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segunda-feira, 30 de agosto de 2021

O Cavaleiro Verde (The Green Knigth) - USA/Reino Unido 2021 – Com Spoilers

Pensa num filminho ruim.

Pobre de ideias, pobre de história, pobre de locações, com efeitos sofríveis e um elenco mais desmotivado do que genro indo buscar a sogra na rodoviária. Talvez pelos motivos citados.

O filme é uma tentativa de recriar a lenda de Sir Gawain que foi desafiado pelo Cavaleiro Verde (uma espécie de “Groot” envelhecido, triste e melancólico, e o que é pior: sem o vozeirão do Vin Diesel).

O inconveniente vegetal falante, sem mais nem menos invade a comemoração natalina do Rei Arthur que está reunido com seus fiéis agregados da Távola Redonda (tão desanimado quanto a festinha de Fim de Ano no apê do Mr. Bean) e desafia qualquer um que aceite duelar com ele... porquê, eu não sei... e também não entendi porque o rei não mandou o chatonildo catar coquinho... 

Os valentões ali presentes, ficam na miúda, mas Sir Gawain (Dev Patel), que era apenas um vagabundo parente do rei, aceita o desafio, sem ao menos ter uma espada... ai ai ai... não é possível...! Tudo bem... o rei empresta a dele.

O tal do cavaleiro então em vez de duelar, se ajoelha e oferece o pescoço, dizendo que tudo que lhe for feito, será retribuído no próximo Natal.

E então o “valente” Sir Gawain corta a cabeça da árvore que anda a cavalo, achando que estava realizando um grande feito, a ser registrado em pergaminhos e guardados a sete chaves para a posteridade. Acho que não explicaram pra ele que galho de árvore e rabo de lagartixa, se você cortar, nasce outro no lugar... tsc tsc tsc...

Então... a “árvore”, pega sua cabeça, monta no cavalo e vai embora... é pra chorar de tristeza... do ridículo da coisa...

No Natal seguinte Sir Gawain inicia sua jornada para encontrar a árvore e ter o seu pescoço cortado em troco... apesar que ele acha que dá pra escapar.

E vai encontrando personagens bizarros pelo caminho...

É assaltado por delinquentes adolescentes (um moleque e duas garotas), ele morre... depois ressuscita, está amarrado e usa a espada (que surpreendentemente não foi levada pelos assaltantes), para cortar as cordas e depois deixa a espada lá...

Perde o cavalo, que foi roubado pelo menino então segue a pé e vai encontrando fantasmas, bruxas, uma garota sem cabeça, mas com cabeça... estranho né? etc...

É isso...

Fuja.

Passe longe.

Pelo menos umas duas léguas.

Conselho de amigo.

Me desculpem quem gostou, vi algumas críticas até bem positivas, que não entendi... eu detestei...

O que se salva são algumas locações e um jogo de cores até bem criativo nos efeitos... mais nada...

E ainda tem Joel Edgerton, Alicia Vikander e Erin Kellyman no elenco.

O diretor careca David Lowery tem como referência o filme Sombras da Vida (A Ghost Story) de 2017 com Casey Affleck e Rooney Mara. O filme foi muito elogiado pela crítica e público, eu gostei bastante, mas parece que aquilo foi obra do acaso.

Nota 4.9 de 10
IMDb: 6.7


sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Loki – 1ª Temporada - USA 2021

A história começa quando os Vingadores descem do apartamento de Tony Stark em “Vingadores Ultimatum” e na confusão que acontece no hall do prédio, o esperto Loki se apodera do cubo Tesseract e some.

Ele então é aprisionado por uma organização chamada AVT, criada pelos “Guardiões do Tempo”, três entidades originárias sabe-se lá de onde.

A AVT controla e administra o equilíbrio do espaço-tempo e pune qualquer transgressor que venha a colocar em risco o curso normal e o desenvolvimento temporal do universo... ou alguma coisa parecida com isso.

