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sábado, 28 de maio de 2022

Special Delivery – Coreia do Sul 2022 nota 6,9

Moça que é um piloto fora de série, vive de atender clientes que necessitam de trabalho “diferenciado” (fugas, principalmente), acaba se metendo numa bela confusão, quando decide ajudar um garotinho, filho de um dos clientes, a fugir de uma gang de policiais assassinos, infiltrados no mundo do crime.

Ação, perseguições e uma história básica, mas que prende a atenção do começo ao fim. Além disso, a mocinha, So-dam Park é uma gata e o garotinho Hyun-jun Jung é uma simpatia.

Excetuando-se alguns detalhes, como a crueldade desnecessária em algumas cenas, o filme segue agradável e cheio de suspense o tempo todo.

Para quem gosta do gênero, um prato cheio.

Nota 6.9 de 10
IMDb: 6.5


Ambulância: Um Dia de Crime (Ambulance) - USA 2022 nota 6,2

 

Filme de assalto e perseguição que poderia ser muito melhor, se o diretor Michael Bay, controlasse seu vício de filmar cenas de ação como se estivesse fazendo outro "Transformers", jogando uma parafernália de informações ao mesmo tempo e transformando a experiência em um amontoado de cortes e recortes para dar a impressão de movimento e dinamismo.

Danny (Jake Gillenhall), um meliante, convence seu irmão adotivo e veterano de guerra, Will (Yahya Abdul-Mateen II), o vilão bobão de "Aquaman"), a ajudar num assalto milionário. Will, que está numa situação difícil, financeiramente, só vai dirigir, já que não é acostumado com esse tipo de “trabalho”.

Acontece que as coisas fogem do controle (que novidade...) e o filme vira uma perseguição interminável pelas ruas de L.A, com os dois irmãos dentro de uma ambulância, acompanhados de um policial mortalmente ferido e uma enfermeira gata.

Roteiro xôxo e sem novidades. Ação cansativa. Situações que demoram muito mais tempo do que o necessário para se resolver e muita incoerência, absurdos e inverossimilhanças.

Pra assistir sem esperar muito, apenas um passatempo razoável, enquanto não aparece coisa melhor. 

Nota 6.2 de 10
IMDb: 6.1


Abismo do Medo (The Descent) - USA 2005 nota 6,0

Filminho medíocre que conquistou uma legião de fãs de filmes de terror.

Apesar dos elogios derramados pelos apreciadores do gênero, o filme não é nenhuma obra prima, muito pelo contrário.

Trata-se de um roteirozinho sem maiores méritos, uma direção marromeno e seis atrizes que apesar de algumas incongruências, conseguem dar conta do recado.

Equipe de jovens exploradoras de cavernas, se metem a entrar num labirinto subterrâneo a fim de comprovar que o caminho descrito em um mapa está correto, desde a sua entrada no meio de uma montanha rochosa, até a sua saída.

Só que nas profundezas do lugar, elas acabam descobrindo que estão no lugar errado e além das dificuldades que vão encontrar para sair de lá, ainda vão contar com um grupo de criaturas canibalentas comedoras de carne humana.

Situações absurdas, sem sentido e sem coerência fazem parte do trajeto.

Apesar disso, o filme consegue se segurar por 1;39 de duração.

Se você gosta do gênero, até aconselho uma expiada, se não curte, fuja. É bobinho e na sua maior parte, dá vontade de torcer para que as burraldinhas se ferrem bonito.

Teve uma continuação em 2009.

Obs: A bonitinha Natalie Mendoza, teve uma participação no oscarizado Moulin Rouge: Amor Em Vermelho.

Nota 6.0 de 10
IMDb: 7.2


Uncharted: Fora do mapa (Uncharted) - USA 2022 nota 6,9

Baseado em um game de sucesso, é uma bela aventura, movimentada e cheia de reviravoltas, com personagens simpáticos e algumas situações engraçadas.

Filmes do tipo, já foram amplamente explorados, temos alguns exemplos como " A Lenda do Tesouro Perdido", com o Nicolas Cage, "Os Goonies" com Sean Austin. "Indiana Jones" e o próprio “Piratas do Caribe”, que inclusive é mencionado em uma das cenas.

