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terça-feira, 31 de março de 2020

O Poço (El Hoyo)

Espanha 2019

Quem já ouviu falar desse filme da Netflix, levanta a mão!
Pois é gente, esse é o filme mais falado das últimas semanas. E a propaganda boca a boca continua forte.
É claro que eu estava curioso pra conhecer e acredito que tem muita gente curiosa, por isso vou fazer de tudo para evitar os spoilers, ok?
Vou dizer o que eu achei, só usando as informações divulgadas antes que todo mundo tivesse resolvido comentar sobre o filme.
O Poço é uma produção espanhola, dirigida por um diretor estreante em filmes de longa metragem (Galder Gaztelu-Urrutia), mas dizem que esse cara tem futuro, guardem o nome dele, embora eu acho que nem precisa, com certeza na divulgação do seu próximo trabalho, vai estar lá:
“Do diretor de O Poço”, pode escrever.
O poço do título é uma prisão subterrânea com níveis e níveis e mais níveis de celas. Cada nível tem apenas uma cela com dois prisioneiros e uma abertura no centro, por onde, uma vez por dia desce uma plataforma com a comida dos presos.
A plataforma fica parada por dois minutos (convenhamos que é uma eternidade...os recrutas do Capitão Nascimento só tinham 10 segundos...).
Entonces, o rango é um verdadeiro banquete só comparável àqueles servidos em jantares de imperadores de filmes medievais, só que...preparados por chefes mais exigentes do que jurados em final de Master Chef.
Com um detalhe: Cada prato corresponde ao prato predileto de cada um dos prisioneiros, daí deduzimos que na plataforma tem comida pra todo mundo, certo?
Certo!
A dupla principal do filme, Goreng (Iván Massagué) e Trimagasi (Zorian Eguileor).
Então... eles estão no nível 48, onde ainda chega muita comida, chega pisoteada, espalhada, misturada destruída, como se tivesse sido atingida por um tsunami, mas chega.
Mas... e os níveis inferiores?
No nível 200, por exemplo. Lá não chega nem uma migalha. Se o prisioneiro não se converter ao canibalismo, não come e se for mais fraco que seu companheiro (a), vira comida.
E a cada 30 dias, eles são trocados aleatoriamente de nível.
Esse é o simbolismo principal do filme:
A nossa pirâmide social e as atitudes das pessoas em cada um desses níveis, ou seja, porque me preocupar se tem gente morrendo de fome lá embaixo? Eu estou “por cima”, minha barriga tá cheia, então f@#$dam-se os que estão lá embaixo. Prefiro desperdiçar, pisotear, estragar ou comer mais do que eu necessito, do que deixar para eles. Se quiserem, tem que comer as sobras, mas até onde essas sobras chegam?
Pois é...
Goreng é gente boa, um cara companheiro e leal que carrega com ele o livro "Dom Quixote de La Mancha". Até aonde sua natureza humana vai suportar?
O filme é um soco no estômago.
Cruel, violento, aterrorizante e cheio de simbolismos.
A fotografia é escura, angustiante e perturbadora.
Vou deixar aqui algumas perguntas e claro, existem muitas outras.
Assista e faça as suas.
Ou não.
”A solidariedade imposta com violência é válida”? Ou é uma falsa solidariedade?
“Goreng foi corrompido pelo sistema e se tornou um assassino”?
Ou como disse Trimagasi, “Não sou assassino, eles me obrigaram”, se referindo aos que comandam o poço.
“333 X 2 =... foi de propósito”?
“A menina é real”?
“Como ela sobreviveu naquele nível”?
“É preciso passar por todos os níveis para finalmente conhecer a compaixão pelos menos afortunados”?
“Como aquela plataforma se movimenta”?
“Você ainda comeria aquela Panacota”?
“E por que diabos Goreng não escolheu “Largados e Pelados” para obter seu certificado”?

Obrigatório para quem gosta de cinema. Mesmo que você não goste do filme.
Ah... o final foi escolha do diretor, segundo dizem, tinha uma cena a mais, mas ele preferiu cortar.

Nota 7.5 de 10
IMDb: 7.0

domingo, 29 de março de 2020

Barry - Série


USA 2018

Barry (Bill Hader de “It Capítulo 2”), é um ex combatente que agora ganha a vida como assassino profissional.
Apesar da sua invejável competência, ele é um cara tímido, retraído e quem negocia seus “trabalhos” é Fuchs, um amigo e “empresário” malandrão vivido por Stephen Root.
Passando por Los Angeles, Barry é forçado a se envolver com a companhia de teatro de Gene Cousineau (Henry Winkler) por causa de um trabalho em que tem que "eliminar" um dos alunos que está dando uns "catas" na esposa de um chefão do crime.
Lá ele conhece uma aluna (Sara Goldberg) e acaba se interessando em participar das aulas a fim de ficar na cola da gata.
As dificuldades de se relacionar com as pessoas e de conciliar a nova vida com sua função de assassino, vão render várias situações de um tipo de humor pouco explorado, talvez por não agradar a grande maioria das pessoas.
A série é uma mistureba de personagens amalucados e situações bizarras, recomendada para quem está procurando alguma coisa diferente, uma combinação de violência com besteirol e muita gente abilolada. Mafiosos, traficantes colombianos, um chefão babaca e assassinos russos.
Destaque para Anthony Carrigan como o capanga “legal” do chefão.
Nessa temporada, são apenas 8 episódios de 30 minutos.

Muito bem avaliado no IMDb: 8.3
Minha nota: 8.0

sábado, 28 de março de 2020

Love, Deaths + Robots

USA 2019

Série com 18 histórias curtas, as mais longas tem pouco mais de 17 minutos.
São histórias com temas surpreendentes, a maioria futuristas, todas com um plot twist no final.
A produção é caprichada e só tem uma história com atores, o restante são animações.
Na história com atores, um casal se muda para uma casa mobiliada e ao pegar um cubo de gelo para por na bebida, encontra um mamute em miniatura congelado. Ao olhar dentro do congelador, encontram uma civilização minúscula se desenvolvendo  ali dentro.
As outras histórias não são menos surpreendentes:
Uma lutadora "avatar" controla um monstro numa espécie de MMA gigante.
Três robôs em um "tour" pelo planeta após o apocalipse.
Uma guerra de colonos contra monstros alienígenas.
A tripulação de uma nave acorda de uma hibernação programada, mas está em outra dimensão, sem saber direito o que houve durante as várias décadas de sono.
Uma simulação de várias mortes de Hitler quando criança e as consequências desse ocorrido.
O planeta dominado por um iogurte.
Um looping esquisito de uma mulher que é perseguida por um psicopata e mais outras histórias malucas, mas bem escritas e bem produzidas.
Vale (muito) a pena conhecer.
Já estão trabalhando na segunda temporada.