Como o Loki foi pego fazendo das suas (roubando o Tesseract e se transportando indevidamente), ele é condenado a ser “podado”, uma palavra menos assustadora do que “exterminado”, ou riscado do rol dos vivos, que é o que significa esse termo dentro da AVT.

Só que Mobius (Owen Wilson), uma espécie de detetive policial da entidade, vê no Loki uma oportunidade de descobrir e capturar um vilão que anda dando um trabalho danado para a AVT, sabotando e matando grupos enviados para prendê-lo. Ele acha que Loki pode ajudar a capturar o malfeitor, porque este facínora (alguém ainda usa essa palavra?) que eles andam à procura é... Loki!

Isso mesmo...

A série mescla mistério com viagens no tempo, muita ação, efeitos especiais a rodo (óbvio) e muito humor.

Divertida, inteligente e simpática, melhor do que Wanda Vision e Falcão Negro e o Soldado Invernal. E olha que essas duas não são ruins...

Se você curte o universo Marvel, não deixe de ver. Diversão garantida.

Com Gugu Mbatha-Raw, Sophia Di Martino e Jonathan Majors.

Nota 8.0 de 10
IMDb: 8.4


quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Feios, Sujos e Malvados (Brutti, Sporchi e Cattivi) – Itália 1976


Um filme único, diferente, erótico (quase pornográfico), imoral, escrachado, uma obra prima do cinema italiano e do diretor Ettore Scola.

O grande Nino Manfredi (espetacular no papel), é Giacinto, um patriarca à avessas numa família desestruturada, vivendo amontada num barraco de favela onde impera a vagabundagem, os palavrões, as brigas, o adultério e a cobiça.

Giacinto vive literalmente com um olho aberto e outro fechado, depois de um acidente de trabalho que lhe rendeu a perda de uma das vistas, sua aposentadoria precoce e uma bolada em dinheiro paga pelo seguro.

Só que ele mora num barraco imundo com uma montueira de filhos, que vivem discutindo, além de netos, genro, nora, esposa e a sua mãe, a vovó, que já está senil, viciada em TV e vive numa cadeira de rodas, mesmo assim, é a criatura mais normal dentro daquele manicômio.

Quase ninguém trabalha. A nora trai seu filho dentro de casa com próprio cunhado, sua filha vive numa eterna porradaria com o marido, um dos filhos é gay, os outros são ladrões e batedores de carteira, os que sobraram vivem lhe pedindo dinheiro. No dia da vovó receber a aposentadoria todos querem acompanhar a velha, só para depenar a infeliz na boca do caixa.

Mas numa coisa eles combinam: Todos estão de olho para descobrir onde o velho guarda a bufunfa, para que possam roubá-la.

Pra completar, Giacinto encontra uma prostituta na rua e a leva para morar na casa...

Uma história ambientada num lugar sujo, feio, pobre com esgoto a céu aberto. É cruel, desavergonhado, cheio de ratos (de quatro e de duas pernas) e por isso mesmo, é hilário. Um clássico. Atenção para a cena final...

Se você é daqueles que apreciam um bom cinema e não conhece essa obra prima, procure conhecer. Vale o ingresso...

É algo pra nunca esquecer.

Eu vi no cinema em 1977 e nunca me saiu da cabeça. Acabei de rever.

Nota 8.0 de 10
IMDb: 7.8


segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Viúva Negra (Black Widow) - USA 2021

Biografia oficial de Natasha Romanoff, a nossa querida vingadora que deu a vida para trazer de volta a metade da população que existia no universo, antes que o terrível Thanos, fizesse a gentileza de juntar as Joias mágicas do Infinito e dizimar cinquenta por cento de todos os seres vivos.

O filme começa num ritmo alucinante e a primeira sequência é de deixar a gente com a bunda grudada no sofá. Simplesmente sensacional.

