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domingo, 28 de fevereiro de 2021

Babel










USA 2006

O mexicano Alejandro Gonzáles Iñárritu dirigiu Birdman”, em 2014 e foi premiado com o Oscar de Melhor Filme e Direção. Também dirigiu O Regresso”, filme de 2015 que deu o Oscar de Melhor Ator para Leonardo DiCaprio e concorreu novamente ao Oscar de Melhor DiretorEssa é só uma amostra do prestígio desse cara, sem contar que ele coleciona um monte de premiações e indicações em outros festivais de cinema.

Com Babel, ele já concorria ao Oscar de Direção em 2007, mas perdeu para Martin Scorsese com “Os Infiltrados”.

Este filme é sobre quatro histórias interligadas:

Dois garotos, pastores de ovelhas no deserto do Marrocos, resolvem testar a distância que a bala de um rifle alcança e acabam atingindo um ônibus de turistas, na estrada.

Uma mulher mexicana em terras americanas, quer comparecer ao casamento do seu filho no México, mas não tem com quem deixar o casal de crianças, das quais é a Babá e acaba tomando uma decisão muito arriscada.

Uma garota suda-muda japonesa, bota na cabeça que é hora de perder sua virgindade e se mete em situações pra lá de constrangedoras, até para quem só está no sofá de casa, assistindo. O motivo maior, é que ela está sempre com uma cara azeda, e com isso, espanta até o pretendente mais animado.

E um casal em férias, a fim de reatar seus laços — a história principal —, que acaba envolvido por uma tragédia.

O filme é longo: 02h23, mas mantém a atenção e o suspense o tempo todo.

Não adorei, mas é impossível negar a qualidade e o capricho na direção e na montagem do filme, além da bela fotografia. Algumas coisinhas me deixaram pouco à vontade, exemplo da cena incestuosa, a mentira da moça e aquele abraço do pai no final. Quem assistiu, sabe do que eu falo. Ainda tem o desaparecimento do Santiago, que ficou no vácuo.

Mesmo assim, é uma obra que merece ser vista e discutida.

Com os oscarizados Brad Pitt Cate Blanchet e ainda, Gael Garcia Bernal e Elle Fanning (a irmã da Dakota), bem novinha.

Nota: 7.2 de 10
IMDb: 7.4

  

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Babylon Berlin – 1ª Temporada









Alemanha 2017

Um vagão de trem carregado de ouro, chega a Berlin, disfarçado em meio a um carregamento de pesticidas.

O carregamento, que é roubado, pertence a uma organização russa Trotskiana, que está se reunindo na mesma Berlin para planejar uma revolução e depor o governo Stalinista.

Um policial sofrendo de delirium tremens, se muda para Berlin à procura dos negativos e cópias de um filme pornô sadomasoquista, envolvendo um funcionário do alto escalão.

Uma moça pobre, que mora com a família numerosa num ambiente miserável, é alegre, cheia de sonhos e energia e se mostra uma guerreira para conseguir trabalho, mas sua luta para se tornar policial a coloca dentro da zona de perigo.

Policiais corruptos, torturas, violência, muita nudez (inclusive frontal), sexo, drogas, tudo misturado numa história baseado em livro do escritor Volker Kutscher, lançado em 2007.

A reconstituição de época é maravilhosa, a direção é segura, o elenco é ótimo, mas a série vira um emaranhado de coisas, que deixa o desenrolar da trama, um pouco complicado.

É muito ingrediente na panela.

Se Babylon Berlin fosse uma comida, diríamos que é para se “degustar com os olhos”, bela, agradável, interessante, mas com alguma deficiência nos sabores.

Até recomendo, pois retrata um marco histórico: os anos 20 da Alemanha. É muito bem ambientada e cativa a gente desde o primeiro episódio, só que tem esses poréns.

Aguardando a segunda temporada.

Nota 7.6 de 10
IMDb: 8.4

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Encurralado (Duel)

USA 1971

O filme que projetou Steven Spielberg no cinema.

Há informações de que o longa foi originalmente produzido para exibição na TV a cabo, mas depois do sucesso que obteve, foi transposto para os cinemas, inicialmente na Europa e Austrália e depois em algumas salas dos Estados Unidos.

