Menu - Gêneros

sábado, 29 de fevereiro de 2020

Quiz Charada - Qual é o Filme?

Um juiz no final do expediente avisa o “mourinho” que só ia dar tempo de julgar as três mulheres acusadas de um assalto:
Uma índia chamada Ana
Uma mulher chamada Diones
E uma última que ele ainda não sabia o nome.
Qual é o filme?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
Índia Ana, Diones e a última acusada...


A Casa que Jack Construiu (The House that Jack Built)


Dinamarca, França, Suécia, Bélgica e Alemanha 2018:

Lars von Trier em sua melhor forma.
Filmado em Copenhagen na Dinamarca, é um filme perturbador (marca registrada do diretor), que deve ter feito muita gente sair do cinema no meio da sessão. Conta a história de um serial killer cruel e insano (Jack) Matt Dillon perfeito no papel (eu sempre achei que ele tem cara de psicopata mesmo...rss).
Como sabemos, Lars von Trier não é para todos os gostos, mas quem curte cinema, não pode deixar de ver, ainda que não goste.
É um filme para não esquecer... as frases filosóficas, a divagação de genocídios em forma de arte (na visão do Jack, é claro) justificando seus crimes a "Vergel", uma espécie de anjo do inferno que vai acompanhá-lo em sua última jornada. O diretor usa imagens dos próprios filmes em suas citações, como Melancolia, Anticristo e Ninfomaníaca.
É chato em alguns momentos, ilustrando a narrativa com animações e imagens de fatos históricos (incluindo Hitler)
Houve um incidente em Cannes quando o diretor caiu na besteira de dizer que "entendia Hitler". Foi vaiado e criticado pelo público e pelos organizadores.
Este, é um filme cruel ao extremo, destaque para as cenas em que o assassino mata crianças e tortura psicologicamente suas famílias antes de matá-las.Uma verdadeira navalhada na carne.
Mesclando a isso, um filme artístico bem ao estilo Lars von Trier.
No final um toque de mestre:

O cenário a lá Michelângelo e o rapel no inferno. A queda do Jack fechando com a regravação de "Hit the Road Jack" do Ray Charles.
"hit the road Jack and don't you come back no more, no more, no more"!!!
Genial!
Para mim, o roteiro só peca em criar vítimas pra lá de burrinhas e policiais inocentes, embora o filme justifica isso em um diálogo de Jack com Vergel.
Há também o desinteresse dos vizinhos e da própria polícia em ajudar as vítimas, facilitando a vida do assassino. Mesmo assim, é um filme sensacional!
Com Bruno Ganz (que morreu recentemente) e a musa de Quentin Tarantino, Uma Thurman (quase irreconhecível).
Nota 8.0 de 10.
IMDb: 7.1

O Vingador do Futuro (Total Recall)

USA 1990
Título em português inventado na intenção de associar o filme a " O Exterminador do Futuro" por causa do Schwarzenegger... coisa mais besta...
Mas é um filmaço!
O filme foi inspirado em uma história escrita por Phillip K. Dick, chamada "We Can Remember It For You Wholesale".
Para quem não sabe ou não se lembra Phillip K. Dick escreveu um livro chamado "Andróides Sonham com Ovelhas Elétricas"... no qual se baseou outro filmaço: "Blade Runner, O Caçador de Andróides" de Ridley Scott.
Voltando ao filme:
Num futuro distante (já vi isso antes), um operário da construção civil, Doug Quaid, (Arnold Schwarzenegger), vive uma vidinha tranquila com a sua belíssima e loura esposa Lori (Sharon Stone), mas sempre sonha que está em Marte caminhando de mãos dadas com um bela morena, Milena (Rachel Ticotin de "Chamas da Vingança), quando de repente, cai numa ribanceira, o capacete se quebra e sem ar quase morre todo esbugalhado. Quase, porque ele sempre acorda no momento em que está morrendo.
Fascinado pelo planeta Marte que nessa época já está habitado por humanos, ele decide ir até uma agência de viagem virtual e comprar um "passeiozinho" até lá.
Ocorre que durante a viagem virtual ele tem um piripaque causado por um encontro de informações e desconfiados que ele já esteve em Marte, o pessoal da agência "apaga" as ultimas lembranças dele e o mandam pra casa.
No caminho sem se lembrar de nada, ele topa com quatro sujeitos chefiados por um seu colega de trabalho, que tentam apagá-lo, dessa vez apagar "apagar" mesmo, do mapa...
Ele se revela um cara treinado para escapar do perigo e manda os caras para um outro mundo.
A partir daí, uma série de revelações vai levá-lo até o Planeta Marte. Lá ele vai tentar decifrar o seu passado e de quebra sair na bala e nos tabefes contra um bando de assassinos a serviço do chefão de Marte, um tal de Gohagen (Ronnie Cox), que controla a liberação de oxigênio no planeta para obrigar trabalhadores a garimpar para ele um minério chamado Turbínio, que vale uma nota preta.
O pior é que o chefe dos assassinos tem uma bronca com o nosso herói que no passado "enfeitou-lhe" o crânio dando uns "catas" na mulher do cara... kkkkk
Grande filme cheio de ação e de reviravoltas. O diretor holandês Paul Verhoeven depois desse, dirigiu "Tropas Estelares" "Instinto Selvagem" e "Robocop", entre outros.
Fizeram uma refilmagem em 2012 com Colin Farrel, mas na comparação não dá nem pro cafezinho... esse é muito melhor, ainda mais com o Schwarza em plena forma.
Com Michael Ironside de "Tropas Estelares" como o corno enfezado...
Nota 8.5 de 10.
IMDb: 7.5

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Sonic: O Filme (Sonic: The Hedgehog)

USA 2020
Depois da demonstração de fúria homicida que se propagou depois que as primeiras imagens do ouriço mais rápido do universo pintou nos canais de divulgação em Abril de 2019, o diretor Jeff Fowler parece ter tomado um dose caprichada de Simancol tarja preta e resolveu mudar o assombroso designer do bichinho para uma versão que não causasse pesadelos nos fãs.
Na “trama”, Sonic´é um ouriço alienígena que vive escondido em uma pacata cidadezinha do interior dos Estados Unidos e sua diversão se resume a observar os moradores, ler histórias em quadrinhos e ouvir clássicos do Rock na sua caverna, até que um dia, acidentalmente ele é monitorado por uma base do governo, que sem conseguir identifica-lo satisfatoriamente, acaba deixando a missão com um genial cientista maluco e egocêntrico, o Doutor Robotinik que passa a persegui-lo feito um alucinado.
Jim Carrey como sempre toma conta da parada, que apesar da infantiloidice de algumas piadas consegue divertir sem comprometer, afinal o filme tem a difícil missão de agradar a adultos e crianças, dada a grande diversidade etária dos fãs do jogo. Só acho que a linha humorística poderia ter avançado um pouquinho mais na idade do público alvo, afinal o diretor tinha Jim Carey que é perfeitamente capaz de agradar crianças de qualquer idade, mesmo que as piadas sejam um pouco “avançadas”,  a exemplo de “Debi & Loyd”. 
 Ben Shawrtz faz a voz do Sonic e James Marsden (Westworld), o Xerife gente boa que arrisca sua carreira para ajudar o bichinho.
Recomendado para os fãs.
Trilha sonora com direito a Queen e ZZ Top
Me incomodou a cena em que ele joga o pobre do peixe naquele deserto.
Nota 6.5 de 10
IMDb: 6.9