Depois do desfecho inicial e dos créditos de abertura, ao som de “Smell of Teen Spirit” na voz de Malia J., o filme pula vinte e um anos e já encontramos as duas irmãs, Natasha (Scarlett Johansson) e Yelena (Florence Pugh), em ação. Muita ação.

A partir daí, vamos tomando conhecimento da trama, que se concentra principalmente, na luta pela sobrevivência e a união das duas para acabar com o reinado desumano daquele que as escravizou por um período, o poderoso Dreikov (Ray Winstone).

Se prestarmos atenção no roteiro, não há como negar algumas bobeiras, mas com tanta ação, tantos efeitos (bem produzidos), com duas heroínas hiper carismáticas, o bom humor e o elenco estelar de apoio, quem vai ligar para alguns pequenos furículos?  Eu é que não... 

Nota: verso: versículo, cubo: cubículo, furo: furículo.

Pra resumir sem que eu me queime por causa da entrega de spoilers:

Quem é fã de “Vingadores”, não pode deixar de ver.

O filme cumpre o que promete e a diretora Cate Shortland do premiado “Salto mortal” de 2004, se saiu muito bem.

Com Raquel Weisz, David Harbour, William Hurt e Olga Kurylenko.

Obs: Destaque para a ascensão meteórica de Florence Pugh. Depois de várias indicações ao premio de Melhor atriz por “Lady Macbeth” de 2016, a moça só vem se destacando. Fez “Midsommar: O Mal Não Espera a Noite” em 2019 e recebeu a indicação ao Oscar de Melhor Atriz por “Adoráveis Mulheres” em 2020. Isso, além do divertido “Lutando Pela Família” em 2019, com o The Rock, Dwayne Jonhson no elenco.

Nota 7.6 de 10
IMDb: 6.8


sábado, 21 de agosto de 2021

Nem Um Passo em Falso (No Sudden Move) - USA 2021

Chicago, anos 50.
Curt (Don Cheadle) e Russo (Benício Del Toro), são contratados para se unirem a um terceiro meliante, Charley (Kieran Culkin – irmão do Macaulay), para administrar uma operação sigilosa: Manter a família de Matt (David Harbour) sob custódia, até que ele roube uns documentos do cofre do seu chefe, um executivo da Studebaker.

O contratante é Doug (Brendam Frasier – bem mais “robusto”, desde seu papel em “George o Rei da Floresta” de 1997).

Acontece que o que parecia ser um trabalho simples que renderia 5.000 verdinhas para cada um, se transforma numa encrenca gigantesca, que acaba envolvendo chefes de facções criminosas, executivos do setor automobilístico, assassinos de aluguel, policiais corruptos, adultérios e mulheres interesseiras, tudo temperado numa salada mista de planos mirabolantes de improviso e muita gente perfurada.

O diretor Steven Soderbergh dos premiados “Traffic” e “Erin Brockovich”, acabou exagerando um pouco na dose e entregou um filme um tanto confuso pela riqueza do roteiro. É puxado para o noir, com tanta coisa acontecendo que a gente se perde um pouco dentro da trama, mas nunca deixa de ser interessante e também nunca se torna entediante.

O elenco é impecável, além dos já citados temos Julia Fox, Ray Liotta, Bill Duke (Predador) Jon Hamm e a participação não creditada de Matt Damon.

Achei o final um tanto “padrão”, acho que o diretor podia ter arriscado um pouquinho mais. Mesmo assim, um bom filme, violento e com um visual de época muito bem reconstituído. Eu só achei que a jogada de utilizar aqueles efeitos de câmera que deixam as laterais da tela disformes, não ajudou em nada. É só uma coisinha diferente... enfim...

Eu adoro esse gênero.