Tom Holland, é um barman e batedor de carteira (??!!) que de repente é procurado por Mark Whalberg, que lhe oferece uma grande oportunidade de ficar rico.

Trata-se de um tesouro escondido há séculos e nunca encontrado, pois parece que nem toda tecnologia e facilidades do mundo moderno, foram capazes de descobrir o paradeiro de uma fortuna avaliada em bilhões em ouro.

E lá se vão eles, enfrentando perigos, vilões, mocinhos-vilões, vilões-mocinhos e toda gama de personagens de praxe dos filmes do gênero.

Antônia Banderas faz o vilão-mor e temos até um vilão português que vive disparando exclamações de cunho religioso.

Os efeitos são ótimos, as cenas de ação, idem e apesar da montoeira de clichês, o filme transcorre sem um minuto de tédio.

Ótimo passatempo.

Nota 6.9 de 10
IMDb: 6.4


A Grande Aposta (The Big Short) - USA 2015 nota 6,2

Filme interessante e inteligente, baseado em fatos sobre a grande crise imobiliária de 2008. 

Tem um grande elenco, um roteiro que deve ter consumido um bom tempo em pesquisa (Oscar de Melhor Roteiro Original).

Problema: O filme é chato, e tem uma curiosidade: foi dirigido por Adam Mckay, um cara acostumado a produzir filmes engraçados.

Christian Bale é Michael Burry, um matemático meio eremita (apesar de viver rodeado de funcionários), percebe que muita gente anda investindo em ações do mercado imobiliário. Um mercado bilionário, mas que se mantém nesse patamar por conta das hipotecas que dominam o setor nos Estados Unidos. Só que ele nota que nos últimos anos (estamos em 2004), o número de inadimplências vem aumentando de forma progressiva e apesar de serem índices baixíssimo, ele crê que dentro de três anos o império vai quebrar. E o que ele faz? Procura os bancos e propõe um investimento chamado FDS que aposta na queda das ações desse mercado gigante. Caso as ações continuem subindo, ele vai pagando aos bancos por sua valorização. 

Os executivos, nadando na dinheirama e crentes de que o cara é doido, nem desconfiam o que se passa na cabeça dele, já que as ações estão estáveis em sua valorização e ninguém acredita que um dia (muito breve) o mercado vai quebrar.

Outros olheiros espertinhos de Wall Street, descobrem a jogada do Michael Burry e passam a investir no tal FDS.

E vocês devem lembrar o que aconteceu...

Com Steve Carell, Brad Pitt e Ryan Gosling.

Não funciona com um passatempo divertido, mas é um filme inteligente, bem escrito e bem dirigido, apesar das ultrapassadas divisões de tela.

Vale a pena conhecer.

Nota 6.2 de 10
IMDb: 7.8

Spencer USA 2021 nota 5,5

O filme mostra os últimos (e tristes) dias da princesa Diana.

Uma mulher atormentada pela traição do marido e a pressão da família para que ela se comportasse como uma “real”.

Kristen Stewart foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz, mas perdeu para Jessica Chastan pelo seu papel em "Os Olhos de Tammy Faye".

Não vi o filme da Jessica, por isso não sei se foi injusto a Kristen não levar o carecão dourado para casa. Fiquei meio em cima do muro pela sua atuação no papel da Lady Di. Acho até que ela compôs uma boa imagem da personagem, embora me questionei por que ela parece estar um tanto “chapada” o tempo todo.

O enredo se dedica principalmente a isso: mostrar os preparativos para uma festa de réveillon, com uma Diana com os nervos em frangalhos, sem forças para peitar a realeza e pressionada pela sogra, pelo marido e até pelos seguranças do castelo para se comportar como uma “lady”.

A história é fraca, só se salva as belas imagens do interior castelo de Buckinhan, e a vista panorâmica do lado de fiora e arredores. Beleza, riquezas, elegância, obras de arte, mil empregados e esbanjamento, tudo regado a tristezas e desentendimentos. O nome “Charles”, sequer é mencionado, dando a entender que os roteiristas procuraram se proteger de alguma retaliação por parte dos aristocratas ingleses.

Assisti de curioso, pois já tinha certeza de que não ia gostar. Para mim, valeu a pena, mas não é um filme para todos os gostos. É mais para quem quer conhecer e se atualizar ou para aquelas titias solteironas que vivem bajulando a realeza, como se fossem deuses.