Na história, Dennis Weaver é David Mann, um vendedor de eletrodomésticos que está viajando pelas estradas do deserto da Califórnia, indo encontrar seu chefe para discutir assuntos de trabalho, antes que o homem saia do país em uma viagem.

No meio do caminho, ele ultrapassa um caminhão tanque todo enferrujado e inicialmente, o motorista parece ser um sujeito de maus bofes (mal humorado).

A partir daí começa uma perseguição sinistra sem um maior motivo aparente. O caminhoneiro já começa a dar mostras de ser um psicopata, mas nunca mostra o rosto. A coisa vai ficando séria, o filme fica tenso, com muita ação e um constante clima de medo.

Tem alguns absurdos.

Como que um veículo de grande porte (só o tanque deve pesar muitas toneladas), alcança com facilidade um Plymouth, o carro do fugitivo desesperado.

Também há uma falta de opções para que ele se livre da criatura endiabrada no volante do caminhão, um veículo assustador que deve ter inspirado o caminhão de "Olhos Famintos", filme de terror de 2001. É só comparar que notamos a semelhança.

Há algumas bobeirinhas também, como a atitude de David na lanchonete, que acaba em briga, a sua risadinha besta, depois do susto com o trem e a comemoração no alto do morro.

Mas nada que atrapalhe esse grande clássico.

É a terceira vez que assisto e o filme nunca fica cansativo.

Deve ser o charme das estradas, o belo Plymouth, o caminhão tenebroso, ou o carisma de Weaver, de quem Spielberg era fã, desde que ele estrelou “A Marca da Maldade” de Orson Wells em 1958.

Encurralado é um filme obrigatório para qualquer fã de cinema.

Nota 8.0 de 10
IMDb: 7.6

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Shirley

USA 2020

Filme estranho da diretora Josephine Decker que adaptou um livro chamado “Shirley: A Novel”, contando a vida amargurada da escritora de histórias de terror Shirley Jackson (1916-1965). Ela escreveu entre outros, “A Assombração da Casa da Colina” (no original, The Haunting of Hill House, 1959) esta é considerada uma das melhores histórias de terror já escritas. Além disso, influenciou escritores best sellers como Neil Gaiman e Stephen King. 

Shirley Jackson, deu duro para ser reconhecida, seu próprio marido, Stanley Hyman, um professor literário vivido por Michael Sthulbarg, não a apoiava e ainda por cima, andava pulando o muro com uma certa frequência.

Ele recebe em sua casa um jovem casal, recém-casado Fred (Logan Lerman) e Rose (Odessa Young), que se mudaram para a cidade de Bennington para que Fred pudesse trabalhar como assistente de Hyman.

 Enquanto não se ajeitam na cidade, vão morar por uns tempos na casa do patrão. Com um início perturbador, Rose e Shirley começam a desenvolver uma amizade turbulenta, incômoda e desagradável em alguns aspectos. Além disso, Shirley começa a se interessar obsessivamente pelo desaparecimento de uma estudante universitária.

Este é para quem curte filmes incômodos, com um toque de terror psicológico.

Elisabeth Moss, arrasa com Shirley (mas eu prefiro ela no “Homem Invisível”), e Michael Sthulbarg, está perfeitamente asqueroso com aquela barba nojenta, além disso é um sujeito inconstante e cheio de surpresas desagradáveis.

Não sei qual é a graça desse tipo caracterização de personagens, apesar do bom trabalho de direção e das ótimas interpretações, eu não curti.

Nota 6.0 de 10

IMDb: 6.2

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Pausa para a Piadinha - Convite Pro Cinema

Paquerador insistente, chato pra burro, chega na menina e fala:

"Oi gata. Estou com duas entradas pro cinema."

Ela responde:

"Que legal, dá pra você ir duas vezes!"

 

Vestido Maldito (In Fabric)

 
USA 2018 

O título mais justo seria “filme maldito”.

Me desculpem se alguém gostou dessa porcaria, eu até tentei assistir inteiro, mas chegou uma hora que eu não aguentei e passei a adiantar as cenas.

Por que eu aguentei tanto? Porque no começo o filme é até interessante.