Nota 6.8 de 10
IMDb: 6.5




quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Mundo em Caos (Chaos Walking) - USA 2021

Um filme futurista, com um orçamento de 100 milhões de dólares, com Tom Holland, Mads Mikkelsen, Cynthia Erivo, Deisy Ridley a nova Jedi do Star Wars, Nick Jonas de “Jumanji”... é possível que um filme desse seja tão ruim a ponto de chatear a gente?

Ainda mais sabendo-se que essa versão é a produção “melhorada”, depois do fracasso do original nas exibições teste? E que a “melhora” custou mais 15 milhões de dólares?

Parece piada né. Mas é sério... sério mesmo...

Chateia... não pela ruindade do filme, mas porque é chato mesmo...

Não dá pra entender a falta de tino dos produtores, diretores, roteiristas e etc... acho que todos estavam com alguma avaria séria no bestunto... só pode...

Vamos lá:

Num lugar onde as mulheres foram exterminadas e os pensamentos são ouvidos... (pois é... toda vez que alguém pensa alguma coisa, o som do pensamento se propaga, acompanhado de uma fumacinha, ou seria uma áurea, ou sei lá como chamar aquilo), o xerife da cidade (Mads Mikkelsen), por ter um cérebro privilegiado, domina o vilarejo, que vive basicamente da agricultura de beterraba. Por que será que só tem beterraba? Uma terra tão boa.

Uma nave cai próximo dali (uma nave e ninguém viu...), com apenas uma sobrevivente. Ô sono pesado, dessa gente...

Todd (Tom Holland), encontra por acaso a garota (Deisy Ridley) e vai correndo contar pro xerife. Logo se arrepende e vai ter que protege-la dos planos maléficos do mandachuva e do pessoal mais próximo dele.

Eles fogem e daí uma torrente de absurdos (mais absurdos), passam a acontecer e alguns segredos vão sendo revelados.

Cada besteira que só vendo.

Se você quiser ver, é claro...

Eu não recomendo. O filme só vale mesmo pelo elenco. Nem sei em que gastaram tanto dinheiro. Desconfio de super faturamento... deviam abrir uma CPI.

Fuja... não se envolva com essas coisas... 

Nota 4.9 de 10
IMDb: 5.7


terça-feira, 17 de agosto de 2021

Martyrs – França 2008

Para muitos, um filme de terror dos mais impactantes que já foram produzidos.

E ainda é presença constante em algumas listas de melhores filmes de invasão domiciliar.

É um filme feito pra chocar. É cruel, violento, inesperado e o final fica entre o indignante, o revoltante e o intrigante.

Difícil falar sem dar spoilers, mas o filme acompanha duas amigas que invadem uma casa em busca de vingança. Elas estão armadas, são cruéis, não perdoam mãe, pai, filhos adolescentes, nem mesmo o cachorro. (se tivesse).

Só que um segredo escondido no porão da casa, acaba aflorando e o imprevisto, o repentino, o impensável, o inferno acontece.

Se você não quer ter um filme tatuado na sua memória, evite. É chocante. Vai entrar no seu cérebro e ficar lá. Gravado, marcado que nem uma cicatriz. Agora... se você quer conhecer uma obra singular, apesar de ser uma produção de pequeno orçamento, mas de um efeito devastador na história do cinema, então esse é o filme.

Dizem que muita gente abandonou as salas de projeção na metade.

Mas atenção: Estamos falando do filme francês de 2008, se te oferecerem a versão americana de 2015, saia correndo, porque é ruim de doer.

Nota 7.9 de 10
IMDb: 7.1


O Último Mercenário (Le Dernier Mercenaire) – França 2021

Filme novo do Van Damme? Obaaaa...

Na década de 90 era assim que a gente reagia quando chegava na locadora e tinha lá aquele banner enorme com a divulgação de um lançamento desse cara.

Daí a moça da locadora falava: "Todas as fitas estão alugadas".

Hoje é diferente, mas ele, com 60 anos ainda atrai os saudosistas, e o que é melhor: não decepciona.