Nota 5.5 de 10
IMDb: 6.6


The Sadness China 2021 nota 6,0

Mais uma variação de filme de zumbis, confirmando a tendência à eternidade de George Homero.

Eu gosto do gênero e sempre me interesso em assistir, sempre que surge algum filminho razoável do tema. Estava curioso para ver esse The Sadness, depois que eu vi um vídeo do Getro falando bem do filme.

O Getro é um aficionado, então vou dar um refresco, mas se fosse outro crítico, eu iria descer a borracha. O filme é ruinzinho, vamos admitir. Por vezes a ação fica numa morosidade só, os protagonistas de repente se metem a salvar vidas e na cena seguinte, deixam que outras sejam tiradas sem demonstrar um mínimo de reação. As cenas de gore e sanguinolência dominam o filme, o que não me incomoda, mas temos também, torturas, estupros, cenas constrangedoras que devem ser evitadas de se assistir com a família. Pra se ter uma ideia, em certo momento um contaminado tarado estupra uma moça no olho. Detalhe: o olho dela estava com um curativo, depois que foi vazado por outro maníaco contaminado com o vírus.

História não existe. É só sanguinolência mesmo. Inferior a muitos outros filmes do mesmo tema.

É um filmeco ruinzinho, mas ruinzinho do jeito bom, daqueles que não torram a paciência.

Se você quiser arriscar, boa sorte.

Nota 6.0 de 10
IMDb: 6.4


Sombras da Vida (A Ghost Story) – USA 2017 nota 6,9

Vencedor incontestável de filme mais esquisito da década! Seria até infantil, se não fosse adulto... Filmado em simulação de Super 8, é sobre um fantasma morto (?!!) (Casey Affleck), que fica vagando com seu lençol pela casa em que morava com a sua jovem esposa (Rooney Mara) e acompanha tudo que vai acontecendo por anos, dezenas de anos, centenas... bota esquisitice nisso... difícil de gostar e de esquecer. Mas eu gostei e não vou esquecer tão cedo.

O diretor David Lowery filmou recentemente “The Green Night” filme horrível com Dev Patel, sem a mesma, ou melhor, sem qualquer felicidade, pois ao contrário de "A Ghost Story", este último (para mim), é bem ruinzinho, apesar de alguns críticos enaltecerem a obra. Veja a nossa crítica aqui mesmo.

Nota 6.9 de 10
IMDb: 6.8


Fresh – USA 2022 nota 5,9

Suspensezinho meia boca com um atrativo razoável: a presença do Soldado Invernal como protagonista.

Sebastian Stan é Steve, um sujeito bom de lábia que paquera Noa (Dayse Edgar-Jones), uma garota que vive navegando por sites de namoro à caça de um relacionamento.

Quando se conhecem, algo fica evidente que ele a está manipulando e só ela (inocente, pura e besta), não percebe.

Como o título já passa uma certa alusão, a história tem a ver com carne e depois de um certo lenga-lenga, ficamos sabendo do que se trata e daí então... tome mais lenga-lenga para que o filme tenha uma duração próxima das duas horas de projeção.

Não sei o que há de errado em fazer filmes com 1:30h ou até menos, é um saco ficar plantado na frente da telinha, aguentando uma embromação desnecessária, já que o filme acaba indo pelo mesmo caminho que a maioria do gênero.

Cheio de clichês, é uma história que já foi contada umas mil vezes pelo menos, mas se você está sem fazer nada e se encontra no clima de um filminho assim, vá em frente. Não é de todo perdido, pois o final é aceitável (e previsível).

Nota 5.9 de 10
IMDb: 6.7


Uma Noite Sobre a Terra – USA 1991 nota 7,4

Escrito e dirigido por Jim Jamursh, diretor de Estranhos no Paraíso e Flores Partidas, entre outros.

São cinco histórias curtas que se passam numa noite, dentro de táxis, em cinco cidades espalhadas pela Europa e Estados Unidos.

Uma ideia original, interessante, inteligente, com casos únicos e bem humorados, que deixam o interesse da gente o tempo todo em nível elevado.