O Professor (The Professor)


USA 2019
Johnny Depp é Richard, um professor universitário de inglês que recebe um diagnóstico igual ao de outro professor famoso, Walter White.
Assim como o professor de química de Breaking Bad, ele tem apenas seis meses de vida e resolve dedicar seus últimos meses a viver da maneira que ele acha que deveria ter vivido toda sua vida.
Sem coragem e nem oportunidade de contar para a família, sua mulher infiel (Rose DeWitt) e sua filha, ele decide selecionar alguns dos seus alunos e passar para eles toda a essência em seu último legado.
Entre os seus alunos escolhidos, se destaca Claire (Zoey Deutch).
O filme tem claramente uma mensagem voltada para o quanto desperdiçamos da nossa vida, vivendo sob as imposições comportamentais da sociedade. Há alguns exageros propositais que o diretor Wayne Roberts claramente inseriu no roteiro afim de amenizar a carga emocional que a história produziria, mesmo assim fica difícil segurar as lágrimas na cena final entre Robert e sua filha.
Johnny Depp está bem, apesar de carregar seu estigma de Jack Sparrow dando suas escorregadelas em um momento ou outro do filme.
É um drama pesado e leve ao mesmo tempo. Pra mim, valeu conhecer e acho que também vai valer para quem curte o gênero.
Com Danny Houston como o melhor amigo do professor e Ron Livinston como o “Ricardão”.
Nota 7.1 de 10.
IMDb: 6.7

Zumbilândia: Atire Duas Vezes (Zombieland: Double Tap)

USA 2019
Continuação da ótima comédia de 2009.
Columbus (Jesse Eisenberg), Tallahassee (Woody Harrelson), Wichita (Emma Stone) e Little Rock (Abigail Breslin) continuam na estrada procurando um lugar seguro para viver. O filme, quase um roadmovie, tem a sua primeira parada na Casa Branca e depois em um hotel temático em homenagem a Elvis Presley, lá eles encontram outros sobreviventes.
Columbos e Little Rock são pacíficos, mas Tallahasse e Wichita são marrentos e isso vai causar alguns perrengues com os novos personagens.
Os Zumbis evoluíram e agora temos uma nova geração que eles apelidam de T-800 em homenagem ao androide assassino do Exterminador do Futuro. Esses novos zumbis levam bala na cabeça e não morrem, apesar de já estarem mortos...(!!?)
Destaque para Luke Wilson, Thomas Midleditch e Zoey Dutch, os dois são insanamente competitivos e ela é burrinha como uma porta.
As piadas seguem a mesma linha de sutileza, intercalando com as trapalhadas do grupo,  mas não tem nenhuma tão boa quanto aquela do primeiro filme, em que Bill Murray se disfarça de zumbi pra mostrar seu talento teatral e leva um tiro na cara.
Mas é uma ótima comédia, com quatro artistas que receberam indicações ao Oscar por outras atuações, acho que só por isso já da pra imaginar o nível do filme né.
Diversão mais que garantida.
Com Rosário Dawson e a participação sempre especial de Bill Murray.
Nota 7.5 de10
IMDb: 6.8 (Injusto!)

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Quiz Charada - Qual é o Filme?

Um cara tinha um gato de estimação chamado Tido. Ele dormia em um cesto ao lado da sua cama. Um dia ele acordou e o gato tinha sumido.
Qual é o filme? (Esse todo mundo sabe né?)
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
O cesto sem Tido

Monstro do Pântano (Swamp Thing) - Primeira temporada


USA 2019
Série da DC Universal.

Os moradores de uma cidadezinha localizada numa região pantaneira no interior do estado da Louisiana, são afetados por uma estranha "gripe verde" proveniente de um pântano ali nas proximidades. (o nome desse estado é uma homenagem ao casal de colonizadores do lugar o Louis e a Ana, por isso "Louis-i-Ana, certo?... ... não, acho que não...).

Um cientista, Alec Holland (Andy Bean), contratado pelo sujeito mais influente da cidade, Avery Sunderland (Will Patton, sempre vilão), descobre que experimentos clandestinos estão sendo feitos na flora do lugar e isso está causando um grande desequilíbrio na natureza, criando o tal do vírus e afetando todo o sistema.
Ele compartilha meio que superficialmente sua descoberta com uma médica infectologista da saúde pública, a doutora Abby Arcane (Crystal Reed), por quem está atolado (eitah!) de paixão, mas antes que consiga provas mais concretas, sofre uma tentativa de assassinato enquanto colhia mais amostras lá no meio do nada.
Mortalmente ferido, seu corpo é envolvido pela flora do lugar e ele volta à vida como uma criatura assustadora, meio humana meio vegetal.
A partir daí ele passa a defender o lugar como um guardião da natureza, mas cientistas do mal, financiados por poderosos e gananciosos vão tentar de toda maneira capturá-lo para estudos e com isso ganhar muito dinheiro.
Ele está assustado, com raiva, revoltado e violento e não é muito saudável se meter com ele.
De quebra, uma série de segredos do passado e dramas pessoais dos moradores ajudam a rechear a série com muita ação, suspense e um clima dark que beira o terror.
O Monstro do Pântano é um herói da DC Comics, criado em 1971 por dois caras, Len Wein e Berni Wrightson.
Em 1982, Wes Craven o criador de "A Hora do Pesadelo", dirigiu um filme baseado nesse personagem.
Eu gostei bastante da série, pena que pela DC Universe vai ficar só nessa temporada, mas já temos confirmação que a HBO vai assumir.
Com Jennifer Beals, aquela bailarina maravilhosa de "What a Feeling" em "Flashdance", Virginia Madsen e Kevin Durand, o cara que matou a filha do Ben em "Lost". Acho que algumas pessoas não vão saber do que eu estou falando...

Nota 8.0 de 10.
IMDb: 7.7

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

O Bar Luva Dourada (The Golden Glove)

Há alguns dias, morreu um grande artista do cinema de terror.Uma cara que só não teve um maior reconhecimento por falta de verba, porque imaginação e ousadia criativa, ele tinha de sobra.
José Mojica Marins, hoje praticamente desconhecido do grande público esquecido pelos que o conheceram, partiu desse mundo.Que um dia sua obra seja melhor relembrada, retrabalhada, renovada ou refilmada.


Alemanha 2019
Atenção:
Com spoilers.