Um bom exemplo é esse filme cheio de ação, aventura, perseguições, bom humor e porradaria cômica.

Van Damme é Richard Brumère, um super agente secreto que vive recluso em algum lugar do planeta terra, depois de ter enfeitado o crânio do seu chefe. Só que antes de se afastar, ele fez algumas exigências e uma delas, era para que seu filho (não reconhecido oficialmente), recebesse uma mesada mensal e tivesse um passaporte com imunidade diplomática.

Acontece que alguém pegou o documento do bobalhão e estava usando para contrabandear armas entres países da Europa.

Daí então, Richard Brumère ressurge, para botar ordem na casa.

O roteiro segue uma fórmula antiga, mas sempre eficiente: Temos vilões caricatos, ajudantes caídos de paraquedas, uma rixa entre pai e filho e o nosso herói tendo que correr atrás dos vilões e de quebra driblar as autoridades policiais. 

Diversão garantida com o “tio” Van Damme em plena forma, interpretando um personagem simpático, engraçado e bom de briga. 

Obs: Presença ilustre de Michél Crémadès de “Asterix e Obelix: Missão Cleópatra”, um dos grandes comediantes franceses.

Nota 6.8 de 10
IMDb: 5.4


segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Fatma – Minissérie – Turquia 2021

Fatma Yilmaz (Burcu Biricik), é uma mulher que passa a fazer faxina para sobreviver, depois que seu marido recém libertado da prisão, desaparece.

Enquanto trabalha, ela vive uma busca incansável à sua procura (incansável para ela, porque nós ficamos com os culhões inchados de tanto a mulher perguntar pelo marido). 

Entre umas e outras ela acaba se metendo com o submundo do crime turco, campo de trabalho que botou seu companheiro no xilindró.

Daí acontece um assassinato, a faxineira inofensiva mata um dos chefes e os associados subterrâneos de Zafer, seu marido, logo descobrem, e a única maneira de ela sobreviver neste ambiente, é continuar matando. Ela vai se safando, a polícia não a considera mais do que uma faxineira comum, então ela se torna uma assassina invisível. No final, o assassinato se torna uma liberação para os anos de luta e dor que ela reprimiu, e uma nova identidade começa a aflorar.

Seus traumas são perfeitamente justificáveis, pois fantasmas da infância a assombram e a perda do seu bem mais precioso a torna uma pessoa sem sentimentos. 

A série prende a atenção e este é o seu maior mérito, porque as situações são absurdamente forçadas, ela se safa sem mais nem menos e os assassinatos acontecem quase “sem querer querendo”.

Não sei o que eu vi, pra ter começado a ver a série, acho que foi a boa avaliação no IMDb...

Está aprovada, mas passou raspando... se interessar, é por sua conta e risco...

Nota 6.8 de 10
IMDb: 7.4


sábado, 14 de agosto de 2021

Star Wars: The Bad Batch - 1ª Temporada USA 2021

The Bad Batch do Star Wars: O Lote Estragado.

Grupo de clones Stormtroopers que saiu de fábrica graças a uma falha no controle de qualidade é utilizado em missões de risco máximo por serem menos importantes do que os "norms", os clones padrão do Império. Quando o Império derrota a República e se apodera do controle intergaláctico, o Imperador Palpatine delega a Ordem 66, que manda exterminar todos os Jedis. Não fica claro, mas essa Ordem, passa a ideia de que é para evitar dores de cabeça com aliados fora dos padrões de submissão, pois podem se rebelar contra a tirania que será imposta.

Acontece que os "defeitos" elevaram os cinco amigos a um nível superior por isso, seus chips inibidores de autocontrole são ineficazes e eles fogem, levando de quebra uma menina clone, a matriz de uma espécie revolucionária, ainda em teste.