Nota 8.5 de 10.
IMDb: 8.6

A Maldição da Chorona (The Curse of La Llorona)

USA 2019
A Chorona é o espírito maligno de uma mujer que no século XV afogou seus dois filhos pra castigar o marido que estava pulando a cerca... pois é...
Arrependida da m... que fez, agora (1973) ela ainda anda por aí afogando os filhos dos outros para... para quê mesmo? Pois é...
Daí então ela, que não tinha mais o que fazer, decide aterrorizar algumas famílias na cidade de Los Angeles. Famílias com crianças é claro!
Uma assistente social e um ex padre vão travar uma batalha pra mandar a entidade lamuriosa de volta pro além. Apesar que, pelo que diz a lenda ela nunca foi aceita por lá.
Apesar dos motivos toscos encontrados pelos roteiristas e algumas inevitáveis idiotices do gênero, o filme tem uma história simples, direta e sem complicações, diferente de "Hereditário", por exemplo.
Por isso é fácil de assistir e mantém a gente entretido... entertido? Intretido? Intertido? Bom...  a gente fica ligado na ação, sem que seja preciso ficar imaginando o porque disso ou daquilo.
É um filme que consegue dar aqueles sustos que te pegam de surpresa.
A direção é legal, a bruxa é horrorosa e as cenas de suspense conseguem deixar a gente grudado no sofá.
Meio vagabundo, mas é um bom filminho de terror pra passar o tempo.
Com Linda Cardellini (Vingadores Ultimato) e Raymond Cruz (Breaking Bad)

Nota 6.4 de 10.
IMDb: 5.5

Quiz Charada - Qual é o Filme?

Um cachorro todo dia chegava na obra usando capacete e com a marmita debaixo do braço.
Qual é o filme?
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O cão peão...



















Night Hunter

Canadá/USA 2018

O filme tem uma abertura que já entrega de cara que a história é sobre uma espécie de serial killer, aquela velha tomada mostrando uma garota em fuga numa estrada deserta.
Em seguida mostra uma outra garota sentada em uma lanchonete conversando com um cara mais velho com cara de safado, num papo em que deduzimos facilmente que vai rolar sexo entre os dois.
Logo uma reviravolta revela que a história ali era bem outra.
Um detetive caladão, Marshal (o Superman, Henry Cavill) é encarregado de investigar a morte de uma outra garota e de cara ele já deduz que é obra de um assassino em série.
Com a ajuda de uma psicóloga, Rachel (Alessandra Dadário) e de um ex juiz (Ben Kingsley), ele vai se meter em um caso complicadíssimo em que os policiais envolvidos começam a morrer em uma série de atentados.
O caso que parece resolvido na primeira metade do filme, ainda reserva muitas surpresas, revelando que o cenário da coisa toda, não é exatamente o que parece.
Uma história de suspense bem ao estilo daqueles romances policiais que envolvem boa dose de mistério, uma pena que o filme é na sua maior parte, escuro e claustrofóbico, apesar de se passar numa cidade gelada e coberta de neve. Para alguns pode não ser um problema, mas eu acho que se as coisas fossem mais às claras, com outro visual seria mais atrativo, ficaria mais “iluminado” e não prejudicaria em nada o clima de insegurança que o filme passa.
Ainda tem a atriz Alessandra Dadario de "Terremoto - A Falha de San Andreas", que é sem graça de tudo...
Apesar de prejudicado pela direção, é uma história que vale a pena conhecer. E já que você está de quarentena mesmo...

Com:
Stanley Tucci de “O Silêncio”, aquela cópia genérica de "Um Lucar Silencioso”.
e Brendam Fletcher de “O Regresso”.

Nota 6.6 de 10
IMDb: 5.8

sexta-feira, 27 de março de 2020

Aves de Rapina - Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa (Birds of Prey: And the Fantabulous Emancipation of One Harley Quinn)

USA 2020

A diretora chinesa Cathy Yan tentou fazer um filme de heróis (heroínas) violento, divertido e ao mesmo tempo colocar em evidência a emancipação feminina do título.
O filme demora um pouco para se definir. No começo, fica numa gangorra sem objetivo claro, mostrando um pouco da vida das mulheres que mais pra frente vão se unir para derrotar o vilão da história, Roman Sionis (Ewan MacGregor).
Arlequina é uma maluca perseguida por inimigos que ela colecionou quando podia aprontar sem medo, já que era temida por ser namorada do Coringa. Só que agora, na sua fase inicial de “emancipação” as coisas se complicam porque ninguém mais tem medo e ela tem que se virar pra se defender.
Entre divertidas perseguições e tiroteios, ela vai nos apresentando as personagens que vão surgindo e narrando em off suas origens.
Renee Montoya (Rosie Peres) é a policial competente que resolve os casos para que seu chefe abusivo fique com os ”louros”.
Dinah Lance – Canário Negro (Jurnee Smoollet-Bell) é a cantora principal do clube do vilão em quem ele aplica altas doses de assédio moral, a obrigando a trabalhar junto com seu braço-direito sádico Victor Zsasz (Chris Messina), na procura de uma menina oriental Cassandra Cain (Ella Jay Basco) uma ladrazinha adolescente cheia de truques.
Helena Bertinelli - A Caçadora (Mary Elisabeth Winstead) é a assassina do dardo que entra em cena procurando vingança contra os mafiosos que mataram sua família.
E por aí vai o filme, em um tom de comédia, com lutas pra lá de coreografadas e cheio de piadinhas, algumas engraçadas, outras nem tanto. Entra até uma hiena na história, quem acompanha os quadrinhos vai saber o porquê.
E há uma cena em que Arlequina repete a dança do filme “Os Homens Preferem as Loiras” em que Marylin Monroe canta ‘Diamonds Are A Girl's Best Friend’.
Madona fez o mesmo, no videoclipe de sua ‘Material Girl’.
Em resumo, é tudo colorido, divertido e sem profundidade.
Não é ruim, mas é puro passatempo.

Nota 6.8 de 10
IMDB: 6.3

quinta-feira, 26 de março de 2020

Pausa pra Piadinha: Emma Watson

O garotão chega em casa e grita pra mãe:
- Mãe! estou namorando a Emma Watson!
- Emma o quê, filho?
- É... essa mesmo!

Adoráveis Mulheres (Little Women)


USA 2019
Com indicações ao Oscar Melhor Filme e Roteiro Adaptado, Melhor Atriz, Figurino e Melhor Atriz Coadjuvante, essa terceira adaptação do romance clássico Little Women, escrito por Louisa May Alcott e lançado por volta do ano de 1870, conta a história de quatro irmãs durante a Guerra Civil Americana.
O filme tem cara de produção inglesa e o desenrolar do novelão lembra os tempos do império. As irmãs vivem seus sonhos, frustrações amorosas, disputas, problemas de saúde (a epidemia de scarlatina era constante na época) e perrengues financeiros.
A diretora Greta Gerwig escolheu uma trilha sonora com trechos suaves de grandes clássicos que combinam perfeitamente com o filme:
Beethoven, Brahms, Bach, Chopin, Schubert, Strauss, Vivaldi, Schumann.
Apesar de ser um drama, não chateia e se "movimenta" bastante, ora mostrando a época em que se passa e ora trazendo alguns flashbacks. O filme é todo das meninas, os namoradinhos, pretendentes e até esposos, são meros personagens de suporte.
O filme é bom, só que não me acrescentou nada, pois eu já conhecia a versão de 1940, por isso, tirando os detalhes, o filme me entregou a mesma mercadoria, a diferença é que veio com uma embalagem diferente.
Claro que isso é só a minha opinião, OK?
Saoirse Ronan, a menina de "Hanna" de 2011 e de "Lady Bird" 2017, foi indicada ao Oscar de Atriz Principal.
Florence Pugh de "Midsommar: O Mal Não Espera a Noite" de 2019 e "Lady MacBeth" de 2016, ao Oscar de Atriz Coadjuvante.