O Bar Luva Dourada é um filme perturbador, uma mistura de trash, gore e bizarro, que conta em tom meio de comédia, a história de um serial killer que na década de 70 estuprou e matou dezenas de mulheres na cidade de Hamburgo na Alemanha.
O bar do título é um lugar feio e pequeno onde a decadência humana parece ter se instalado.Prostitutas velhas, bêbadas  e desdentadas, ficam por ali à procura de clientes.
Fritz Honka (o ator Jonas Dassler, brilhantemente caracterizado), é um de seus mais assíduos frequentadores. Bêbado, esquisito, caolho, manco e corcunda, ele vai pegando o que aparece pela frente e leva para o seu apartamento próximo dali.Um apartamento claustrofóbico, sujo, com algumas bonecas velhas espalhadas pela casa, pôsters de revistas pornográficas nas paredes e um fedor insuportável de carniça proveniente de partes dos corpos de suas vítimas que ele inexplicavelmente mantém na área do descarte de lixo. As mulheres, em busca de algum trocado, bebida e um pouco de calor humano, se sujeitam, pensando ter encontrado um bom cliente apesar de esquisito e de morar naquela imundície.Furioso com a sua impotência explicitamente mostrada em nu frontal, Honka acaba assassinando suas acompanhantes, depois esquarteja os corpos e joga a maioria das partes em terreno público.As pessoas do bar parecem não dar a mínima para o sumiço das mulheres, na verdade, isso nem é citado nas conversas, mostrando o descaso com a vida humana juntamente com o clima depressivo do lugar.
O mais próximo que Honka chega de se tornar uma pessoa normal, é quando após se recuperar de um atropelamento, deixa a bebida e começa a trabalhar de vigia noturno em um shopping, mas acaba seduzido pela mulher da faxina e seu marido, mais dois atrapalhados na vida. Ele volta a beber, a demência retorna e ele volta a matar.O filme é todo centrado no assassino, na sua paixão por uma bela estudante que ele encontrou na rua e por acaso acendeu seu cigarro.A polícia só aparece no final.Não é filme típico de um "José Mojica Marins", mas o estilo lembra um pouco, pelo ambiente, pelos personagens e o gênero.
Baseado no livro Der goldene Handschuh, do escritor Heinz Strunk, lançado em 2016.

Nota 7.0 de 10
IMDb: 6.7

sábado, 22 de fevereiro de 2020

Três bons filmes desconhecidos que quase ninguém conhece e que muita gente nem ouviu falar

Os Mortos Não Morrem (The Dead don't Die):
2019

Jim Jamurch é um diretor meio amalucado que faz um cinema independente e por isso, não tem no currículo nenhum filme de grande orçamento, apesar de ter uma filmografia bem numerosa.
Dessa vez, resolveu entrar na moda dos filmes de zumbis, categoria que começou lá em 1968 com o clássico "A Noite dos Mortos Vivos" (Night of the Living Dead) de Cesar Romero.
Até os anos 80 esse tipo de filme se sustentou bem, devido a pouca oferta, até que a onda perdeu o fôlego por umas décadas e voltou com tudo, depois que os desenhistas Robert Kirkman e Tony Moore criaram "The Walking Dead" e a ABC norte americana resolveu apostar na série para TV.
A partir daí, uma epidemia (eitah) de filmes de zumbis empestiou os cinemas vindos de toda parte do mundo. Tem para todos os gostos, inclusive zumbis coreanos (Trem Para Busan - filmão) e zumbis nazistas (Dead Snow: Red vs. Dead - esse não presta).
The Dead don't Die, (injustamente mal avaliado pela crítica), começa mostrando um dia de rotina numa tranquila cidadezinha interiorana chamada Centerville...:
Os policiais Cliff Robertson (Bill Murray) e Ronnie Peterson (Adrian Driver, o Kylo Ren de Star Wars), estão atendendo uma ocorrência em que um eremita (Tom Waits) é acusado de roubar uma galinha de um morador.
Só no final você vai saber se ele roubou mesmo a galinha, quando isso já não tiver a menor importância... rsss
Uma esquisitíssima maquiadora de defuntos da funerária da cidade (Tilda Swinton) está agindo estranhamente.
Uma moça (Selena Gomes) e dois rapazes estão chegando pra passar a noite na cidade e depois seguir viagem.
De repente, a terra sai um pouco do seu eixo gravitacional e causa vários fenômenos, entre eles a ressurreição de alguns defuntos que estavam mortos (??!!)...
Alguns desses mortos vivos se levantam do seu descanso eterno e passam a invadir a cidade em busca de comida... como já sabem, carne humana. O primeiro que aparece é Iggy Pop, que não precisou de muita maquiagem pra fazer o papel... (??!)
A partir daí, o filme segue o mesmo caminho das outras produções do gênero, com pessoas se trancando em casa, alguns mais valentes cortando cabeças dos mortâmbulos*, outros mais bobalhões acabam sendo mordidos e passam a reforçar o time dos zumbis e por aí vai.
Até que nos 20 minutos finais, um plot twist meio fajuto acaba dando uma identidade diferente no desfecho da história.
Não é nenhum clássico, longe disso, mas dá pra se divertir. Vale pelo elenco de estrelas e a condução um tanto surreal do diretor.
Ainda tem Steve Bushemi e Danny Glover de "O Predador II").
Nota 6.5 de 10.
IMDb:5.5

* mortâmbulos:
Adaptação gramatical que procura seguir a tendência narrativa do substantivo sonâmbulo, ou seja, pessoa ambulante em estado de sonolência.
Mortâmbulo: pessoa ambulante em estado de CPF cancelado, ou seja, mortinho da silva...


Dia Sem Fim (Ha-Roo):
Coreia 2017
(a do Sul, é claro!)

Filme coreano com a velha fórmula das histórias em que o dia se repete várias vezes para uma pessoa, até que ela descubra o motivo e se livre do "incômodo".
Nesse caso, um médico renomado volta de uma viagem com seu assistente e com saudades da filha, uma menina de oito anos, combina de se encontrar com ela ao meio-dia na saída da escola.
Ele se atrasa porque faz uma pausa no caminho para socorrer duas vítimas de um acidente de trânsito, um taxista e sua passageira, e é quando percebe que além das pessoas que estavam no carro, sua filha foi atropelada pelo veículo e morreu no local.
De repente dá um apagão, ele volta no tempo e acorda no assento do avião.
Claro que daí ele inicia um corre corre da gota serena pra tentar salvar sua filhinha, mas não consegue e depois de outro apagão, desperta novamente no assento do avião.
E a coisa se sucede sucessivamente sem cessar como diria o grande filósofo contemporâneo, Marcondes Falcão.
O filme tem boa dose de suspense e muitas revelações no seu decorrer. Só achei que algumas alternativas foram mal utilizadas pelos personagens, passando um bocadinho pra gente, a impressão de que os roteiristas deram uma "cozinhada no galo" pro filme durar um pouquinho mais.
Mesmo assim, é uma história enxuta (apenas 1:10' de duração) e vale a pena conhecer.
Não achei nada digno de registro no currículo do diretor Sun-Ho Cho.
Nota 6.8 de 10.
IMDb: 6.7

Lavanderia (The Laundromat):
USA 2019

Lavanderia é um filme dirigido por Steven Soderbergh e baseado no livro "Secrecy World" escrito por Jake Bernstein.
Steven Soderbergh é um diretor premiadíssimo por filmes como "Sexo Mentiras e Videotape", "Traffic" e "Erin Brokovitch".
Esse filme tinha tudo para ser chato, mas a leveza e o bom humor da direção fazem dele um filme divertido e agradável de se assistir, sendo ao mesmo tempo instrutivo e esclarecedor, além de explicar como diversos caminhos aparentemente legais, são usados na prática da corrupção.
Gary Oldman e Antonio Banderas são os sócios da "Mossak & Fonseca" uma empresa especializada em criar empresas de fachada para lavagem de dinheiro. Já de início eles dizem que não foram eles que escreveram o texto do que iam mostrar e que por eles tudo ficaria em segredo.
A cena de abertura é um achado e já mostra que o filme não vai ser nenhuma chatice, como poderia se imaginar pelo tema abordado.
Meryl Streep (sempre ótima) é a próxima a entrar em cena como uma vítima do sistema corrupto. Em seguida, outras histórias vão sendo inseridas, todas com base na corrupção e sempre com a presença de Mossak e Fonseca ali presentes, mas em "off", explicando como as maracutaias são feitas.
Não podia faltar a citação da Odebrecht como uma das principais corruptoras do mundo e a responsável pelo desfecho no final da história.
Altamente recomendado.