Na primeira história temos a taxista (Winona Ryder), uma simpática motorista meio destrambelhada que mais parece um moleque, sem papas na língua e com um carro que parece estar destinado a um desmanche num futuro próximo. Ela, quase que por acaso pega uma passageira ilustre (Gena Rowlands), no aeroporto de Los Angeles, uma atriz e produtora de sucesso e numa viagem razoavelmente longa, vão se conhecendo e evidenciando o choque de classes. Divertido e engraçado.

Na segunda história, (Armin Muller-Sathl) é um imigrante um senhor que não fala quase nada de inglês, mas está tentando sobreviver nos States dirigindo um táxi. Ele recolhe o “Gus Fring de Breaking Bad” (Giancarlo Esposito), um sujeito falastrão e gozador que não deixa o homem em paz, com as suas piadas. Na metado de caminho, (Rosie Perez), acaba participando da viagem, deixando o clima ainda mais animado.

A terceira se passa em Paris e o motorista é um imigrante da Costa do Marfim, que depois de dispensar dois engraçadinhos que estavam lhe gozando, recolhe (Béatrice Dalle), uma passageira cega que durante o bate-papo de uma viagem também um pouco longa, vai descobrindo que ela, apesar de não enxergar vê muitas coisas bem melhor do que ele. Mais uma história divertida e inteligente, só o que me incomodou mesmo, foram os olhos da moça, denunciando a sua cegueiro todo o tempo que ela está em cena.

Quarta história: Roma. Roberto Begnini é um motorista amalucado que não para de falar, mesmo quando está sozinho. Ao recolher um padre (Paolo Bonacelli), como passageiro, passa a falar mais ainda e a contar seus pecados numa confissão não oficial, já que o padre além de não se encontrar em um local apropriado, também não demonstra nenhum interesse em ouvi-lo. Roberto Bengnini é perfeito para esse tipo de papel. Simplesmente hilário.

A quinta e última história se passa em Helsink e os passageiros dessa vez, são três amigos que saem de um bar mais pra lá do que pra cá e dois deles passam a contar suas argúrias, dando ênfase aos problemas do terceiro que dorme quase o tempo todo. Não é a melhor história, mas também é muito boa.

É isso. Diversão simples, de qualidade, com originalidade e bom gosto.

Recomendo a todos.

Não deixem de ver.

Nota 7.4 de 10
IMDb: 7.7


sábado, 7 de maio de 2022

Deserto Particular - Brasil 2021 nota 3,0

Atenção: Contém Spoilers.

Há muito tempo sem ver um filme brasileiro, resolvi dar uma espiada nesse ‘Deserto Particular”, após ver uma crítica positiva de um youtuber comentarista de cinema.

Que decepção.

Parece que a vontade de ver alguma coisa de qualidade, com conteúdo e boas ideias, levam algumas pessoas a enaltecerem obras medíocres, mal escritas, mal produzidas, mal dirigidas e apelativas, só por serem nacionais.

Aqui a apelação vai para o lado da diversidade, numa clara demonstração de que a tendência do momento em trazer para o público histórias que remetem a uma intenção velada de demonstrar simpatia pelo tema, faz com que as companhias cinematográficas apoiem projetos de qualidade pífia, apenas para navegar na onda de um movimento que cresceu de forma acelerada nos últimos anos.

Na trama, Daniel (Antonio Saboia), um policial que está suspenso por ter “surtado” durante o seu trabalho e vem sobrevivendo às custas de “bicos” como segurança de boate em Curitiba, resolve de repente deixar seu velho pai (e ex-policial), acometido pelo alzheimer aos cuidados de sua irmã mais nova, pegar a caminhonete e ganhar o mundo com destino a Pernambuco, para conhecer Sara, uma garota com quem ele vem se correspondendo.

Em dado momento, um recém conhecido admirado pela sua aventura, pergunta se não existia mulher em Curitiba e ele diz que a garota que ele está indo conhecer, faz com que se sinta “diferente”. Infelizmente, não temos nada sobre o "romance" do casal, o diretor Aly Muritiba, apenas nos mostra uma cena constrangedora de envio de núdes pelo whatsapp....

Claro que, como todos já desconfiaram, Sara é um rapaz que trabalha num mercadão distribuidor de hortifrutis e durante a noite se traveste para... para que mesmo?!!?