No elenco, além das duas beldades indicadas ainda tem:
Emma Watson (Harry Potter)
Chris Cooper
Laura Dern (Jurassic Park)
Meryl Streep
Eliza Scanlen que eu nunca vi mais gorda.
e Bob Odenkirk, o Saul Goodman de Breaking Bad.
O filme ganhou o Oscar de melhor Figurino.
Quem curte esse gênero, e não conhece a história, precisa assistir.

Nota 7.1 de 10
IMDb: 8.0

quarta-feira, 25 de março de 2020

Sister

China 2019

Indicado ao Oscar de Curta Metragem de Animação, esse filme chinês de apenas 8 minutos é narrado a partir de um menino, contando sua convivência com a irmã mais nova.
A animação é feita em Stop Motion com bonecos de algodão, feltro e tecido e filmado em preto e branco.
Ele fala da disputa pelos brinquedos, pelos canais da TV e o castigo pelas travessuras que sempre recaíam sobre ele, o irmão mais velho.
No final, ficamos sabendo que sua irmã nunca existiu, pois devido a situação financeira, seus pais provocaram o aborto.
Entre 1979 e 2015, a China viveu sob a “Política do filho único”, quem quisesse ter mais de um filho, teria que pagar um tributo.

Nota 7.0
IMDb: 7.1

O vencedor do Oscar foi “Hair Love”, sobre um pai que pela primeira vez na vida, precisava fazer um penteado na filhinha para que fossem visitar a mãe no hospital. No final, um detalhe é revelado.

domingo, 22 de março de 2020

O Mandaloriano (The Mandalorian)

USA 2019

Essa série da Disney em 8 episódios foi escrita por Jon Favreau, aquele ator que faz o papel do Happy Hogan, o cara que fica paquerando a tia May do Peter Parker em "Homem Aranha, Longe de Casa" e causando ciúmes nesse que vos fala (escreve), já que eu sempre fui gamado na Marisa Tomei... enfim... rsssssss
Essa primeira temporada, conta a história de um caçador de recompensas que ao saber que seu trabalho atual vai dar fim à vida de uma criança extraterrestre, decide se rebelar contra o Império e fugir com a criatura. Vai ser perseguido pelas galáxias afora por caçadores de recompensa assassinos de tudo quanto é planeta, já que a "criança" que ele está tentando salvar é uma grande ameaça ao poderoso imperador, e ele, o Mandaloriano, não sabia disso.
Apesar de viverem de recompensas, Mandalorianos são integrantes de um grupo de guerreiros cheios de virtudes que usam armaduras e uma máscara metálica que não tiram na frente de nenhum ser vivo.
A ação se passa antes do primeiro filme Star Wars e se não fosse esse cara, o pequenino maior Jedi da saga, não teria existido.
A alta avaliação é plenamente justificável, apesar de algumas bobeiras no roteiro, como a ingenuidade do Mandaloriano (Pedro Paskal de "Narcos") de confiar em todo mundo e algumas "doutrinas" que surgem do nada para "encaixar" algumas situaçõres, a série é muito legal, atraente e agradável de ver.
São episódios de 30 minutos que não cansam, são cheios de ação e tem vários personagens bacanas:
A caçadora legal (Gina Carano)
O intermediário do Império (Carl Wheaters)
O Andróide IG-11 (uma espécie de versão assassina de C3-PO)
Kuiil, um guerreiro baixinho vivido por Nick Nolte, que é grandão.
O Imperador que só aparece no episódio final (Giancarlo Esposito de "Braking Bad")
E aqueles bichos enormes tradicionais de Star Wars.
No final de cada episódio, é um grande barato admirar os belos portfólios durante parte dos letreiros, verdadeiras obras de arte!

Obs: Baby Yoda, ganhou o prêmio de "Personagem do Ano, Criado para Vender Bonequinho".
É brincadeira... mas se existisse essa premiação, ele com certeza ganharia!
Altamente recomendado!!!

Nota 8.6 de 10
IMDb: 8.9

sábado, 21 de março de 2020

Cavalgada Trágica (Comanche Station)

USA 1960
Faroeste em que Jeff Cody (Randolph Scott), resgata uma mulher sequestrada pelos índios Comanches trocando a bonitona por grãos, tecido e uma arma.
Em sua jornada de volta, ele recebe a “ajuda” indesejada de três caçadores de recompensa liderados por Ben Lane (Claude Atkins, o “Xerife Lobo” em começo de carreira), mas o   que eles querem mesmo é se aproveitar de qualquer vacilo de Cody para matar ele e a mulher e ficar com a recompensa, pois o cartaz dizia que o marido da sequestrada, pagaria $5.000 verdinhas, mesmo que ela fosse entregue sem vida e eles não desejavam uma testemunha.
Só que o motivo do regate não foi o dinheiro e mais adiante, Cody revelará seus motivos.
Fácil deduzir que os pilantras se meteram com o cara errado e que no final, vão virar banquete para os urubus.
Faroeste enxuto enaltecendo o caráter e a coragem de um dos personagens do eterno ""cowboy retado” Randolph Scott, homenageado por Raulzito na música ‘Tapanacara’.
A ótima fotografia, a beleza da atriz Nancy Gates e o bom ritmo (sem enrolação), fazem com que a gente nem sinta passar essa 01h13 de filme.

Nota 7.0 de 10
IMDb: 7.0

sexta-feira, 20 de março de 2020

Pausa pra Piadinha: Holmes & Watson











Sherlock Holmes e Doutor Watson estão deitados no campo em uma noite calma, observando o céu.
Watson diz:
- Veja Holmes: trilhões de estrelas no céu, bilhões de céus nas galáxias, milhões de galáxias no universo. O que podemos deduzir disso?
Holmes responde:
- Elementar, meu caro Watson: Roubaram nossa barraca!