Com Robert Patrick, o vilão de cristal líquido do "O Exterminador do Futuro II", 
James Cromwell de "Babe o Porquinho Atrapalhado", "Star Trek Primeiro Contato", "Cowboys do Espaço", etc... etc...
Sharon Stone (o teeempo paaassa...)
Jeffrey Wright de "Westworld" e Matthias Shoenaerts de "A Garota Dinamarquesa" e "Red Sparrow".
Minha nota: 7.0

IMDb: 6.2


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Midsommar - O Mal não Espera a Noite

USA 2019
Dani, "Florence Pugh" (Indicada ao Oscar 2020 de Melhor Atriz Coadjuvante por “Adoráveis Mulheres”) e seu namorado de colégio, resolvem acompanhar três amigos de colégio que a convite de um deles, vão aproveitar as férias para conhecer a família do moço. O lugar é uma comunidade isolada da civilização, onde famílias vivem em harmonia ao ar livre, se alimentando de produtos naturais. Eles bebem um chazinho de cogumelo, se vestem de branco, realizam rituais estranhos e seguem algumas regras esquisitas.
Dani, fragilizada pela recente perda trágica de sua família, acaba se deixando seduzir pela seita e pelos seus costumes.
Eu nunca gostei de histórias em que grupos de pessoas meio abiloladas, se isolam e passam a seguir fanaticamente costumes religiosos bizarros, mas fiquei curioso pra ver este filme, devido à boa avaliação no IMDb e as críticas positivas.
O filme é bom.
No começo tudo são flores, aos poucos as esquisitices vão surgindo e o clima constante de suspense vai aumentando e assustando, porque pessoas começam a morrer de formas esdrúxulas.
O lado bom, é que as coisas acontecem em festejos durante o dia, como diz o título em português, mas são festas estranhas cheias de gente esquisita...
E tome birita... ou chazinho de cogumelo...
Valeu a pena conhecer, apesar das quase duas horas e meia de filme.
Pena que a veia criativa do diretor sofreu um pequeno AVC e o final não saiu do rotineiro, terminando igual outros filmes do gênero. Atenção para a atriz Florence Pugh, que vem se destacando bastante nos últimos anos.

Com o esquisitinho Will Poulter de "Maze Runner".

Ari Aster é o mesmo diretor de "Hereditário" de 2018, que também foi muito elogiado pela crítica. Teve gente arriscando que com esse filme, podia pintar alguma indicação ao Oscar. Não deu.
Nota 7.0 de 10
IMDb: 7.2

Quiz Charada - Qual é o Filme?

Ana saiu correndo pra rua, gritando que a sua casa estava mal assombrada. Qual é o Filme?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
Ana Viu um Fantasma...

O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio (Terminator: Dark Fate)

USA 2019
Mais uma sequência!
Caramba, eu venho pensando em como a indústria do cinema está cheia de gente com imaginação... para sequências. Pelo jeito, a franquia O Exterminador do Futuro ainda vai render bastante. Já são 35 anos desde o primeiro filme e a coisa continua fluindo.
E a gente assistindo...

Dessa vez inventaram uma nova continuação para seu melhor filme: O Exterminador do Futuro 2 - O Julgamento Final (1991).
Aqui, a Skynet não vingou, então ficamos com a impressão de que tudo que foi feito nos dois primeiros filmes, funcionou perfeitamente, mas não é bem assim.
No lugar da Skynet, a organização criada pelos robôs que exterminou a maioria dos humanos no futuro, tem uma outra organização (imaginem), que fez a mesma coisa...
Ou seja, mudou tudo, mas continua do mesmo jeito!
Chamam isso de continuidade retroativa “retcon” (cada uma...)

Grace (Mackenzie Davis), é uma policial do futuro, humana e aprimorada como um Robocop, que é enviada para a nossa época a fim de evitar que Dani (Natalia Reyes) uma menina mexicana filha do Arturito de “La Casa dePapel” (Enrique Arce), seja “exterminada”.
Por quê?
É claro que ela deve ser importante para a sobrevivência da raça humana no futuro, certo? Depois de uma hora de filme,você vai descobrir.
O assassino cruel (?!) dessa vez é um REV-9, (Gabriel Luna), tem cara de moço bonzinho, não expele um pingo de suor, está sempre limpo, arrumadinho e mais asseado do que um coroinha na Missa do Galo.

Sarah Connor (Linda Hamilton), reaparece. Coroa, com uma bela população de pezinhos de galinha, mas enxuta, experiente e marrenta como nunca, com razão.
E é claro que o velho Shwarza, sai da sua merecida aposentadoria para ajudar os mocinhos na luta contra os malvados.
O recurso do rejuvenescimento digital, é mais uma vez utilizado em uma cena do passado com Sarah Connor, John Connor (Eduardo Furlong) e o Exterminador dos dois primeiros filmes.

Muita ação como sempre, explosões como sempre, um vilão indestrutível, como sempre, ciclos temporais, como sempre, os velhos clichês e furos no roteiro, como sempre.
Mas diverte bastante, é movimentado o tempo todo. Os primeiros 20, 25 minutos que se passa em um vilarejo mexicano, nos mantém atentos quem nem um suricato.

James Cameron ajudou no roteiro, mas a direção ficou com Tim Miller de “Deadpool”.

Nota 7.0 de 10.
IMDb: 6.3

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Jóias Brutas (Uncut Gems)

USA 2019
Adam Sandler indicado ao Oscar de Melhor Ator?
Essa passou perto!
Tinha muita gente apostando nisso e eu acho que seria merecido. É claro que, ganhar ia ser difícil, porque esse ano a concorrência tava nervosa.
Fica pra próxima.
Nesse filme ele é um judeu, filho de muçulmanos, que tem uma loja onde ganha a vida (na verdade, vai levando aos trancos e barrancos), negociando jóias caras contrabandeadas, Rolex falsificados e mais um monte de bugigangas. É daqueles caras que parecem felizes, mas no íntimo escondem suas angústias e preocupações, vivendo numa corda bamba danada, cheio de dívidas, perseguido e ameaçado por agiotas do mundo do crime.
Ele adquire diretamente de um garimpo na Etiópia, uma pedra rara com presumidos poderes místicos, e vai tentar leiloar a jóia pra pagar suas dívidas de jogo.
Um cliente VIP, o astro da NBA Kevin Garnett (ele próprio) trazido por um amigo (LaKeith Stanfield, de "Corra") acha que faz uma conexão mental com a pedra e arrasa na partida daquela noite.
Howard (Adam Sandler) encontrando ali a oportunidade de ganhar muito dinheiro e sair da m... em que está, arma um esquema pra tirar o máximo de dinheiro da situação, mas as coisas não saem do jeito que ele imagina.
O filme é difícil de acompanhar, toda hora tem muita gente falando ao mesmo tempo e isso cria uma confusão danada no cerebelo da gente.
Tem um ritmo meio louco, sempre com muito barulho e um visual que me deixou meio zonzo em algumas sequências.
No final, um desfecho que vai fazer muita gente dizer... car#&lho!!!!
Outros vão dizer... Put@ que p@#$riu!!!
E quem não fala palavrão de jeito nenhum, vai dizer... Nossa!!!!! Que coisa!!! Ou algo parecido...
Eu fiquei de boca aberta.
Na minha opinião, Adam Sandler se deu muito bem fora da sua zona de conforto (aquelas comédias em que ele faz cara de bobo e muita gente curte e outros não). Eu curto...
Os diretores Benny Safdie e Josh Safdie, dirigiram "Bom Comportamento" com Robert Pattinson em 2017.
Nota 7.2 de 10
IMDb: 7.7

