
Mank
USA 2020
David Fincher (O Clube da Luta, Seven: Os Sete
Crimes Capitais) é o diretor desse filme biográfico, mostrando as facetas de
Heman J. Mankiewicz (Gary Oldman), um dos mais conhecidos roteiristas de Hollywood nas
décadas de 40 e 50.
O filme se concentra no ano de 1940, quando ele passou acamado por 60 dia numa propriedade rural, acompanhado de sua enfermeira (Monika
Gossman) e sua assistente (Lily Collins), se recuperando de um
acidente e escrevendo o roteiro de “Cidadão Kane”.
Orson Wells (Tom Burke), que foi o co-roteirista e diretor, pouco aparece e a sua participação se dá mais em ligações telefônicas para Mank. Ele tinha sido contratado pelo estúdio e estava com a moral lá em cima, depois de ter ficado famoso em 1938, por
apavorar toda a costa leste, narrando uma invasão alienígena no seu programa de radio na CBS.
Em flashbacks vamos conhecendo Mank, seu alcoolismo,
sua língua afiada e seu bom coração. Tudo acompanhado de um desfile de
celebridades da época e muita politicagem, envolvendo eleições, socialismo,
depressão e traições.
Cidadão Kane, foi indicado para 11 Oscars e ganhou o
de Roteiro Original. Perdeu de Melhor Filme e Direção para “Como Era Verde Meu
Vale” de John Ford.
Orson Wells perdeu de Melhor Ator para Gary Cooper com o filme
(Sargento York).
Perdeu também: Direção de Arte, Fotografia, Mixagem e
Trilha Sonora.
Nenhum dos dois roteiristas apareceu para receber a
estatueta de Roteiro. George Schaefer, o presidente da RKO Pictures,
representou os fujões.
O filme é todo em preto e branco, tem a qualidade
que o diretor costuma entregar e não chega a ser chato, mas para quem está
procurando um tipo de diversão mais fácil de digerir, não é recomendado.
Se você é daqueles (que nem eu), que tem um certo
apego pelo cinema dessa época, não perca, pois é uma bela homenagem, caso contrário, é melhor procurar
outra coia pra ver.
Gary Oldman, excelente, como sempre.
Com Amanda Seyfried, o eterno vilão Charles Dance e
Ferdinand Kingsley, filho de Ben Kingsley.
Nota 7.3 de 10
IMDb: 7.1
Cidadão Kane (Citzen Kane)
USA 1941
Considerado por muitos (até um passado próximo),
como o melhor filme já feito, é a história da ascensão de Charles Foster Kane
(Orson Wells), um menino que é tirado dos pais para ser educado em Nova York por um tutor (Everette Sloane), encarregado de cuidar do garoto até que ele
complete a maioridade e possa movimentar sua herança, uma mina recebida pela sua mãe em pagamento de uma estadia em sua pensão. O início do filme, mostra
sua morte, já velho e a partir daí, um investigador enviado por um editor,
passa a fazer uma pesquisa sobre a vida dele. De como fez fortuna,
principalmente na imprensa, a sua investida na política, seus casamentos, suas
paixões e sua solidão, mas a grande incógnita da história, é saber o que
significa a palavra “rosebud”, a última coisa que Kane disse antes de morrer.
Só no final descobriremos. Apesar dos elogios e a adoração dos críticos, não
considero o filme essa obra prima que tanto cultuam, apesar de ser a terceira
vez que assisto. É um filme excepcional, tem alguma coisa nele que me prende a
atenção o tempo todo, apesar de parecer chato em sua premissa. Talvez seja a
direção segura, ou a fotografia com suas sombras e luzes, os closes nos
personagens, o elenco irretocável, ou tudo isso junto.
Com: Agnes Moorehead (A Endora da série “A
Feiticeira”), Joseph Cotten e Ray Collins, entre outros e além dos já citados.
Para fãs de carteirinha do cinema clássico, se você
não é, suas chances de gostar, ficam ali nos 50%.
Nota 8.0 de 10
IMDb: 8.3