Desculpem, eu disse que todos tinham desconfiado, mas nem todos desconfiaram, pois o próprio Daniel não fazia ideia de que ela era um garoto, e nem depois de ter tocado “a moça” e visto seus traços masculinos e um pomo de adão do tamanho de uma maçã, ele desconfiou (o amor é cego). Na verdade, ele só vai perceber mesmo, depois de um beijo e um contato mais próximo e aí seu lado homofóbico vem à tona.

História mais furada do que paredão de fuzilamento com atiradores sem pontaria, atores que necessitam urgente de um curso de dicção (as vezes ninguém entende o que eles falam) e para ajudar, um som de qualidade horrível, coroam um filme falso, sem nexo, sem convicção, apresentando diálogos inexpressivos e permeado de cenas pra lá de forçadas.

É pra desanimar qualquer expectador com um mínimo de noção.

E tome “Total Eclipse of the Heart da Bonnie Tyler”.

No final, um desfecho sem emoção, sem definição, sem nada, apenas um grande vazio na cabeça... e ainda inscreveram o filme para preleção ao Oscar 2022. É por isso que o cinema brasileiro vive tão desvalorizado mundo afora.

Me pergunto: Se o rapaz ia viajar para o Rio, e Daniel estava voltando para Curitiba, não seria legal se ele lhe oferecesse uma carona? O filme terminaria com o inicio da viagem e o expectador teria muitas possibilidades a explorar na imaginação.

Mas nem isso...

Mantenha distância... pelo menos umas 100 léguas.

Nota 3.0 de 10
IMDb: 7.2


Morte no Nilo (Death on the Nile) USA 2022 nota 6,6

Mais um remake de romance adaptado de Agatha Christie.

Assim como em “Assassinato no Expresso do Oriente” de 2017, Kenneth Branagh dirige e atua como o protagonista da história, o detetive belga Hercule Poirot.

A exemplo do anterior, a reputação de Kenneth em Hollywood, lhe valeu um ótimo orçamento (um dos produtores é Ridley Scott) e o direito de escolher grandes estrelas para o elenco.

O que faltou mesmo, foi inspiração.

Um roteiro murcho, com um vilão sem carisma (nunca gostei do Armie Hammer) e mesmo com as ilustres presenças da linda Gal Gadot, da estrelíssima Annete Benning (tá velhinha...) e do polêmico Russel Brand (aqui em um papel sério), o filme fica ali na média e nunca empolga de verdade.

A maneiro como o primeiro crime é mostrado, “telegrafa” a maneira como foi planejado e cometido. Não me lembro do livro, pois já faz um bom tempo que li, mas recordo que a “Rainha do Crime”, até chegar no final da história, me deixou a ver navios (hi hi hi,... desculpem), dada a sua maestria em “esconder” os assassinos dos seus romances.

Aqui, basta um pouquinho de atenção, para matar a charada no instante em que ocorre.

Ainda assim, o filme prende a atenção pela sua qualidade visual e o brilho do elenco.

Outro ponto negativo é aquele final bobo, sem graça e sem criatividade.

Mas é Agatha Christie e o filme foi bem produzido, para mim, é o suficiente, para vocês, eu não sei, então....

É por sua conta e risco.

Nota 6.6 de 10
IMDb: 6.3


Projeto Adam (The Adam Project) – USA 2022 nota 6,8

Ryan Reynolds cai com a sua nave numa floresta pertinho de sua casa de quando ele era criança.

Sua mãe viúva e seu filho menino (a sua versão criança), vivem uma vidinha interiorana comum, mas tudo vai mudar com a chegada dele.

Filme sobre viagem no tempo que quebra um paradigma: As duas versões de uma pessoa, podem sim interagir sem se preocupar com algum efeito mortal teoricamente explorado em muitos outros filmes sobre o tema.

Adam, está tentando reverter uma situação acontecida na sua época, 2050, que foi alterada por uma vilã que retornou e mudou alguma coisa no passado.

Ação, bom humor, efeitos especiais sem parcimônia, um filme fácil de ver e de esquecer, como muitos produzidos ultimamente. É ruim? Não, não é, vale uma conferida se você busca diversão sem emoção.

Se isso não for um problema, eu recomendo, o filme é bem feitinho e divertidinho.