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Harriet

USA 2019
Harriet Tubman, é uma escrava americana, que ao saber que seus donos, de saco cheio da sua rebeldia decidem vendê-la para o mercado nortista, resolve fugir para a Pensylvânia, apesar da pouquíssima chance de sucesso.
Ela come o pão que o Diabo amassou, mas o sofrimento só deixa a moça mais forte, uma guerreira que depois de muita luta, acabou se tornando ativista política e uma figura importantíssima na história americana.
Ela, mesmo com a cabeça a prêmio, ajudou centenas de escravos a fugirem do sul dos Estados Unidos, logo depois que conseguiu escapar, no ano de 1849.
A cantora, compositora e atriz Cynthia Erivo de “Maus Momentos no Hotel Royale", foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz, de quebra concorreu ao Oscar de Melhor Canção, por ser co-autora da música “Stand up” tema principal do filme.
Quando eu vi a apresentação da menina na festa do Oscar, já comecei a torcer pra ela ganhar. Não deu, Elthon John levou com a sua “(I’Gonna) Love me Again” de “Rocketman”.
Agora assisti o filme e me surpreendi. A diretora Kasi Lemmons acertou a mão. Não é aquele tipo de filme concentrado no sofrimento, tipo “12 Anos de Escravidão”em que os negros ficam penando o filme todo, explorados, torturados e humilhados. O filme se concentra na ação e mostra uma mulher forte, determinada, uma espécie de justiceira da liberdade com habilidades acima do normal.
Acho que vale uma conferida, apesar da baixa avaliação no IMDb.
Com Janelle Monáe de "Estrelas Além do Tempo".

Nota 7.0 de 10
IMDb: 6.3 

sábado, 15 de fevereiro de 2020

Quiz Charada - Qual é o Filme?

Uma menina dá uma bexiga para o seu pai e pede para que ele a estoure. Qual é o filme?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
Tó e Estóre

Projeto Gemini (Gemini Man)

USA 2019

A impressão que passa é que o roteiro foi criado as pressas para aproveitar a onda de filmes que estão usando o rejuvenescimento digital como um atrativo a mais. Já vimos essa técnica em “Aquaman”, “Capitã Marvel”, “Homem Formiga e a Vespa” e mais recentemente uma overdose desse treco em “O Irlandês”.
Em “Projeto Gemini”, Henry Brogan (Will Smith), é um assassino profissional perfeito a serviço de uma agência de contraespionagem. Entre suas inúmeras habilidades, ele tem uma pontaria cirúrgica, capaz de, com um tiro de rifle, realizar a vasectomia de uma mosca a um quilômetro de distância (!!).

- Mas tio, por quê a mosca queria fazer vasectomia?
- Não queria! É só uma situação imaginativa criada para descrever a precisão da pontaria do sujeito. Entendeu minino?
- Não, a mosca podia procurar um ulorogista.
- É urologista..., mas daí você não teria uma base pra imaginar o quanto o cara é bom com uma arma, sacou?
- Então a mosca foi operada mesmo?
- Não! Não foi! Foi só uma conjectura!
 - Ah... conjectura... conjectura... Já sei... é quando a cirurgia é de mentirinha! Acertei?
- Ai ai ai... é quase isso. Se você ficar quietinho, depois o tio explica tá?
 - Promete?
- Prometo.
- Então tá! Eu fico!
- Ufa!

Pois então... aplicando o velho clichê dos filmes de assassinos profissionais bonzinhos, que são perseguidos quando resolvem se aposentar (vide “Polar” com Mads Mikkelsen” de 2019), ele vai ter que encarar um assassino mais jovem, veloz, experto, inteligente e com todas as suas qualidades, só que melhorado. Ou seja, um clone criado a partir de seu próprio DNA. É como se fosse “Um Maluco no Pedaço” tentando matá-lo...
Ele recebe a ajuda de uma colega da agência Mary Elisabeth Wintead e um amigo asiático Benedict Wong de “Doutor Estranho” e “Vingadores”.
Muita ação, tiroteio, explosões, perseguições e lutas coreografadas... dá pra notar...
O filme até que dá pro gasto, mas faltou alguma coisa pra dar aquela empolgação, sabe?
O diretor Ang Lee dirigiu o premiado “O Tigre e o Dração” e “As Aventuras de Pi
Ainda tem o quase 007 Clive Owen, como o vilão da história.

Nota 6.2 de 10
IMDb: 5.7

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

O Farol (The Lighthouse)

USA 2019
O filme se passa no final do século 19.
Thomas Wake (Willem Dafoe), recebe seu novo ajudante Ephraim Winslow (Robert Pattinson) para cuidar do farol em uma remota ilha na Nova Inglaterra.
Momento curtural:
Utilizados desde a Antiguidade, quando eram acesas fogueiras ou grandes luzes de azeite (de oliveira ou de baleia), os faróis foram concebidos para avisar os navegadores que estavam a se aproximar da terra, de recifes ou de perigos para a navegação.
O primeiro farol de que se tem registro é o farol de Alexandria no Egito,construído em 280 a.C. na ilha de Faros.







Voltamos:
Desde o início já se percebe um comportamento estranho e uma certa tensão, criada por diálogos esquisitos, numa linguagem própria de marinheiros. Méritos do diretor que também escreveu o roteiro em parceria com seu irmão.
A coisa vai ficando mais intensa à medida que os dois vão se conhecendo e ao contrário do que aconteceria com dois colegas de trabalho normais, o antagonismo vai tornando o clima mais pesado, agressivo e perigoso entre os dois.
Bizarrices, alucinações, quebra pau, bebedeiras (inclusive passam a beber o querosene que acende o farol).
Aí chega uma tempestade e o pandemônio toma conta de vez.
Um final digno de um filme desse tipo.
Não é fácil de digerir. Quem procura diversão fácil não vai curtir. A fotografia em preto e branco e o formato da tela em Super 8, deixa tudo com a aparência daqueles filmes de terror das décadas de 30 e 40.
Foi indicado ao Oscar de Melhor Fotografia, o vencedor foi "1917".

Robert Eggers dirigiu o não menos estranho "A Bruxa" em 2015.

