John Leguizamo, Rosário Dawson e Michael Biehn (O cara que salvou a Sarah Connor e ainda... ah... vocês sabem...)

Nota 8.0 de 10
IMDb: 8.7 (média)

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Quiz Charada - Qual é o Filme?

Um pai americano leva o filho no cinema para ver um filme de adolescentes. Qual é o filme?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?







Fuga de Pretória (Escape From Pretória)

USA 2020


Daniel Radcliffe é daqueles atores que ficam estigmatizados por um personagem de sucesso. No seu caso, de muito sucesso. Outro exemplo é Aaron Paul que depois de terminada a série Breaking Bad, a melhor coisa que fez foi “El Camino” filme que foi uma espécie de sequência da própria série e dirigido pelo seu criador, Vince Gilligam.

Mas vamos falar deste “Fuga de Pretória”, filme baseado em fatos reais e escrito para o cinema a partir de um livro autobiográfico, escrito pelo próprio protagonista.

Ele é Tim Jenkin, um ativista morando na África do Sul, durante o regime do Apartheid que acaba na cadeia por ter juntamente com seu amigo, Stephen Lee, provocado uma série de explosões no centro da cidade. Não era intenção machucar ninguém, mas eles deram bobeira e acabaram presos e condenados a 12 e 8 anos de xilindró, respectivamente.

Usando seus conhecimentos de engenharia, ele, seu amigo e um agregado, vão desenvolver e executar um plano para a tal fuga.

O filme peca em cenas de suspense mal desnvolvidas e Radcliffe deixa flagrante que não era o ator ideal para o papel, sempre com sua cara de assustado, mas sem muita variedade de emoções. Daniel Webber (o Vince Neil de Motley Crue), também não convence muito, talvez seja demérito do diretor e co-roteirista Francis Annan que devia estar com a mão meio frouxa. O melhorzinho mesmo, é Mark Leonard Winter, ator que faz Leonard Fontaine, o “agregado”. Aqueles que gostam de filmes de fuga, podem até curtir. Aos demais, dá pra ver, mas sem esperar muito.
Nota 6.4 de 10
IMDB: 6.8 

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Black Bird

 USA 2020


Remake do filme alemão (Coração Mudo), de 2014. Eu nem sabia que era refilmagem, só que aos poucos fui percebendo que já conhecia aquela história.

Mulher com doença terminal, mas ainda totalmente ativa, convoca toda a família para um final de semana em sua residência na praia. Será uma despedida, porque ela não quer esperar a doença mata-la. Vai tomar uns comprimidos recitados pelo próprio marido que é médico e antecipar seu encontro com o Criador.

Assim como o filme original, aqui não tem pieguice e nem dramalhões da protagonista. O filme é leve, sensível e chega até ser divertido em vários momentos. Os dramas ficam por conta das duas filhas que carregam traumas, problemas de relacionamento e tretas não resolvidas. Destaque para o jantar em que ela distribui presentes para todos e depois puxam um baseado em família.

Susan Sarandon como sempre dispensa comentários. Kate Winslet e Mia Wasikowska são as filhas e Sam Neil, o marido. Bom filme, mas quem viu o original já sabe de tudo, porque nada mudou.Quem não conhece e curte filmes assim, não vai se decepcionar.


Nota 6.6 de 10
IMDb: 6.4

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

A Sauna das Loucas (The Ritz)

USA 1976

Jack Weston (Dirty Dancing), é Gaetano Proclo. Um cunhado malquisto numa família de (isso não fica muito claro) mafiosos. Quando o patriarca morre, seu último desejo é que seu filho mais velho, Carmine Vespucci, cuide para que sua filha fique viúva, livrando a família do agregado indesejável.
O agregado foge e chegando em NY, pede para o motorista do táxi leva-lo para um lugar onde ele acha que ninguém o encontre. E daí ele vai parar na tal Sauna das Loucas do título em português ou no Ritz do título original.
O lugar é uma sauna com alguns andares ocupados por uma clientela gay, cada um mais maluco do que outro. Além disso, o lugar conta com shows ao vivo e hóspedes desesperados para “catar” alguém. Ou ser catado... 
Um detetive particular chega no local à procura do fugitivo que se hospeda com o nome do cunhado, Carmine Vespucci, aumentando ainda mais a confusão que já estava estabelecida.
Destaque para Treat Williams em começo de carreira e F. Murray Abraham, o cruel inquisidor Bernard Gui de “O Nome da Rosa” e o invejoso Antonio Salieri de “Amadeus”, num papel cômico interpretando um gay... é muito engraçado!
Comédia baseada numa peça famosa da Broadway, escrita e dirigida por Terence McNally.
Uma bagunça divertidíssima!
Com Rita Moreno (Carmen Sandiego), sensacional como a cantora Googie Gomez.
Jerry Stiller, O ótimo Frank Constanza de “Seinfeld
Nota 7.1 de 10
IMDb: 6.9


terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Invasão Zumbi 2: Península (Train to Busan 2)