Mulher separada (Marianne Jean-Baptiste, a Mamãe Noel fofinha de “Entre Armas e Brinquedos”), compra um vestido caro, que está em liquidação numa grande loja de departamentos. A vendedora (interpretada por Gwendoline Christie), que tem sotaque tcheco e fala quem um robô, joga um papo todo filosófico para cima dela e acaba conseguindo fazer a venda.

Acontece que a p... do vestido é assombrado e costuma trazer consequências funestas para quem o usa.

Um pouco de terror, suspense, surrealismo, até que o filme ia bem, mas daí começou a se tornar repetitivo, chato e com uns efeitos visuais e sonoros, difíceis de aguentar. O mal gosto nas piadas, a insistência nos papos filosóficos e as cenas que envolvem sexo, também ficam longe de ser engraçadas. O diretor e roteirista Peter Strickland, precisa entender que até bizarrice e nonsense, tem limites e precisam fazer algum sentido.

É tanto mal gosto que ainda não entendi porque a avaliação no IMDb não é pior. Deve ser porque tem gente que não pode ver um filme de terror, por mais ruim que seja, que acha bom, só porque é terror.

É por isso que produtores e roteiristas de Hollywood continuam fazendo tanta merda e ganhando dinheiro... é porque tem gente que compra esse tipo de coisa.

Sinceramente! Que perda de tempo.

Nota 4.1 de 10
IMDb: 6.2

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Os Pequenos Vestígios (The Little Things)

USA 2021

Atenção: Contém Spoilers

Denzel Washington sempre foi sinônimo de qualidade e bons filmes. Isso, aliado ao seu inegável carisma, atrai o público e comigo não é diferente. Acho que não existe nenhum filme com esse cara que eu não tenha visto.

Aqui ele faz Joe Deacon, um policial interiorano, do condado de Kern. Um veterano, demonstrando aquele cansaço, comum com a proximidade da aposentadoria. Ele é encarregado de ir até a unidade de polícia de Los Angeles, coletar algumas provas para um caso em andamento.

Chegando lá, ele acaba se envolvendo numa investigação para capturar um serial killer, que vem matando jovens na cidade.

Jim Baxter (Rami Malek) é o policial à frente da investigação e Joe, resolve usar sua experiência para palpitar no trabalho do colega.

Ele acaba sendo bem vindo e pega uns dias de folga para ajudar. Aos poucos vamos conhecendo seu apurado senso de análise, mas um segredo do seu passado, ligando ele ao caso, acaba sendo revelado.

O filme fica a maior parte do tempo em “banho maria”, empacado que nem mula teimosa. O principal suspeito, Albert Sparma (Jared Leto), parece se divertir com os interrogatórios e fica fazendo joguinhos com a polícia. Jim Baxter, se mostra um policial inseguro e desequilibrado emocionalmente.

Ficou um vácuo no final do filme. Sabe quando você vai cumprimentar um colega, estica a mão e ele não percebe? É mais ou menos isso.

Com um final vazio, sem emoção e sem justiça, as dúvidas ficam todas no ar, em um desfecho pretensioso e permeado de atitudes absurdas.

O diretor e roteirista John Lee Hancock, de “Um Sonho Possível” e “Estrada Sem Lei”, tinha nas mãos, um elenco de peso e uma história até bem estruturada. Poderia ter feito um grande filme, mas foi querer ser “Dândi” e deu nisso.

O filme só vale pelo elenco de astros, embora para mim, Rami Malek, não faz qualquer diferença. Ele foi vencedor, mas não acho merecido o Oscar 2019 de Melhor Ator, por interpretar Freddye Mercury em Bohemian Rhapsody). Christian Bale em "Vice", merecia a estatueta.

 Nota 6.6 de 10
IMDb: 6.3

 

Il Posto

Itália 1961

Domenico Cantoni (Sandro Panseri), é um rapaz de família pobre, recém graduado, que vai participar de um concurso para trabalhar em uma grande empresa de contabilidade.

Lá ele encontra vários candidatos, em especial, Antonietta Masetti (Loredana Detto), uma bela ragazza que também está concorrendo a uma das vagas.

Tímido e um pouco retraído ele puxa conversa com ela e fazem amizade. O rapaz acaba se enamorando da moça e daí, parece só ter olhos para ela. O filme vai nos passando a impressão que isso pode prejudicar seu desempenho, ainda mais, numa empresa com rígidos padrões de comportamento.