Nota 6.8 de 10.
IMDb: 6.7

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Stockholm


USA 2018
Filme de assalto inspirado em caso real acorrido na cidade de Norrmalmstorgo na Suécia, em 23 de agosto de 1973.
Ethan Hawk é um assaltante americano, que entra no banco com um plano maluco. Deixa os clientes saírem e mantém duas mulheres e um homem reféns. As exigências, incluem além do tradicional veículo para a fuga, a libertação de um amigo (Mark Strong) que está detido, vendo o belo sol sueco nascer quadrado. As negociações empacam, pois os policiais sacando a falta de experiência e as trapalhadas do meliante, ficam enrolando, confiantes que ele vai fazer alguma besteira para então dominar o sujeito. Com o resultado do cativeiro, uma das reféns (Noomi Rapace) desenvolve uma certa afeição pelo maluco (a manjada Síndrome de Estocolmo) e passa a ajudá-lo, coisa que não estava nos planos da não menos atrapalhada polícia Sueca.
Filme mediano em tom de comédia.Vale pelo bom elenco e a sempre interessante situação (desde que estejamos longe), de um assalto a banco com reféns.
Vale uma conferida.
Robert Budreau dirigiu em 2015, "Chet Baker - A Lenda do Jazz" com o mesmo Ethan Hawk e com um resultado igualmente mediano.

Nota 6.8 de 10
IMDb: 6.9

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Quiz Charada - Qual é o Filme?

Um pai foi matricular os dois filhos no terceiro grau de um colégio particular.Como só restavam duas vagas ele resolveu fazer os contratos na hora.
Qual é o filme?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
Contratos Imediatos do Terceiro Grau

Hair Love

USA 219

Curta metragem vencedor do Oscar de Melhor Curta de Animação.
É sobre as dificuldades de um pai que precisa pentear a filha pela primeira vez.
No final a gente fica sabendo os porquês dessa situação.

Duração:
6 minutos

Um Lindo Dia na Vizinhança (A Beaultifull Day in the Neighborhood)

USA 2019
O mérito maior desse filme é ter o Tom Hanks indicado ao Oscar 2020 como Melhor Ator Coadjuvante.
E só.
Não que o filme seja ruim, é até bonzinho, mas acho que não teria muito destaque se não tivesse um ator de "peso", a não ser que as pessoas atentem que é um filme de Marielle Heller, diretora que vem de três indicações no Oscar 2019 com o filme “Poderia me Perdoar?”.
MelhorAtriz – Melissa MacCarthy
Ator Coadjuvante – Richard E. Grant, e Roteiro Adaptado

Baseado em uma história real, conta que Lloyd Vogel (Matthew Rhys), repórter investigativo de uma revista, vai (de má vontade) fazer uma reportagem sobre o apresentador de um programa infantil, Mr. Rodgers (Tom Hanks). O programa "Mister Rogers' Neighborhood" foi muito popular nos Estados Unidos na década de 60.
Mr. Rodgers é a personificação da bondade, uma espécie de guru da criançada e dos adultos.
Ele identifica os problemas particulares do Lloyd e passa a ajuda-lo com as tretas e as mágoas que ele tem de seu pai (Chris Cooper) que abandonou sua mãe doente que acabou morrendo.
Ao mesmo tempo o orienta como pai, já que Lloyd tem um filho recém-nascido.
Filme família, fofo, leve e suave, típico para Sessão da Tarde.
Melhor momento:
Quando uma menina no vagão do metrô, identifica Mr. Rodgers e começa a cantar a música do programa, daí os outros passageiros e o próprio Rodgers começam a cantar junto.

Obs: Como sabem, Tom Hanks não levou o Oscar.

Nota 6.8 de 10
IMDb: 7.4

domingo, 9 de fevereiro de 2020

Knives Out (Entre Facas e Segredos)


USA 2019
Aqui vai a minha torcida para o Oscar 2020 de Roteiro Original. Eu sempre me interesso por esses filmes de mistério, até quando o filme é fraquinho a exemplo de "Ágatha and the Truth of Murder” de 2019, só que esse ficou devendo e muito.
Harlan Thrombey é um rico e famoso escritor de livros de suspense. Na festa em família da comemoração dos seus 85 anos de idade ele é esfaqueado em seu quarto, depois de sua enfermeira ter ido embora e de todos terem ido dormir.
O corpo é descoberto de manhã e a polícia trabalha com a hipótese de suicídio, mas um famoso investigador particular contratado anonimamente, passa a acompanhar os policiais com o palpite de que foi assassinato.
Aos poucos, as pistas vão aparecendo e indicando que cada um dos filhos e parentes tinham motivos para matar o velho, no melhor estilo Agatha Christie.
Roteiro inteligente, bem-humorado e cheio de reviravoltas, que teria deixado a "Dama do Crime"
orgulhosa do seu legado.
Como toda boa história desse tipo, teremos grandes surpresas no final, a não ser que você seja um bom detetive e descubra tudo antes.
O Diretor e roteirista Rian Johnson dirigiu “Looper” em 2012 e “Star Wars - Os últimos Jedi” em 2017.
Elenco mais afiado do que facas Ginsu:

Daniel Craigh
Chris Evans
Christopher Plummer
Ana de Armas
Toni Collete
LaKeith Stanfield
Jamie Lee Curtis
Michael Shannon
Don Johnson
Frank Oz

Trilha Sonora com direito a Rolling Stones e Roxy Music.

Nota 8.1
IMDb: 8.0

sábado, 8 de fevereiro de 2020

Quiz Charada - Qual é o Filme?

Numa festa,um homem se aproxima da filhinha, segurando duas bexigas pelo barbante, uma vermelha e uma azul.
Pergunta qual ela vai querer e diz que vai soltar a outra.
A menina escolhe a vermelha.
Qual é o filme?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
Largou a azul...
A triste história de dois jovens náufragos que ficaram presos para sempre na Sessão da Tarde! 



Judy (Judy: Muito Além do Arco Íris)

USA  2019

Mais uma biografia com indicação ao Oscar 2020.

Judy Garland, a menina do “Mágico de Oz”, nascida no ano de 1922, começou a carreira de atriz muito cedo, porém por traz de toda popularidade e o status de estrela de Hollywood, era uma pessoa triste, sem vida própria, escravizada pelo próprio sucesso e pela obrigação de se manter radiante para o seu público, inclusive fazendo uso de medicamentos.
Mas o filme não conta essa história. Já começa com a Judy decadente, vendendo o almoço pra comprar a janta e lutando do jeito que podia pra não perder a guarda dos filhos mais novos, Joseph e Lorna de 12 e 13 anos.
Ela já tinha uma filha do seu casamento anterior, a atriz Liza Minelli.

Em 1968 ela chega em Londres, contratada para uma série de shows e para isso teve que deixar as crianças nos Estados Unidos, onde a sua popularidade já não estava rendendo nada. A depressão vai aumentando e ela procura ajuda na bebida, nos sedativos e na companhia de um músico, Mickey Deans que acabou se tornando seu quinto e último marido.

Ela morreu em junho de 1969 por overdose não intencional de barbitúricos (sedativos).
Obs: Marilyn Monroe morreu em 1962 pelo mesmo motivo, mas em circunstâncias mais suspeitas.