Você Nunca Esteve Realmente Aqui (You Where Never Here)


USA 2017
De Lynne Ramsay, diretora de "Vamos Falar Sobre o Kevin", este é um filme nada convencional sobre um assassino profissional e veterano de guerra, Joe (Joaquim Phoenix), um cara esquisito, cheio de traumas de infância ou de guerra que mora com a mãe velhinha e parece não ter muito mais o que fazer na vida.
Depois de uma "missão" na abertura do filme, ele é contratado para achar a filha adolescente de um senador que não quer o envolvimento da polícia, pois a menina parece ter se metido com uma quadrilha de encarceramento e prostituição de menores. Isso só vai aflorar ainda mais o lado brutal do nosso protagonista.
As cenas da violencia são quase implícitas, mostrando os corpos já pelo chão. Nas cenas de ação, a câmera só focaliza o braço ou a mão do agressor (o Joe), mostrando o agredido depois de morto ou dominado.
Além disso, o tempo todo ouvimos, ou pensamos ouvir alguns diálogos e musiquinhas de fundo, sugerindo que o Joe, ouve vozes o tempo todo por causa das suas neuras. No final, um desfecho inesperado, não que seja uma grande surpresa, mas mesmo assim, impactante.
É um filme diferente, marcante, mas não espere um filme padrão de ação. É bem mais do que isso...
Joaquim Phoenix excelente como sempre, ganhou a Palma de Ouro em Cannes (Não sei se teve discurso épico).
A diretora e roteirista também foi premiada pelo roteiro.

Nota 7.0 de 10.
IMDb: 6.8

The Pale Horse de Agatha Cristie

Inglaterra 2020
Uma senhora é encontrada morta na rua com uma folha de papel dobrada no sapato, contendo uma lista de nomes. 7 pessoas dessa lista morreram recentemente em circunstâncias entranhas.
Mark Easterbroock, viúvo de uma das vítimas, preocupado por seu nome estar na lista e sendo o único nome com uma interrogação, começa a investigar a vida da defunta. As pistas o levam a um vilarejo onde três mulheres demandam serviços de bruxaria em um estabelecimento batizado de "Cavalo Amarelo".
Descrente nas artes do ocultismo, Mark se mete a detetive e vai descobrindo coisas, enquanto as outras pessoas da lista vão morrendo e a polícia não consegue resolver o mistério. Para ajudar, sua atual esposa também parece estar afetada pela coisa toda e começa a dar sinais de demência.
O Cavalo Amarelo publicado em 2013, é mais um romance escrito pela Dama do Crime, Agatha Christie e é um dos livros dela que me surpreendeu por abordar o sobrenatural, tema pouco explorado em suas obras. Essa minissérie inglesa em dois capítulos, até tenta, mas não consegue traduzir para as telas todo o clima de suspense do livro.
Mesmo assim, vale uma expiada.
Com Rufus Sewell de "Abraham Lincoln o Caçador de Vampiros" e Kaya Scodelario, a brasileira de "Predadores Assassinos", "Maze Runner" e "Piratas do Caribe"

Nota 6.0 de 10.
IMDb: 6.1

Creed 2

USA 2019
Atenção: Tem alguns spoilers, mas nada que estrague qualquer surpresa.

Dessa vez Adonis Creed (Michael B. Jordan), o filho de Apollo Creed , tem o seu título de campeão desafiado por Victor Drago, o filho do cara que em 1982 o deixou orfão de pai, Ivan Drago (Dolph Lundgren). Victor Drago não é rankeado nem nada, portanto oficialmente ele não teria nenhum direito de lutar pelo título.Mas é um filme da franquia Rocky, então vale tudo, certo?
De cara a gente já sabe o que vai acontecer:
Adonis todo marrudo e metido a bacana, não aceita ser desafiado e sair pela tangente. Rocky Balboa (Stallone), tenta fazer com que ele não aceite a peleja porque o filho do Drago parece um Diabo da Tasmânia tamanho gigante e a parada vai ser indigesta. Acontece que a imprensa e os empresários querem mais é ver sangue (e grana alta) e as provocações não param. Diante da teimosia do muleke em aceitar a luta, Balboa taxado de bundão pelo seu pupilo, lhe dá uma banana e cai fora da encrenca.
Quem assistiu "Rocky 3" (da música 'Eye of the Tiger'), imediatamente vai associar um filme ao outro e deduzir o que vai rolar:
Adonis vai perder a luta, depois de um período de arrependimento vai voltar todo humilde e o "tio" Balboa vai treiná-lo de novo, daí ele recupera o título.
E o que acontece, é quase isso.
Quase!
Na primeira luta o campeão marrudinho apanha mais do que bife de pensão e entra numa deprê. Pra ajudar seu inferno astral, sua filhinha nasce com suspeita de deficiência e sua esposa Bianca (Tessa Thompson), começa a ficar chata (mais chata), porque não consegue dar andamento na sua carreira de cantora.Tudo isso só pra dar uma incrementada na história, que resumindo, segue a mesma linha do primeiro filme. As lutas são dramáticas, os recursos de slow motion funcionam, gritos de dor em eco pra aumentar a dimensão do sofrimento, caretas, cara de mal, platéia de boca aberta e locutores cheios de truques para empolgar o galerê.
Tudo normal!
É mais do mesmo, mas vale a pena, não tem como não se empolgar, mesmo sabendo como a coisa acaba.
Com Brigitte Nielsen, ex senhora Stallone sem justificar o que veio fazer aqui.
Um tal de Florian 'Big Nasty' Munteanu, como Victor Drago.
E (em fotos), Carl Weathers que foi pro céu e agora ajuda um Mandaloriano a proteger a vida de um tal Baby Yoda.
Não encontrei nada de muito destaque sobre o diretor Steven Caple Jr.

Nota 6.6 de 10
IMDb: 7.1

quarta-feira, 18 de março de 2020

Amor até as Cinzas (Jiang hu er nü)


China 2018

Indicado à Palma de Ouro em Cannes, esse filme do diretor e roteirista Zhangke Jia, não tem uma história mirabolante nem cheia de mistérios. É um drama tradicional que conta a história simples do amor de uma mulher Qiao (Tao Zhao) por Bin (Fan Liao).
Bin é uma espécie de mafioso chefe de um clube de jogos no submundo da província de Ghizhou, e Qiao é sua namorada.
No lugar, tudo é pobre, a cidade é sustentada por uma mina de carvão que está quase falida e os trabalhadores, incluindo o pai de Qiao estão num perrengue trabalhista com a empresa.
Alheios a isso, o clube da jogatina segue sua rotina até que Bin é emboscado por uma gang rival e Qiao para defende-lo acaba cometendo um crime e pega alguns anos de xilindró.
Quando sai da prisão, vai conhecer a decepção e a amargura do desprezo, Bin tem nova namorada e ela é jogada pra escanteio, mas determinada e lutadora, nunca vai desistir de seus objetivos.
O que torna isso um grande filme?
A direção segura, a ótima Tao Zhao, mas principalmente a fotografia primorosa do constante movimento da personagem. O diretor gosta de espaço, de tomadas panorâmicas, ônibus, trens, barcos, lugares enlameados, estações, portos e os edifícios aglomerados para atender a alta densidade demográfica de alguns lugares da China.
Gente, fica difícil de explicar, como que enquadramentos, cores, iluminação podem fazer com que um filme pareça tão real. Somado a isso, as tomadas panorâmicas me fizeram voltar o filme várias vezes e pausar para apreciar.
No final, fiquei com a impressão de que tinha acabado de ver um filme bonito, contemplativo e comovente.
Recomendado para cinéfilos que não procuram diversão simples e imediata, mas uma obra de arte feita para ser absorvida e degustada com os olhos.
Nota 7.6 de 10
IMDb: 7.0