Leve, simples, engraçado e divertido, mostra a rotina do trabalho e o dia a dia dos funcionários, tudo temperado com esse clima de romance.

Clássico italiano do diretor Ermanno Olmi (A Lenda do Santo Beberrão de 1988), Il Posto é considerado sua Ópera Prima.

Filme sensível, com uma bela fotografia em preto e branco. Quem curte os grandes clássicos do cinema, não deve deixar de conhecer essa joia. E mesmo quem não curte, eu convido a assistir. Vale a pena.

Loredanna Detto, a atriz principal (foto), tornou-se mais tarde esposa do diretor, falecido em 2018. Ela está com 74 anos.

Nota 8.1 de 10
IMDb: 8.0

 

The Pembrokeshire Murders – Minissérie

 

Inglaterra 2021

Atenção: Alta concentração de Spoilers. 

Minissérie em três episódios de 50 minutos, sobre um fato verídico ocorrido na cidade de Pembrokeshire, onde um caso de assassinatos em série, acontecido nas décadas de 80 e 90, é reaberto. Luke Evans é o inspetor Steve Wilkins, que decide retomar as investigações que apontam para um serial killer, quando fica sabendo que o principal suspeito John Cooper, vai sair da cadeia em liberdade condicional, onde cumpre pena por roubo.

Ele convence as autoridades de que, com a ajuda da tecnologia e a evolução da ciência nos testes de DNA, será possível conseguir novas provas e trancafiar o assassino, encerrando o caso, pois ss famílias das vítimas e a opinião pública, ainda cobram a justiça.

As evidências, testemunhos e arquivos são revirados e reinvestigados. O suspeito é novamente interrogado e vai a julgamento. No final, ficamos com a impressão de que as provas foram inconclusivas, mas o júri decide pelo veredito de culpado. John Cooper é condenado à prisão perpétua e a história acaba. Sem uma certeza, sem uma confissão e com um roteiro que fica em cima do muro, sem pender para um lado e nem para o outro.

Daí você pode perguntar: Para que filmar uma história e deixar o expectador em dúvida? Fica parecendo um filme denúncia, dizendo que podem ter condenado um inocente.

Sem certeza, sem emoção e com muita enrolação. Só se salvam as filmagens das belas locações, razoavelmente bem fotografadas.
Não perca seu tempo.
Eu já perdi o meu.


 Nota 6.0 de 10
IMDb: 7.2

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Izganaine (O Desterro)

 

Russia 2006

O que deve fazer o pai de um casal de crianças - 12, 8 anos - quando sua bela esposa de repente, sem mais nem menos,  confessa:

“Estou grávida, o filho não é seu.”

Isto é dito durante um período de férias, numa casa no campo, próxima de parentes dele.

O filme é uma adaptação do livro “The Laughing Matter” do escritor armênio-americano William Saroyan, publicado em 1953.

O país? Não sabemos. O diretor russo Andrey Zvyagintsev, filmou em três países diferentes, Suécia, França e Russia e até criou uma placa para os carros, que não corresponde a nenhum lugar conhecido. A intenção é de que ninguém identifique mesmo, que lugar é aquele.

Um filme longo (02h35), contemplativo, com uma fotografia que dá vontade de pausar a todo momento e ficar admirando. São verdadeiras obras de arte sendo oferecidas aos olhos da gente durante todo o filme. Uma música de fundo que toca na alma: bela, pressagiosa e ás vezes assustadora.

As decisões e as consequências da revelação, vão levar a família para uma situação extrema. Alguns segredos vem à tona e coisas inesperadas acontecem, tudo de forma ordeira, parecendo ter sido estudada milimetricamente pelo diretor.

O filme ganhou vários prêmios Nika, o festival de cinema russo.

Não é para qualquer público, mas é um filme maravilhoso!