Depois que eu assisti “História de um Casamento” estava na torcida para que Scarlett Johansson levasse o Oscar 2020 de Melhor Atriz, mas agora assisti “Judy”...
Acho que não seria justo.
O filme nem é tão bom, é meio dispersivo, fica meio que pulando pra lá e pra cá até o desfecho final, mas Renée Zewellger está marcante. O filme não impressiona, ela impressiona. O que fica na lembrança é ela, os olhos, a expressão e até aquele biquinho manjado que ela costuma fazer. É difícil de esquecer. Eu acho que não tem como não dar esse Oscar pra ela.
Embora... ano passado... Rami Malek... Christian Bale...
Vamos aguardar.

Com Jessie Buckley, a atriz que fez a esposa grávida daquele bombeiro em”Chernobyl”.

O diretor Rupert Gold dirigiu “A História Verdadeira” em 2015.

Nota 6.9 de 10
IMDb: 7.0

Ford vs Ferrari

USA 2019

Baseado na vida do piloto Ken Miles (Christian Bale) e na “Batalha de LeMans” episódio que ficou conhecido e até filmado em documentário da disputa da Ford, a gigante da produção de carros contra a Ferrari, a gigante da produção de carros de corrida, nas 24 horas de LeMans de 1966.
Enfezado com uma queda de 0,01 por cento na venda dos seus carros, Henri Ford II reúne os principais executivos da sua empresa e pede sugestões para aumentar as vendas, já que eles estão “correndo perigo iminente de irem à falência”.
Um dos executivos, Lee Iacocca (Jon Bernthal), sugere entrarem no ramo de corridas, pois caso eles conseguissem quebrar a hegemonia da Ferrari que reinava absoluta nos campeonatos, teriam um enorme destaque na imprensa de todo o mundo.
Um construtor Carrol Shelby (Matt Damon), é contratado e recebe carta branca para desenvolver um carro capaz de fazer os carrinhos vermelhos de Enzo Ferrari comer poeira.

Ele traz seu amigo, o piloto Ken Miles para desenvolver o carro e os testes começam a dar resultado, mas as picuinhas e o jogo dos egos dentro da Ford, começam a complicar tudo, tornando mais difícil o trabalho dos dois e de toda a equipe.

Há exageros no roteiro e na dramaticidade? É claro que há, afinal é um filme né? Mas é um grande filme de corrida, com disputas de deixar a gente grudado na poltrona.
Matt Damon está ótimo e Christian Bale prova mais uma vez que é capaz de interpretar qualquer papel com perfeição.

Tenso, engraçado, empolgante e interessante durante as duas horas e meia de filme.
Gostei bastante.

James Mangold dirigiu em 2005 “Johnny & June”, filme biográfico sobre a vida do cantor Johnny Cash e “Wolverine Imortal” em 2013.

Está concorrendo ao Oscar em quatro categorias:

Melhor filme  
Montagem de Som
Mixagem de Som
Edição de Som

Nota 7.6 de 10
IMDb: 8.2

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Dois Papas (The Two Popes)

USA 2017

Belo filme do Fernando Meirelles.
Produção Netflix caprichada, dois monstros nos papéis principais e locações de encher os olhos.
Chega uma hora que fica difícil imaginar que aqueles dois caras não são os papas verdadeiros, de tanto que estão perfeitos nos papéis. 

A história é fictícia, conta que o cardeal argentino Jorge Bergoglio marcou um encontro com o papa Bento XVI para pedir que ele assinasse sua aposentadoria. Esse encontro acaba em confronto numa conversa não oficial, já que acontece na residência de verão do papa e o cardeal é recebido como visita. 
O antagonismo de ideias estava estabelecido, segundo o roteiro, na eleição de Joseph Ratzinger, o cardeal argentino teria sido o segundo candidato mais votado e já teria chamado a atenção do supremo pontífice por causa de suas declarações a favor de uma “amolecida” nas regras da igreja referentes a camisinha, aborto e homossexualidade, evitando com isso perder mais fiéis.

A conversa é inteligente e se desenvolve em um clima que vai do antagonismo ao papo furado sobre música pop, futebol e até piadinhas. Uma delas deve ter sido criada no Brasil:
O cardeal pergunta se o papa sabe como o argentino se suicida e explica:
- Ele sobe no próprio ego e se joga lá de cima.
Em resumo, são dois Papas papeando, ou seja, batendo um papo... (eitah!)

Eles tomam café, tocam música, comem pizza, tomam Fanta, assistem futebol e até dançam tango. Pois é...

Apesar de toda a beleza plástica do filme, fica difícil aceitar a situação abordada.
Os dois acabam compartilhando segredos e arrependimentos do passado e se tornam amigos, Bergoglio conta de seu envolvimento no governo militar da Argentina na década de 70 e Bento XVI fala do seu desejo de ser músico, até que chega o momento em que confessa que vai renunciar.

Para qualquer cinéfilo, é um grande filme que vale a pena conhecer, é bonito, sensível e envolvente. Deve agradar o público em geral, apesar de estar longe de ser verdadeiro.
Está indicado ao Oscar 2020 nas seguintes categorias:

Melhor Ator – Jonathan Pryce
Melhor Ator Coadjuvante – Anthony Hopkins
Melhor Roteiro Adaptado


Nota 7.5 de 10
IMDb: 7.6

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Quiz Charada - Qual é o Filme?

Um cientista inventa um comprimido que cura a dor que a pessoa ainda vai sentir.
Qual é o filme?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
O extermina a dor do futuro...


Missing Link


USA 2019

Com esse estou completando a lista de filmes de animação indicados ao Oscar 2020. E olha, acho que o favoritismo de Toy Story 4 está bastante ameaçado.
Muito bom esse filme sobre um arqueólogo, Lionel Frost  (Hugh Jackman), tentando descobrir alguma coisa grande para merecer o ingresso em um clube reservado a aventureiros que se tornaram grandes realizadores de feitos arqueológicos.
Ele recebe uma carta de alguém muito distante dando a entender que sabe onde encontrar o lendário Pé Grande, o Homem de Neandertal e com isso desvendar o mistério do Elo Perdido (Missing Link), a ligação entre o homem de hoje e as civilizações antigas.
O rabugento presidente do tal clube Piggot-Danceby (Stephen Fry) não quer que Sir Lionel consiga seu feito, por ter uma birra com ele, para isso contrata um matador profissional, a fim de impedir que ele encontre o bicho e o caminho de volta...
Aventuras, viagens pelo mundo, grandes perigos e um romance, acompanhado de piadinhas ao estilo inglês e situações engraçadas. O diretor Chris Butler, criou cenários perfeitos que enchem os olhos, alguns parecem pinturas de artistas consagrados.
A história é legal, criativa e cheia de imaginação.
Eu gostei muito.
Chris Butler dirigiu “Paranorman” em 2012.

Segue alguns nomes do elenco dos dubladores, além de Hugh Jackman e Stephen Fry:

Zach Galifianakis – Como o senhor Link.
Zöe Saldanha – A garota
Timothy Olyphant – O vilão
Emma Thompson -  Elder

Nota  7.4 de 10
IMDb: 6.7 – Injusta


terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Jojo Rabbit

USA 2019

Inspiradíssimo Taika Waititi “Thor Ragnarok”, “O Que Fazemos nas Sombras”.
Filme maravilhoso, com personagens marcantes, elenco impecável, história que deixa a gente interessado o tempo todo e uma trilha sonora sensacional.
Não me lembro de um ano em que o Oscar de melhor Filme esteve tão bem disputado.  E olha que ainda falta eu ver "Adoráveis Mulheres” e “Ford X Ferrari”.