terça-feira, 17 de março de 2020

Reprisal

USA 2019
Fiquei sabendo do lançamento dessa série da Hulu e imediatamente me interessei.
É uma história de vingança em que uma mulher, Katherine ou Doris (Abigail Spencer, de “Cowboys vs Aliens”) por algum motivo, é arrastada pela estrada por uns caras e quase morta, é largada por lá.
Acontece que a mulher é dura de matar, se recupera, muda de nome, começa uma nova vida e depois de um tempo resolve colocar em prática um plano para se vingar.
Duas gangs dominam a indústria do entretenimento (Bebidas, boates, drogas), em uma certa área rural numa região do Sul dos Estados Unidos, os Harlows e os Ghouls. Depois de uma guerra que terminou com a ”morte” de Katherine, os Ghouls foram derrotados e obrigados a pagar mensalmente 70 por cento de seus lucros para os Harlows, que são liderados por Joel (Rodrigo Santoro).
As quadrilhas vivem em paz e não são incomodadas pela polícia, que faz vista grossa para as atividades e portanto, a contravenção rola livre e solta.
Acontece que esses dois grupos serão contemplados com algumas surpresas bem sangrentas providenciadas pela nossa protagonista.
A violência, os diálogos e os cenários lembram “À Prova de Morte” do Tarantino.
Dramas pessoais, segredos de família, fantasmas do passado, ódios reprimidos, medos inconfessáveis, tudo para rechear os 10 episódios dessa 1ª temporada.
Interessante e intrigante o tempo todo, apesar de algumas falhas e descasos com a elucidação, a cada final de capítulo já me dava um comichão para assistir o próximo.
Eu recomendo.

Com:
Madison Davenport “Black Mirror”
Ron Pearlman “Hellboy”
Rory Cochrane “Argos”
Lea DeLaria “Orange is The New Black”
Mena Massoud “Aladim”
Rhys Wakefild “True Detectives”




Nota 7.9 de 10
IMDb: 7.5

segunda-feira, 16 de março de 2020

As Panteras (Charlie’s Angels)


USA 2019
E vamos lá com mais uma continuação nas telonas. Pra mim, na telinha, porque eu não fui no cinema, já imaginava que não ia valer o ingresso.
Só para informação:
O seriado “As Panteras” estreou em 1976 na TV americana, com o sucesso enorme se espalhou mundo afora e brilhou nas paradas até 1981.
Ali pelos anos 2000 foi lançado nos cinemas o primeiro longa que teve uma continuação em 2003 com as estrelíssimas da época, Cameron Dias, Drew Barrimore e Lucy Liu. Esse último teve a participação de Rodrigo Santoro, o que levou um monte de brasileiro ao cinema para ver a performance do ator em um filme de Hollywood.
O problema é que a distribuidora que alardeou a participação do brasileiro não avisou que não era para ninguém piscar, pois quem olhou pro lado ou pro saquinho de pipoca durante a cena do gajo, perdeu, afinal ele só apareceu por alguns segundos.
Nessa nova retomada, a diretora e co-roteirista Elisabeth Banks, a Effie Trinket de “Jogos Vorazes” se precaveu, trabalhando com um elenco que mescla nomes já consagrados como Patrick Stewart e Dijimon Hounsou, uma estrela em evidencia, Kristen Stewart e estrelas em ascensão como Ella Balinska e Naomi Scott de “Aladim”.
Aqui as “meninas” comandadas pela “Bosley” (Elisabeth Banks) vão no encalço de um executivo de uma empresa de alta tecnologia que pretende vender um apetrecho que cabe na palma da mão e é capaz de gerar uma energia poderosíssima. É claro que ele vai vender para os vilões para que seja usada como arma. Como sempre tem aquele guarda-costas super bem treinado (aqui, é o ator Jonathan Tucker de Westworld), assassino cruel e impiedoso que vai dar um trabalho do cão pras moçoilas.
O filme não é ruim, tem armas sofisticadas, engenhocas eletrônicas de última geração, é movimentado, com bastante lutas, piadinhas, perseguições e tiroteios. Também é ambientado em lugares exóticos, como Istambul, Londres, Berlim e Rio de Janeiro. O que estragou pra mim (e acredito que não para a galera mais jovem), é que o clima é meio frufrú, tudo é “fashion” com muita música pop e todos parecem estar se divertindo, pois passam o tempo todo dando risada.
Kristen Stewart deixou para trás a inexpressividade herdada da saga (?!) Crepúsculo e a menina nova Naomi Scott até pode agradar alguns, mas me incomoda atrizes ou atores que ficam o tempo todo fazendo "boquinha sexy" e olhar de cachorrinho curioso.
Não cola.
Divertido e vazio de emoções, dá pra ver tranquilamente se você encarar como uma sessão da tarde mais sofisticada.
Obs: Tem Anitta na trilha sonora!
Pra quem torceu o nariz, também tem Tom e Vinícius.

Nota 5.6 de 10.
IMDb: 4.5 (Não é tão ruim assim)

domingo, 15 de março de 2020

Quiz Charada - Qual é o Filme?

O Cebolinha entra no cinema com dois sorvetes na mão. Qual é o filme?
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Lambo 2...

Jumanji: Próxima Fase (Jumanji: The Next Level)

USA 2019
Claro que o console do jogo não foi destruído! Ninguém duvidava disso!
Então, Spencer, em um momento de depressão amorosa, faz uma gambiarra meio marota, torce uns fios, bota o jogo pra funcionar de novo e  foge para dentro do universo Jumanji, deixando seus fiéis amigos na obrigação de tentar trazê-lo de volta.

E lá vamos nós de novo!
Esse segundo filme ganha reforços interessantes, Danny deVito e Danny Glover sempre são ótimos e aqui ganham uma ajudinha dos roteiristas pra fazer graça, já que seus personagens não conhecem bulhufas do universo dos games.
Ainda tem Awkwakina, a rapper de “My Vag” e atriz em “Podres de Ricos” e o vilão Rory McCann de “Game of Thrones” numa clara referência à série.
A grande sacada do primeiro filme que foi “alocar” os participantes em avatares inusitados, perdeu a originalidade, mas os roteiristas compensaram com outra jogada do gênero que funciona razoavelmente bem.
Utilizando a mesma fórmula do primeiro, é movimentado, recheado de ação, tem belos e novos cenários, o romance de Spencer e Marta também entra numa segunda fase, as piadas e as situações engraçadas não decepcionam.
Resumindo, dá pra passar as duas horinhas sem reclamar.
O diretor Jake Kasdan (Sex Tape – Perdido na Nuvem de 2014) é o mesmo do primeiro filme afinal, em time que está ganhando não se mexe.
Dwayne Johnson é aquilo mesmo.
Karen Gillan, lindinha como sempre.
Kevin Hart, hilário.
Jack Black idem.
E o elenco de apoio muito bom.
Tem gente falando mal, mas eu gostei e a maioria do povão também.