Nota 8.0 de 10
IMDb: 7.6

domingo, 14 de fevereiro de 2021

A Voz Suprema do Blues (Ma Rainey’s Black Bottom)

 
USA 2020 

Filme pequenininho e grandioso. — Tudo se passa durante os preparativos e a gravação de um álbum da cantora Ma Rainey numa tarde de calorão na Chicago dos anos 20. — A maior parte do filme se passa numa claustrofóbica e desconfortável sala para os ensaios da banda e em seguida a ação vai para o estúdio, já com a presença da estrela. — A mulher era exigente, tinha a personalidade forte e apesar de seu empresário e o dono da gravadora, não aguentarem mais suas exigências, eles não queriam deixar de ganhar a grana que o disco da mulher ia render. É o caso de brancos esquecerem o racismo por interesse. E ela tinha plena noção disso.

Chadwick Boseman, (em seu último trabalho), é o músico sonhador. Um trompetista que acredita num disco solo, prometido pelo dono da gravadora. Convencido do seu valor, passa a querer modificar os arranjos das músicas que seriam gravadas, gerando discórdia dentro do grupo. Viola Davis, irreconhecível, mostra porque levou um Oscar de Atriz Coadjuvante por “Um Limite Entre Nós” em 2017. Dizem que ela ganhou pelo ranho...

Aqui ela emplaca a personagem. É impossível esquecer sua performance, a rabugice, a soberania, as exigências e a cena de lesbianismo entre ela e sua dançarina. Fica na cabeça da gente.

É um filme curto “01h35”, mas é forte, marcante e está indicado ao Globo de Ouro em duas categorias:

Melhor Atriz em filme dramático – Viola Davis

Melhor Ator em filme dramático: Chadwick Boseman

Se o gênero atrai, não perca. Grande filme.

Nota 7.0 de 10
IMDb: 7.1

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Quiz Charada - Qual é o Filme?

Um garotinho está muito triste porque perdeu sua tia favorita, uma mulher alegre, que ria de tudo.

Qual é o filme?

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A Tia Ria de Tudo...




Os 7 de Chicago (The Trial of The Chicago 7)

USA 2020 

1968 foi um ano que muitos americanos não esquecem: O assassinato de Martin Luther King, do Presidente Robert Kennedy e a intensificação do envio de tropas para o Vietnã.

Com a popularidade do então presidente Lindon Johnson despencando, grupos humanitários resolveram se unir e realizar um grande protesto contra a participação dos Estados Unidos na guerra do Vietnã durante a Convenção Nacional Democrata, um evento que iria além de outras coisas, lançar candidatos para concorrer à presidência.

O que aconteceu, foi que as coisas saíram do controle e a baderna tomou conta das ruas da cidade, num enfrentamento de manifestantes e policiais que deixou mortos e feridos.

O poder público então, resolveu culpar os sete líderes dos grupos e mais o líder dos Panteras Negras que também participavam do protesto. Eles foram presos e o julgamento durou mais de 6 meses.

Eu sempre gostei bastante de filmes de tribunal e dessa vez não foi diferente. Apesar da parcialidade descarada e revoltante do juiz Julius Hoffman (Frank Langella, o Conde Drácula mais sem graça do cinema), o filme tem vários momentos de humor, por conta das tiradas dos acusados, principalmente Abbie Hoffman (Sacha Baron Cohen) e Jerry Rubin (Jeremy Strong).

Inteligente, com um roteiro bem escrito pelo diretor Aaron Sorkin, o filme é interessante, intenso e divertido do começo ao fim.

Destaque para Michael Keaton como o ex chefão de operações Ramsey Clark, Joseph Gordon Lewitt como o promotor Richard Schultz e os oscarizados: Mark Ryalance como o advogado de defesa William Kunstler (ele ganhou o Oscar de Ator Coadjuvante em “Ponte dos Espiões”) e Eddie Redmayne.

O filme está concorrendo ao Globo de Ouro e é possível candidato ao Oscar.

Imperdível para quem gosta de um bom drama de tribunal.

Nota 8.0 de 10
IMDb: 7.8

 

(Ela Quer Tudo) She´s Gotta Have It

USA 1986 

Comédia “cult” de Spike Lee, contando a história de Nola (Tracy Camilla Johns), uma mulher independente e seus três namorados. Um deles é o cara normal, o outro faz o tipo galã, meio celebridade e o terceiro é o amolecado.