O filme tem nuances de “A Vida é Bela” de Roberto Begnini, tem uma camada externa de graça e leveza, que esconde um mundo assustador que vai nos revelando aos poucos, até chegar em um ápice de suspense e medo de deixar a gente de boca seca em algumas cenas.
Acompanha o menino Jojo (Roman Griffin Davis), seu amigo imaginário e sua mãe Rose (Scarlett Johansson) durante dias que antecederam a invasão da capital Alemã pelas forças aliadas.

Não dá pra falar muito, pra não estragar a sensação que o filme causa na gente, mas o menino está prestes a iniciar seu treinamento para ingressar no exército alemão e devido à sua insegurança cria um amigo imaginário, Adolf, o próprio Fuhrer, interpretado pelo diretor.

A cena da vistoria alemã com o assustador Her Deertz (Stephen Merchant) à frente do grupo de soldados alemães é de um suspense capaz de deixar a gente suspenso na poltrona.

Só tenho um "porenzinho", o diretor acabou sucumbindo ao velho clichê de colocar uma música melancólica (Waltz & Chorus From “Faust”) enquanto corpos são destroçados e metralhados em batalha.
Mas isso é perfeitamente perdoável diante de uma obra desse nipe.

Assim como um vegano não praticante, do tipo que diz "sinto pena dos animais, mas já mataram mesmo, então eu vou comer...", eu não posso deixar de pensar que são as crueldades da guerra rendendo obras de arte, mesmo assim não tem como não indicar esse filme. Assistam!!

Trilha sonora com:

Tom Waits
Beatles
Roy Orbison
Glen Miller e sua Orquestra
David Bowie
Ella Fitzgerald

No elenco ainda tem o excelente Sam Rockwell e a maluquinha Rebel Wilson.

Indicações aos prêmios da Academia:
Melhor Filme
Atriz Coadjuvante – Scarlett Johansson
Roteiro Adaptado
Direção de Arte

Nota 8.2 de 10
IMDb: 8.0

domingo, 2 de fevereiro de 2020

Quiz Charada - Qual é o Filme?

Um cientista passou boa parte da vida estudando a vida dos ursos e depois mudou de profissão.
Qual é o filme?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
O ex-ursista...



Ad Astra

USA 2019
Candidato ao Oscar de Melhor Mixagem de Som, esse filme foi dirigido por James GrayOs Donos da Noite” de 2007 e “Z a Cidade Perdida” de 2016, dois filminhos mai ô meno, com aquele tipo de desfecho que deixa a gente sem saber direito o que aconteceu.

Num futuro distante, Brad Pitt é o astronauta Roy MacBride, filho de uma lenda no meio austronáutico, Clifford MacBride (Tommy Lee Jones) que desapareceu em uma missão há 29 anos.
Ele é escolhido pelo auto comando para viajar até uma estação espacial localizada na órbita de Saturno e descobrir se é de lá que estão sabotando todo o sistema de energia utilizado nas colônias de humanos que povoam os planetas do nosso sistema solar. Detalhe: Desconfia-se que Clifford está vivo e que é ele quem está sabotando o sistema. Sabe-se lá por quê!

- Mas tio, por quê só agora depois de 29 anos, ele resolveu sabotar o sistema?
- Bom garoto... você vai ter que assistir o filme pra saber, se eu contar aqui, vou dar spoiler, entende?
- Mas no filme explica?
- Assiste o filme!
- Ah... mas em 29 anos não foi ninguém lá? 
- Não posso falar!
- E não tinha mais ninguém com ele?
- Minino... não posso contar certas coisas, senão as pessoas não vão querer mais ler minhas críticas, fica quietinho, fica...

Então...
A viagem faz uma escala na colônia lunar e é lá que tem um pouco de ação. A coisa fica toda confusa, pois é uma perseguição, seguida de tiroteio, mostrada pelo visor do capacete do nosso protagonista, mas como não é um filme de ação, deixemos prá lá.
O filme não se aprofunda em nada, estamos em um cenário futurista, estranho e esquisito. O personagem passa um sentimento de solidão, sente saudades do pai e ao mesmo tempo age como uma máquina.
O diretor tentou implantar um certo estilo narrativo que ficou entre o estranho e o desconfortável, mas tem o mérito de nos passar toda a solidão do Roy.
Salva-se as cenas do espaço, das estações, dos anéis de Saturno e a presença dos astros Brad Pitt e Tommy Lee Jones.
Ainda temos Ruth Negga de “Preacher” e o reaparecimento de Liv TylerArmagedon”.
A Mixagem de Som? Nada demais.
De resto, a impressão de que o filme custou caro. E só.
Nota 6.8 de 10
IMDb: 6.7

Meu Nome é Dolemite (My Name is Dolemite)

USA 2019

Muita gente acha injustiça esse filme ter sido totalmente ignorado pela academia e não ter nenhuma indicação ao Oscar 2020.
Eu concordo. Além disso, filmes que falam de cinema sempre foram queridinhos daquele pessoal, então eu também apostava que ia pintar alguma indicação. Segue alguns exemplos de ótimos filmes em que o tema principal é o cinema:


O Artista - 2012
Cine Majestic - 2001
Cinema Paradiso - 1990
A Rosa Púrpura do Cairo - 1985
A Noite Americana - 1973
Cantando na Chuva - 1952

Acho que "Dolemite" deveria estar pelo menos concorrendo ao prêmio de Figurino, pois além do proposital exagero no já espalhafatoso visual dos anos 70, que deixa o filme todo "estiloso", não deixa de ser um grande filme, com um final capaz de arrancar lágrimas dos mais emotivos.
É baseado na vida do comediante Rudy Ray Moore e no início eu até torci o nariz para o que eu julguei piadas idiotas e de péssimo gosto, mas aos poucos comecei a entender que a essência do filme, não era fazer graça com piadas apelativas de estilo ultrapassado e sim mostrar que visionários não dependem de cor, raça, credo, costumes, comportamento ou classe social.

Eddie Murphy, que assim como o palhaço de “It” de tempos em tempos renasce das cinzas, aparece e depois volta para um novo período de hibernação, aqui está perfeito no papel. Trouxe Wesley Snipes a tiracolo num personagem é uma figuraça. A premissa do filme lembra “O Artista do Desastre” de James Franco, mas na minha opinião, é muito melhor. Enquanto que ”O Artista do Desastre” é sobre um idiota e sem noção Tommy Wiseau, aqui temos um Rudy Ray Moore, esperto, corajoso, antenado e cheio de ideias.

O diretor Craig Brewer foi o roteirista de “Um Príncipe em NovaYork”de 1988, filme da época em que Eddie Murphy dominava as telonas. Agora ele prepara uma continuação para 2020. Esperemos pra ver se vai bombar ou se a salsicha vai escorregar do hot dog, a exemplo do que aconteceu com sua refilmagem de “Footloose” em 2011. Vamos conferir.

Nota 7.0 de 10
IMDb: 7.3

Dias Perfeitos (Perfect Days) - Japão/Alemanha 2023 nota 7,8

Indicado ao “ Oscar de Melhor Filme Estrangeiro ” e dirigido pelo prestigiado  Wim Wenders “ Asas do Desejo ”, “ Paris Texas ”, Dias Perfei...