Nota 7.2 de 10
IMDb: 6.8

sábado, 14 de março de 2020

La Casa de Papel - Terceira Temporada


Espanha 2019
Tá assim de spoilers tá?... Quem ainda não assistiu e pretende assistir, melhor deixar pra ler depois.

Depois que um dos integrantes do espetacular roubo da Casa da Moeda espanhola, apesar que eles não roubaram, apenas se instalaram no local e imprimiram alguns bilhõezinhos de Euros né? Então... um dos integrantes acaba ficando entediado de estar vivendo num lugar paradisíaco com sua bela compañera e depois de fazer uma bela de uma m... ele é salvo de toda aquela "chatice", indo parar num xilindró compartilhado da polícia espanhola que passa a lhe aplicar algumas sessões de tortura.
Muito mais emocionante do que a ilha paradisíaca né não?
O grupo revoltado com a prisão do parceiro, resolve se reunir novamente e só de birra, realizar outro roubo fantástico. Pois é! Quer motivo melhor?
Só que o alvo dessa vez é o Banco Nacional da Espanha que tem lá armazenado algumas toneladas de ouro.
Oba!! Não tem como não ficar interessado, certo? Certo!!
Apesar da excelente premissa, o que eu posso dizer, é que achei tudo meio forçado, mais ainda do que as duas primeiras temporadas, mas o carisma dos personagens e até a antipatia de alguns, acabam prendendo a gente na trama.
Claro que tem outros pontos baixos, como as discussões idiotas e sem fundamento entre eles, só pra encher linguiça. Pô, se é pra encher linguiça mesmo, tem coisa melhor pra discutir do que ficar falando de (desculpem) defecagem e homossexualidade na mesa de refeições.
Entre os novos personagens, destaque para a odiosa nova inspetora, Alicia Serra (Najwa Nimri) que está com a barriga na boca (grávida de 12 meses) e parece uma psicopata, vive comendo doces e bolando estratégias diabólicas...
No início achei totalmente dispensável o retorno do Arturito (Enrique Arce), já que eu nunca gostei do cara e preferia não vê-lo de novo, mas ele acaba provando que evoluiu como pessoa, passou de lixo humano, para lixo humano ao quadrado... desculpem os que gostam dele, se é que tem alguém...
Algumas coisas me incomodaram um pouco porque eu sou chato, vou enumerar as 10 mais importantes (pra mim) em ordem não cronológica OK?
1 - A compra do rádio que dedurou o casal conexão Rio - Tókio. Se o cara vendeu o rádio batizado, é porque ele já sabia que o Rio era um dos procurados. Não seria mais lógico, seguir o cara e informar as autoridades?
2 - Quando a megera grávida falou pra Raquel das prisões nos países onde seriam presas sua mãe e sua filha caso forem pegas, ela ficou transtornada. Vem cá... uma inspetora de polícia não sabia da existência dessas prisões?
3 - O descontrole do Denver ao dar uma cabeçada na fuça de um velho de 70 anos... tsc tsc tsc...
4 - Arturo... deixaram o cara ficar no banco, quando a lógica seria jogar a cobra venenosa pra fora, de preferência morta, ou no mínimo com o nariz quebrado (aí sim, por uma boa cabeçada do Denver). Tudo bem, passou, mas daí a deixar a Monica sozinha com ele na revista? Forçou né... e nem vou falar da bizarrice que aconteceu durante a revista... pode ter crianças na sala... ou lendo... (mas a Monica deve ser gostosa mesmo hein...)
5 - E aquele policial que entra no trailer e não desconfia de nada! Desculpem, não é ser chato, mas não deu pra engolir.
6 - O estupendo plano do Prófi era ficar três dias atrepado num galho de árvore? Tá bom...!!!
7 - Aquelas briguinhas nada a ver e a Tokio bêbada... meu pai, quem é que enche a cara numa situação daquelas?
8 - E o tal "Plano Alcatráz"? Que parecia uma coisa grandiosa! De que serviu? Sofia, o pobre do "Mustela" correu pelo esgoto em vão...?! Não ajudou em nada né?
9 - E a Raquel!!!!?? Não treinou pra subir na árvore? Que vacilo, hein inspetora! Por segurança, devia ter treinado num Pau de Sebo. E depois foi se esconder num caixote dentro de um galinheiro? Viu no que deu? Vocês tem que concordar que ela já foi mais esperta!
10 - E que ideia foi aquela de buscar aquela porcaria daquele ursinho sem ao menos saber o que tinha dentro! Só porque a aberração colocou o bicho lá... Ai ai ai... é de coçar o couro cabeludo viu... é... nem tão cabeludo assim, no meu caso...
Otras cositas:
O "Professor" (Álvaro Muerto), está mais inseguro que antes. Deveria ser o contrário, com toda a experiência adquirida.
E tudo bem trazer o Berlim de volta em flashes, pois o cara manda bem, mas não precisava exagerar né? Toda hora me aparece o cara! Nesse caso sim, eu concordaria com a aplicação de "menos é mais".
Resumindo... acho que, diferente do primeiro roubo, dessa vez eles parecem um bando de baratas tontas que não sabem direito no que vai dar a coisa... mas como disse o sábio Berlim em suas memórias póstumas, "o interessante é o risco"! Então, vamos nessa que é bom à béça né... rssss

Acho que vale a pena conhecer. A história aguça a curiosidade. Só que teve momentos que eu quase estava torcendo pros vilões... ou pros mocinhos, já que os vilões são os ladrões... e os mocinhos são a polícia... ou aqui é o contrário?
O que eu gostei mesmo foi a versão Heavy Metal da música tema "My Life is Going On" com Cecillia Krull. E também daqueles dirigíveis com a cara do Salvador Dali estampada... aquilo foi lindo...
Só espero que no final eles não venham com um final "moralista", porque se o crime compensar, vai servir de apologia e blá blá blá... blá blá blá...

Nota 7.6 de 10.
IMDb: 8.0
Obs: Será que a Tatiana (Diana Gómes❤❤❤), a namorada do Berlim, vai aparecer na Quarta Temporada? Hein?