Ela não esconde de nenhum deles que namora os outros e isso gera crises de ciúmes em dois deles. O terceiro vivido pelo próprio Spike Lee, é o mais tranquilo em frente à situação, mas mesmo assim, vive pedindo pra ela largar os outros, porque a mulher é uma deusa na cama.

Correndo por fora, uma amiga lésbica vive dando em cima da garota.

Exceto por uma cena, o filme é todo em preto e branco e gerou duas temporadas de uma série para a TV em 2017.

Vale como registro desse diretor que sempre surpreende e em 2020 lançou o ótimo “Das 5 Bloods”, filme que deve (ou deveria) ser indicado ao Oscar, com Delroy Lindo muito bem cotado para Melhor Ator. Veja nossa crítica, aqui mesmo.

Nota 6.8 de 10
IMDb: 6.8 

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Zona de Combate (Outside The Wire)

 

USA 2021 

Ano 2036. A Europa entra em uma guerra civil e os Estados Unidos enviam “tropas de paz” para intermediar o confronto e levar ajuda aos civis.

Um piloto de drone (Damson Idris), contraria uma ordem superior e acaba causando a morte de dois soldados. Não interessa, se com a sua atitude ele salvou a vida de outros 38. Ele é condenado e a sua punição, vai ser sair do conforto do seu “Video War Game” e se apresentar a uma base na linha de frente.

Lá ele tem que unir a um androide experimental (Anthony Mackie), uma novidade da robótica, numa missão para exterminar um terrorista que se apossou do código de lançamento de uns mísseis e pretende lança-los nos Estados Unidos. Não entendi bem o porquê.

Fiquei meio boiando no desfecho do filme. Não entendi muito bem os motivos da coisa toda. O filme tem muitos confrontos entre humanos e uns monstrengos mecânicos que parecem ter sido criados simplesmente para fazer com que os inimigos gastem munição. A convivência entre homem e máquina, deixa uma certa falta de entrosamento no ar e nada parece natural. Apesar dos efeitos, o filme não empolga, a não ser em raros momentos.

Para mim, erraram em superficializar demais um cenário que podia ter sido melhor trabalhado no sentido de imbuir um pouco de emoção.

Fraquinho. Mero passatempo sem compromisso.

Nota 5.5 de 10
IMDb: 5.4

Coração Satânico (Angel’s Heart)

 

USA 1987 

Ano de 1955.

Num Estados Unidos em plena recessão, ainda sob os efeitos pós guerra, um detetive particular meio esculhambado (Mickey Rourke), o Angel do título original, é contratado por Louis Cipher, um sujeito grã-fino, mas que dá arrepios (Robert DeNiro), para encontrar um cantor chamado Johnny Favorite, que está em dívida com ele. Acontece que Johnny voltou da guerra todo estrupiado em 1942 e estava internado em uma clínica há 12 anos, mas desapareceu de repente.

Angel que tem fobia de galinhas, começa a seguir algumas pistas e entrevistar pessoas do passado de Johnny, antes de sua convocação, só que essas pessoas vão morrendo feito moscas, logo após terem falado com ele. O detalhe é que elas morrem assassinadas, com requintes de magia.

O calor é infernal, todo mundo parece estar morando no inferno, as pistas que primeiro apontam Nova York, acabam levando Angel para a Louisiana, onde ele encontra além de mais macumbaria barra pesada, uma garota (Lisa Bonet), filha de Johnny Favorite. No final, um dos Plot Twists mais surpreendentes da história do cinema. Lembro que quando assisti o filme pela primeira vez, fiquei dias com ele na cabeça. Agora revi e não foi diferente, pois eu tinha acabado de ler o livro “Falling Angel” (título original) de William Hjortsberg e fui conferir o filme. Alan Parker mostra porque é um dos grandes diretores de Hollywood.

Elenco impecável:

Mickey Rourke bonitão, antes daquela plástica, que deixou ele parecendo um ogro.

Robert De Niro sensacional com aquelas unhas horripilantes, perfeitamente aparadas.

Lisa Bonet, a futura senhora Lenny Kravitz e mãe de Zöe Kravitz, estava lindinha aos 20 anos.

Charlotte Rampling ótima, mas aparece pouco. Eu nunca gostei muito dela, sei lá porquê, mas respeito pela grande atriz que é.