Jennifer Gardner é a mamãe gatona, Catherine Keener, a vilã (envelhecida naturalmente e rejuvenecida digitalmente), O Incrível Hulk, Mark Ruffalo aparece na metade do filme pra dar um gás e a feiosa Zöe Saldanha também participa do pega-pega.

O diretor é Shawn Levy, o criador de “Stranger Things”, que desta vez não conseguiu o mesmo sucesso da série. Ficou ali, no marromeno.

Nota 6.8 de 10
IMDb: 6.7


As Trambiqueiras (Queenpins) – USA 2021 nota 7,0

Boa comédia baseada em fatos, sobre duas amigas, Connie, uma dona de casa na casa dos 30 anos (Kristen Bell) e Jojo (Kirby Howell-Baptiste de “Porque as Mulheres Matam”), uma moça que cuida da mãe.

Connie é fissurada por cupons de descontos e Jojo tem um canal no youtube, onde oferece dicas de consumo, mas tem poucos seguidores.

De repente, resolvem aplicar um golpe no sistema de cupons, chamando a atenção de um funcionário hiper dedicado ao seu trabalho Paul Walter-Houser de ”O Caso de Richard Jewell” ele começa uma caçada ferrenha para descobrir as espertinhas e botá-las em cana.

Filme ligeiro, divertido e interessante, com o grandalhão Vince Vaughn aparecendo ali pela metade do filme e roubando a cena.

Não se deixe enganar pela má avaliação dos críticos, o filme é leve, divertido e um ótimo passatempo.

Obs: Se alguém achar exagerado a rigidez dos correios quanto aos maus utilizadores dos seus serviços, vejam o filme e comprovem que é tudo verdade.

Nota 7.0 de 10
IMDb: 6.3


quarta-feira, 4 de maio de 2022

Heavy Trip – Noruega 2018 nota 7,0

Quatro amigos bobalhões, interioranos e muito estranhos formam uma banda de Heavy Metal, mas são carentes de apoio, pois nem os amigos, nem a família e muito menos a vizinhança, dispensam qualquer incentivo aos metaleiros cabeludos e atrapalhados. Além disso, eles não conseguem ensaiar direito por conta da própria falta de noção, mas vivem sonhando em pelo menos tocar em alguma espelunca.

Turo Moilanem, o vocalista (estilo Max Cavallera), é apaixonado pela filha do chefe de polícia, que não vai com a sua cara e pra ajudar, sua timidez atrapalha e ele não consegue se declarar, além disso, o pai da moça vive na sua cola e para completar, um empresário malandro e cheio das más intenções vive aporrinhando a garota para namorar com ele.

Mas um dia, uma oportunidade aparece e apesar de todos os contras, parece que finalmente eles vão tocar para um público.

Filme sem muita lógica, cheio de absurdos e coincidências forçadas, como deve ser toda boa comédia de humor besteirol.

E é isso que o filme é, um besteirol musical, com um roteiro nonsense, mas tem um final espetacular.

Se você é fã de Heavy Metal, não deve perder.

Nota 7.0 de 10
IMDb: 7.0


Batman (The Batman) – USA 2022 nota 7,8

Novas aventuras do Homem Morcego na velha Gotham City, assessorado pelo velho Pinguim (Colin Farrel irreconhecível), Comissário Gordon (dessa vez vivído pelo bom e versátil Jefrey White), a “gata” Zöe Kravitz e a estrela do filme (que aparece pouco), O Charada que já foi Jim Carrey, mas desta vez ganhou a cara do Paul Dano.

É mais do mesmo, só que diferente.

Falando dos mais recentes, o Batman do Tim Burton e Michael Keaton, foi um Batman que resgatou o interesse pelo personagem e mesmo com muitas críticas em relação à escolha do protagonista de "Os Fantasmas se Divertem". o filme se tornou um clássico e teve algumas continuações (para mim, todas inferiores). O Batman de Christopher Nolan com Christian Bale, já veio mais violento e teve também suas continuações, trazendo um Coringa cruel, violento, carismático e marcante (Heath Ledger), impagável, icônico, inesquecível.

Ben Afleck vestiu a roupa preta, a máscara e a capa no Batman de Zack Snyder, e se saiu muito bem. Seus filmes foram os mais caros da história e com certeza ficarão gravados na memória dessa geração.