Nós (Us)

USA 2019

Filme muito comentado, aguardado e expectativado por ser o segundo filme de um diretor e roteirista que começou a carreira no cinema com os dois pés direitos (Jordan Peele), que de cara já levou um Oscar de Roteiro Original e ainda teve seu filme "Corra" indicado a outros prêmios da Academia, Melhor Filme e Direção. Embora... embora eu não faça parte desse coro, pois devido a algumas bobeiras, não achei "Corra" tudo isso. Achei bom...  e só.
Intão... vou dar um tempinho para que vocês me xinguem e já volto!
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Pronto?
Continuemos então! Nesse filme o diretor consegue novamente criar aquela atmosfera esquisita, ao contar uma história estranhíssima em que uma família (pai, mãe e casal de filhos, isso é um padrão né... rssss), vai passar uns dias na sua casa de praia e lá são ameaçados por uma outra família. Tudo está ligado a uma coisa que aconteceu na infância da mãe Adelaide (Lupita Nyong'o) de “Pantera Negra”, ótima no papel com aqueles zolhões super expressivos. Para quem não se lembra, Lupita ganhou um Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante no filme “12 Anos de Escravidão”.
As coisas no filme são reveladas logo de cara, o diretor não faz muito suspense para mostrar a que está acontecendo e a ação, o suspense e o terror passam a fazer parte de quase todo o filme. Interessante que assim como em “Corra”, ele tira um pouco do "peso dramático", criando personagens pacíficos que de repente saem matado gente sem demonstrar estranhamento e nenhum choque emocional por isso, como se fossem agentes altamente treinados para combate.
Vamos nos surpreendendo aos poucos com algumas revelações e no final, uma grande surpresa para quem não desconfiou durante o filme. Bom... acho que todo mundo desconfiou né?

Agora, cada um vai ter que interpretar o porquê de tudo do seu jeito, pois a coisa fica meio no ar! No ar? Não to me referindo aos helicópteros tá? Ou tô?
Eu tenho a minha opinião sobre aquele final, não vou falar para não dar spoiler, pois pode ter gente que ainda não assistiu.



Nota 6.8 de 10.
IMDb: 6.9

quarta-feira, 11 de março de 2020

The Dirt - Confissões do Mötley Crüe (The Dirt)

USA 2019
Baseado no livro autobiográfico dos caras,  o filme mostra como foi a formação da banda em 1981 a partir de quando seu líder, o baixista Nikki Sixx (Douglas Booth), por acaso conhece Tommy Lee (Machine Gun Kelly) o baterista, que apesar de maluco acaba se revelando o mais ajuizado do grupo. Em seguida eles chamam o veterano Mick Mars (Iwan Rheon), porque o guitarrista que eles tinham arranjado, estava mais desanimado do que irmão dançando com a irmã em festa de casamento.O que eles não sabiam é que Mick estava vivendo um drama pessoal em silêncio, por conta de uma grave doença degenerativa. Então, vão atrás de um vocalista amigo de Tommy Lee, Vince Nail  (Daniel Webber).
E pronto! Está formada a banda.
O sucesso vem rápido e a partir daí, os caras que sem dinheiro já eram pra lá de pirados, agora cheios da grana passam a se comportar como os quatro cavaleiros do apocalipse da demência.
Bebidas, mulheres, drogas, badernas, brigas, quartos de hotel destruídos, vômitos, muita nudez, desentendimentos com o empresário, periguetes de montão querendo se dar bem com os caras e muito, muito sexo.
Destaque para a cena icônica de quando encontram Ozzy Osbourne (Tony Cavalero) na piscina de um hotel e ele, Ozzy, pra lá de chapado, primeiro "cheira" uma carreira de formigas na beira da piscina e depois de urinar ali mesmo, se deita no chão pra lamber. Na frente dos outros hóspedes...
É claro que em certo momento, vem a parte dramática, os dramas pessoais e familiares, envolvendo Nikki Sixx e seus problemas com as drogas, Rick Mars e sua doença, a vida conjugal problemática de Tommy Lee e a tragédia familiar de Vince Nail.

Batendo tudo no liquidificador, o filme consegue prender a atenção da gente pelo carisma dos personagens e por mostrar a criação de hits como 'Home Sweet Home', 'Kickstart My Heart', 'Shout at the Devil', 'Dr. Feelgood', 'Girls,Girls, Girls" esses que estão entre os maiores sucessos da banda.
Pra quem não sabe, o Mötley Crüe se manteve na ativa até 2015, ano em que a banda foi desfeita e atualmente os integrantes se dedicam a trabalhos solos. A essa altura do campeonato, devem ter criado algum juízo.
O diretor Jeff Tremaine foi produtor de todos os longas da turma do Jack Ass, "Jack Ass 1 e 2" e "Vovô Sem Vergonha".
Nota 7.0 de 10
IMDb: 7.0

domingo, 8 de março de 2020

Quiz Charada - Qual é o Filme?

Uma menina filha de costureira, pega um grampo e pede pra mãe dela forrar.
Qual é o filme?
(esse é moleza hein...)
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Forra este grampo...

Charles Chaplin: Em Busca do Ouro (The Gold Rush)

USA 1925
O cenário é a grande corrida do ouro, que teve seu período mais importante entre 1896 e 1899 e que levou cerca de 100.000 garimpeiros para a região de Klondike em Yukon, no noroeste do Canadá.
O ouro foi descoberto por mineradores locais em 16 de agosto de 1896 e quando as notícias chegaram a Seattle e São Francisco no ano seguinte, desencadeou uma debandada de garimpeiros especializados na função. Alguns ficaram ricos, mas a maioria que foi pra lá só conseguiu mesmo, catar lata. A corrida foi imortalizada na cultura popular, em artefatos, filmes, jogos, literatura e fotografias.
Quem se interessar pela história com mais detalhes, recomendo assistir Klondike, uma minissérie em seis episódios produzida por Ridley Scott em 2014. Eu comecei assistir, mas achei a série meio chata, embora bastante informativa e deixei pra lá.

Charles Chaplin é Carlitos, o vagabundo que chega nas colinas geladas de Klondike, com uma mão na frente outra atrás, tentando como todo mundo se dar bem encontrando uma mina de ouro.
Lá ele se envolve com um minerador atrapalhado (Mack Swain), que tinha acabado de encontrar um veio de ouro e um criminoso (Tom Murray), procurado pela justiça.
De quebra se apaixona por Georgia (Georgia Hale), uma dançarina e vai se confrontar com um rival (Henry Bergman) pelo amor da moça.
O filme é delicioso de se assistir, apesar da trilha sonora repetitiva e cansativa, padrão da época.
Chaplin é o diretor, o protagonista e o narrador da história.
As sequências na cabana e no Saloon são as melhores, mas o filme todo é uma sucessão de gags visuais onde a genialidade do diretor faz a gente rir e se emocionar ao mesmo tempo. Se levarmos em conta a época, os recursos e o comportamento daquela geração, notamos claramente que Charles Chaplin estava muitas décadas à frente do seu tempo. Simplesmente genial!
Eu tive que parar o filme umas três vezes ara assoar o nariz de tanto rir.
Altamente recomendável.