Ao longo dos 15 episódios de 20 minutos cada (exceto o primeiro que tem quase uma hora), o grupo vai viver aventuras interplanetárias, lutando pela sobrevivência, auxiliando necessitados e ajudando amigos enquanto são  perseguidos por assassinos e caçadores de recompensas, porém a mais dura pedra do caminho se chama Crosshair um ex-companheiro que teve seu chip de submissão atualizado e acabou virando a casaca. Episódios curtos, dinâmicos e sempre interessantes, com uma aventura completa em cada um. Fácil de assistir, de torcer, de se empolgar com a espetacular trilha sonora e de simpatizar com o grupo de amigos, principalmente a menina Ômega e o atrapalhado Wrecker. Se você é fã de Star Wars, não deixe de ver, é muito legal.

Obs: Prefira sempre o áudio original, os cinco personagens principais são dublados por um mesmo cara: o incrível Dee Bradley Baker, mas se opinar pela dublagem em português, tudo bem, porque também está ótima.

Nota 8.0 de 10
IMDb: 8.1


quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Crime Sem Saída (21 Bridges) - USA 2019

Apesar da infelicidade na escolha do título em português, até que este filme (o antipenúltimo da carreira de Chadwick Boseman), não é ruim.

Até pelo contrário, o filme prende a atenção do início ao fim, numa perseguição frenética durante a noite, comandada pelo inspetor André Davis (Chadwick), para prender (ou cancelar os CPF’s), de dois ladrões que ao serem surpreendidos pela polícia durante um roubo num depósito de drogas, revidaram e mataram sete policiais. Na verdade, só um deles matou os tiras, o outro não chegou a matar ninguém.

Encurralados na ilha de Manhathan que teve suas pontes fechadas pela polícia (por isso o título original), os ladrões tentam escapar enquanto uma horda de policiais com sangue nos olhos correm atrás deles. Só que alguns detalhes da operação, começam a chamar a atenção do inspetor André e aos poucos ele vai percebendo que tem mais tamanduás do que formigas naquele formigueiro.

Ritmo ágil, boa história e bom elenco que conta ainda com o sempre ótimo J. K. Simmons, Sienna Miller e Stephen James de “Raça” e “Se a Rua Beale Falasse”, dois filmes muito premiados. Vale uma conferida.

Detalhe: É visível que Chadwick Boseman já se sentia afetado pela doença que o matou. Uma pena...

Nota 7.0 de 10
IMDb: 6.6


Assassinato Num Dia de Sol (Evil Under the Sun) - USA 1982

Filme baseado em livro da Dama do Crime, Agatha Christie, com grande elenco e o melhor Hercule Poirot que já pintou nas telas: Peter Ustinov.

Pessoas endinheiradas e sem muito o que fazer, resolvem passar alguns dias de papo pro ar num exótico hotel encaixado em uma panorâmica elevação rochosa à beira mar, numa ilha do Mediterrâneo.

Conversa vai, conversa vem, alguém resolve mandar para o além,  Arlena, uma estrela de cinema de nariz empinado e cheia das crueldades.

Hercule Poirot, que estava ali a serviço de uma loja de penhores para resolver o assunto de um diamante falso penhorado por um dos hóspedes, acaba aceitando o irrecusável convite feito por Daphne, a dona da pensão, para investigar o caso e já resolver o assunto, evitando que polícia fosse incomodar os honoráveis hóspedes, ao chegar na ilha.

A mulher assassinada era um pé no saco e todos os ali presentes tinham algum motivo para despachar a nojenta, assim como também, todos os hóspedes tinham um álibi para a hora da morte da criatura. Só mesmo a astúcia e o incomparável poder de dedução do simpático e rechonchudo detetive, seria capaz de desvendar o misterioso enigma.

Ótimo filme, numa locação paradisíaca e recheado de estrelas hollywoodianas:

James Mason, Roddy McDowell, Jane Birkin, Sylvia Miles, entre outros.