Agora temos um ex-vampiro amorcegado, numa nova roupagem e num enredo em que ele parece ter caído de para-quedas, pois passa-se a impressão de que o filme já estava em andamento, quando começou.

Nosso novo Batman é mais sombrio, taciturno (até quando está Bruce Wayne). Seus “brinquedinhos maravilhosos” parecem um tanto obsoletos, se comparados com os últimos Batmans, o Batmóvel, parece um jipe melhorado, mas não aperfeiçoado e esses fatores acabam dificultando o trabalho do nosso herói, talvez por isso o filme tenha quase três horas de duração.

Mas não se preocupem com isso. Robert Pattinson está bem razoável (apesar da voz), a trama segura a gente na poltrona, o filme não cansa, é 100% interessante e... é Batman... e apesar de ter ficado abaixo das minhas expectativas, eu não deixaria de assistir.

Nota 7.8 de 10
IMDb: 8.0


Encanto USA 2021 nota 7,0

Musical simpatissíssimo que ganhou o Oscar de Melhor Animação, derrotando concorrentes de peso, como “Raya e o Último Dragão” e o surpreendente “Flee”.

Mirabel Madrigal nasce em um povoado na Colômbia, afastado de tudo e fundado pela sua família. O lugar, chamado de Encanto, é mágico e todos da família da menina, em um certo momento da infância, receberam um dom mágico e se tornaram especiais, só que quando chega sua vez, algo não dá certo e ela passa a viver uma vida em que, apesar da sua energia e bom humor, sente-se à margem de seus familiares, sem saber que no futuro, todos dependerão dela para que o povoado sobreviva.

Gostei bastante dos personagens, das músicas (inclusive a música “We can’t talk about Bruno”, grudou na minha cabeça e eu fiquei cantarolando o refrão por uma semana).

Para mim, o ponto fraco foi o desfecho, pois na hora da reviravolta, quando o Plot Twist deveria ser algo para ficar marcado na história... fué... fué... fué... foi fraquinho, fraquinho e sem impacto. Aconteceu que uma personagem caiu em si e admitiu que vinha se comportando de modo errado. Só isso. Portanto a minha nota caiu de prováveis 7,9 para 7,0.

As vozes não são de artistas consagrados. John Leguisamo é a maior celebridade, dublando o personagem Bruno.

Mesmo assim, vale a pena. Um filme gostoso de assistir, engraçado, alegre com belas músicas e ótimas tiradas humorísticas.

Não deixe de ver.

Nota 7.0 de 10
IMDb: 7.2


Johnny & June (Walk the Line) - USA 2005 nota 6,5

Biografia do cantor Johnny Cash, desde a infância marcada pela tragédia na fazenda de algodão da família e o amadurecimento entre sua música e o olhar crítico do pai controlador (Robert Patrick).

Seus dramas, seus amores, os problemas com a bebida e as drogas, o desapego da família e da esposa Vivian (Ginnifer Goodwin de “Porque as Mulheres Matam”).

Em meio a altos e baixos, a paixão pela cantora June Carter (Reese Witherspoon), com quem vivia uma constante relação de amor e brigas intensas.

Eu não gostei do filme. A história foi contada de um ponto de vista que incomoda. Excetuando-se as músicas, tem poucos momentos agradáveis e o enredo se concentra mais nos problemas e nas birras, quando ele está com em família, e também quando está nas turnês, mas ainda assim, eu reconheço o valor do filme.

Muita música, mostrando alguns dos maiores sucessos do astro, todas cantadas por Joaquim Phoenix, inclusive retratando as parcerias com Elvis Presley, Jerry Lee Lewis e Carla PerkinsReese Witherspoon, também dá boas pinceladas e isso ajuda bastante, mas eu gostaria de ter visto algo mais leve e mais divertido.

Faltou sensibilidade e humor, num filme amargo, embora adocicado pela boa música country/Rock.

Vale conhecer.

Nota 6.5 de 10
IMDb: 7.8


Dias Perfeitos (Perfect Days) - Japão/Alemanha 2023 nota 7,8

Indicado ao “ Oscar de Melhor Filme Estrangeiro ” e dirigido pelo prestigiado  Wim Wenders “ Asas do Desejo ”, “ Paris Texas ”, Dias Perfei...