Nota 8.5 de10
IMDb: 8.2


sexta-feira, 6 de março de 2020

The Last Black Man in San Francisco

USA 2019
Filme estranho e contemplativo com nuances de surrealismo.
Dois amigos, Jimmie e Montgomery passam os dias sonhando morar em um bairro nobre da cidade de São Francisco. Diariamente costumam visitar uma casa que foi construída pelo avô de Jimmy na época em que o bairro era habitado na sua maioria por negros. Na ausência dos donos, Jimmy costuma dar retoques na pintura, sonhando que um dia poderá recuperar o bem perdido pela família. Mas acaba sendo imediatamente expulso toda vez que é flagrado.
Abandonado pelo pai drogado e a mãe ausente, ele vive de favores na casa (ou barraco) de Mongomery, que cuida do pai cego (Danny Glover), longe da parte chique da cidade. Sua tia, a parente mais próxima, só vive preocupada em transar com o namorado novo e também não tá nem aí com os perrengues do sobrinho.
Montgomery é escritor e desenhista e vive sonhando em terminar uma peça.
É um bom amigo e filho dedicado que gosta de narrar para o pai cego, as cenas dos filmes que assistem na TV.
Se não me engano, um dos filmes que ouvimos em um trecho dos diálogos (não mostra as imagens) é “Morto ao Chegar” de 1988 com Denis Quaid e o outro é “Um Dia a Casa Cai” de 1986 com Tom Hanks.
Visualmente poético, como nas cenas do pier, na fantasmagórica Golden Gate e os navios na Bahia de São Francisco, é um filme inspirador, singular, cheio de sentimento e com a clara identidade do diretor.
A trilha sonora sutil insere uma espécie de emoção, que combinada com a bela fotografia, consegue nos teletransportar para dentro do filme. Os diálogos poéticos e carregados de emoção, prendem a gente num emaranhado de sensações que poucos filmes tem a capacidade de causar. Só não posso deixar de dizer que o filme tem um ou outro momento de baixa, como a revelação de Montgomery naquela hora mais imprópria.
Produzido por Brad Pitt e dirigido por Joe Talbot de “American Paradise” de 2017, o filme poderia muito bem ter entrado na disputa por alguma estatueta na festa do Oscar. Infelizmente, esse ano a coisa tava prá lá de concorrida.

Com:
Jimmy Fails
Jonathan Majors
Mike Epps
Thora Birch, a “Gamma” de “The Walking Dead” numa pontinha.

Nota 7.2 de10
IMBD: 7.4

quinta-feira, 5 de março de 2020

Esquadrão 6 (6 Underground)

USA 2019
A maior grande aposta da Netflix: 150.000.000 de verdinhas.
Um orçamento alto para pagar um filme que é pura ação, muita destruição, maluquices, bizarrices, pessoas inocentes morrendo a rodo sem que se dê a menor importância e um roteiro que não tem qualquer compromisso e nem preocupação com a verossimilhança.
É ruim?
Não! Dependendo do modo que se encara.
É que não dá pra levar nada a sério. Nem mesmo a morte de um dos integrantes do grupo logo no começo.
Em algumas cenas, o diretor Michael Bay deve ter se inspirado nas parafernálias visuais das lutas dos seus "Transformers", porque haja olho de águia pra acompanhar tudo o que acontece na ação. O ritmo é rápido demais e a mesma parafernália parece foi aplicada nos diálogos. São baldes de informação sendo despejados em cima da gente o tempo todo.
O filme já começa a mil, numa perseguição que deve entrar para o "Guinnes" como a sequência de perseguição mais longa do cinema. São quinze minutos sem respirar, num pega pega, que não termina nunca, nas ruas de Florência  na  Itália.
Tudo para contar a história de um grupo independente de 6 "justiceiros", encabeçados por "Um" (Ryan Reynolds), que entra numa missão voluntária para destituir o ditador sanguinário do Turgistão, um país que tem o apoio americano. De quebra, libertar o irmão do cara que está encarcerado em uma cobertura de luxo e colocá-lo no poder.
Tem gente falando mal, mas o filme atende de sobra os requisitos de um filme de ação, o problema é que chega uma uma hora que ficamos saturados de tanta.
Tirando isso, é  uma diversão leve e descompromissada em que morre gente a rodo, e ninguém liga.

Com:
Mélanie Laurent, a moça do cinema de "Bastardos Inglórios"
Manuel Garcia-Rulfo, de "Os Sete Magníficos"
Ben Hardy, o "Roger Taylor" de "Bohemian Rhapsody"
Corey Hawkins de "Kong, a Ilha da Caveira"
Dave Franco de "Truque de Mestre"

Nota 6.5 de10
IMDb: 6.1

domingo, 1 de março de 2020

It – Capítulo Dois (It Chapter Two)

USA/Canadá 2019
Atendendo ao chamado de Mike (Isaiah Mustafá), os seis integrantes do "Clube dos Otários" voltam a Derry depois de 27 anos.
Segundo Mike, o palhaço Pennywise que eles julgavam morto, começou um novo ciclo de assassinatos e como eles haviam feito aquele juramento de sangue no final do primeiro filme, estão sendo convocados a entrar numa nova empreitada  para ver se conseguem acabar mesmo  de vez com essa palhaçada (eitah).
Salvo algumas cenas inseridas no novo roteiro, a história é a mesma do primeiro filme, ou melhor, a parte final do filme de 1990.
O diretor argentino Andy Muschietti não quis saber de inventar muito e resolveu seguir a mesma tendência clichelística (nossa!) do primeiro filme, ao passar quase duas horas tentando aplicar sustos em situações pra lá de manjadas para quem já conhece a história.
A direção é segura e o filme tem uma bela fotografia, mas no meu caso, o suspense quase inexiste, dando lugar a apostas em adivinhar em que momento Pennywise vai se livrar de seu disfarce e se revelar (não vou exemplificar para não dar spoilers), mas qualquer criança que possua um pouquinho de senso de antecipação vai antever cada aparição do bicho escroto.
A longa sequência final (completando as quase 2 horas e 50 minutos de filme), imita a primeira parte, em que o ser fantasmagórico, cheio de poderes sobrenaturais é finalmente derrotado por um pequeno detalhe que não fazia parte do plano de ataque dos "Otários", mas surgiu de repente no momento mais conveniente.
Como brinca o próprio Stephen King (em uma pontinha a lá Stan Lee) quando fala para o escritor Bill Denbrough (James MacAvoy):
"Gostei do seu livro, mas não gostei do final".
Me desculpe quem ainda não assistiu, não tem como elogiar, mas vale uma espiada porque as sequências são bem construídas e o elenco é bom. O duro é que a expiada leva quase três horas.
Não admira a nota mediana no IMDb.

Com:
Jessica Chastan (Fênix Negra)
Bill Hader (Descompensada)
Andy Bean (O Monstro do Pântano)

O diretor Andy Muschiett dirigiu "Mama" em 2013 (bom filme de terror) e está escalado para dirigir “Flash” com previsão de estreia em 2022.

Nota 6.7 de 10
IMDb: 6.6

Dias Perfeitos (Perfect Days) - Japão/Alemanha 2023 nota 7,8

Indicado ao “ Oscar de Melhor Filme Estrangeiro ” e dirigido pelo prestigiado  Wim Wenders “ Asas do Desejo ”, “ Paris Texas ”, Dias Perfei...