O diretor britânico Guy Hamilton, falecido em 2016, teve uma extensa carreira e dirigiu entre tantos, 04 filmes da franquia James Bond: “007 Contra Goldfinger” 1964, “007 Os Diamantes São Eternos” 1971, “Com 007, Viva e Deixe Morrer” 1973 e “007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro" 1974.

Filme para ver e rever, mesmo conhecendo o surpreendente desfecho.

Nota 7.6 de 10
IMDb: 7.1


terça-feira, 10 de agosto de 2021

Luca USA 2021

Luca é um menino sonhador que vive em águas profundas, sempre controlado pelos seus pais para que nunca suba à superfície, pois os humanos vivem caçando os seres sua espécie.

Certo dia ele faz amizade com Alberto, um garoto que costuma se aventurar em terra firme, já que fora da água eles assumem a aparência humana.

Como a curiosidade é maior do que a prudência, Luca logo passa a acompanhar Alberto nas suas aventuras e num desses passeios, conhecem Giulia, uma menina divertida e meio estranha, que desperta neles o desejo de conhecer ainda mais os costumes dos humanos. Com isso, acabam entrando numa gincana com o propósito de derrotar o valentão do pedaço e de quebra ganhar um sonhado prêmio.

O filme segue a fórmula certeira de uma boa animação, é engraçado, tem personagens simpáticos, perigos, muita correria, amizade sincera e perseguições, mas algumas coisas são impagáveis, como a hilária família de Luca, o olhar de Massimo (pai de Giulia), o inglês macarrônico e aquele gato desconfiado. A cara do gato é demais. Tem ainda o tio Ugo que vive nas fossas marinhas, personagem dublado pelo sempre ótimo Sacha Baron Cohen

Dubladores descendentes de italianos, reforçados por nomes importantes do cenário americano:

Jacob Tremblay o menino do “O Quarto de Jack”, Maya Rudolph de “O Halloween de Hubie” e a ótima Emma Berman como Giulia.

Gosta de uma boa animação? Não perca, é muito legal.

Nota 7.7 de 10
IMDb: 7.5


sexta-feira, 6 de agosto de 2021

A estreita Faixa Amarela (La Delgada Línea Amarilla) México 2015

Produzido por Guillermo Del Toro, este filme tem uma história simples, assim como seus personagens.

Toño (Damián Alcázar, o Gilberto Arejuela de “Narcos”), é um homem de meia idade, um tanto desiludido pela sua existência sofrida, após ter passado por uma tragédia familiar. Para ajudar, acaba de perder seu emprego de segurança num ferro velho, sendo substituído por um cachorro.

Na sua jornada em busca de novos afazeres, acaba encontrando um velho conhecido que lhe oferece emprego para chefiar um trabalho com prazo apertado, para a sinalização de uma estrada interiorana.

Ele aceita e juntamente com quatro comandados e um sistema bastante rústico, composto de um carrinho manual, equipado com um motor de jato de tinta, vão trabalhar numa estradinha erma, longa e afastada da civilização. A convivência, os perigos, os imprevistos e os dramas pessoais de cada um, vêm à tona e o que nasce entre eles é um relacionamento tumultuado no início, mas daqueles que vai acabar se constituindo numa sólida amizade.

Uma história sensível, com personagens simples, humanos, cheios de sonhos e de esperanças.

Belo filme. Recomendado para cinéfilos e apreciadores da boa arte cinematográfica.

Nota 7.5 de 10
IMDb: 7.4


quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Rua do Medo 1994, 1978, 1666– Trilogia – (Fear Street: Part 1, 2, 3 – USA 2021)

Pois então... resolvi assistir essa trilogia bancada pela Netflix e baseada em livros de R. L. Stine, autor consagrado por escrever histórias de terror voltado para o público adolescente, dando uma passadinha pelo terreno da diversidade.

O primeiro filme, "Rua do Medo 1994", começa com uma série de assassinatos em um Shopping Center da cidade de Shadyside, cometidos por um rapaz pacato e gente boa, que de repente parece ter incorporado o espírito de assassinos seriais, como “Jason Voorhees”, “Michael Myers”, Freddy Krueger”, etc...