Nota 8.0 de 10
IMDb: 7.3

Wallace e Gromit: A Batalha dos Vegetais (Wallace & Gromit: The Curse of the Were-Rabbit)

 USA 2005 

Wallace e seu fiel escudeiro, o cachorro Gromit, são exterminadores de pragas de lavouras, numa cidadezinha em que a principal ocupação da população é o cultivo de vegetais super desenvolvidos. Tudo, no objetivo  de levar o primeiro prêmio na tradicional feira anual de exposição de vegetais gigantes da cidade.

Só que eles são exterminadores bonzinhos e os coelhos capturados durante o trabalho, são mantidos em um viveiro, bem cuidados e alimentados.

Com isso, Wallace ganha a simpatia da senhorita Campanula (Helena Bonham Carter), uma madame solteira que vive em uma mansão, sendo assediada por um pretendente atrevido e entrão, Victor Quartermaine (Ralph Fiennes).

Para complicar a vida dos dois amigos, surge nas caladas das noites, um monstro destruidor de lavouras, apelidado pela população de Coelhozomem que vai gerar uma confusão dos infernos e uma disputa entre Wallace e Victor para capturar (no caso Wallace) ou exterminar o bicho a tiros (no caso de Victor).

Dos mesmos diretores de “A Fuga das Galinhas”, é um filme curtinho e divertido (só 1h25), feito em “stop motion” e levou o Oscar de Melhor Animação. Se você curte, não deixe de ver. Diversão garantida para crianças de todas as idades.

Nota 7.2 de 10
IMDb: 7.4

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Um Lugar no Caribe (Un Lugar em El Caribe)

Espanha 2017

Atenção: Contém spoiler... spoiler... spoiler... spoiler... spoiler... spoiler... spoiler... spoiler...

Romance muito bem cotado no IMDb, mas que é bem meia boca.

Roatan, no litoral caribenho, é um lugar paradisíaco, um ponto turístico que com seu clima romântico, inspira três paixões inesperadas:

Um escritor (José Zúñiga) que ganha do seu editor e melhor amigo, duas semanas de estadia para terminar seu livro. Detalhe: O lugar onde ele vai ficar é próximo do clube de mergulho da namorada desse seu amigo, e é ela quem vai mostrar para ele o lugar. Ele é casado, mas não conta nada pra ela. O corno em potencial fica na cidade e deixa o amigo (da onça) ficar lá, duas semanas, naquele lugar afrodisíaco com sua bela namorada... Esse já é pra dar risada de tão óbvio.

No outro, uma garota geniosa que está viajando com seu pai, acaba se apaixonando por um galanteador bonitão, simpático, bonzinho e solitário, já que o cara foi abandonado recentemente pela noiva. Ela não sabe, mas o cara é o  dono do resort onde ela esta hospedada. Olhem só, o cara é rico, bom caráter, bonitão e a noiva o deixou, o que significa que esse realmente nasceu virado pra lua. Mas ele insiste em viver perigosamente e vai se engraçar pro lado dessa outra guria... ai... ai... ai... que burro...

Terceiro romance: O pai dessa moça, acaba conhecendo uma linda viúva, dona de um bar na cidade e acaba rolando um clima entre eles, mas o cara tem um segredo e não quer contar pra ela que está com um câncer terminal e só tem alguns meses de vida. Tsc tsc tsc...

Depois de muito embromation acompanhando esses e mais alguns clichês, que já estamos carecas (pelo menos eu), de ver nesses filminhos de romance, acaba que só um dos casos vai dar certo, e isso com uma puta de uma ajudassa do destino, porque se fosse depender dos neurônios dos protagonistas, tinha ficado todo mundo na mão. (Não levem pelo lado errado, por favor...).

Não deixa de ser um filme bonito, num lugar bonito, com muita gente bonita, só que burra. Se você não liga, pode assistir... quebra um galho...

Nota 6.0 de 10
IMDb: 7.7

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Dias Perfeitos (Perfect Days) - Japão/Alemanha 2023 nota 7,8

Indicado ao “ Oscar de Melhor Filme Estrangeiro ” e dirigido pelo prestigiado  Wim Wenders “ Asas do Desejo ”, “ Paris Texas ”, Dias Perfei...