Coreia do Sul 2020

Sequência do ótimo “Invasão Zumbi” de 2016. Um soldado que escapou do ataque dos zumbis há quatro anos, topa voltar lá na península coreana que foi abandonada pelos vivos e se encontra dominada pelos mortos vivos. A missão é resgatar um caminhão cheio de dólares (ele, seu irmão, outro soldado e uma motorista de aplicativo).
Claro que não vai ser nada fácil, pois além do já esperado perrengue para escapar da horda de um trilhão de zumbis (tem hora que parece), de quebra eles ainda terão algumas surpresas no percurso.
Poderia ser um filmão, pena que os roteiristas estavam com preguiça de pensar um pouquinho e o diretor não estava muito a fim de dar bola pra lógica. A inocência do pessoal (deveriam ser pelo menos um pouquinho mais espertos) e a dramaticidade exagerada dos coreanos, faz a gente até rir em certos instantes. E acho que os produtores devem também ter dado uma "podada" na verba dos efeitos especiais, porque tá meio xinfrim.
Agora, se você não for chato que nem eu e não se incomodar com esses detalhes, vai se divertir bastante, pois o filme é movimentado, cheio de tiroteios, vilões caricatos, explosões e mais um monte de baboseiras interessantes. Mas o melhor mesmo são as cenas de perseguição (adorei a menina pilotaça), que apesar da pobreza dos efeitos, mantém a gente grudado no sofá.
Aceite as falhas e divirta-se. Vale a pena.
Nota 6.0 de 10
IMDb: 5.4

 

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Um Pombo Pousou Num Galho Refletindo Sobre a Existência (En Duva Satt Pa en Gren Och Funderade pa Tillvaron)

Suécia 2014

Terceira parte da trilogia iniciada pelo diretor Roy Andersson no ano 2000 com “Canções do Segundo Andar” (Veja nosso comentário logo abaixo), intercalada com a parte 2 “Vocês, Os Vivos” de 2007, que eu — não de propósito — acabei deixando para ver por último.
Confesso que estava curiosíssimo para ver esse filme, depois que vi e li algumas críticas sobre ele. Não me decepcionou! Pelo contrário.
Aqui o diretor continua retratando a natureza humana com o seu olhar crítico e pessimista. São episódios curtos, com personagens surreais, caricatos, malucos, mesquinhos, tristes, depressivos, engraçados e surpreendentes.
Uma dupla melancólica de vendedores de apetrechos para divertimento (máscaras, dentes de vampiro, saco de risadas, etc...). Um filho que tenta a todo custo tirar a bolsa cheia de jóias que a mãe morimbunda teima em levar para o túmulo. Um rei homossexual que lidera uma tropa de soldados e dá uma paradinha numa lanchonete para tomar água, antes de prosseguir para a batalha. A incineração de um grupo de pessoas e a tortura de um primata em “homo sapiens” (sem dúvida, os dois episódios mais revoltantes do filme). Uma garçonete que recebe beijos em pagamento das contas dos seus clientes, seguindo o que diz a música, cantada por ela mesma.
E muitas outras maluquices, bizarras, revoltantes, hilárias e maravilhosas. O diretor aqui, preferiu usar o bege, fortemente presente em todos os cenários. A câmera, geralmente fica imóvel, grande parte dos personagens, idem, e a maioria das cenas são filmadas em um só ambiente.
Um deleite. Se você curte o surrealismo de Buñuel, a irreverência do Monty Python e gosta do cinema puro em sua essência, não deixe de ver.
O filme venceu o Leão de Ouro de Veneza, entre outros prêmios.
Nota 8.0 de 10
IMDb: 7.0


sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

High Life: Uma Nova Vida (High Life)

USA 2018
O filme já começa com um grupo de voluntários ex-condenados viajando no espaço numa nave claustrofóbica que mais parece um caixote. Uma cientista pornográfica vivida por Juliette Binoche, faz experiências com a criação de vida artificial, coletando periodicamente o sêmen dos marmanjos.
O filme é cheio de detalhes inexplicados, que a diretora Claire Denis deixa propositalmente no ar, gerando interpretações e opiniões.
Estranho, cheio de suspense, em clima sexual e sem dar bola para a lógica da coisa como um todo. O filme prende a atenção do começo ao fim (aquilo foi um fim?). Robert Pattinson mostra mais uma vez que não é só capaz de viver um vampiro teen branquelo com cara de louça, Juliette Binoche está assustadora com as suas cabeleiras (!!) e o restante do elenco faz a sua parte. Destaque para Mia Goth de “Ninfomaníaca 2” e “Suspiria”. A diretora deixa que a nossa imaginação decifre as personalidades de seus personagens. É como se a gente estivesse lendo um livro que teve as páginas cortadas na margem direita e fosse preciso “imaginar” o final das frases.
Eu gostei, apesar de ficar boiando em muitos detalhes.
Pra quem gosta de ver e refletir, em vez de receber tudo de graça.
Qualquer hora, vou rever.
Nota 6.8 de 10
IMDb: 5.8
  
Seria interessante você deixar a sua opinião nos comentários.


Scooby: O Filme (Scoob!)

USA 2020
Novíssima versão das aventuras do cachorro mais cagão da história da TV e do cinema.
O filme começa mostrando a sua própria versão, de como os amigos Salsicha e Scoob se conheceram e como foram integrados na equipe dos “The Mistery Machine”.
A partir daí, começa uma aventura nos padrões da série, mesclando Dick Vigarista, Muttley, Bionicão, Falcão Azul, Capitão Caverna e incluindo uma lenda de que Scooby descende de uma linhagem de cães que podem atravessar um portal místico e derrotar o cão Cérbero, uma ameaça trazida ao mundo pelo Dick...
Uma festa.
Apesar do início meio chinfrin, depois que a o filme engrena, vale muito a pena.
Recomendo.
Obs: Não gostei da versão dublada, se puder prefira áudio original:
Will Forte
Mark Wahlberg
Jason Isaacs
Gina Rodrigues
Zac Efron
Amanda Seyfried
Ken Jeong
Tracy Morgan

Nota 6.7 de 10
IMDb: 5.7

Dias Perfeitos (Perfect Days) - Japão/Alemanha 2023 nota 7,8

Indicado ao “ Oscar de Melhor Filme Estrangeiro ” e dirigido pelo prestigiado  Wim Wenders “ Asas do Desejo ”, “ Paris Texas ”, Dias Perfei...