Uma série de ocorrências e incríveis coincidências, acabam botando Deena (Kiana Madeira), sua namorada Samantha (Olivia Scott Welch) e seu irmão gordinho Josh (Benjamin Flores), na linha de fogo, ou... na frente da faca, e o trio que se torna protagonista da treta, vai ter que dar duro para fugir do assassino, que logo recebe ajuda de outros assassinos, por conta de uma terrível maldição que reside nos subterrâneos da cidade.

Mais perdidos do que piolho em cabeça de careca, eles acabam recebendo a ajuda da sobrevivente de uma chacina parecida, que aconteceu em 1978.

Entra aí a segunda parte da trilogia: "Street of Fear 1978", é a narrativa de toda a carnificina ocorrida há 16 anos, contada por esta sobrevivente para o casal de meninas e o irmão (e cunhado gordinho). A partir daí, eles vão em busca de soluções para acabar com a maldita maldição. Uma ocorrência “ajeitada” pelo roteiro, faz com que Deena visualize toda a origem da terribólica maldição (junção de terrível com diabólica), e então, no terceiro filme “Fear of Street 1666”, ficaremos sabendo de tudo que ela viu e a partir daí vamos entendendo os motivos de tanta facada, machadada, punhalada... etc...

Um plot twist safado e outra série de coincidências arranjadas descaradamente, vão deixar o trio caçador de maldição e sua nova amiga, em condições de combater a malevolência que assola o lugar há... deixa ver... 1994 menos 1666, que é igual a exatos 328 anos. Todo esse tempo e ninguém tinha descoberto... tsc tsc tsc... E ninguém também, teve a ideia de dar o fora daquela cidade amardiçoada do capiroto. E olha que conveniente: a cada geração se renovava a perversidade... E ainda tem coisa, mas deixa pra lá... é muita abobrinha reunida num só lugar. Se tivessem mantido a história no nível do natural, como por exemplo “Sexta Feira 13”, poderia ter me agradado. Afinal, Jason é ao natural não é? Ele foi um menino que se afogou, mas como explica a teoria de Charles Darwin, a espécie evoluiu, desenvolveu guelras, ou sei lá qual foi o sistema respiratório com o qual ele aprendeu a viver debaixo d’agua e depois (um tanto atrapalhado das ideias), saiu matando a molecada tarada a torto e à direita, porque para ele, a cambada de adolescentes foi responsável pela sua morte quando ele era menino e ainda por cima depois de algum tempo, separaram a cabeça do pescoço da sua querida mamacita. Tudo perfeitamente possível de acontecer, e não essa baboseira de bruxas, bruxarias e maldições, que nunca ninguém explica, como uma pessoa normal que sofre uma morte violenta e injusta, de repente se torna uma defunta com superpoderes sobrenaturais para ficar atormentando por séculos e séculos, a vida de gente pacata que nunca fez nada de mal pra ela.

Se você quiser arriscar e curte essas histórias sobrenaturais, inventivas, cheias de furos e com soluções mirabolantes, vai até gostar. Os efeitos são bons, o elenco segura bem e a carnificina é de dar dó da molecada... Eu só não gostei mesmo foi da história... muito forçada...

O bom menino, Benjamin Flores Jr. (Josh), foi um dos personagens principais na ótima “Your Honor”, minissérie com Brian Cranston. Veja a crítica aqui mesmo no nosso blog.

Nota 5.0 de 10
IMDb: 6.5


Dias Perfeitos (Perfect Days) - Japão/Alemanha 2023 nota 7,8

Indicado ao “ Oscar de Melhor Filme Estrangeiro ” e dirigido pelo prestigiado  Wim Wenders “ Asas do Desejo ”, “ Paris Texas ”, Dias Perfei...